quarta-feira, 28 de março de 2012

PENSAR É BOM.


Pensar é bom. 

Têm pensamentos que não são bons.

...

Logo, pensar só é bom se for com BONS PENSAMENTOS!

Pat Lins.

terça-feira, 27 de março de 2012

MINHA VIDA UMA RODA VIVA



A vida de todo mundo tem altos e baixos... a minha, também. O legal é que quando chega nessas baixas, eu sei que preciso me mexer para subir e só depende de mim. 

Têm horas que é preciso ver que a Vida quer uma cosia e meus planos, outra. Com minhas últimas experiências, melhor escutar o chamado da Vida e mudar os meus planos. Quando as coisas saem do nosso controle é porque está mais do que na hora d´eu ver que o caminho é outro. Toda vez trava no mesmo lugar. O lugar está errado e eu custo a adimitir e aceitar.

Bom, agora, mais uma vez, preciso me voltar e reunir as forças para a virada, porque, não é fácil virar e mudar o rumo, como, também, não o será a manutenção. Mas, é a Vida mandando e eu, que estou como sua pequena aprendiz, aprendendo a obedecer. Eu chego lá! Com fé em Deus! Afinal, estou viva e eu não vim ao mundo a passeio... muito menos só para constar, como um registro. Eu vim para fazer história: a minha história!

Pat Lins.

Roda Viva

Chico Buarque

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...

A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...

A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...

No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

segunda-feira, 26 de março de 2012

PRESENTE QUE CURA

Se o passado curasse as feridas abertas ele teria outro nome: PRESENTE!

Pat Lins.

COMEÇAR E TERMINAR - ESCALA DE PRIORIDADES


Aos poucos comecei a entender - após começar a praticar no dia a dia - que fazer tudo aos poucos quer dizer: estabelecer a ordem de prioridade; começar aos poucos e concluir o que começar. Melhor fazer um pouquinho de cada vez e finalizar, do que começar tudo de vez e nunca terminar.

Faz um bem danado a sensação de dever cumprido. Essas pequenas conquistas podem parecer pequenas, mas, de uma em uma vou eliminando pendências de minha vida e abrindo novas frentes - também pequenas. Tudo sobe gradativamente e por merecimento.
  

Devagar e sempre é muito melhor, menos desgastante e muito mais provável concluir com louvor! Muito melhor um problema resolvido do que muitos em andamento... Eu, hein? Vejo gente - como eu - se afundando e se aprisionando aos problemas e sempre com a mesma resposta: "Está difícil. Para você é mais fácil...". Já falei tanto isso. Já justifiquei meus infortúnios como uma vítima-mor. Já falei tanto que a grama do vizinho era mais verde e eu, pobre coitada, com minha grama queimada... também, não regava. Criar o hábito de fazer coisas melhores - um pouquinho a cada dia - não é papo de auto-ajuda - no sentido pejorativo que damos a esse termo -, muito menos, apenas palavras bonitas... é possível, desde que comecemos a mudar o foco, o ângulo que olhamos e nos mexamos devagar, lenta e continuamente. Pressa desmedida é para quem está disposto a vagar infinitamente pelos vales das pessoas atarefadas e que nunca têm tempo sequer para respirar. Olha, têm horas em que tudo acontece de vez, só que são eventuais momentos e com prazo para terminar... Problema é quando passamos a vida, dia a dia, a nos enchermos de tarefas e continuar com a sensação de que foi um dia nada produtivo. O detalhe é que não me refiro a ter várias ocupações... todo mundo assume vários papéis na vida e isso faz parte. Me refiro a relação com o tempo, ao desespero e à afobação que gera ansiedade, falta de foco e, naturalmente, uma vida estressante. Sabe quem vai se queixar? O corpo, a mente... nossas células, nossos pequenos átomos. Eles bem nos dão a lição: pequenos e capazes de manter todo um corpo em funcionamento fazendo, cada um, sua parte e sem perder a real dimensão do todo. Mas, como cada um tem que fazer sua parte, façamos a nossa de permitir cuidado com nosso corpo, nossa mente, nossos pensamentos, nossas emoções... nossa vida. Isso não nos impedirá de perder o controle de vez em quando, mas, de saber lidar com essa questão e ir se ajustando até, quem sabe um dia, não perder mais o controle porque estará tudo em ordem, em equilíbrio. Eh! Temos que redefinir nossos valores diariamente, como quem renova votos com a Vida.

Hoje, eu compreendo - apesar de ainda não ter assimilado de verdade - que solução é problema resolvido, não acúmulo de problema e repetição: "afff! Tô cheia de problemas para resolver...". Resolve um, depois outro... Têm coisas que não dependem de nós, a essas, entreguemos ao Tempo e vamos resolvendo os menores. Às vezes eu escuto alguém me dizer: "estou com tanto problema que, só assim, vejo que sou forte, viu?" e não resolve nenhum... E haja força, mesmo. Força bruta. Eu quero força vital. E não me sinto mais bonitinha ou merecedora do que ninguém, apenas, estou vendo e me esforçando para que minhas fichas caiam. E cada vez que cai uma, eu vibro com minha vitória! Não acredito nessa de excesso de otimismo, para mim é fuga da realidade e perde-se o foco do mesmo jeito. Eu, Patricia, acredito no esforço com consciência e, sim, com boas doses de pensamentos otimistas. É assim, às vezes, não sabemos o motivo de ter agido de determinada maneira, mas, ter consciência de que agiu daquela maneira. Depois, tentar se ajustar e entender porquê age dessa maneira. E por aí vai. O importante é começar, ainda que resmungando as agruras da vida. De dez reclamações, se a gente identificar UMA, podemos comemorar! É um começo. Só não paremos. E lembremos: ninguém é melhor do que ninguém, cada um tem seus perrengues e sem essa de que é mais fácil para eles do que para nós... Dificuldade é dificuldade. Se o meu problema é financeiro e o seu é de caráter, para quem é mais fácil resolver? Difícil para ambos. Cada um com seu quinhão. Tem gente que tem dificuldade para emagrecer, outros, para engordar... Tem gente que ama se manter estúpido, e acha que é melhor do que todo o mundo - mesmo sabendo, lá no fundo, que se acha o Ó... - enquanto outros se acham abaixo do mundo... Uma dia, todo mundo entende, que problema TODO O MUNDO TEM! Solução é que ninguém se dispõe a encontrar e quer que caia do céu. Quando cai, ainda reclama, porque não era como queria.
Eu prefiro: LEMBRAR DE SER FELIZ!

Aceleração, correria, se encher de coisas em demasia - redundância enfática, para alertar que, muitas vezes, trata-se muito mais de um "capricho" do desejo, do que algo necessário para nossa vontade - para fazer e alegar que nunca tem tempo para nada, para mim - como fazia e ainda faço muito - é desculpa para não começar a fazer o mais importante: o essencial.

Nunca nos privemos de nos dizer o necessário. Economizar em palavras, em ações para poupar tempo é gastar tempo à toa.

Uma ótima semana para todos nós!

Pat Lins.


terça-feira, 20 de março de 2012

AGORA, NÃO DÁ...

Sinceramente, eu não entendo uma coisa - dentre várias... - o porquê das pessoas - principalmente, as mais próximas, até, algumas mais amigas - reagirem tão mal, quando não temos o "tempo" que elas precisam/querem. Compreendo que num momento de dor, a gente quer ser acolhido, ouvido... mas, isso não pode nos tirar o bom senso e a capacidade de compreender que nem todos estão com disponibilidade - seja pela razão que for - e isso não é falta de carinho.

Eu costumo ouvir muito os outros e com certa frequência, meus amigos me procuram, porque sabem que sou sincera até demais... Estou me esforçando para saber lidar mais com isso, afinal, todo excesso é sobra. Têm momentos que a pessoa só precisa desabafar e quer alguém apenas para escutá-la. Outras vezes, pedem "conselho", opinião, etc. Eu parto do princípio que amizade é troca e toda troca requer abertura de ambas as partes. Abertura de coração, com entrega d´alma, com vontade de estar e resolver. Eu tenho muita sorte com os amigos mais próximos, principalmente por pensarmos muito parecidos nesse aspecto e não haver uma cobrança deliberada de "me dê atenção". Nos momentos de carência - coisa muito natural - nos abrimos e procuramos nos acolher. Entretanto, quando algum deles não tem o "tempo" que preciso, não tem estresse. Do mesmo jeito, quando eu não tenho esse tempo, eles compreendem, numa boa. Mas, têm coisas que acontecem e que esse "tempo" muda na escala de prioridade de cada um. Isso varia da abertura dessa relação.

O que eu fico chateada é quando acontece com algumas pessoas, d´eu estar envolta com "como" resolver meus problemas do momento e, de fato, estar desgastada com o processo e não tenho reserva suficiente de forças para dar o apoio que essa pessoa precisa. Me utilizo da clareza e falo, com jeito e carinho, que, naquele momento, infelizmente, não posso dar a atenção necessária e eu não sei apenas fingir estar, eu gosto de estar. Eu penso o seguinte, se fui procurada - como todo amigo procura um amigo que confia - eu gosto de estar, de fazer parte. Se eu fingir, esse círculo de entrega não acontece. Esse laço na amizade fica frouxo. Não haverá o calor humano para acolher esse amigo, muito menos a força que ele precisa. Porque, o que eu entendo é que essa troca é uma troca de forças, de energia, mesmo. Não falo que seja um mais forte do que o outro e sim de que, quando estamos nos sentindo esgotados, um apoio amigo é, além de reconfortante, revigorante. Sim, o que me incomoda quando acontece d´eu não ter esse tempo não é não ter o tempo, é não ser compreendida. Algumas pessoas que conheço são assim: quando estão bem, estão longe, vivendo e seguindo sem dar sinal de vida; quando estão com problema, surgem e querem que você se desdobre, porque ela precisa. Isso, para mim, é egocentrismo. Seja uma pessoa amiga ou, apenas uma pessoa próxima - sem necessariamente estar na categoria AMIGO - sabe que eu me doou com prazer e carinho sinceros. Mesmo assim, alguns, nesses momentos, se doem e jogam suas dores para cima de mim. Não creio que isso seja justo com nenhuma das partes. 

Uma amiga sempre me disse que "uma amizade deve suportar as verdades" e eu concordo plenamente. E isso não quer dizer que haja uma "verdade" que sobreponha a outra. Apenas que cada um tem sua concepção e suas próprias "verdades". E não tem como dizer que a há 100% de neutralidade em escutar um amigo, porque, eu duvido muito. Por mais que tentemos, sempre estamos em posição de julgar. O legal é quando detectamos que somos assim, como todo ser humano, e aprendemos a lidar, administrar essa emoção em nós. Mesmo assim, nunca ouvimos sem ter uma opinião formada ou em formação. Não tem jeito, é meio que resultado da interação. Eu penso assim: "se não quiser ouvir, melhor não falar". Ou, deixar claro: "só preciso botar para fora". E ter isso claro em si.

Eu não sou do tipo grude e não gosto de grude comigo. Mas grude é uma coisa, é um sentimento doentio. E as pessoas "grude" são craques em grudar na hora inapropriada e, como é uma característica do "grude", só andar com o "se tocômetro" desligado, nunca vê, ouve, sabe ou tem a menor noção de que invadiu o sinal vermelho. Putz! Eu tenho uma teoria prática que observei em minha vida e exercito a aplicação que é a "teoria da interseção", onde existe um perímetro ao meu redor que é o meu espaço individual; o perímetro do outro que é o espaço individual dele; e um perímetro que se trata do encontro desses, vamos chamar, mundos. Eu chamo de "zona de encontro social", que faz parte da nossa característica de sobrevivência, que são as relações sociais. Somos individuais, convivendo com outros seres individuais. Isso gera a convivência. Se viver é uma arte, conviver, nem se fala. Nesse espaço de interseção, lógico, há uma estremecida, afinal, dois ou mais mundo se encontram. Naquele espaço há troca, mas, há limite. O problema - bem como a solução - da convivência está aí: respeitar os limites. Muitas dores e sofrimentos são desencadeados por essa falta de respeito que, em minhas observações empíricas e muito pessoais, são oriundas da falta de respeito e conhecimento do próprio espaço individual. Ou seja, "como respeitar aquilo que não reconheço em mim?". E, aliado ao melindre da porcaria do orgulho e do egocentrismo "buuuummm" em vez de encontros, as interseções tornam-se colisões graves.

Para mim, a coisa é simples, porém, não é fácil: autoconhecimento; voltar-se a si; conhecer-se; amar-se; respeitar-se; respeitar. Isso diminuiria a zona de ação do gérmen da separatividade que o orgulho,  o egocentrismo e os sentimentos da estupidez alimentam. Não cobraríamos mais  de ninguém, nem criaríamos expectativas. Enxergaríamos o real e descolaríamos o nariz do umbigo. Viu, simples assim?! Somos capazes dessa proeza?

A arte da convivência requer muita cautela, muito carinho, muito zelo, muito cuidado, não melindre e mentes ignorantes que semeiam a estupidez de não saber compreender. Mais uma vez, eis a COMPREENSÃO. Volto a reafirmar um pensamento meu: compreender não envolve ver apenas o meu lado e alegar "me compreendam". Compreensão requer uma visão holística, requer que se vejam o todo e as partes - concentração e atenção. Isso é exercitado se admitirmos que existem outros EU´s andando por aí, além do nosso EU. Existem vários indivíduos.

Isso tudo só para eu desabafar que, do mesmo jeito que eu entendo sem dor, que meu amigo não teve tempo para mim, porque, naquele momento ele precisa do tempo dele para ele; eu preciso que algumas pessoas entendam que eu, também, tenho essa necessidade do meu tempo para mim. Têm dias que não tenho "tempo mental", mediante esgotamento natural de minhas forças vitais e preciso "recarregar". Isso me impede de agir, inclusive, resolver assuntos sérios. Eu, hoje, acredito que tem hora para tudo. Posso até "perder" ou "deixar passar" uma aparente oportunidade... Melhor do que virar um estorvo em minha vida. Eu? Eu mesma! Estou em busca é de abrir frentes. De me tornar cada dia menos densa. Até conseguir ser leve. E, sinceramente, não sei o porquê de algumas pessoas não entenderem meu lado... Não penso de pensarem como eu penso, mas, respeitarem a MINHA maneira de pensar. Por que eu posso compreender e o ser que exige compreensão, não se esforça para fazer o mesmo?

Olha, isso me faz exercitar a tal da paciência, também. Mas, até ela tem limite. Eu não sou a "dona da razão", mas, se tem uma coisa que voltei a fazer e cada dia com menos culpa é deixar bem claro até onde a pessoa pode chegar. E, minha ficha já caiu para uma coisa certa: se a pessoa se doer, é ela com ela mesma. Pode parecer frieza e indiferença, mas, se gente não entender que não pode mudar o outro, apenas a nós mesmos, sempre seremos vítimas de nós mesmos. E, se a gente não entender que estabelecer nosso espaço é algo saudável e não egoísmo, das duas, uma: ou nos tornaremos egoístas e nos fecharemos em ostras; ou, não teremos nossa individualidade preservada com equilíbrio e serenidade. E, reforço, se o outro não entende isso, ele precisa se encontrar, porque querer invadir o espaço alheio e não querer ser freado pelo limite da zona de encontrp social já é abusar da boa vontade. Como tem gente que é incapaz de entender isso, por diversas razões e todas provenientes do próprio egoísmo - afinal, adoram invadir, mas, detestam a sensação, fruto da própria fantasia doentia, de estarem sendo invadidos... - não nos resta outra alternativa a não ser estabelecer com firmeza e sem culpa o espaço limite.

Gente, têm horas que estamos cansados; repensando; mudando... planejando... vivenciando.. e precisamos de todas as nossas forças nesse processo. Quem não se permite viver a própria vida, se deliciando em conhecer-se, aventurando-se em desbravar-se e entendendo que ainda assim é humano e vai cansar, terá que repor as próprias forças, sentirá raiva, dor, desgaste e afins... essa pessoa nunca compreenderá que há quem se permita e viva assim: conhecendo-se. Fora que essa pessoa não entende que não dá para "comprar" o seu problema, que por mais que um amigo dê ombro, apoio, ouvidos e, até, palavras, só ela mesma pode resolver o próprio problema, tomando uma decisão e seguindo, agindo. Olha, esse é um grande problema para os que não entendem isso. Além de não assumirem a responsabilidade da própria vida e não quererem sair dos ciclos viciosos que se encontram, ainda querem que um amigo o faça. Essa falta de consciência é um entrave enorme em qualquer relação, principalmente, da pessoa com ela mesma. Tem uma dessas pessoas que, quando a pessoa eleita para ajudá-la, por qualquer razão não pode, ela fica enfurecida e brada: "não sei o que é que custa... é tão fácil...". Uma vez, num desses momentos, eu disse diretamente: "se é fácil e o problema é seu, resolva você!". Daí, vi um bicho acoado pela própria estupidez, falta de compromisso e responsabilidade com a própria vida e infantilidade, pular irracionalmente e bradar ainda mais: "Calma! Não tem porque ficar nervosa! Eu só te pedi um favor, não pode, fale...". Nesse dia, "paciência" me fez uma visita e chegou na hora do embate - porque acaba virando um embate do qual você não fazia parte e nem precisava viver... - e me segurou, onde respirei fundo - agradeci mentalmente a "paciência" pela ilustre e necessária presença - e disse: "Bom, não sei o quê sua cabecinha de menina mimada e infantil entendeu, mas, foi isso que disse, desde o início: eu não posso te ajudar...". Retrucou e, como fechei a zona de acesso a acesso da nossa interseção, só lhe restou cair fora. Bradou, falou, resmungou, pintou horrores com meu nome para os outros, mas, não invadiu o espaço, entendeu que ali era o meu espaço. Meu nome, "limpei" com o tempo - não fui tão madura, eu me irritei e muito, mas, deixei passar e me dizia: deixa o tempo resolver - e as pessoas que escutaram a criatura me disseram - algumas dessas pessoas - que não se aproximavam de mim para não ter proximidade com ela... depois que ela falou que eu não a ouvia, "que isso e que aquilo", viram que eu não era como ela... Ou seja, foi até bom para mim. Esse é apenas um exemplo. No caso dessa pessoa, a recorrência dessa maneira de agir é constante, frequente e intermitente... ela pula de pessoa em pessoa, nunca muda e só planta sementes de pessoas que se afastam dela. Mas, essa pessoa é o exemplo perfeito, porque nunca aceita um "agora não dá" de bom grado e sempre quer que resolvam tudo por ela, sem entender que as pessoas têm a própria vida e têm todo o direito de vivê-la como bem quer e fazer o que entende. E se chatear, difamar e pintar o diabo com o nome de alguém que não pôde nos ajudar é algo muito pequeno, é mesquinho demais. Precisamos aprender a respeitar o tempo de cada um e pronto. Tem mistério não.

Graças a Deus, com a maioria dos meus amigos isso não acontece. Quando acontece, me lembro: "é com essa pessoa, não comigo". Às vezes, os outros querem que a gente entre na aceleração mental deles e não querem papo. Nos lembrar que não temos que resolver o problema de todo mundo nos lembra que cada um precisa assumir a responsabilidade por seus atos e suas escolhas e, sendo assim, se "agora não dá para te ajudar" é porque, dentro do que eu escolho, agora, preciso estar inteira e seguir minha escolha. Quando coincide, ótimo, conte comigo. Mas, o povo gosta mesmo de abusar e, a isso, eu deixo um sonoro NÃO. Uma coisa é dar apoio, ajudar, estender a mão, o ombro amigo de maneira verdadeira, outra coisa é ver claramente que estão querendo abusar da boa vontade e explorar. A isso, também digo NÃO. Enquanto a pessoa continuar perdendo seu tempo tentando provar que eu fui "má" porque não pude - ou não quis, conforme meus NÃOs especificados acima - ela estará perdendo a grande oportunidade de SE ajudar.

Têm horas que não dá e isso não é falta de carinho, é vida que segue e cada uma tem a sua. Não é falta de vontade de ajudar, é impossibilidade. E tem tempo para tudo, nessa vida! Nem sempre dá tempo para resolver tudo, muito menos, ao mesmo tempo. Ter discernimento e colocar isso em prática requer uma dose de cuidado, porque não é fácil ser aceito ao agir assim. Talvez, não agrade a quem não sabe escutar um "não, agora não dá".

Infelizmente - para a pessoa -, "agora não dá"... Porque, felizmente, para mim, tenho que resolver umas coisinhas pessoais e preciso de mim, senão, nem ajudo e ainda me atrapalho. Daí, em alguns casos, nada mais adequado do que minha velha e boa DS - Distância Saudável. Quando dois mundos individuais não conseguem coorbitar na mesma faixa, melhor estabelecer a DS, para que nada seja destruído a ponto de abalar com estruturas frágeis e abaláveis...

Pat Lins.

sexta-feira, 16 de março de 2012

COMO ENSINAR A SER FELIZ SEM SABER SER FELIZ?


Não adianta tentarmos fazer os outros felizes... o unico caminho para conseguirmos ajudar alguém a ser feliz é sendo primeiro. Nao dá para ensinar aquilo que não se sabe.

Para um sonho cumprir o seu glorioso papel de se tornar real é preciso vivê-lo.

"Então, minha querida Amélie, você não tem ossos de vidro. Pode suportar os baques da vida. Se deixar passar essa chance, com o tempo seu coração ficará tão seco e quebradiço quanto meu esqueleto. Então, vá em frente, pelo amor de Deus!" (Le fabuleux destin d'Amélie Poulain)

"Pintor: 'Ela prefere imaginar uma relação com alguém ausente do que criar laços com aqueles que estão presentes.' Amelie: 'Hummm, pelo contrário. Talvez faça de tudo para arrumar a vida dos outros.' Pintor: 'E ela? E as suas desordens? Quem vai pôr em ordem?'" (O fabuloso destino de Amelie Poulain)
Sempre será tempo difícil para um sonhador... em algum momento terá que assumir o risco e sair do mundo dos sonhos e da fantasia e viver a vida real; um sonho realizado! Nesse momento, entenderemos que não somos quem nos fizeram...somos quem somos e um dia isso precisa se aceito. Um dia, precisamos nos (trans)formar em nós mesmos.


Pat Lins.

quinta-feira, 15 de março de 2012

SONHO REAL


Às vezes, é preciso viver muito a realidade que se apresenta para ter condições de viver um grande sonho!

Na hora certa, escolher como viver essa realidade é que levará a concretização desse sonho como um projeto de vida real!

É preciso estar com os olhos bem abertos, despidos de tabus, preconceitos, e, muito importante: do medo. Será preciso deixar de fantasiar e fazer o caminho além do arco-íris...

Sabe o "vivendo e aprendendo"? É isso!



Pat Lins.

quarta-feira, 14 de março de 2012

VONTADE DE SER FELIZ


Sei lá! Tem dias que penso que não vou suportar de pressão. Em época de crise, crie, né assim? Montamos uma empresa e vêm os medos: vai dar certo? Vamos vender, tudo? Bate uma aceleração mental e tudo vira, como num looping. Somado aos afazeres paralelos - filho, marido, voltar a estudar, planejar a colocação em prática de um sonho - em breve divido aqui - e tudo o mais, como contas a pagar e rotina em geral, em alguns momentos penso que não vou dar conta. Daí, nessas horas, venho aqui e me leio. Vejo o quanto já superei e relembro-me o que acredito e o que "tenho" que acreditar - risos. Respiro fundo. Dou uma paradinha. Repito para mim: "só temos duas opções, nadar ou morrer...". Ai, meus braços! Ai, minhas pernas! Não sei o que seria de mim sem vocês. Nado, nado e nado. Olho para o céu e digo: a vida é uma linda poesia, mas, muitas vezes, uma poesia pesada. O que não deixa de ter sua beleza e seu porquê.

Nessas horas eu me lembro: eu tenho tanta vontade de ser feliz! - Ah, isso não me impede de explodir, de ter acessos de raiva, de me sentir para baixo... Hoje em dia, o diferencial está em ver e querer ver, mesmo que algo esteja tapando minha visão. Saber lidar com as emoções. É! Estou começando a aprender... tô no portão que dá acesso ao caminho que leva ao portãozinho de entrada do caminho para a felicidade! Já, já, no tempo certo, chego lá! Todos nós nascemos para isso, foi não?! Crisálida, minha gente! Crisálida! Eu quero sair da sala da ilusão... cansa, depois de tanto tempo. E, só saindo, entenderemos o que se chama Vida.

Poxa, que vontade de ser feliz!


Pat Lins.

terça-feira, 13 de março de 2012

O PODER DA LEITURA

Podemos não encontrar todas as respostas em livros, mas, com certeza, aprendemos a formular grandes perguntas. E, as perguntas certas podem nos conduzir ao caminho certo.

Resumindo: o poder da leitura é desenvolver muitas de nossas habilidades latentes. Abre as portas da mente. Rompe barreiras. Nos permite conhecer novos mundos. Compreender as diferenças. Aceitar que existe muito mais do que nosso perímetro umbigo-nariz. Nos abre, inclusive, para nós mesmos; para nosso mundo pessoal. Ajuda a desenvolver o senso crítico - muito diferente de criticar e polemisar sem conteúdo e/ou por nada, sem sentido. Senso crítico é a nossa capacidade de pensar por nós mesmos; capacidade de discernimento. Nos ajuda em tanta coisa. Faz um bem enorme. Deixe-se tocar por esse mundo repleto de vários mundos, várias portas, várias aberturas!

A pergunta certa pode nos dar a grande resposta!

Daí, mais uma vez, estava eu com este post em rascunho e me deparo com o belíssimo trabalho de Morgana Gazel que, na verdade, não fecha meu raciocínio, mas, ao contrário, abre-o, com sua palestra O PODER DE TRANSFORMAÇÃO DA LITERAURA. É só clicar e ler!

Boa leitura! Inclusive, boa leitura da vida!

Pat Lins.

segunda-feira, 12 de março de 2012

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Mania de querermos respostas, respostas, resposta... E as perguntas certas? Elas trazem as respostas certas. Perguntar induzindo a resposta não é querer resposta, é querer se afirmar, mesmo sabendo qual caminho deve trilhar.

Para quê tanta pergunta se não queremos as verdadeiras respostas?

Daí, recebo de uma amiga a imagem abaixo e fecho meu pensamento, me abrindo para as perguntas e respostas da Vida!

 

Pat Lins.

domingo, 11 de março de 2012

COISAS QUE NÃO SABEMOS

Muitas vezes na vida a gente não entende "como" e "por quê" certas coisas acontecem. Mesmo assim, não deixam de acontecer.

Final de novembro, minha tia/madrinha descobriu que estava com câncer de mama. Um choque! Faz muitos anos, somos voluntários no GACC - Grupo de Apoio a Criança com Câncer. Estávamos "acostumados" a dar algum tipo de apoio a quem estava em tratamento por lá. Sofríamos a dor dos outros, mesmo assim, nos mantinhamos solidários. Hoje, a dor é nossa e como agir? O quê fazer?

Na comemoração do seu 51º aniversário, seus cabelos, que já começaram a cair, foram raspados. Choque? Que nada. Ela ficou linda. A vontade da pessoa de se curar e lutar pela vida, aliada à elegância natural dela - mesmo acima do peso, ela sempre teve uma boa "estampa" - o rosto ficou em evidência, como uma mensagem: o que é um cabelo, se a beleza vem de dentro?

Como bem me lembrou uma nova amiga e vizinha - Rosana Lins - "Às vezes, a doença se apresenta para que outras coisas sejam curadas. Coisas que nem sabemos de outras pessoas e que fazem parte da nossa vida tb. Essas outras coisas são curadas com esse AMOR explícito na atitude de vcs! A foto está tipo: UNIDAS VENCEREMOS!!! Muita saúde para ela!!! Todos temos "alguma dor" a ser curada.... seja lá qual for! Poucos tem TODO ESSE AMOR!!!", se referindo à nossa homenagem, na foto do início do post.

E é isso que pensamos: dar muito amor! Na vida é assim: quando algo parece estar errado, algo deve ser consertado. E todos crescemos, juntos.

Família é isso: estar junto em todos os momentos, alegres e/ou tristes. Nós compartilhamos muita coisa. Minha família tem lá seus defeitos, mas, como tudo na vida tem os dois lados - defeito e qualidade - o importante é o que prevalece. Na minha, prevalece esse amor. Todos se unem para alcançar a vitória. Em cada momento de dor, já estamos juntos, porque nossa união é natural. Somos amigos, inclusive. 

Nós não sabemos o porquê de certas coisas acontecerem, o que não as impede de acontecer. Por isso, Deus, se o Senhor está a nos escutar, nos dá mais força para suportar mais essa fase de dor. Dá-nos a capacidade de sabermos o "como" ajudar. Dá-nos a capacidade de mantermos a chama da fé e da esperança. Dá-nos a luz para superarmos. Dá-nos condições de cuidar e tratar! Dá a cura!

Tia, muita luz, paz, saúde, cura e prosperidade em sua vida. Se o dito popular está certo: "depois da tempestade sempre vem a bonança". Que venha! Que venha não só a cura para a doença fisica, mas, que venha uma chuva de luz e coisas boas. Olha, pode se tratar de uma doença miserável, mas, saber que é querida, que um monte de gente torce por você e que tanta gente se entrega junto, nossa, deve ser fortalecedor.

Muita luz, paz e saúde para todos, hoje e sempre!

Pat Lins.

O DIFERENTE PODE SER LEGAL - TEMPERO DA VIDA


Existe um grande problema dentro de cada um de nós: a gente só procura quem pensa igual a gente, para não ter o trabalho de entender e aceitar que existe o diferente.

Quantos de nós se fecham em grupos e pessoas que só pensam como a gente e "mete o pau" em quem pensa diferente, como se nós estivéssemos acima de todos?

Por que é tão difícil entender e aceitar que o diferente não só existe, como pode ser legal? Que se permitir respeitar uma opinião diferente é estar muito mais no caminho da sabedoria do que apenas se limitar aos que pensam como a gente? Até para fazer uma boa comida, os ingredientes diferentes, cada um com sua medida, em harmonia e respeitando o que cada um traz é que faz e dá o sabor. Esse é o tempero da vida!

Pat Lins.


sábado, 10 de março de 2012

DESAFIO: COMO LIDAR COM AS PESSOAS QUE AMAMOS?


De todos os desafios que tenho tido a oportunidade de encarar - bom... os mais pesadinhos estão ao final da minha lista, mas, a Vida vive trazendo-os à tona... uma dia, me fortaleço, os encaro e os supero - um dos mais difíceis consiste em saber lidar com as pessoas que amamos. Daí, a necessidade d´eu, sobretudo, saber lidar comigo. Pelo visto, a máxima de Jesus é verdadeira: "amai a teu próximo como a ti mesmo". Enquanto não soubermos lidar com nossas sombras, elas imperarão. Enquanto elas imperarem, não saberemos lidar nem com quem amamos, nem com que não amamos. 

Portanto, como compreendi - ainda não internalizei, nem assimilei de verdade -, com uma grande amiga, a escritora Morgana Gazel, o melhor caminho é pelo amor. Quando aprendemos o que é o amor, o que é amar e como faz bem alimentar esse nobre sentimento e viver nele, distribuindo-o, fica mais fácil lidar com qualquer pessoa, principalmente, conosco.

Não tenhamos medo de nos dar amor. Incutiram em nossas mentes que nos amar é pecado. "Pecado" é o egoísmo, a ambição desmedida, o orgulho, a falta de escrúpulos, a avareza, a inveja, a hipocrisia... e, acima de tudo, o medo do medo de ser feliz. A privação da felicidade, para mim, é o maior pecado do mundo! E, para se viver a felicidade, a verdadeira, a real, não tem outro caminho: conhecer e viver as verdadeiras virtudes. Sabe qual sentimento alimenta a todas? O AMOR. Amor não é só entre casal, não. Pelo amor de Deus, amor é saber amar. É entender que se doar é um movimento pessoal e esperar nada em troca, porque só o fato de se doar com o coração aberto já inclui o movimento de dar e receber, porque, pelo que entendi, quanto mais amor - o de verdade - se der, mais ele volta e enche quem o emama com ele mesmo. É como se ele não saísse e deixasse quem o doa vazio, pelo contrário, quanto mais ele é dado, mais ele enche quem dá. Veja o quanto é diferente do material que estamos acostumados a "doar"... quanto mais doamos, menos temos, porque o que é matéria não se divide e se multiplica ao mesmo tempo. Já o amor, esse sim, é pleno e a plenitude faz com que ele saiba se doar, sem esperar que devolvam algo, ou "paguem" por estarem recebendo. Ele se completa de tanto ser dado.

É muito difícil aprendermos a viver esse sentimento em sua forma plena, porque ainda somos muito apegados aos erros dos outros, à culpa dos outros, ao egoísmo  - ao qual chamamos de amor próprio... e, na verdade, é puro orgulho. Engraçado é que nos é passado que egoísmo é "feio" e o que mais nos ensinam é "como ser um egoísta e dar um nome bonitinho a ele, para que ninguém saiba que és um". Olha, essa base hipócrita que crescemos é muito complicada. Por isso é tão difícil lutarmos. Não somos como um herói de filme que, no geral, só combate o "mal" que existe fora. Nós, humanos e mortais, precisamos combater o mal que existe dentro de cada um de nós + o mal que existe fora de nós. Os heróis das histórias vivem só, porque, em sua maioria, a convivência com eles é um perigo. É como se o "amor" pelas pessoas mais próximas fosse uma "falha", uma "fraqueza", uma porta aberta para o ataque. O que não deixa de ser uma mínima parte de verdade. Mas, será que isso não nos quer mostrar, também - ou, inclusive - que o nosso maior desafio é sabermos lidar com as pessoas que amamos? Sabemos respeitar o direito de escolha dessas pessoas? Sabemos e aceitamos que amar é deixar livre, para que possam exercer o direito de fazerem essas escolhas? Será que um filho morar longe dos pais é falta de amor? Será que só podemos ser felizes se vivermos debaixo das asas físicas da nossa família? 


Quando assisti "Comer, rezar, amar", pensei: "não acredito que vou assistir esse filme comercial...". Mas, ele veio parar duas vezes em minha mão e decidi me dar a chance - lembrei de algo que falo e não estava fazendo: "para saber se um livro é bom, não julguemos pela capa, leiamos até o fim" e eu ia deixar de assistir ao filme por preconceito - orgulho... me coloquei como acima de quem o fez e da mensagem que poderia haver ali. Lógico que, em filme, tudo parece ser tão fácil, sem esforço algum, só diversão. Dimensionei num tamanho muito maior: minha vida. Vi que teria dificuldade, primeiro, em me permitir. Vi que o medo de "ir" rumo ao sonho me deu medo. Medo, medo mesmo. Itália! Comer, se alimentar, sem culpa. Se alimentar de ótimas companhias, de momentos inesperados, deixar os gestos falarem, deixar o corpo falar... Estar numa terra distante e sem falar o idioma e sozinha - sem pessoas conhecidas. Pior: sem dinheiro. Daí, vi que, para mim, a felicidade vem num carreto e que podemos comprar, até, numa loja virtual... Fazer acontecer é um desafio e tanto e leva ao caminho para a felicidade. Mas, ainda não era tudo. Vi que falar está além de verbetes e palavras... está no querer se comunicar. Saber se expressar com clareza é ter a clareza do que quer dizer. Índia. Meditar. Ficar zen. Como estar tão alegre e, de repente, ter que parar e se ver por dentro e sentir tanta dor, fúria, raiva, culpa, medo? Para quê refletir, se refletir dói? Para quê se perdoar se se manter culpado e culpando é tão "bom", não requer esforço, é só se deixar dominar...? Bali. Nossa, encontrar Ketut! Ter a oportunidade de escrever no livro da vida dele, como se todo mundo compartilhasse da mesma história; como se o livro da vida fosse simples e não páginas apenas em branco... como se para aprender, precisássemos aprender o que já existe e descobrir como atravessarmos a nossa vida. "Atravessiamo"! Quando a personagem falou uma coisa simples, fui superubermegahipertocada: "às vezes, precisamos nos afastar das pessoas que amamos..." isso não diminui o amor, muito menos, que não queremos mais estar com essas pessoas, mas, existe tanta coisa na vida, e há tanto espaço para amarmos que nem sabemos como usar essa capacidade, justamente, porque nos ensinam a vida toda que não devemos amar a todos, afinal, tem muita gente má, lá fora! E ela aprendeu a trocar: se dando e recebendo aquilo que precisava. Aprendeu a ajudar, a olhar para quem precisa de algo, também, e, entender que, amar requer todo tipo de doação. Não vou aprofundar muito nessa parte... é meio, bastante, muito delicada. Voltando ao filme: quando ela se afastou das pessoas que "amava", ela pôde se deparar consigo. Depois de um tempo, a personagem havia percebido o quanto ela era como as pessoas que "amava". Quem era ela, afinal? Quais eram seus sonhos, antes de se "aprisionar" à normose? Ser normal requer de nós essas atitudes muito limitadas. Ir além pode ofender, magoar, irritar, perfurar o estômago, destruir alguém que amamos, porque, esse alguém que amamos nos quer tanto para si que nem percebe que não sabe nos dar amor; não sabe amar; não sabe se amar! Essas pessoas - nas quais me incluo - dependem da carência própria e alheia para se mantererem vivos. É difícil ver alguém que "amamos" seguir um caminho que não nos inclua ao seu lado, né verdade? 

Enfim, saber lidar com essa situação é gritar um "atravessiamo". E atravessar juntos, algumas vezes, quer dizer: você está em meu coração, mas, seus planos são X e os meus Y e, nessa reta de minha vida, nossos pontos físicos não se cruzam, ao menos, não no sentido de estar junto e grudado. Ir junto pode ser num simples e sincero "estar junto, ainda que afastado fisicamente". É estabelecer a conexão do coração. É saber e respeitar que cada um tem um rumo a seguir e que "ir" não quer dizer "adeus" para sempre. Nosso egoísmo nos dimue muito. Podemos ser tão mais, se nos abrirmos para o Amor. Olha, esse trio quer me ensinar tanta coisa... Vida, Tempo e Amor querem nos levar para o caminho das pedras, para o "kalos kai aghatos" ou o caminho do bom, do belo e do justo; ou, como afirma Aristóteles, o "justo meio". Ah, esse caminho aí que a gente fala tanto e se afasta tanto e cada vez mais! Mas, é tão difícil esolher e se manter nesse caminho... o descontruir faz subir muita poeira e isso é incômodo, sim. Por que negar? O esforço também causa dor.

O filme me pareceu falar sobre as delícias da vida: comer, rezar e amar! Vivendo de maneira honesta e aberta, nossa, saborearemos o que há de melhor no cardápio de nossas vidas. A felicidade deve ser um manjar dos deuses! Sem a gula, claro. Tudo com equilíbrio. Ser feliz é tão diferente de ser egoísta. Nem vou falar dos atores, porque, nossa, eles dão um show!

Então, "ATRAVESSIAMO". Nossa, até falar essa palavra é bonito! Vamos alimentar nosso corpo, nossa mente, nosso espírito e, porque não, o prazer sadio, a alegria de viver e usufruir dos momentos únicos. Vamos nos permtir nos conhecer. Vamos nos permitir conhecer muito mais do bom da vida! Todo mundo tem medo de alguma coisa. ATRAVESSIAMO!

Pat Lins.

quarta-feira, 7 de março de 2012

EQUILIBRANDO-SE NO DESEQUILÍBRIO

Escutei uma frase bem bacana essa semana:

"PARA EQUILIBRAR, É PRECISO DESEQUILIBRAR..."

E é verdade! Eu pensava que ser equilibrado era algo estático, como plantar bananeira e ficar lá, naquela posição de equilíbrio a vida inteira... Depois que ouvi essa frase, entendi uma coisa: o equilíbrio é esforço de manter-se em equilíbrio. Fora quando chamamos "controle" de equilíbrio. É preciso do desequilíbrio para o equilíbrio passar a existir. Como se fosse uma parte do caminho. Como se fosse a reafirmação da dualidade, das forças opostas em igual intensidade: equilíbrio. A harmonia está aí, em estar-se ajustando constantemente. Às vezes, o ficar parado é falta de equilíbrio, de saber que rumo tomar.


Bom, eu equilibrada? Digamos, que ainda esteja desequilibrando para equilibrar. Sem cobrança, na paz. Vou me equilibrando nos apoios da vida. Vou me equilibrando no desequilíbrio, tipo um bêbado equilibrista.

...e vamos vivendo  num equilíbrio dinâmico!

Pat Lins.

terça-feira, 6 de março de 2012

ESTÁ CHEGANDO A HORA DE...

Ultimamente, me digo: "está chegando a hora...". Do quê será? O que quero dizer a mim mesma, que nem eu entendo? De voar! De ir além? De perder o medo, do medo, do medo de ser feliz? Comer, rezar e amar?

Oh, Deus, o que será que será?

Bom, no dia que chegar, chego aqui para compartilhar!

Pat Lins.

segunda-feira, 5 de março de 2012

CONSTRUINDO E PLANTANDO FELICIDADE - WORD ROCKS

Nessa nova fase do blog – ou minha – pensei em praticarmos coisas simples e legais, que nos lembre quanta coisa boa ainda existe e pode existir, só cabe a nós fazer. Os desabafos e trocas de idéias continuam. Com uma diferença: AQUI E AGORA. O tempo para fazermos é o presente.

Quando recebi as sementes de girassol de uma amiga – Angela Márcia -, no final do ano passado, pensei: é a cara da cara nova do blog – e minha. Como sou apaixonada por girassóis, decidi colocar minhas borboletas para voarem e pousaram nessas flores lindas e tão ricas de boa simbologia. Sua exuberância nos remete a uma postura majestosa, solar, bela e alegre. Sempre fui encantada por essas flores. Na verdade, com a beleza da natureza. Não tenho muito jeito para plantar, nem tenho esse hábito. Sou uma admiradora. Um dia, quem sabe, desenvolvo essa prática.

Para incrementar, fui fazer uma simples pesquisa no “Google” e acabei, em meio a caminhos diversos, encontrando algo que procurava, sem saber. Sentia que precisava encontrar algo bacana. Simples, fácil e profundo. Como essa fase é “CONSTRUINDO E PLANTANDO FELICIDADE”, e, com isso, podemos deixar um mundo melhor para os nossos filhos e filhos melhores neste mundo, “conheci” um “lugar” encantador: WORD ROCKS.  Sei lá, essa idéia me caiu de maneira meio simbólica, tipo: para uma boa construção, a base é de pedra; na Bíblia, existem metáforas com a força das pedras; pedra é solidez e palavras boas nas pedras podem ficar sólidas em quem as escreve e em quem as recebe; pedras no caminho, por um caminho do bem... as palavras nas pedras! Para que elas fiquem fincadas. Não como sepulturas, mas, como marca de resistência e solidez. Em vez de construirmos muros de pedras, podemos construir um CAMINHO DE PEDRAS. Algumas culturas, algumas crenças religiosas, filosóficas usam esse termo “caminho das pedras”, como sendo o caminho que nos levará à evolução; O caminho certo... Não o “onde” chegar, mas, o caminhar. O caminho que nos leva à verdade, à nossa essência, ao divino. O caminho das pedras trata-se de entender que o milagre é resultado de um caminhar, de uma entrega, de uma ação. Até em “O Mágico de Oz”, nos deparamos com essa simbologia, onde através do caminho das pedras amarelas, Dorothy pode chegar até o Mágico de Oz e voltará para casa, ou seja, encontrará seu verdadeiro caminho, de volta ao lar. De volta à essência. Ao encontrar o Mágico de Oz, ela descobre que ele era uma fraude, uma ilusão, mas, o que ela e seus amigos viveram, descobriram e superaram no caminho, foi verdade, foi legítimo, foi através da força que há dentro de cada um de nós. O que cada um buscava, estava dentro de cada um deles. Cada personagem traz uma característica nossa. O que eu percebo é que a história nos leva à nossa busca pela inteligência/sabedoria, emoções/humanismo e coragem/bravura. O caminho das pedras amarelas não os levou a um mágico milagreiro, diante do caminho eles fizeram o “milagre”. Eles despertaram, em si, aquilo que buscavam. Resumindo, senão vou mergulhar na simbologia da história e perco o foco do que quero dizer aqui... Pois é, o caminho das pedras nos leva a nós mesmos. Que tal seguirmos juntos, construindo um caminho de pedras com belas palavras, boas emoções, bons sentimentos? Foi o que senti quando me deparei com esse espaço tão especial, esse movimento da Carolina Âreas, registrado em seu blgo WORD ROCKS.

Pedrinhas feitas por Pat Lins e Peu em Salvador/Ba/Br
  PEDRA: Significa conhecimento e sabedoria. É um símbolo do SER, da coesão e da conformidade consigo mesmo, por isso serve de sinal para qualquer caminho. Simboliza clareza, irradiação, glória, fio ou gume da iluminação, o vazio, o indeterminado, a imortalidade. E as PALAVRAS têm força! Não é assim que escutamos, quando falamos algo ruim? Vamos usar essa força para coisas boas. Mensagens positivas gravadas em pedras, que são sólidas. É isso que é o WORD ROCKS, um movimento, um projeto posto em prática pela Carolina Âreas. Quem encontrar uma de suas pedras, basta tirar uma foto e mandar para ela, para que a corrente do bem do caminho das pedras seja mantida e cada vez com mais pedras. Atrás das pedras tem o link para o blog, para que a pessoa possa entrar e saber o que fazer. O AQUI E AGORA viu, nesse caminho, uma pedra a mais para o nosso caminho CONSTRUINDO E PLANTANDO FELICIDADE. É só fazer parte. Não precisa de inscrição, apenas, fazer – no caso do WORD ROCKS, é bacana visitar o blog e dar os devidos créditos, para manter a corrente forte.

Também fiz minhas pedrinhas para fazer parte do movimento. Coloquei em vários lugares da cidade – com o link http://www.wordrocks.net . Assim como as sementes de girassol, as pedras estão levando o desejo de que coisas boas aconteçam. Milagre? Utopia? Não. Essas ações não trazem o milagre em si, mas, o efeito positivo é capaz de mudanças incríveis e impressionantes! Começar é o caminho. Não existe fórmula mágica para o caminho das pedras, basta colocar uma pedra após a outra. Dar um passo de cada vez. Seguir. Não basta chegar, tem que continuar!

Vamos construir e plantar nossa felicidade, AQUI E AGORA.

Pat Lins.

domingo, 4 de março de 2012

"DE TUDO FICARAM TRÊS COISAS..." - FERNANDO SABINO

"De tudo ficaram três coisas...
A certeza de que estamos começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos
antes de terminar...
Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro!"

sexta-feira, 2 de março de 2012

ESCREVER PARA NÃO SUFOCAR


Quando comecei a escrever aqui, neste blog, escrevia para não sufocar. Implodia a cada segundo em dor, sofrimento e dilemas intermináveis e insolucionáveis, em minha mente. Escrevia aos prantos, com lágrimas de sangue de tanta ferida aberta e tanta dor. Escrevia para ler e achar que tudo era tão simples que é capaz de ser escrito. 

Sabe, têm sentimentos que são indescritíveis...e esses, mesmo que eu tente, como agora, não saem. Hoje, assisti ao último capítulo da novela "A Vida da Gente" e vi que por mais comercial que seja uma novela, é possível usar a sétima arte - se é que pode se chamar um novela de hoje em dia em arte - para fazer algo que toque, que nos faça sentir a necessidade de dizer: preciso entender que o único caminho é o que vim para seguir. Não assisti desde o início, mas, peguei algumas boas partes. Nessa reta final, me sentia mexida por dentro, como se eu estivesse ali. Faz tempo que não assistia algo que me fizesse isso. Normalmente, sinto isso em boas leituras. O mais engraçado foi ouvir dois personagens querendo escrever, sentindo a necessidade de colocar para fora para não "sufocar". Entendi o que queriam dizer com minhas verdades. E o meu não sufocar era organizar linearmente minhas idéias, de maneira que fosse possível entender o que eu supunha ser inacessável. Senti a necessidade de me tornar mais real para mim. Senti a necessidade de me ler, de me ver e de me tocar em emoções. 

É, parece doideira. Cada um tem a sua, né verdade? Quem se acha sábio demais, não sabe o que quer dizer a verdadeira sabedoria. Eu penso que uma pessoa sábia é tão sábia que tem a humildade, algo inerente à condição de sabedoria: saber que somos regidos por algo acima de nós, com ritmo próprio, com Leis e com um bom motivo para existir. 

Hoje, ao ver o final da novela, me peguei chorando uma lágrima tão gostosa. Um sabor diferente. Tinha todo efeito sonoro e de luz como uma cena de novela onde a vida da gente passa pela nossa mente e como Ana e Rodrigo, é preciso nadar e se afogar nos rios da vida para, enfim, protagonizar a libertação. O amor é tão maior do que essa mesquinharia que dizemos sentir. Ele é grande, é sublime. Ele suporta tudo, simplesmente porque, para ele, nada é pesado, tudo é como é e se não é, fazer o que precisa ser feito para se ser.

Quando sinto a necessidade de escrever, agora, é para me ler coisas boas, um lembrete do óbvio que deixamos tanto passar, apenas, por assim ser: óbvio demais. Nós não queremos o óbvio, porque ele é certo, pronto. Nós queremos as dificuldades. O óbvio nos remete a um dos nossos mais temidos desafios: entender que a vida é isso, requer simplicidade e obediência para se ser livre. Simplicidade como a natureza, que simplesmente é. Obediência para entendermos a regra geral desse jogo que não é jogo, nem competição, é escola e escolhas: viver é concluir, resolver pendências, ouvir o mestre tempo, saber conjugar verbo - essa é muito importante. Quem pensa que não, quando aprender vai saber a enorme diferença entre presente, passado e futuro -, seguir adiante, ter esperança, ter desprendimento - caso se dê conta de que errou, redime-se e refaz o caminho -, compreensão e muito amor. Resumindo: viver é amar! Ihhhh! Pirou o cabeção. 

Nessa de (re)assistir minha vida, me peguei com essa vontade louca de escrever. Sabe Deus o quê. Uma vontade de gritar para o mundo ser feliz! 

Hoje, minhas lágrimas regam minha carne, com águas derramadas pela minh´alma que é limpa e quer se chegar mais, cada vez mais. Minhas lágrimas sorriem a esperança. Minhas lágrimas sorriem, através de um choro silencioso de gozo e alegria ao ver as vitórias - não as do meu time... esse me faz chorar de raiva... - da vida, por ver a luta de um planeta que pede socorro e está prestes a deixar de existir - ou mudar de novo - por causa da gente, mas, mesmo assim, ele ainda luta pela gente, ainda aposta em nós. Eu queria apostar junto, mas, nesse ponto, minhas lágrimas são de dor, por uma humanidade tão vazia e que nem se abala por assim ser. Muitos que se dizem repletos, estão repletos de suas arrogâncias. Mas, a Terra, mãe amada e gentil, nos quer dar seu amor. A mãe Natureza já não tem mais tanto tempo - uma das facetas fo Tempo, que passa e segue. Todo mundo muda - uns para melhor, outros para pior, outros, apenas mudam de lado... se viram e nem saem do lugar... - e ele vai, sempre. Nunca vem. A gente se prende tanto ao passado e o tempo, lá, indo, sempre em direção ao tempo presente, ver o que há e segue, rumo ao futuro que é seu lugar. Olha, muitas vezes me pergunto: se estamos de passagem, porque não aproveitar?

Sim, meu choro é de alegria e tristeza, ao mesmo tempo. E a vida é assim, enquanto não aprendermos a merecer apenas o sorriso. Ela não nos pune, ela nos dá chances e mais chances e "nóis neca". O merecimento vem com Tempo, quando colhemos os bons frutos, ou seja, quando plantamos as boas sementes. Quando construimos um caminho sólido e verdadeiro.

Nossa, meu coração aperta e solta. No geral, me vejo feliz. Incomodada e triste com o rumo de muitas coisas e muitas pessoas - as que querem correr contra o tempo e as que nem fazem idéia de sua existência... ambos são desconectados com a realidade da Vida. Bom, em nossa condição humana, nossa felicidade se resume muito, como o amor e vivemos de moedas guardadas em cofrinhos, para uma eventualidade ou um presente que queremos dar ou nos dar... tudo se resolve a fazer o que desejamos. O desejo pode ser perigoso e pintar uma ilusão quase eterna. O desconhecido alimenta a fantasia e a fantasia a ilusão, o medo e a maneira mais doida para se viver fugindo dele. Estou feliz por saber que eu, como qualquer pessoa, também posso ser feliz. Eu não fiquei rica; não me estabeleci profissionalmente; não sou uma pessoa perfeita; gosto de ler, mas, não tive acesso aos livros de grandes pensadores, na época, por falta de grana... ainda são caros; poderia ir aos cebos da vida, mas, chego lá... a fuga tem dessas artimanhas; não sou a mãe perfeita; não sou a esposa ideal; não gosto de cozinhar; detesto bagunça; tenho TPM; meu corpo eu deixei se tornar um barril; mas, minha saúde tá beleza...; não sou independente – estabilidade financeira não vive lá em casa...; mas, isso tudo que não sou não me impede de ser quem eu sou. E quem eu sou, mesmo? Nossa vida não é um curriculum a ser apresentado para Vida como se ela fosse nos fazer uma entrevista. Caiamos na real, ela é que dá as oportunidades, não tira. Não é o que respondemos, é o que fazemos que conta. Nós somos quem determinamos o resultado dessa vaga. E essa vaga não tem concorrente, já é nossa.

 Hoje, sinto a necessidade de escrever minha vida com belas palavras, com esforço para mudar meus padrões de pensamentos derrotistas... são pequenos furos numa represa muito bem feita, com as águas doidas para voltarem ao seu curso natural. NATURAL! É isso que falta em nossas vidas: sermos mais naturais, em vez de tão normóticos, robóticos e doidóticos. Precisamos desenvolver muita coisa boa. O equilíbrio está no balanço entre emoção e razão. Senão, seríamos outra espécie de ser vivo – ou não.

Queria poder escrever toda a história da minha vida, mas, eu nem sei em que parte da vida estou. Toda hora tudo começa, tudo complica, tudo continua, tudo termina, tudo começa... É isso: escrever a história da vida é estar sempre começando. Começando, se reinventado, se aprimorando, se sendo, se vendo, se conhecendo, se refazendo... seguindo em frente, se vivendo.

Eu ainda não realizei meu maior sonho porque ainda nem o sonhei. Já realizei sonhos que nem sabia que sonhava. Outros que sonhei, eram apenas para serem sonhados, mesmo. Outros, estão na fila da escala de prioridade e na sequência dos acontecimentos.

Tenho tanto a aprender com Vida e Tempo, que meu Deus, continua a me guiar! Dá-me o justo. Faz-me entender, antes, o que é esse tal de justo, também, por favor, p´r´eu saber que é ele mesmo.

E, como nos fez uma grande “Revelação”, o grande Fagner, nos diz: “Um dia vestido de saudade viva, Faz ressuscitar. Casas mal vividas, camas repartidas, faz se revelar. Quando a gente tenta, de toda maneira, dele se guardar. Sentimento ilhado, morto, amordaçado volta a incomodar.” Devemos sempre por em ordem nossas emoções, através da razão. Não aquela pragmática e que quer uma exatidão inexistente nas ordens exatas da Vida. Aquilo que a gente não resolve, sempre volta a incomodar. Viver em estado de tensão e de guerra só traz infelicidade. 



Sinto que deixei de dizer algo que queria e que estava me sufocando... bom, deve fazer parte dessas coisas que palavra alguma consegue explicar. Talvez, uma carta para mim mesma que eu nem saiba por onde começar, porque temo ter que terminar, ou medo de a vida da gente não caber nem em posts - ainda que intermináveis -, nem em cartas para guardarmos de recordação, nem no melhor livro que já li... a história da vida a gente lê a toda hora, em qualquer lugar. Os óculos que preciso colocar são sem os graus habituais, são os que limpam a visão, são sem aramações, são os que trazem o círculo da eternidade, da Vida. Hoje, eu quero ser feliz com o que fiz até aqui. Sem desespero, porque ainda falta tanto. Estou tão distante, não por me distanciar, mas, por ainda ter muito a trilhar - e por desviar muitas vezes do caminho, adentrando ao caminho do medo de "chegar lá" e saber que terei que continuar. Escrevo aqui, como quem escreve cartas ao vento, na verdade ao sopro. Sopro de vida, porque Vida, eu chego lá!

Pat Lins.

VAMOS ORAR AO TEMPO - UM DOS DEUSES MAIS LINDOS!

Que tal fazermos esse pedido ao Tempo, pelo bem da VIDA DA GENTE?

Caetano dá mais um show e sua música foi muito bem colocada nessa novela, tão bem escrita, com diálogos tão honestos e com uma mensagem sobre o tempo como solução e mestre tão rica e emocionante. Olha, faz tempo que não me vejo fã de uma novela, como estou dessa! Amei!

Vamos à música, porque ela diz tanto. Tempo, tempo, tempo... quero fazer um acordo contigo: conduz-me para minha evolução, bem como aos meus irmãos, os seres humanos!

Pat Lins.

Oração Ao Tempo

Caetano Veloso

És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo...

Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...

Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo...

Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo tempo tempo tempo...

Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo...


De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo...


O que usaremos prá isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo...

E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo...

Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo...

Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo...

quinta-feira, 1 de março de 2012

PEDI PACIÊNCIA E DEUS ME DEU A OPORTUNIDADE DE PRATICÁ-LA....

Deus, me dá paciência! O que devo fazer? 

Minha diarista testa minha paciência... parece novela. Como é de confiança e faz o trabalho direito, mantenho. Sei que ela está quitando uma dívida com o que recebe aqui em casa e mantenho. Mas, a criatura é difícil... quer deixar Peu fazer tudo e acha que a mãe - eu - deve fazer isso, porque eu tenho que preparar ele para o mundo lá fora, devo deixar ele fazer o que quiser. Me ensinou o seguinte: "quando ele chegar da escola, a senhora deixa ele. Segura a mão dele e vai brincar. Se ele não quiser tomar banho, comer, se quiser brincar, deixe, porque é no mundo lá fora que ele vai aprender. Por isso, a senhora tem que ter pulso forte, deixar ele fazer tudo. Se ele bagunçar, deixa. A senhora quer que ele aprenda a arrumar, é? Oxe! Que nada! Homem é assim mesmo...". Toda vez que chamo a tenção dele, ela vai falar com ele depois. Detalhe, quando eu vou arrumar as coisas da casa e guardo as coisas de Iuri - roupa suja que - agora é - às vezes ele deixa pendurada na cadeira, roupa suja no banheiro... ela diz: "deixa, D. Patricia, homem é assim e não muda! A senhora tem que deixar, pro casamento ser feliz, pra ele não se irritar. Eu já falei pra minha outra patroa, pra ela não irritar o marido, se ele quer guardar bagunça, deixa. Pra quê irritar os maridos?..." Gente, é mole? Ela é a única a pensar assim? Creio que não. Engraçado é que ela apanhava tanto do marido dela que, ao fazer queixa ao pastor e avisar que ia separar, ele - o pastor - reuniu os outros e bateram tanto na cabeça dela que ela foi parar desmaiada no hospital, porque eles acharam que ela estava louca em não respeitar o marido - o marido que a espancava. Pensei: quantas pessos ignorantes de pai e mãe, como se fala, vive isso? Ela disse que não sabe ler, nem escrever, mas, me diz tudo que está escrito na Bíblia... Certa vez eu perguntei: "qual o livro?" e ela não sabia dizer. O que ela diz é: "isso está na Bíblia" e "isso" é qualquer coisa. Me disse que queria aprender, mas, até que isso não faz tanta diferença, porque ela é uma pessoa de luz, iluminada e isso a ajuda. O problema é que isso faz com que o inimigo se levante onde quer que ela vá. Quando dou alguma coisa para ela, me pergunta: "a senhora está preparada? Se me ajudar, ele vem contra a senhora...". Eu disse para ela que se ela continuasse só chamando o coisa ruim ela ia sair de minha casa, porque eu quero quem chame por cosia boa. Ela tropeça e diz: "pensou que ia me derrubar, eu sou mais forte!" e fala com o inimigo durante o dia todo... É delicado. Para piorar, ela fala baixinho com Peu, ensinando ele a como me enrolar: "dê um beijinho em sua mãe, para enrolar o coração dela...". Fora que ela perde um tempão brincando com ele... Esperto, ele fica chamando-a toda hora e ela para para "obedecê-lo". Eu tenho que escolher as palvaras e pedir para que ela volte ao trabalho. É complicado. Pedro riscou a televisão dele e ela se colocou na frente dele, como se eu fosse bater nele, e me disse que ia me dizer o que ele fez - porque ele mesmo foi me chamar para ver o que havia feito - se eu prometesse não reclamar com ele. Eu disse que não prometeria isso e se ele fez alguma bobagem, eu iria reclamar, sim. Ela saiu emburrada e me disse: "ele riscou a televisão, mas, é coisa de criança" e eu disse: "é coisa de mãe educar um filho e por isso, vou ter uma conversa com ele, apenas eu e ele". Pedi licença e conversei com ele. Expliquei que a TV era dele e que ele deveria ter cuidado, porque se ele quebrasse, ele ficaria sem e eu não o deixaria assistir em outra. Ele me deu um grito e eu o coloquei para refletir, sem TV e sentado na cama, pensando no que fez e entendendo que ele era o pequeno e eu a grande. Foi quando a peguei chorando na sala, achando que era porque ela "iluminada" que isso acontece "as pessoas iluminadas como eu são assim, a gente incomoda. O inimigo vem e usa a senhora para brigar com seu filho, por minha causa...". Expliquei para ela que ele riscar a TV e eu colocá-lo de castigo faz parte da rotina de mãe e filho e não tinha nada a ver com ela. Ela não se conteve e desabou a chorar.

Meu Deus, eu peço paciência e o Senhor me dá a oportunidade de praticá-la, né? 

Isso é preocupante, por outro lado. A grande massa da nossa "sociedade" é composta de gente "ignorante" e de gente que se aproveita dessa ignorância. O pior da ignorância é desconhecer-se como tal. Isso alimenta a arrogância e essa combinação não dá certo: ignorância com arrogância... Agora entendo que não podemos mudar o mundo, apenas a nós mesmos. Vi que só me resta manter minhas convicções e viver minha vida. O resto, paciência. Não dá nem para conversar com ela, porque ela me diz: "D. Patricia, dona não sei quem já me disse isso, mas, não adianta, eu sei que estou no caminho certo. Tenho minha fé! Eu sei que a senhora quer meu bem, mas, escute, a paz da casa depende da mulher. Deixa o homem quieto!". Bom, não entendi nada, porque eu falava com ela sobre outra coisa... sobre o fato dela ter brigado e enchido de desaforo a vizinha - a indiquei para fazer faxina na casa da vizinha - só porque a vizinha ia acordar o filho para ela fazer a limpeza do quarto e ela foi em cima de minha vizinha, dizendo que ela deixasse o filho dormir, que era para deixar o jovem fazer o que quisesse. Até o rapazinho ficou assustado com a maneira como ela reagiu com a mãe e pediu que não deixasse mais ela fazer a faxina em casa. Sinceramente, ainda estou pensando em como agir. Exercito a bendita paciência e imponho meu limite, afinal,  ela tem dois pontos a seu favor: trabalha certo e é de confiança; ou, cedo à conveniência e dispenso? Fora que Peu gosta dela e ela dá muita atenção para ele. Isso me faz ver que eu devo ser firme na educação que dou a ele e pronto. Ela pode tentar deixá-lo fazer o que quiser, mas, ele entende que quem "manda" sou eu.

Pois é... É isso que dá se abrir, vêm pequenos testes de todos os lados. Bom, vai chegar ao ponto onde eu terei que fazer a escolha e farei, com consciência, não no ímpeto de raiva e orgulho. Estabeleço o limite e pronto. Cada dia um exercício novo. Imagine, fiquei um tempão sem ter a menor condição de pagar uma diarista, agora que consigo pagar para que venha uma vez na semana, é assim... Isso é relação interpessoal com hierarquia, né? Isso é exercitar a compreensão, a paciência, a convicção. E me pergunto: até onde devo me permitir ser paciente? Qual o limite para tudo isso? Eu sei que ela é uma pessoa com essa característica. Ninguém é perfeito. E aí, devo ser como todo mundo, que só considera o ponto negativo? Se não fosse de confiança e não desenvolvesse bem sua função, já nem estaria aqui. Mas, é invasiva e fanática por uma religião perigosa... É isso que falo da vida: devemos agir com consciência e ponderação. O quê devo ponderar?

Paciência!

Pat Lins.

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