sábado, 29 de dezembro de 2012

NEM PENSAR!


A grande questão do respeitar o outro não é o "não falar". É o nem pensar - nem julgar, nem condenar.

Pat Lins



sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

FALA E AÇÃO

Dizem que mais do que palavras são as ações que contam. Será? Será que conseguimos agir como queremos? Quantos de nós acaba sendo mais social do que individual e se deixando levar mais pela expectativa do que o outro vai pensar?

Tudo bem, essa atitude denota muita coisa, inclusive fraqueza. Mesmo assim, será que apenas uma atitude isoladamente fala tanto assim, a ponto de valer mais do que uma boa conversa?

Sei não... para mim, a franqueza está num conjunto do saber lidar e entender que somos mais do que fala, do que o que fazemos... está mais próximo do conjunto de como falamos, o que falamos, como agimos, quem somos. Se nos permitirmos sermos nós mesmos, seremos capazes não só de agir desarmadamente, como de aceitar e respeitar mais o espaço do outro.

Não é apenas o que falamos, nem como agimos que fala de nós... é preciso muito mais de nós mesmos em nós.

Pat Lins.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

ONDE A VIDA ESTÁ?


A Vida está em todo lugar onde a gente está.

Não entendo como algumas pessoas dedicam as suas a perseguir os outros e querer viver a vida alheia...

Ninguém precisa querer viver a vida do outro, basta entender e querer melhorar a própria. 

Vida, cada um tem a sua. Cuide, antes que o Tempo passe e você só se dê conta no final...

Onde a Vida está? Onde você estiver, parar, se ver e olhar. Aceite para transformar!

Ninguém precisa querer tomar a vida do outro, basta melhorar a sua dentro de si!

Pat Lins - por dias melhores para a Vida dos outros... aff!

sábado, 22 de dezembro de 2012

PEDIDO DE NATAL - Pat Lins


Querido Papai do Céu,

este ano, meu maior desejo é levar às pessoas que amo mais do que presentes. Desejo levar todos os tempos: passado, presente e futuro, embrulhados pela Vida, para montarmos a nossa colcha de retalhos de Vida. Afinal, a Vida é a união de TODOS os tempos que vivemos. Exceto o futuro do pretérito... Esse, apenas deveria ter sido e nunca foi. Não existe.

Do passado, que venham as boas lembranças e lições que cada um de nós teve e que nos dá forças para acreditar que todo problema, um dia, passa - quando encontramos a SOLUÇÃO VERDADEIRA. Do passado, clamamos que se faça o presente, pois passado é tempo posto e as BOAS LEMBRANÇAS e as BOAS LIÇÕES, bem como os APRENDIZADOS, sim, esses são TEMPOS ETERNOS! Esses tempos estão em cada presente no momento que é presente, depois, passa e um novo presente chega e se faz e se eterniza!

Presente. Ah, presente! Você está em todos os tempos. Você, sim, é a eternidade. O eterno é tudo o que passamos, o que vivemos, o que estamos vivendo, a viver, o que viveremos. Aqui e agora é tempo de começar. Aqui e agora é hora de plantar, de regar, de colher. No presente, é tempo para tudo. Ele é o momento do encontro entre o plano e a ação. Ele é o retalhinho de cada dia que traz o que se foi, o que é e o que virá. O presente é mais do que valioso, é valiosíssimo!

Para o futuro: o desejo de que o bem se propague; que o amor aumente; que a alegria seja alcançada; que a felicidade seja atingida em diversos momentos, como disse Guimarães Rosa: “Felicidade se acha é em horinhas de descuido”. Então, que nos descuidemos de tanta coisa ruim que carregamos, para que essas horinhas tomem a maior parte do nosso dia, na prática diária de se viver. Que nosso futuro seja resultado de presentes bem aproveitados e bem construídos, bem vividos e repletos dessas horinhas de descuido onde essa tal felicidade se encontra e se manifesta.

Que cada amanhã, tenha sido um presente valioso! Assim, aprendemos que conjugar os tempos do verbo VIVER se faz em cada presente, em cada AQUI E AGORA!

Que a SABEDORIA seja um dos pedidos mais pedidos aos céus e, melhor, que a alcancemos – ou, a conquistemos com cada dia a dia bem aproveitado!

Que a mesma estrela que levou os três Reis Magos ao menino Jesus, ilumine nossas mentes, nossos corações, nossas almas, nossos EU´s, nossos caminhos e nos leve ao Pai. Foi para isso que Seu filho nasceu e morreu: para nos lembrar o que realmente importa: O AMOR, O BEM MAIOR!

FELIZ NATAL! UM 2013 DE RENOVAÇÕES, INOVAÇÕES E EVOLUÇÕES!

Esses são os pedidos, os desejos, a VONTADE de Sua filha para mim e para TODOS os meus IRMÃOS e IRMÃS, a fim de DEIXARMOS UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSO FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO!

Pat Lins.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ÁGUAS PASSADAS, SÓ SÃO PASSADAS DEPOIS QUE PASSAM...


Engraçado que muita gente adora dizer: "isso são águas passadas". Só podem ser passadas depois que passam, porque enquanto não passam, são águas presentes.

Dar um tempo e distanciar o espaço ajuda permitir forçosamente que essas águas, de fato, passem.

Para quem não é sábio - ainda - e não tem força emocional para dar conta de tanta coisa, o ideal é não confrontar. Estabelecer uma DS - distância saudável - pode colaborar e muito, desde que tenha a clara intensão - ou definição - do que quer e se entenda que DS não se trata de afastamento eterno. Pode-se haver uma ruptura, caso os elos sejam frágeis. A DS é um tempo e estabelecimento de distância para se recuperar as forças, para poder respirar e se regenerar. 

Nada disso vai mudar o outro. Nem é essa a intensão. A idéia é SE transformar. E, nesse processo, dar-se esse tempo livre de sugadores, loucos insalubres e etc. Bom é saber se nós também não somos um desses loucos... Mão na consciência. A do outro muitas vezes é notória. E a nossa? Arrogância, ansiedade, presunção, falta de humildade, vaidade, orgulho, raiva, ódio... isso tudo em excesso é muita sobra...

Águas passadas, só são passadas depois que passam. Senão, são ondas ou tsunamis presentes. E enquanto dura é só destruição. Depois que passa, sim, avaliamos os prejuízos e as possibilidades para reerguer ou construir um novo. Assim eu penso. Assim eu vivo. Assim eu ajo.

Pat Lins.

domingo, 16 de dezembro de 2012

IGNORANDO A PRÓPRIA LOUCURA


Muitos de nós ignoramos os próprios pontos de loucura. Lógico, se fosse fácil assim, não seria necessário nascermos e aprendermos, já nasceríamos adultos e prontos para a Vida...

Algum motivo deve haver - independente da ciência, que é criação nossa para comprovar aquilo baseado no que determinamos - para sermos assim.

Um ponto interessante é que muitas dessas nossas "loucuras" não chegam ao ponto de serem danosas, pelo limite social. Ou seja, não nascemos sociais, nos tornamos em meio ao ambiente social. Entretanto, algumas dessas "loucuras" não são apenas loucurinhas, ou questões de ajuste simples, sem estragos, em muitos casos - e, hoje, tenho me afastado cada vez mais dessas pessoas, pelo simples fato de ser melhor para as partes... - essas loucuras são tão ignoradas que chegam a serem negadas pelos portadores delas. Nesses casos existe uma característica maior de algum tipo de patologia associada a outras características nada legais. Algumas dessas pessoas não se vêem, não têm a menor consciência do que fazem, mas, não deixam de fazer e quem recebe, não deixa de receber esses baques e ataques. Para piorar, têm uma característica que dificultam o processo de convivência que é a arrogância, o egocentrismo e a falta de gente sã ao lado para apoiar e estar junto no crescimento. Esses loucos insalubres acabam se unindo a outros loucos interesseiros pioram os estados existenciais. 

Enfim, essa ignorância de si que todos temos, por mais que nos busquemos, é algo natural. O antinatural é ter que se submeter aos desígnios dos loucos insalubres para evitar que piorem e pioramos nós, comprometendo nossa paz de espirito, sendo alvos constantes de ataques desnorteados. Então, quem tem consciência tem que sofrer as consequências das irresponsabilidades e imaturidades dos outros? Eu sou muito tacanha... como sou imperfeita, me incomoda isso. Não aceito. Hoje, eu não aceito. Já aceitei muito, com desculpas do tipo: "é para evitar confusões...". Evitar o quê? Quem cria a confusão? Por que vira confusão? Eu, do meu lado, não fiquei apensa resmungando ou falando pelas costas, eu fui a campo, conversei com algumas dessas pessoas e mostrei certas atitudes que não são legais e o porquê de TODO mundo ao redor fica chateado. O problema é que mais ninguém fala e faz o alerta, represa a raiva para manter o status da aparência e se afastam, também, sem nada informar. A pessoa acredita que o problema não está nela e "acha" que os outros estão com problemas e descontando nela... Já sentei, já sugeri que procurasse ajuda terapêutica, para começar e a pessoa me diz que quando está bem, não tem problema, o problema é quando ela fica estressada... Foi quando vi que, de fato, a pessoa não tem consciência de si. Não sei mais conviver com essa pessoa. Ela se aproxima, eu me afasto. Mantenho o limite da educação, mas, como fala e repete tanto, me afasto que a pessoa continua falando sozinha e nem se dá conta... Dá pena, mas, têm horas que devemos economizar nossas energias vitais e usá-la em algo produtivo. O cotidiano é muito desgastante para sairmos por aí deixando vazar nosso bem mais precioso que somos nós mesmos. 

(In)felizmente, cada um de nós faz as próprias escolhas - conscientes ou não - e isso envolve quem estará ao nosso redor, fazendo parte de com quem mantemos vínculo. E não é por pirraça ou por outra coisa que me afasto, é simplesmente por reconhecer em mim a limitação de não ter reserva de paciência recarregável com frequência para dar conta de conviver com pessoas assim. Assim como essas pessoas seguem o caminho delas, eu sigo o meu. Os encontros serão cada vez menos frequentes. A maioria dessas pessoas eu expliquei abertamente que manteria a DISTÂNCIA SAUDÁVEL. Algumas dessas pessoas se chatearam quando me perguntaram o motivo d´eu estar distante e eu expliquei - lógico, não é legal ter alguém que alerte e não caberia a mim fazer alerta algum, apenas o fiz para que soubessem o que em mim me dava o direito de escolher quem quero ao meu lado... e não é por raiva... na hora que recebo os ataques é, mas, depois, quando há tempo entre um "ataque" e outro, a raiva passa, mas, não deixa de ter existido. Ainda que eu tenha explicado que a pessoa faz coisas que não me agradam e que me atrapalham, elas resistem em se ver. Não é problema meu e isso eu tenho que entender. O meu problema e solução é escolher se quero ou não ficar no fogo cruzado ou me libertar disso. A pessoa não vai mudar porque eu falei, mas eu posso escolher onde eu quero estar. É confuso, dói, é cansativo, mas é melhor do que viver o desgaste da convivência acirrada. Recentemente, outras pessoas tomaram as mesmas atitudes e a pessoa tomou um certo choque. Porém, alega que o problema é que ninguém tem paciência com ela... Chegou a hora dela ter paciência com os outros... O exercício de compreensão requer que tenhamos reserva de forças... e se estamos sempre na linha de fogo, ali se esvai toda a reserva e vai faltar em outros lugares imprescindíveis.

Um dia cada um de nós terá o despertar de consciência - independente de religião, crença, filosofia de vida, cultura... - e, nesse dia, sim, teremos a oportunidade de ampliarmos nossas escolhas sem vaidade, sem orgulho, sem raivas... hoje, sou muito pequena, por isso, reajo assim. Não me culpo, faz parte da minha condição humana. Também não me acomodo, faz parte da minha condição humana!

Pat Lins.

O MEDO DO MEDO


O maior do medo do medo é deixar de existir. Se entendermos que nada temos a perder e enfrentarmos ele some! Aliás, pode até não sumir, mas, assumir que o temos e que, mesmo assim, não o queremos, também o afasta.

O maior medo do medo que temos é entendermos que, de fato, nada temos a temer...

Cada um tem o seu. É olhar e dar tchau! O medo fareja o medo a distância... 

O legal é que depois de enfrentarmos, ainda que ele esteja em nós, ele vai ficando pequenininho... até sumir, quando atingirmos o grau de maturidade e consciência de nós mesmos e do que precisamos cuidar em nós. 

Bom, eu penso que seja impossível conseguirmos identificar e superar TODOS os nossos medos, mas, um medo a menos é uma força a mais. Uma força a mais é um degrau acima! Cada degrau que subimos nos eleva a nós mesmos! Mais fortes, conseguimos ver melhor e viver melhor! Mais livres!

Pat Lins.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

"A ORIGEM DOS GUARDIÕES" - FILME


Gente, que filme lindo! Que mensagem profunda levemente passada sobre a importância de se assumir responsabilidades na vida, sobre a importância dos sonhos e sobre a importância de encarar o medo como única maneira de vencê-lo.

Os personagens são representações perfeitas das qualidades que almejamos e, ainda assim, cometem seus erros.

Uma parte - dentre diversas - que me chamou atenção é quando Jack Frost percebe que os "guardiões" que fazem tanto pelas crianças, mal têm "tempo" para lidar e estar com elas, como nós adultos. O interessante é que todos eles já foram "humanos" e "crianças humanas". E, numa determinada cena, todos ficam sem saber o que fazer diante de uma criança, Jack fala: "É só uma criança. Ninguém aqui sabe como lidar com uma criança? O que vocês fazem diariamente?" e Papai Noel responde: "Eu passo o ano inteiro preparando presentes para elas...". E fica no ar o "e ninguém tem tempo para acompanhar uma criança ou ver o que fazem e gostam...". Isso me lembrou a nós, mães e pais. A gente cresce e esquece que foi criança e, pior, a gente esquece de entender que para a criança tudo é só diversão e brincadeira e, dentro desse mundo lúdico é que vamos estabelecendo o limite diário de viver e honrar com os compromissos. Pior, passamos nosso tempo a reclamar da falta de tempo e nos dedicamos ao trabalho e estresse como detentores da maior parte do nosso tempo. E comprometemos os tempo com nossos filhos...  O Jack Frost se mantém com a mente e as atitudes infantis, egocêntrico, brincalhão, irresponsável... só quer se divertir. Durante a aventura ele vai  crescendo. Nessa cena, ele mostra que equilíbrio é saber se divertir na vida sem deixar de honrar nossos compromissos de "guardiões" de alguma criança.

Eu tenho uma amiga que me diz que limite faz parte da vida. Nós não temos que impor a uma criança, nós temos é que saber o que fazer, fazer e isso, por si só já estabelece o limite. Depois aprofundo mais sobre esse pensamento super bacana de uma pessoa admirável, que é Morgana Gazel.

Voltando ao filme, cada personagem vem como uma mensagem forte. Sandman - o guardião dos sonhos -, junto com a Fada do Dente - guardiã das lembranças -, remetem à importância de se entender que as lembranças - contidas nos dentes de leite, marco da passagem da nossa primeira infância para as mudanças que ficarão enraizadas - nos ajudam a crescer e que os sonhos nos levam ao futuro. Papai Noel nos faz entender a importância da fé, de se ver o bem em tudo e acreditar, acreditar e acreditar no melhor, sem limitar a imaginação. O Coelhão é fabuloso! Com aquele jeitão rude, mostra o lado de que até os destemidos temem algo. Ele teme o ar, o voar. Para ele tem que ser pé no chão. Ele fala de esperança. 

Jack Frost passa o filme a se questionar e nos levar a questão da descoberta e do quanto é importante sabermos quem fomos e como agimos para entrarmos no caminho de descobrirmos QUEM SOMOS. Como ele não tem lembranças, vive impulsiva e irresponsavelmente o presente, sem noção do que vem a ser responsabilidade pelos atos e suas consequências. Ele me lembra a cada um de nós, no processo de busca e ignorância e que, em determinados momentos da vida, somos chamados à responsabilidade.  Assim é esse ser encantador que nem sabe o que está buscando e não entende porque se sente tão só e ninguém o enxerga. 

Todos temos um bom motivo para estarmos aqui, vivos e vivendo. A importância de entendermos e conhecermos o nosso cerne, a parte mais íntima do nosso ser. Papai Noel adverte isso, quando mostra suas diversas facetas/personas numa diálogo/questionamento com Jack, para entender o que ele tem de especial para ser um "guardião". É preciso olhar para trás, olhar para nossa origem. Eu chamo isso de olhar a nossa essência, escutar a voz da alma, a voz interior. 

Muita coisa eu "viajei" no filme. Vi que o medo só entra através das nossas sombras. Ele domina porque tememos, inclusive, o medo de aceitarmos quem somos. Nem posso abrir muito o que percebi, senão, conto o filme. Deixa ele sair de cartaz que conto minhas viagens legais como mãe e como pessoa, antes de tudo. Mas, o poder do sonho foi fabuloso! E lembrar que alimentar a fé, a esperança, as boas lembranças da infância pode salvar o mundo das sombras que tentam imperar. Se houver uma "luzinha" em meio ao breu, uma única pessoa que acredite, essa pessoa pode levar luz aos demais. Isso me remeteu a Jesus. O filme não faz apologia religiosa, e chamam o que chamamos de Deus de "Homem da Lua", pois ele brilha em meio à escuridão - isso eu que entendi assim. Muito bacana porque mostra Papai Noel como um ex-humano que aceitou a sua "condição" - oriunda em seu cerne - de seguir servindo ao próximo com aquilo que tem em si de mais nobre: a força de sempre acreditar; o poder da fé inabalável! - Ops! Se é FÉ, deve ser inabalável... o que abala não é fé. Legal que mostra a importância de aceitarmos nossas "condições", nossas "missões" de Vida para, enfim, sermos felizes, mesmo diante da morte - o que aconteceu com cada um deles, até se tornarem "guardiões imortais". 

O filme fala de escolhas, de liberdade, de enfrentamento do medo como única maneira de vencermos, da importância de uma infância bem vivida, de tempo, de esperança, de fé, de lembranças e, acima de tudo, de sonhos! Ah, acima de tudo isso está o verdadeiro poder do AMOR. Todos os guardiões amam o que fazem. É como se só quando entendemos nossas missões de vida poderemos ser felizes e livres e essa liberdade é o AMOR a quem somos e ao próximo! É a CONSCIÊNCIA. 

Por isso que Sandman é o meu favorito! Ele me lembra um sábio: inteligente; poucas palavras - aliás, ele não fala, mas, se comunica muito bem, mostrando que comunicação é saber o que dizer e expressar; é forte, mas não quer ser conhecido por força bruta e sim por força moral e doçura natural de quem já viveu muito e já não tem mais as amarras da vaidade; destemido, sem ser arrogante. Ele é "na dele". Como todo sábio, suas mensagens são claras para quem tem capacidade de entender, por isso o mundo dos sonhos, porque ele nos fala de e para uma dimensão nossa que não temos "domínio": o inconsciente. Este é que tem mais consciência de quem somos do que supomos sermos... Ele sabe lutar, mas, só usa dessa luta física quando estritamente necessária. É a questão do discernimento que os sábios têm, porque sua natureza é pacífica. Ele desmistifica esse estigma de que todo "bonzinho" é "bobo" ou ingênuo - no sentido pejorativo de quem se deixa enganar. Ele nos mostra que os sonhos nunca morrem, ainda que os pesadelos dominem, é o campo dos sonhos, basta transformar aquele sonho ruim em bom. 

Ah, fiquei encantada com o filme. Cada mensagem me parecia tão clara que quase escutava as falas não faladas. 

O medo tem medo, também. Isso eu comecei a perceber recentemente, após  maternidade. O medo teme ter que se encarar e ver que ele não existe e não precisa existir. O medo teme sumir. Se não tememos, ele não existe. 

Pedro aplaudia muito as cenas onde o medo perdia espaço. Parece que ele se identificou muito com o Jack Frost. Imagino que seja essa busca de toda criança em ser aceita como é. Com o caminhar, Frost entende que limite é importante e amadurece com a ajuda da Fadinha do Dente e do Papai Noel. Ele descobre que mais vale a pena lutar por um amigo do que poupar a própria vida. O filme, ao meu ver, fala da nossa luta diária, da nossa vida, dos nossos dilemas, das nossas dificuldades e desafios... fala de batalhas, de perdas e de ganhos. Fala do viver!

Ah, esse filme é recomendadíssimo e sem efeitos colaterais ou problemas com superdosagens. Vou ver de novo. E quando sair o DVD, adquirir. Esse é o tipo de filme lúdico que fala com a alma. 

Um filme infantil para adulto ver! 

Pat Lins

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O TOM DA VERDADE INTERIOR

Recentemente, venho tendo várias provas de fogo... nossa, parece que essa do calendário Maia sobre o fim do mundo tem sentido... Será que tenho que me purificar para subir aos céus e descansar nos braços do Pai, depois de 20/12/2012?

Uma coisa eu aprendi na relação de honestidade X sincericídio. Sou do tipo que não gosta de brigas, que prefere de coração resolver com diplomacia - todos os meus amigos sabem disso, que adoro mediar e evitar um estrago desgastante... tanto que às vezes me dizem: "eu não sou bonzinho como você não..." - mas, tenho o outro lado - o lado escuro, sombrio da força - que é ligado diretamente ao meu tempo de tolerância. Minha paciência é curtíssima, explodo fácil, mas, minha tolerância é mais elástica. Se ela estourar, saia debaixo que quem pode destruir o mundo sou eu. Enfim, tenho tido que por a prova durante meu processo de vida, que sou capaz de ser flexível e que não é só "tiração de onda de madura". É, a Vida decidiu me ensinar custe o que custar e eu, tenho que aprender se ainda quiser ter meu terreno lá no céu. Sabe meu dilema com relação à escola do meu filho? Prova de fogo: não basta ser legal, tem que ser legal e saber ser a diferença da franqueza e do sincericídio. Qual o objetivo? FOCO. 

Tive uma conversa com a Diretora e pude me deliciar em conversar francamente com uma pessoa jovem e tão bem preparada. Muito se pôde esclarecer e muito pude constatar - ainda que "tarde", mas, antes tarde do que nunca - o poder positivo de uma boa e franca conversa. Por Deus que fiquei ultra emocionada. Não rasgamos seda, mas, estar em contato com pessoas desse nível me encanta tanto que me toca fundo. Olhar nos olhos de uma pessoa/profissional e escutar o que ela me disse e ver que ela escutava o que eu dizia, sabe, vi o processo de comunicação efetiva ali: falar e ouvir. Interação. Diálogo, sem máscaras, sem dificuldade de pesar o que será dito. Apenas guiadas pela sinceridade e educação. Há uma mão invisível de conduta social que gera em cada um de nós - me refiro aos educados de alma - uma capacidade de dizer sem precisar ofender. Nenhuma de nós falava sobre assuntos fáceis, muito menos prazerosos, era uma troca de opiniões divergentes, porém, com pontos em comum. Mesmo assim, foi conduzida de maneira rica e produtiva. Isso me encantou, me emocionou fundo. Fiquei sensibilizada com o fato de estar em contato com alguém que não tem medo de assumir sua postura. Eu gosto de lidar com gente assim. Tenho uma dificuldade imensa em lidar com mascarados, fico doidinha para arrancar as máscaras com minhas unhas e ferir, mesmo, para ver se entendem que as máscaras machucam.

Pois é, saber escutar com abertura e de alma lavada o nosso tom da verdade interior ajuda. Antes de conversar, me desarmei. Me questionei: qual o meu objetivo real? Me escutei em diversos tons e todos eram acusatórios e inflexíveis, arrogantes, presunçosos e orgulhosos. Até sentir em meu coração o tom da verdade, do que eu queria dizer, porque era o que eu pensava e o que conduzia minhas ações. Essa troca foi riquíssima. 

Em todos os momentos podemos escutar essa voz interior, e qualquer ser humano pode. Isso não é fraqueza, isso é força, força de caráter!

Obrigada a Deus por ter essa oportunidade de, em meio a tanta gente sem caráter, cada dia mais estar em contato com pessoa de caráter firme, forte e holístico - ainda que humano e com defeitos e qualidades como qualquer outro.

Ouvir o tom da verdade interior nos leva a estabelecer contato com o que precisa ser resolvido e encontrar a solução. Não como magia, nas, com consciência de que esforço é algo constante, e lidar com pessoas diferentes será necessário, mas, se permitr aos "ajustes" também. Tempo, esse é rei e nos guiará, como tem guiacisdo. Decisões, escolhas, essas nos permitem voltar atrás e andar para frente com mais segurança. Melhor fazer do que não ter tentado. E acreditar. Eu acredito, mas, isso não me faz ingênua. Existe a continuidade das mesmas causas, vejamos as novas consequências...

Tudo na Vida depende de uma comunicação efetiva! Mas, para isso, é preciso saber o que se quer comunicar...

Pat Lins.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

NADA ACRESCENTARÁS?


Nada acrescentarás, a não ser guerra em nome de paz?

Façamos mais e melhor por esse mundo: vivendo!

Pat Lins.

domingo, 2 de dezembro de 2012

COLECIONADORA DE PESSOAS


Tem gente e lugares que pregam e afirmam querer fazer diferente e fazem igualzinho - ou, diferente, da pior maneira. Sempre me recordo de Morgana Gazel - escritora -, em seu livro "Enseada do Segredo", nessas horas. Ela tem uma frase/pensamento/reflexão que faço uso frequente e constante: "FAZER DIFERENTE EXIGE MAIS QUE CONTRADIZER".

Eu coleciono - desde que me entendo por gente e, penso que antes, também... - pessoas. Pessoas diferentes. A-mo! Se tem uma coisa na vida que ganhei de presente foi oportunidade de conhecer DIVERSOS tipos de pessoas - temperamentos, emoções, razões, de diversas religiões, seitas, doutrinas... enfim, pessoas! Algumas legais - de acordo com meu julgamento de valor - e outras não tão legais, outras insuportáveis, mas, que me atraíam de alguma maneira. Não catalogo. Não investigo. Eu convivo com cada uma dessas pessoas desde que as conheço e, daí para frente, não para. Podemos nos afastar, mas, fica lá, aquele elo que nos levou a trocar o primeiro "oi", fosse num olhar, num sorriso, numa apresentação... 

Sabe aquela frase do Chaplin:

"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha,
é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só,
porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós.
Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova
de que as pessoas não se encontram por acaso."
Charles Chaplin

Eu me sinto esse mosaico. Deve ser alguma parte doida de mim que quer se sentir globalizada... uma coisa em mim que me diz: "somos todos iguais em nossa imperfeição. Todos temos medos gigantescos; medos medianos; medos pequenos... Não se iluda, apenas se permita sentir cada pessoa que cruzar seu caminho, elas sempre têm algo a ensinar sobre a grandeza humana, ainda que estejam num patamar rude ou medíocre, elas têm muito a nos ensinar como ser melhor apenas aceitando-as". Bom, eu me faço uma ressalva: "ainda que aceitemos, isso não quer dizer se puna convivendo... Se essa pessoa não se permite se ver e não para de fazer o que sempre faz e machuca, mantenha uma bela DS - distância saudável. Não sou partes dessas pessoas, eu vejo um quadro com diversas características interessantes e me encanto com a natureza humana do bem. Ainda não aceito e nem sei lidar com as do "mal", mas,chego lá. Meu vício de conhecer e conhecer pessoas me leva a isso naturalmente.

Tive, nessa caminhada, a oportunidade de conhecer pessoas muito legais - isso não quer dizer sem defeitos - num ambiente que fala muito em "escolhas". Falam muito em "respeitarmos a escolha de cada um" e, nunca respeitaram a minha escolha. Eu escolhi o mundo aqui fora, a vida sem esconderijos e com toda essa trabalheira que é lidar com as diferenças. Não é fácil, mas, escolhi. Interessante, quem pregava tanto o respeito às escolhas, não respeitaram a minha! E fico chocada por "aprisionarem" as pessoas pelo mesmo medo que condenam. Não Adianta. Não Ajudam. Não Amam! Não sabem amar. Se escondem em si. Não Aceitam quem não quer seguir e não vê sentido em seu lema. Mas, pude conhecer pessoas interessantíssimas e assustadoramente interessantes ali. Deveríam ser menos arrogantes e menos impositivos. Quem segue é quem deve estar lá. Não entendo o motivo de quererem ter um monte de gente. O idealismo não se esgota e nem se encerra em um único lugar. Deveríam respeitar as afinidades e não forçar que outros sigam. O que faz bem a mim pode não fazer a você. Existe muita gente que prega isso e na hora de viver isso condena a escolha. 

Enfim, penso que lutamos tanto pela liberdade de expressão e religiosa que nem sabemos o que vem a ser liberdade sem invadir o espaço alheio. É como se para ser livre, tivéssemos que possuir o maior número de terras e invasões. Como se manter um império fosse a chave para a liberdade. Não sabemos como agir, essa é a verdade.

Lulu Santos já diz:

Eu vejo a vida melhor no futuro.
Eu vejo isto por cima do muro de hipocrisia
que insiste em nos rodear.

Eu vejo a vida mais clara e farta,
repleta de toda satisfação
que se tem direito
do firmamento ao chão.

Eu quero crer no amor numa boa,
que isto valha pra qualquer pessoa
que realizar
a força que tem uma paixão.

Eu vejo um novo começo de era,
de gente fina, elegante e sincera.
com habilidade pra dizer mais sim do que não.

Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Que não há tempo que volte, amor
Vamos viver tudo o que há pra viver
Vamos nos permitir."
Lulu Santos

Gente, o tempo voa, o tempo passa, mas, ele é O TEMPO e existe é para passar, mesmo. Impressionante a mania que temos de querer controlar a tudo. Diante daquilo que é mais do que a gente, paramos embasbacados, desviamos e tentamos nos convencer de que tudo aquilo não passou de um sonho. Como se o real fosse apenas o mal, o que dá errado.

É por isso que amo colecionar pessoas em meu coração. Apesar de conhecer mais de meio mundo de gente - TODO TIPO DE GENTE - apenas os que me são interessantes moram em meu coração. Alguns, em lembranças distantes. Outros eu nem sei dizer onde foram parar.

Colecionar pessoas não é fácil. Nem difícil. Todos nós temos nossos pontos de carência e, em meio a tanta gente, proporcionalmente, a cobrança é grande. Mas, tempo humano é algo limitado e varia muito de acordo com nossa vida profissional, acadêmica, religiosa... Os grupos sociais dizem muito para nós e nos ampara, nos fortalece - ou enfraquece... -, nos une a nós mesmos pelos outros. Enfim, somos seres individuais, mas, o ser social que se desenvolve em nós tem um peso gigantesco. Não nos relacionamos apenas com pessoas. Nos relacionamos com o social, também. Precisamos é nos encontrar em meio a tantos encontros e desencontros com tanta gente.

Se me preguntam QUEM EU SOU? Respondo: "Um ser em constante construção".

Pat Lins.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

SÓ ACABA QUANDO TERMINA


É, na vida venho percebendo que as coisas literalmente só acabam quando terminam.

A gente pensa que não mas, quando a gente não resolve, as portas do passado não se fecham e ele continua sendo presente e um presente irritante, daqueles que a gente perde tempo reclamando e se debatendo... mas, se parar e olhar será possível ver o começo, a origem... e é possível entender: ele voltou. Na verdade, o problema/situação nunca se foi, só estava aqui, escondidinho e quietinho, a espreita, não para machucar mas para lembrar de que ele não recebeu a atenção devida e não fora tratado. 

O círculo vicioso se mantém, até a gente quebrar com aquilo que é capaz de romper e permitir que um ciclo virtuoso se inicie: SOLUÇÃO.

É, o problema só acaba quando termina, quando a gente finaliza essa etapa, senão, ela vai e volta; vai e volta; vai e volta... até que, um dia, alcançarmos um grau de consciência.

Eu estou revivendo - nossa, 2012 todo foi essa fase - coisas que não foram resolvidas lá atrás... e olha, dói, viu?! E, olha, cansa, viu?! Mas, entendido o recado da Vida, assumido o compromisso de resolver e solução a caminho: um dia após o outro. 

Vamos que vamos, porque tempo é algo que pode não voltar, mas, se não passar ele permanece...

Pat Lins.


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

OUVINDO NOSSA VOZ INTERIOR


Estava eu discutindo com meu marido - por besteira - e resmungo: "Poxa! Que cara chata! Se ele enchesse menos o saco eu poderia falar mais leve com ele..." e minha voz interior fala, calma, singela e mansamente, porém, com firmeza tamanha que escutei claramente:

"QUEM TEM QUE AGIR SEMPRE DA MELHOR MANEIRA QUE VOCÊ PUDER É VOCÊ. INDEPENDENTE DE COMO A OUTRA PESSOA SE MANIFESTE!"

Que amor essa minha voz interior! Obrigada!

Pat Lins - listening.

domingo, 25 de novembro de 2012

SÓ QUEM "É" AMOR, "É" AMOR PARA DAR!

A gente "tem" - olha o verbo TER entre nós. Tadinho, ele é inofensivo, como todas as palavras. Tem o propósito de designar algo de maneira descritiva, já que não sabemos e nem temo como usar ou entender as sensações além dos 5 sentidos. A questão é que ele foi deturpado, como a grande maioria das nossas palavras e expressões - mania de  afirmar que é preciso "TER AMOR, PARA PODER DAR AMOR". Como o "TER" tem sido usado de maneira pejorativa, hoje, acordei com essa "onda" na mente: "SÓ QUEM É AMOR, É AMOR PARA DAR".

Não sei os outros, mas, eu tenho algumas pessoas que fazem parte do meu círculo - eu vejo esse círculo como uma galáxia, diante de tamanha diversidade de mundos e é isso que enriquece o meu mundo - de relacionamento, que vinculam relação a "ter", não "ser" parte da relação. Toda a base de formação dessas pessoas está relacionada a "ter" algo e comparar. Acabam sendo relações cansativas e, em meu caso, fazem parte das pessoas que gosto muito, porém, vivem nos limites da minha DS - distância saudável. Pessoas que têm dificuldade em "ser" quem são; que vivem vendo o que "tenho" e o que "não tenho"; que nos encontros não sabem tirar proveito dos momentos juntos e ficam listando o que "tem" que ser feito, porque essa pessoa faz assim; que não se sentem parte do grupo, parte da relação - existem alguns que são assim, se sentem tão solitário em si, como se seus mundos não tivessem coisas boas, ou, acham que "têm" tanta coisa boa que se vêem na "obrigação" de dar as diretrizes baseadas em suas próprias vidas... sem entender que cada um tem seu caminho e que, se o mundo deles está tão bacana assim, porque fogem tanto, a ponto de querer invadir o do outro? Para mim, quem alcança esse patamar elevado não sente a necessidade de ensinar ou comandar a vida de ninguém, os ensinamentos vêm como consequência da própria evolução e passam a ser exemplos por conta disso. Não sei bem como explicar, mas, me inquieta - e isso terei que ver em mim... - o fato dessas pessoas nunca terem uma palavra BOA a dar, pois estão sempre vendo o que falta. Quando estou com algumas dessas pessoas, a sensação que tenho é que elas estão se debatendo com tamanha agressividade dentro de si há tanto tempo que já não conseguem vislumbrar a paz, mesmo afirmando serem da paz e do bem. E, talvez, até sejam, mas não acessaram em si o que falam. E isso cria uma barreira natural na relação, porque não há a outra parte, já que essas pessoas estão ausentes de si. Existe ali uma parte da pessoa que sobrevive e que quer impor suas complexidades e dificuldade em agir consigo, como se suas amarguras, ainda que soterradas e escondidas em si tivessem deixado de existir, mas,  em verdade, são essas amarguras, esses temores, essas frustrações que mais aparecem e que chicoteiam o lombo dessas pessoas, transformando não só os seus dia a dia infelizes, mas, torna infeliz toda relação que tenta construir destruindo. Pronto! É assim: pense numa construção de uma casa. Primeiro a base, depois sobem-se as paredes. Certo? Agora, imagine que, cada vez que na primeira fileira da base, em vez de trazer novas pedras para completá-la, tira a que colocou antes e coloca depois. Depois, pega a mesma pedra e coloca a frente e vai andando. Daí, não olha que só tem uma pedra na base e nada mais e decide erguer as paredes. Ergue uma. Cai. Ergue outra. Cai. E se lamenta: não consigo deixar uma parede em pé! Se alguém me ajudasse... Aí, passa alguém e diz: "Olha, só tem uma pedra na base, tem que fazer a construção da base primeiro". E vem como resposta: "Já não tenho mais tempo para isso!" e fica lá, levantando nada e vendo cair tudo, todo dia. Assim são as relações dessas pessoas: nunca tem uma base sólida, porque, dentro delas, elas estão ausentes, estão com sua única pedra, sem dar importância a todas as outras que o caminhão da Vida entregou para a construção de si. Não que devamos levantar muros ou paredes, trata-se apenas de uma metáfora simples, sem grande pretensões. A construção de cada mundo é feita pela composição de cada aprendizado e de cada não aprendizado; de cada lição e de cada lição que desconhecemos, ignoramos por estarmos muito ausentes em nós, por estarmos sugando do outro que começou seu caminho e, pensa-se ser mais fácil pongar e invadir o mundo alheio. A sensação que tenho é que essas pessoas "têm" a necessidade de enaltecer o lado ruim do mundo do outro para ver se o outro sai e ele ocupa o lugar, sem o trabalho de construir o seu próprio. Acho que é isso... Ainda que essas pessoas nem percebam o que fazem, não deixam de fazer. Não deixam de "atacar" o mundo alheio. E isso causa desgaste natural, como água na pedra; como vento na areia. Como tudo na vida que não se mexe como deve, é mexido pelo tempo do desgaste natural.

Tem gente que desenvolve muito o hábito de teorizar e nada vivenciam. Vivem em dor e sofrimento e em movimentos de alívio físico dessas dores. É como falo, não basta fazer Yoga, boxe, dança..., tem que se permitir adentrar em si em todos os momentos - tudo parte de mim para mim mesmo, depois, alcança os mundo vizinhos. Apenas os movimentos, sem adentrar no íntimo, sem permitir o alinhar entre corpo, mente, emoções e espírito de nada adiantará nesse processo de construção e evolução pessoal. Apenas cuidar do espiritual, esquecendo-se da mente, das emoções... também descompensa. Para mim equilíbrio é viver se equilibrando no desequilíbrio, não tem outro caminho. Não existe um "equilibrei! Pronto. Fico parada nessa posição para sempre!". É dinâmico, é vivo, é Vida. É ir em busca, se permitir descobrir coisas no caminho e, um dia, essas coisas compõem um todo muito bacana.

Nós falamos tanto do AMOR, mas, SER AMOR requer que abramos mão desse medo de perder a infelicidade nossa de cada dia. O AMOR é PLENITUDE e plenitude é LIBERDADE, e ser LIVRE é SER AMOR. 

Mandar; controlar; afirmar que sabe tudo; impor a presença na vida do outro não fortalece o elo, desfaz! Uma relação sincera ela é natural e espontânea. Requer, apenas, que sejam respeitados os espaços, tempos, e ritmos de cada um/outro. Só uma pessoa desconectada de si exige do outro aquilo que o outro não é. Eu não posso exigir que fulano deixe de comer carne porque ser vegetariano é melhor. Quem disse e garante isso? Conheço excelentes pessoas vegetarianas, "carnívoras", naturalistas... isso é escolha do estilo de vida, tipo de alimentação e não expressão de caráter. Da mesma forma, conheço pessoas inescrupulosas, ambiciosas, arrogantes, falsas, materialistas até no ar que respiram... - que têm um lado bom, em meio a toda essa perturbação - e que são adeptas de um tipo de alimentação natural. 

NÃO É O EXTERNO QUE NOS FAZ. NÓS SOMOS QUEM SOMOS SE ESCUTARMOS O QUE VEM DO CORAÇÃO. AQUELA VOZ QUE VEM DE DENTRO E QUE DIZ: EU SOU! Senão, seremos apenas uma parte de nós, até atingirmos a consciência do REAL. Nós não somos nossa imaginação... Nós somos o que apresentamos de nós em nossas ações. Não falar: "eu sou legal" e ser um poço de chatice, mas, acreditar ser legal porque quer ser legal. Imaginar-se não é "ser-se". Somos luz e sombra.

Como volta e meia me digo: SÓ SE É SENDO. O resto é fachada e ilusão. E o que somos: seres humanos imperfeitos. Essa imperfeição nos conduz a uma dinâmica de vida. O nosso caminhar é que nos conduzirá ou  não à Vida. Sempre teremos Tempo para guiar e Natureza para nos conduzir. Mesmo que saiamos tanto do caminho, um dia, esse trio abre um caminho de reencontro e, nesse momento, entenderemos o que é SER FELIZ. E que isso está em cada um de nós, em nossa Vida, não na do outro que perdemos tempo tentando entrar. Quando encontrar esse caminho haverá uma sensação forte e a certeza de que ESTAMOS DE VOLTA AO LAR! Tal qual Dorothy e seus sapatinhos vermelhos simbólicos! Porque, de fato, "não há lugar melhor do que o nosso lar!"!!!

Pat Lins.


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CULTURA (A ARTE DE CULTIVAR) DO "NADA"



Observando a agricultura - uma das formas de cultivo, relacionada a plantação de alimentos na terra - a gente entende muita coisa.

E conversando com um amigo/irmão, ele me fala que acabou de sair de uma fase "agitada", de tanta coisa para fazer em pouco tempo, que, hoje, está com vontade de fazer "nada". Me recordei, na hora, de duas coisas: 1- na época em que tive DPP, tive um insight de "pensar em nada", como forma de compensação para a mente, após estar vivendo tanta loucura densa de expurgo - coisa que vi na época e senti, mas, estava tão "possuída" pelo desânimo que não dei muita importância -; 2 - na agricultura, tem o sistema de rodízio - peguei uma definição na wikipédia para ilustrar meu pensamento: "é uma técnica agrícola de conservação que visa diminuir a exaustão do solo. Isto é feito trocando as culturas a cada novo plantio de forma que as necessidades de adubação sejam diferentes a cada ciclo." - e, em determinado momento, uma parte fica em descanso; depois, me veio uma terceira: 3 - o Nada. Para quem leu as "Crônicas de Nárnia",   em "O sobrinho do Mago", Aslan começa a criar Nárnia: 

"E, de fato, parecia mesmo Nada. Não havia uma única estrela. Era tão escuro que não se enxergavam; tanto fazia ficar de olhos abertos ou fechados. Sob seus pés havia uma coisa fria e plana, que podia ser chão, mas que não era relva nem madeira. O ar era seco e frio e não havia vento. (...) No escuro, finalmente, alguma coisa começava a acontecer. Uma voz cantava. Muito longe. Nem mesmo era possível precisar a direção de onde vinha. Parecia vir de todas as direções, e Digory chegou a pensar que vinha do fundo da terra. Certas notas pareciam a voz da própria terra. O canto não tinha palavras. Nem chegava a ser um canto. De qualquer forma, era o mais belo som que ele já ouvira. Tão bonito que chegava a ser quase insuportável. " 

Outra lembrança que me veio o Nada de "A Voz do Silêncio", de Helena Blavatsky, onde ela nos traduz trechos do "Livro Tibetano dos Preceitos de Ouro" e cita: 

"Aquele que quiser ouvir a voz de Nada, o "Som Insonoro", e compreendê-la, terá de aprender a natureza do Dharana (Dharana é a concentração intensa e perfeita do espírito sobre qualquer objeto interior, acompanhada da abstração completa de tudo quanto pertença ao universo exterior, ou mundo dos sentidos.)."

E enquanto conversávamos, essas coisas povoaram, pululando - adoro essa palavra! - em minha mente. Me veio a lembraça de que devemos respeitar o Tempo de cada coisa. Isso é a  minha Cultura do Nada. De entender, como Platão já dizia, que existe o tempo de ócio, também. Desde que produtivo. Não me refiro à preguiça, mas, ao Tempo do descanso da terra mental, física, de vida, etc. Ou seja: precisamos saber administrar o nosso tempo, principalmente, reconhecendo os nossos limites - até mesmo para, exercitando e desenvolvendo, podermos ultrapassá-lo. Ninguém supera um limite exaurindo-se até a morte, isso é sandice. Uma pessoa inteligente cresce gradativamente. Isso é real. Isso é possível na transformação. Assim eu penso e assim eu vivo com minha "Cultura do Nada". Como exemplo, quem entra na academia, para malhar, não começa correndo numa esteira. Começa com caminhada e aumenta-se a velocidade gradativamente. Assim devemos ir fazendo: (re)conhecendo nossos limites, lidando com eles, questionando-os e, se for para ser, superando-os. 


Vamos desenvolver a CULTURA DO NADA, de auto-construção, de boas plantações. Só assim poderemos DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO - começando por cada um de nós. Começando do Nada, desenvolvendo o silêncio em nossas mentes  ainda inquietas e agoniadas.

Sem a afobação de se debater, debater, debater... Um momento para nós é VITAL. E vital é VIDA e vida é o que devemos lembrar... Melhor, devemos VIVER. E Vida é dinâmica - não ansiosa ou afobada, agitada, acelerada... ela é ritmada, como os sons da Natureza e dentro do Tempo de cada coisa.

Vou parar por aqui porque essa viagem me faz aprofundar muito em mim. Coisa minha. E não dá para transcrever em palavras... sensação é para se sentir com corpo e alma, bem lá naquele lugar dentro de nós que só cabem coisas boas, muita luz... o contato com o Pai do céu, como numa bela oração de corpo e alma! Entregues ao momento de, apenas, sentir, respirar.

E, dentre muuuiiitttaaa coisa que conversamos, finalizamos com uma frase bem bacana que Marcos me disse e não lembro de quem foi:

"Tudo na vida está entre o 'inspirar' e 'expirar'."

E é verdade. Indo mais para o lado drástico e real: um dia a gente inspira e, de repente, chega o dia do último expirar!

Façamos nosso melhor entre cada inspiração, para que em cada expiração, estejamos literalmente mais leves e livres de todo mal!

Pat Lins - inspirando.


terça-feira, 20 de novembro de 2012

20 DE NOVEMBRO - DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA (?) NEGRA.



Me pergunto: 

ONDE ESTÁ ESSA TAL CONSCIÊNCIA? 

QUEM TEM? 

CONSCIÊNCIA DE QUÊ?

Vejo a discriminação racial aumentar, velada, mas aumenta. Conheço e convivo com famílias brancas - miscigenadas, mas, com epiderme clara e que se acham raça "ariana", como símbolo de "pureza" e de "superioridade" e só carregam orgulho da origem "Portuguesa", como se eles tivessem feito coisas lindas e como se os que aqui estavam fossem coisas boas... Para quem não sabe ao certo, a grande maioria dos brancos portugueses faziam parte da escória: ladrões, bandidos diversos e essas coisinhas belíssimas, que, como castigo, vieram povoar o Brasil. Né bonita essa parte? - e essas famílias se "chocam" ao saberem que sou miscigenada assumida: filha de mulato (meu pai é filho de uma mulher branca do cabelo liso e escorrido com um homem negro do narigão - voinha e voinho, que Deus os tenha) com uma banca. 

Não faço alarde, nem escondo. Sou eu. Independente da cor do meu pai, da minha mãe, dos meus irmãos, das minhas tias, de qualquer pessoa, eu sou HUMANA. Minha família é composta de GENTE, outros SERES HUMANOS. E sempre nos foi ensinado assim. Mas, fora de nosso círculo familiar, sabemos existir e MUITO a discriminação. Muitos fingem que não, mas, TODOS sabemos que existe e está cada vez pior, porque está velada, mascarada. Escutei, certa vez, de uma senhora muito distinta e uma dessas pessoas com um poder aquisitivo médio-alto, esclarecida, viajada, e que não sabia a "cor" do meu pai - isso para mim não faz diferença - e ela, assistindo a TV, na época em que Celso Pitta estava sendo investigado, na Prefeitura de São Paulo, e ela comenta, sorrindo e sem se conter de satisfação: "Não tá vendo... Onde já se viu um pretinho desses, né Pat, querer ser prefeito de São Paulo. Deveria estar varrendo rua!". Alguém sussurrou algo em seu ouvido e ela volta para mim: "nada contra os negros, mas, é porque lugar de ladrão é na cadeia..." e eu apenas fecho: "Tenha a cor que tiver, bandido tem que pagar pelos crimes. Não é a cor que traz o caráter. Tem muita gente branca que apronta e, por ser branco, acha que pode!". As pessoas pensam que eu penso assim - não vejo diferença entre brancos, negros, índios, amarelos... - apenas por conta da minha família. Não é. Isso está em mim. Quer dizer, só negro ou descendentes podem defender a igualdade racial? Pessoas de boa índole, de valores nobres, virtuosas, não diferenciam as pessoas pela cor da pele. Na verdade, pessoas boas nem diferem as pessoas, apenas, respeitam e se fazem respeitar.

O dia 20 de NOVEMBRO pode ser apenas UM DIA,mas, trata-se de um dia, como sempre fazemos com outros pontos para reflexão, para refletirmos. Temos TODOS OS DIAS para fazer a diferença. 

O DIA 20 DE NOVEMBRO é para lembrar que a luta pela igualdade existe e existe gente que sofre diariamente por conta de ter a pele negra. Essas pessoas, sim, sentem, literalmente, na pele, as chicotadas do racismo, dos olhares tortos de canto de olho onde estão, de falta de acesso a estudo com qualidade - ou alguém vai negar que a "libertação dos escravos" foi boa para alguém? Aliás, deixe-me deixar claro (redundância necessária) uma coisa: o erro foi a barbaridade da própria escravidão, prática comum da época e, infelizmente, com respaldo dos próprios africanos que davam seus conterrâneos pelo poder... deixemos isso para um outro momento, porém, não perde a importância, pois foram grandes aliados dos brancos ladrões portugueses, da época - haja visto que a população mais pobre é em sua maioria composta por negros, oriundos dos quilombos, dos "negros livres" e sem espaço para trabalho honesto e digno e ficaram "marginalizados", jogados à margem da sociedade branca e imperante. Onde houve a liberdade? E a condição para se viver essa liberdade, onde está?

Se os antigos barões e baronesas ainda se orgulham das famílias ricas e tradicionais acham que só a riqueza e a "pureza" de suas peles alvas é que conta, que pena... vocês não são HUMANOS, são um tipinho de gente que, por acaso, nasceram com a pele branca, e que nada de melhor têm a oferecer ao mundo, nem aos seus, senão o que têm. Toda ambição e arrogância gerou uma segregação e isso é tão forte que boa parte dos negros - ainda perseguidos, da maneira atual, pelos brancos com poder - acaba se segregando, também, como forma de proteção. Ou, alguém se vê, bem como aos seus, perseguidos, humilhados, e vão dizer: "que lindo!"? A reação é como antigamente, se refugiam nos quilombos, nos grupos iguais. Ou vão querer dizer que por essa ótica essa maneira de pensar e agir não lhes é legítima - não na figura da Lei, mas, na figura da lei do cotidiano? Escuto alguns brancos dizendo: "mas, também, eles acabam discriminando quando se colocam como os escravos de antigamente, em vez de viverem o dia atual. Hoje, eles são livres. E eles é que fazem tumulto em vez de irem trabalhar!". Vai dizer que  nunca escutou esse discurso? 

Não penso que os negros sejam todos bons e os brancos todos maus. Existem gente ruim de toda cor e até sem cor. A bondade e a maldade são características HUMANAS. Independente da cor. 

O problema é que hoje em dia tudo é tão superficial, tudo é tão raso que pensar em pensamentos e atitudes nobres são relacionados á coroa Britânica. Nobreza é muito mais do que isso. Igualdade é resultado de evolução e nosso povo é tacanho demais. Quem só enxergar as pessoas pela cor da pele é porque não tem nada de bom dentro de si para ver e acaba querendo destruir tudo ao redor e além do ao redor...

E, para responder as perguntas inciais deste post:



PRECISAMOS TER CONSCIÊNCIA DE QUE A RAÇA HUMANA É UMA SÓ COM DIVERSAS CORES, TEXTURAS, ALTURAS, PESOS, CREDOS, CULTURAS, CONDIÇÕES (?) DE VIDA,  ORIENTAÇÕES SEXUAIS, SONHOS, METAS... MAS, TODOS, TODOS DEVEMOS PRATICAR O RESPEITO! E ISSO É QUE DEVE FAZER SENTIDO! ESSE DEVE SER O NOSSO SENTIDO!

O dia 20 DE NOVEMBRO quer isso: PEDIR E LEMBRAR: RESPEITO SÓ EXIGE RESPEITANDO! Isso é DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO, COMEÇANDO POR CADA UM DE NÓS! ISSO É PLANTAR E CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR! A BASE É O RESPEITO!!!!

IGUALDADE SÓ É POSSÍVEL SE A GENTE ENTENDER E ALCANÇAR ESSE GRAU EVOLUÍDO: CONSCIÊNCIA - independente da cor, do credo, da orientação sexual, da cultura. 

Só num mundo onda houver RESPEITO, haverá IGUALDADE. E só com esses dois componentes, se permite espaço para conhecer a tal LIBERDADE! E, assim, poderemos ser FELIZES - coisas que as pessoas mais temem e, talvez por isso, destruam tanto e cultivem tanta infelicidade por aí!

Ensinemos essa tríade a nós mesmos, que, naturalmente, nosso filhos aprenderão e darão continuidade. Que as gerações que começam hoje, tenham a base pela qual tanto lutamos: a base da JUSTIÇA, com RESPEITO A IGUALDADE E A LIBERDADE! Aprendamos a ser FELIZES e essa lição não só ficará como continuará para todo o sempre!

Pat Lins.








domingo, 18 de novembro de 2012

TUBAROA


O tempo passa para todos. Tem gente que bate na mesa e afirma ter "pressa" - "nós temos pressa!" -... eu tenho TEMPO. Inclusive o tempo da cobrança... e está chegando. Eu vou cobrar os resultados.

Depois de tanto esforço, hora de avaliação...

Assim como o tubarão, meu sensor tem captado umas coisinhas desagradáveis. Não quero a cabeça de ninguém, quero solução - quero é TUDO! Ou nada. 

Têm horas que é preciso ser estrategista. E nessas horas, manter-se aliada ao Tempo e controlar a ansiedade para manter o foco no que quero resolver é duro, mas, possível. Haja esforço e empenho da razão. "O que eu quero resolver?" - me mantenho focada: vendo o ponto central e as variáveis ao redor. Só que isso dá uma sede... Sede de justiça!

Me preocupam pessoas/profissionais medíocres - por mais bem titulados que sejam, ser bom profissional vai além do além do aquém que essas pessoas se dispõem a fazer - assumindo posições de meio de campo. Mas, não tem nada não, o que é de cada um está guardado e, graças a Deus, não sou quem vai servir; é self service: ou "sirva-se e sirva" ou depressa, pule fora e passe a bola para quem tem competência. Não se trata de um emprego em jogo, se trata de alguém contratado para dar conta de outros, não dá, nada faz e ainda quer jogar a "culpa" - oh mania de ter que achar um culpado, mas, elas começaram, agora, aguentem a defesa - em quem tem a razão.

Problema é que tem gente que estigmatiza e pensa que as pessoas são uma só e que quando passam a ser mãe deixam de ser tudo que é... Enganam-se. E quando mexe com a pessoa certa, tudo tende a dar certo - eu bem sei disso! Eu não sou apenas a mãe leoa... sou tubaroa, também. Tem de tudo em mim, a fauna toda! Elas são patéticas! E chegará o dia em que chorarão lágrimas de crocodilo que é o que são.

Essa de "fechar Shazam" e fechar-se no erro não combina comigo. Unilateralidade é o FIM dentro de uma equipe. Para mim, a identificação com a função vai além de saber o que deve fazer: deve ser feito! Uma equipe que se fecha e se coloca acima do bem e do mal e acima da verdade... hummmmm, sei não, assim fica mal porque não se permitem ver onde está o buraquinho do escape... e ali se esvai o que há de bom. Ainda dá tempo de recuperar. E vou aproveitar esse tempo como se fosse o último! Ao final, só os fortes sobreviverão e eu entre eles, com os meus. Meu filho, estamos juntos! E tem muita gente ajudando nesse processo de melhora. Quem não está dentro, está fora - e têm todo o direito - só não têm o direito de atrapalhar. O ano passou, nada foi feito e TUDO será cobrado no dia do juízo final - já que houve tanto julgamento de valor e nisso se "fechou Shazam" entre elas no erro evidente onde todo o mundo estava errado e apenas elas certas... Bom, até quem é cego precisa desenvolver outras capacidades para "ver" o mundo a sua volta.

Revolta, eu? Imagina! Quero resultado. Quero auto-avaliação de cada incompetente envolvido no caso. Quero que cada um veja o que deixou de fazer. E isso passará, para mim e para os meus, mas, nelas isso continuará porque a semente já fora plantada, e eu vou cuidar de regar pessoalmente, aos poucos. Não se trata de vingança, mas, de aprendizado... Uma coisa de cada vez.

Tudo com classe. Tudo bem elaborado. Tudo bem cronometrado. Quando se tem a razão, a justiça se faz sozinha! E eu atrás dela, como ser imperfeito cobrando que se faça e bem feito! Tem gente que não sabe identificar uma pessoa do bem e agindo pelo bem maior de outro alguém, então, como boa profissional que sou, falarei na linguagem que esse público entende... aguardem! Elas passarão, eu passarinho!


"Suspenderam
Os Jardins da Babilônia
Eu prá não ficar por baixo
Resolvi!
Botar as asas prá fora
Porque!..
'Quem não chora dali'
'Não mama daqui'
Diz o ditado
Quem pode, pode
Deixa os acomodados
Que se incomodem...
Minha saúde não é de ferro não
Mas meus nervos são de aço
Prá pedir silêncio eu berro
Prá fazer barulho
Eu mesma faço
Ou não!...
Pegar fogo
Nunca foi atração de circo
Mas de qualquer maneira
Pode ser!
Um caloroso espetáculo
Então!...
O palhaço ri dali
O povo chora daqui
E o show não pára
E apesar dos pesares do mundo
Vou segurar essa barra...
Minha saúde não é de ferro
Não é não!
Mas meus nervos são de aço
Prá pedir silêncio eu berro
Prá fazer barulho
Eu mesma faço
Ou não!...
Minha saúde não é de ferro
Não é não!
Mas meus nervos são de aço
Prá pedir silêncio eu berro
Prá fazer barulho
Eu mesma faço...
Suspenderam
Os Jardins da Babilônia
Eu prá não ficar por baixo
Resolvi!
Botar as asas prá fora
Porque!..
'Quem não chora dali'
'Não mama daqui'
Diz o ditado
Êh êh êh êh!
Quem pode, pode
Deixa os acomodados
Que se incomodem..."
(Rita Lee)

Essa música tem muito a ver comigo... Ah! Tempo, tu és lindo! 

Pat Lins - forma de tubarão!


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

UM SUAVE MERGULHO NAS ENSEADAS DOS NOSSOS SEGREDOS MAIS PROFUNDOS - Patricia Lins


 “Enseada do Segredo”, livro de Morgana Gazel, tem como foco uma mentira familiar e se situa num subúrbio imaginário do nordeste brasileiro, no período da ditadura militar. Os personagens não são separados em categorias distintas de bons e de maus. Todos atuam sob o comando de sua humanidade. Apresenta, além do cunho psicológico, um aspecto educativo. O que se justifica; pois a educação é uma condição necessária para uma condução mais harmoniosa do homem no mundo, conforme expressa a própria autora.
Aparentemente, trata-se de um simples romance, porém, a estrutura escolhida foi apenas um recurso literário para ambientalizar o mergulho que, ao lê-lo, damos em nossas subjetividades. Com o recurso da terceira pessoa e de uma linguagem bastante acessível, leve e envolvente, a história é narrada. E os diálogos diretos, que acontecem em vários momentos da trama, criam um clima de realidade.
Mistério, dia-a-dia, dramas, conflitos, romances, paixões, descobertas, mudanças e transformações são os cenários perfeitos para encontrarmos a nós mesmos e nos entregarmos a essa leitura empolgante, criativa e muito bem amarrada, em que Morgana Gazel nos guia através da vida de Fred.
Uma característica marcante é a tensão frequente que envolve Fred, o protagonista. Ele vive uma vida normal, sem grandes razões para questionamentos que contradigam sua realidade. Mas, dentro dele, há um incômodo... Uma sensação... Fred não os sabe descrever e também não percebe que sinalizam as causas de ele desconfiar da mãe, sem que tenha consciência disso. Esta desconfiança transparece em suas atitudes.
O desenrolar da trama inicial transcorre, mostrando a relação de Fred com o ambiente onde mora, com os amigos, a mãe, tia Zezé, os estudos, a descoberta do amor adolescente, as festas, os mergulhos, os desafios diários, os planos para o futuro e, além disso, sua ignorância do que acontece em seu país; o que, nesta história, lhe chega apenas como notícia.
Com 224 páginas excitantes, a autora consegue, utilizando-se do que há de melhor em recurso literário, que é a criatividade sem perda do foco na trama, descrever sensações e emoções humanas, onde só nos falta tocar nelas. Morgana Gazel, praticamente, materializa os sentimentos humanos, tornando-os quase palpáveis. Dá para escutar o coração de Fred bater forte por Jéssica; e ela nem sequer se dá conta... É possível sentir o sofrimento de uma mãe zelosa que dá o máximo de si ao filho, o máximo que nunca é suficiente. Fred é um jovem inteligente, tímido, pacato, que gosta do lugar onde mora. E vive aquele mundo, de modo que nada lhe proporciona tanto prazer como mergulhar nas águas da enseada sem perder o fôlego e depois flutuar sob o céu azul! Ali, ele se sente protegido, amparado e fortalecido, como se estivesse no ventre materno, a melhor zona de conforto para todo e qualquer ser vivo!
O ápice dá-se, num momento em que Fred se depara com algo inusitado: em sua família, escondia-se um segredo! Como consequência do clímax, surgem questões: O que fazer quando percebemos em nós o que tanto condenamos? O que fazer quando nos deparamos com uma verdade que nem sabíamos existir? O que fazer diante de uma grande decepção? Como reagir diante de uma dor profunda e insuportável? Quanto dilema. Quanto sofrimento. Tudo isso após ter sido nocauteado pelo conteúdo desse segredo e pela forma como lhe foi revelado.
Escrito para ser lido por todas as idades, o “Enseada do Segredo” toca as mentes e os corações jovens e adultos, convidando-os a participar do processo de “humanização do homem”, que é facilitado por cada conduta, diálogo e ação dos personagens. E através de questões estimuladas pela leitura, tais como: estamos preparados para enfrentar a verdade? Diante de desafios que nos levaria a uma mudança real, dispomo-nos a enfrentá-los ou resistimos, acomodando-nos numa zona de conforto e estagnação?... Ante estas e outras questões, afigura-se ao leitor o caráter exploratório que aparece em situações de escolha e tomada de decisões. Ao término da leitura, dá vontade de retomá-la desde a primeira página, na tentativa de, enfim, apaziguarmos as emoções desencadeadas, nesse mergulho sublime nas águas internas do autoconhecimento. Portanto, uma leitura rica e enriquecedora.

PATRÍCIA LINS / PUBLICITÁRIA, RADIALISTA E RELAÇÕES PÚBLICAS.
Artigo publicado no jornal A Tarde. Salvador – Quinta-feira, 15/11/2012. Populares, página 4.


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