sexta-feira, 23 de setembro de 2011

SERÁ QUE AS PESSOAS ESCUTAM O QUE FALAM?

Será? Será que a gente se dá o mínimo trabalho de escutar o que falamos? E os conselhos que damos, somos capazes de seguir, se fosse conosco?

Será que somos capazes de nos ver a tal ponto de nos tocarmos e nos dizermos: "para quê falar do outro, se eu mesmo nem sei como fazer comigo?"

Você já se escutou falando? Todos nós deveríamos fazer esse exercício, não só de escutar o que falamos, mas, o que pensamos e ver como agimos. Seria tão melhor para todo mundo se cada um começasse a se olhar e se ver mais. Deixar de se achar melhor do que os outros. Deixar de achar que é mais inteligente, apenas por ser mais canalha... Isso nunca foi, nem será inteligência, isso é idiotice. Mania de arrogância maldita que nos leva a achar um monte de coisa o tempo inteiro e nunca encontrarmos nada. Sim, porque quem acha algo, encontra... Se fica apenas achando e se achando, está perdido.

Quanto mais surdos e cegos ficamos, mais enxergamos a vida do outro. Quanto menos inteligência e virtudes desenvolvemos, mais estúpidos nos tornamos. Quanto mais achamos que sabemos de tudo, menos sabemos do tudo e mais nos aproximamos do vazio, do oco, do vácuo do nada.

Estúpido normóticos, levantem-se e limpem-se! Tiremos de  nós essa carapaça de arrogância, vaidade e hipocrisia que nos alimentamos e nos adornamos, como se fosse o que há de mais nobre. Identifiquemos a inteligência latente que há em cada um de nós e a desenvolvamos, senão, morreremos burros estúpidos que se acham demais! Demasiadamente vazios e cheios de nada!

Chega de culpar e ser culpado. Chega de dedos apontados. Chega de tanto sermos vítmas de nós mesmos! Deixemos pois a vida de cada um, se não tiver nada de bom para oferecer. Uma coisa é certa: ninguém pode mudar o mundo se não começar pelo seu mundo interior. Arrume sua casinha interna. Se trabalhe, se cuide, se verticalize. Seja uma pessoa correta, sem medo de ser feliz - detalhe: correta é uma coisa, idiota é outra. Outro detalhe: idiota = pessoa que se acha muito "sabida"...

Eu continuo clamando a quem tiver força e coragem:

VAMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO - começando por cada um de nós.

A liberdade está no amor. Não nesse deturpado que pregam por aí, que é ciumento e possessivo, mas, o único e verdadeiro, que liberta, que aceita, que compreende e que, acima de tudo, que respeita! Você se dá o respeito? Se ama? Sabe respeitar o espaço do outro, mesmo que seja um filho? Sabe respeitar a individualidade alheia? Tem pai e mãe que tapam buracos de suas frustrações com os filhos,e estes, coitados, não vivem a própria vida por culpa, por medo, já que os pais "deram suas vidas por ele". Gente, a gente pega pesado demais. Vamos nos trabalhar um  pouquinho para termos a mínima decência para podermos nos doarmos aos nossos - sejam filhos, pais, amigos... Sejamos, pois, mais íntegros. Sejamos mais nobres. Sejamos mais verdadeiros conosco. Chega de hipocrisia! E, ei, você que está lendo isso agora: cuidado, você pode ser sua própria vítma. Cuidado consigo! Escute seu grito de alerta e diga a si mesmo se tem ou não uns "ajusteszinhos" para fazer? Se disse que não, haiai... é quem mais precisa! Ser bom é muito mais do que não fazer o mal: é fazer o bem!

Pat Lins.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

LIÇÕES DA VIDA

Tenho aprendido muito com a vida.

Mas, a lição que mais tenho aprendido é que, a medida que aprendo algo, descubro que tenho muito e muito a aprender. O que me cabe fazer? Aprender, até descobrir que tem mais pela frente. 

Tempo, meu bom, quero me aliar a ti e aprender o que tenho que aprender, bem aprendido, até apreender tudinho.

Enquanto há vida, há mais que aprender a cada novo instante!

Pat Lins.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O AMARGO SABOR DA RAIVA

A raiva é poderosa, forte, dona de si...

Tem um amargo sabor de dor. Ela dói, destrói, corroe. Começa com um amargo na boca, trazendo secura. Parece espinhos afiados e gigantescos que isnistem em furar a pele e sair, para assumir um lugar que não é dela, mas, ela o quer. Tem dedos de espátula, tentando empurrar nossa órbita ocular para fora do seu lugar, numa força imperativa de dentro para fora da nossa face. Espreme nossa cabeça como garras em forma de forceps, apertando nossas têmporas e fazendo-nos enlouquecer com a quantidade de informação inútil, de onde ela tira seu alimento, e que a faz inchar, inchar e inchar tanto que se materializa em forma de um vazio cheio, repleto de nada que preste e que serve apenas para ocupar o espaço físico em detrimento do espaço mental. Confunde! Confusão! Esse é seu intento: nos confundir a ponto de ficarmos cegos, mesmo os olhos enxergando tudo, só que tudo errado. Depois, sobe aquele calor terrível, queimando a espinha, cada vértebra, cada músculo, cada célula, cada átomo... Reduz-nos a subátomos vazios e inoperantes. Uma partícula atômica, por menor que seja, e, teoricamente, indivísivel, contém mais informação do que uma infinidade terabytica, mas, a raiva, nos torna sub sub sub nada, pedaços de nada. Não, nós não a incorporamos, ela nos toma, é dona de si. Nos reveste como segunda pele e envolve nossa alma em tristeza, dor e angústia. Lança-nos ao mais fétido pântano,sem luz, sem água, sem vida. Cala-nos, pelo orgulho que desperta a vergonha em pedir ajuda ou pedir perdão, mediante arrependimento de alguma ação. Nos emudece a ponto de arrancar nossa língua e limita-nos no vocabulário oco da ignorância analfabética de um zero. Ela nos mata!


Mas, em meio ao calor da ira e do ódio catalizados no decorrer do tempo mal vivido, dominados pela raiva, a íris sensível reconhece a mínima luz! Abre-se toda para que ela entre! Eis o sol! Símbolo de vida e libertação. Sinal do fim da solidão e ressurreição. Entra um calor que refigera, que acalma as emoções aprisionadas e estancadas numa represa de lágrimas congeladas pelo mau uso delas. A raiva transpira o suor mais encorpado, com dor e odor insuportáveis para quem sente e quem expele. A vida, na forma das virtudes, salva e destila esse suor em líquido transparente, levando as impurezas que contaminaram nossa alma. Banha-nos na luz mais sublime e divina, espalhando uma fragrância suave e alegre das lembranças de quem somos: imagem e semelhança da perfeição, em matéria imperfeita e dispersa, mas, em essência, divinos e eternos como Quem nos criou. Somos partículas operantes de um Universo incessante e misterioso que insiste em nos dar novas oportunidades, mesmo que as tenhamos deixado passar. Assim como um problema não resolvido fica até ser solucionado, a oportunidade volta para que voltemo ao caminho certo. E por essa mesma íris, por cada fio de cabelo, por cada célula epidérmica, envolve-nos, entra e guia-nos Ele, o Astro-Rei: o Sol! Imperador sem tirania; verdadeiro dirigente de nossas almas. Rei dos Reis! Luz! Força! Energia Vital! Essa luz envia seus raios como espadas, como mãos, como dedos que arrancam as marcas da negatividade que nos dominou. Sim, sentiremos dor, como um músculo machucado que ao voltar para seu lugar, dói. Dói uma dor diferente: cura! Só a redenção pode-nos curar! Essa é a luz que queima e destróe a chama destrutiva do orgulho e do "não fazer".

É chegado o tempo de nos ajudarmos e enxergarmos o que nossa sábia menina dos olhos quer que vejamos. Só com os olhos puros de uma criança podemos saber nos perdoar e seguir em frente, com a determinação de quem quer apenas crescer e seguir, sempre em frente, com olhar destemido e muito a aprender.

Assim, a vida se torna doce, como deve ser e a raiva se transforma em outro tipo de energia, mais sutil e livre, libertadora. A raiva é dona de si, mas, não é dona de mim! Nem de ti! Nem de nós! Ninguém domina a raiva. Só quem entende e consegue praticar e viver as virtudes carrega a chave que fecha as portas dessa emoção mal compreendida e sub-utilizada, abrindo a porta certa, na direção correta para onde ela precisa ir. Só vivendo um dia após o outro se aprende e se vive. Só consciente e firme, guiado pela vontade conseguiremos romper com as partes mais baixas e subir os degraus que viemos para subir. Não desejo sorte, para cada um de nós, desejo discernimento, para que saibamos separar o que é do que "não é".



Pat Lins.

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