quarta-feira, 30 de junho de 2010

"O TEMPO DE ESPERA" - BLOGAGEM COLETIVA


Olha, quando vi a proposta para blogagem coletiva no  "ENQUANTO ESPERAMOS", pensei em tanta coisa que não conseguia esperar, mas, não tive como parar para escrever... Minha mente desencadeou diversos pensamentos e maneiras de pensar. Fui para vários pontos em mim, tentando definir um foco. Foi quando tive mais certeza de que não sei esperar, já esperando...

Comecei pelo "MÃES NA PRÁTICA", falando da prática de toda mãe e nossa relação com o tempo de espera constante e eterno!

Mas, aqui, onde desabafo com frequência sobre minha busca no caminho do crescimento pessoal - em todos os âmbitos - , esperar tem sido minha máxima! Desde consolo bíblico onde "há tempo para todo o propósito debaixo dos céus..." (Eclesiastes), até o fato de, durante todo processo de espera a gente ficar mais focado no tempo de espera do que na espera em si, como oportunidade para planejar, aprimorar e, em alguns casos, curtir, enquanto não chega o desfecho da situação.


Então, decidi fazer o que estou fazendo: começar, começando... Sem esperar muito, porque, tenho pouco tempo e daqui a pouco, terei que parar... a rotina e os meus afazeres não param para me acompanhar e meu "esperar" fica num latejar na mente em forma de "vai acontecer, espere e verá/verei", em algum momento terei tempo com tempo.

Minha maior dificuldade em esperar - ou, saber organizar o tempo para espera -, falando de uma maneira abrangente, é lidar com a ansiedade crônica... Êta! Aí, o tempo de espera vira uma descarga de adrenalina e, quando se aproxima o momento de "concretizar", seja lá o que for, quando o tempo de espera está próximo ao fim, estou cansada e me arrastando, o que, muitas vezes, me faz "nadar, nadar e morrer na praia"... e o tempo de espera foi em vão... Então, me questino, qual a melhor hora para agir: durante o tempo de espera ou depois do tempo de espera? E como se calcula e/ou determina esse tempo?

Sempre estamos diante de acontecimentos, desde o nascer do sol, até o nascer do sol do dia seguinte... Portanto, sempre estamos no "start" de algum tempo de espera. Na verdade, a gente já nasce esperando: esperando completar nove meses, para sairmos da barriga da mãe; esperar a adaptação aqui fora; esperar cada fase de crescimento, mudança e transformação; esperar os dentes nascerem; esperar andar com firmeza, para "termos" alguma "independência - risos; esperar crescer e ficar adulto para fazer tudo "sozinho" - como se fôssemos capazes de realizarmos tudo sozinhos... até para virmos ao mundo dependemos que alguém nos gere e nos coloque aqui fora...; esperar concluir a faculdade; esperar receber o diploma; encontrar o primeiro emprego; esperar ansiosamente, pelo primeiro salário - quando é baixo, a gente já espera o segundo, o terceiro...; esperar encontrar "um (ou O, para alguns) grande amor"; esperar pela estabilidade finaceira/material para programar uma família - nesse quesito, nem sempre usamos o tempo de espera para programar... muitas vezes, esperamos juntos, mesmo e vamos esperando o ajuste durante a fase de reajuste desajustada...; depois, esperar as condições "apropriadas" - que nem sempre seguem a ordem que desejamos - para ter filho (s)... Estamos sempre no processo de tempo de esperar algo... inclusive a morte.

Vivemos o tempo de espera para nascer e para morrer e, nesse meio tempo, que chamamos de vida, vivemos vários tempos de espera para, depois que o tempo passa, percebermos que perdemos tanto tempo com tantas bobagens...

Determinar o tempo do "tempo de espera" nem sempre é tarefa fácil ou possível. Temos mania e apego ao relógio, para contabilizarmos e avaliarmos nosso sucesso em alguma ação. Na vida nem tudo é tão exato. Na verdade, no geral, a maioria dos acontecimentos nos pegam de surpresa, o que me leva a refletir que, após tanto esperar, quando concretizamos, muitas vezes, nem nos damos conta e somos pegos de surpresa. O tempo tem esses mistérios, aí, de nos pregar peças. Ele nos deixa acreditar que o estamos domindando, quando, na verdade, ele está seguindo seu rumo.

 Bom, esse tema me deu vontade de escrever mais e mais. Vivo, atualmente, mais um tempo de espera, onde espero retomar minha vida, conseguir me encontrar e descobrir uma maneira de superar meus desafios com mais leveza... meu tempo de espera se resume em viver a cada instante na expectativa do novo instante e preparando o terreno para a plantação. Já minha ansiedade está na preocupação com a época da colheita... Vários tempos de espera simultaneamente... Fora, deixar de me culpar pelo tempo de espera que já passou e nada fiz... Temos uma vida para aprender... O máximo que puder levar comigo, levarei... Sei lá o que vai acontecer depois que o meu coração parar de pulsar - ou, minha mente parar de funcionar... às vezes o coração bate, mas, a cabeça já foi (como a morte cerebral, por exemplo). Infelizemente, não será possível fazer com que as pessoas me vejam como sou, mas, aqui vai ficar um registro de meu processo de busca, para quem acha que me conhece, me conhecer um pouco...


Meu tempo de espera é diário. Algumas coisas que espero são concretas, outras subjetivas, outras tão abstratas que nem eu dou conta..., outras fantasiosas... Meu tempo de espera passa e gravita entre a realidade real e a realidade ideal. Eu estou, na verdade, à espera da harmonia entre todos os meus EU´s. Não. À espera, apenas, não, a caminho; trilhando... então, creio que essa fase sim, seja uma fase de tempo de espera e não de pura e vaga esperança.

Enfim, a cada dia alimento meu tempo de espera de DEIXARMOS UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO! Amém! - risos.

E você, como calcula seu tempo de espera? Tem consciência de que vive, pelo menos, um a cada instante? Tempo de espera e esperança podem andar juntos? Tantas perguntas. Cada resposta pode despertar um novo tempo de espera, uma novidade a começar.

Bom, cá estou! Algumas coisas me dando conta de que já aconteceram... outras, por acontecer... outras, desejo que aconteçam... tempo e tempo para tudo... Agora, em muitos casos, só me resta esperar.

Agora, tempo de esperar a comida ficar pronta para almoçar com meu filhote! Meu tempo de espera o inclui numa realidade paralela a minha; uma vida que, por enquanto depende de mim, mas, que não é minha... ENQUANTO ESPERAMOS, vamos vivendo, refletindo, preparando e, um dia, agir!

Beijos,

Pat Lins.



BLOGAGEM COLETIVA - ENQUANTO ESPERAMOS

terça-feira, 29 de junho de 2010

SÃO AS BESTEIRAS QUE DESTROEM O MUNDO

Pois é, são as menores besteiras que destroem o mundo, abalam relações - não digo destruir, porque em se tratando de relações humanas, tudo é possível... -, desencadeiam grandes problemas e causam uma polêmica sem sentido.

Infelizmente, uma coisa é certa, se te provocarem, não reajam. Ser superior é receber a cutucada, dizer "ai" e depois, "sorrir", nem que seja um sorriso amargo de quem engoliu um sapo gigante. Que pena, eu não sou superior, nem perfeita. Sou humana, gente e tão errada e certa quanto qualquer outra pessoa, inclusive, as pessoas que me provocam por bobagem.

Mas, quem é mais errado: quem provoca ou quem reage à provocação? Será que é errado estar certo e apresentar argumentos coerentes? Odeio falsidade e gente intrometida, que acha que sabe mais do que os outros... pior, eu sei, eu também sou assim. Portanto, todos somos os dois lados - ou mais.

Engraçado e curioso é que a maioria das pessoas que não assumem quem são ou se assumem como o umbigo do mundo são as mais vazias e rasas, mas, conseguem tocar no calo dos outros... Ah, já entendi: essas pessoas são tão pequenas que é mais fácil tocar no nosso calo, por estarem abaixo dos nossos pés. Êpa, me coloquei como incapaz de pisar no calo alheio... Ah, pisar é do alto para baixo... Continuo a me colocar acima... Sinal de que não assumo minha parte do erro, também...

Outro fato certo é que, mesmo sendo de uma baixeza, radicalismo irracional e seres beirando a "acefalia", são gente e também têm seu lado bom, suas utilidades e, como todo ser humano, tem sua missão aqui na Terra. Ninguém é tão inutil que não tem sua utilidade, não é verdade?! É, estou muito ácida... Não era o ph que pensei em escrever, mas, por enquanto, é necessário, trata-se de um desabafo.

Se uma besteira é capaz de desencadear uma guerra nuclear e destruir cidades, imagine uma explosão familiar? Um abalo de egos abalados... Ai, coisa chata, uma dos lados da história nem sabe que tem ego, ou, o que vem a ser ego... Uma besteira em família é uma catástrofe. Toca nos lugares errados, sempre, porque as verdades não são suportadas. Um "não" nunca é bem aceito se não houver uma desculpa, em vez de justificativa franca. Um "tchau, já tô indo" pode ser um incômodo para quem recebe. Mas, veja só, por que é tão difícil alguém aceitar a posição do outro, respeitar um pedido de: "me deixa quieta, porque eu não tô legal"?! Por que as pessoas querem sempre ter razão, mesmo se contradizendo?

Tantos "por quês" que, creio eu, não exista um único "porque" como resposta. Se tem uma coisa que não suporto é mente pequena e que se acha o máximo... Odeio quem fala por trás e muito mais quem se mete onde não deve de maneira tão pequena. Por exemplo, como alguém pode sugerir algo se nunca viveu? Um pouco mais clara: como alguém pode sugerir como educar um filho se não educa o seu? No mínimo é HIPOCRISIA, associada a uma superdosagem de ARROGÂNCIA e falta de "setocômetro"...

O que causa um engarrafamento? Vários fatores. O que aumenta o desgaste num engarrafamento? A estupidez dos que acham que sua necessidade é maior do que a do outro. Desrespeito. Essa é a questão. Não, não o engarrafamento, foi só uma metáfora boba. O problema das relações humana é a mania de querer que seu carro passa a frente dos outros, porque se acha um motorista melhor: desrespeito... Detalhe, isso não vai mudar: sempre haverá quem se ache "O(A)" bom/boa, por chegar lá na frente, cortando e comentendo inúmeras imprudências e sem acidentes por conta da prudência do outro - viu, os superiores evitam as besteriras, sempre, por conta de sabedoria... - e ainda rir e dizer: "Cadê? Cadê a causa do engarrafamento? É mania de um ficar atrás do outro que para o trânsito..." - o fato dos imprudentes atrapalharem não conta, né?! Não, lógico que não, eles estão sempre com razão... E com a estupidez e cegueira, também... Sempre haverá aquele que fica estressado por ver a injustiça sendo feita e ter que se proteger, porque se protegendo ainda corre risco... Mas, respeita a ordem, porque sim, se todos respeitassem a organização, tudo fluiria melhor... E existem aqueles que optam por não se estressar, mantém a defesa erguida e focam em algo mais produtivo... estes são os superiores, sábio e sensatos. Eu? Sou a estressada que xinga e brada, mas, depois cai na real de que os imprudentes não vão "se tocar" só porque eu estou me defendendo... Esses tipos sempre existirão. Os superiores, continuarão superiores. Os inferiores/infratores, podem, quem sabe um dia, crescerem e evoluírem, mas, enquanto não se permitem ter consciência, têm a enorme capacidade de regredir e regredir sempre e cada vez mais... E os intermediários precisam escolher se evoluem ou "involuem"... É para isso meu desabafo, para que eu aprenda, apreenda e internalize que ninguém vai mudar por minha causa... que eu não posso mudar a maneira do outro pensar. Eu só posso mudar a mim e a meus pensamentos e atitudes. Preciso aprender com os sábios a ter mais resistência. Aliás, não é questão de resistência, isso, os cínicos e pirracentos têm... E essa característica que os capacitam a dissimulação e capacidade de inverterem o jogo a seu favor, se fazendo de vítma... Mas, engraçado é que a inteligência desses seres se limita a abrir a boca, bradar e cair fora, por não sustentarem o feed back. Apenas os sábios têm a capacidade de "matar" uma atitude cínica e pequena... não por intenção, mas, por "não reação", por "não recepção" do afronte, por estarem além da provocação, por não se envolverem... aí, os pirracentos cortam os próprios pulsos, numa atitude desesperada de não conseguirem o alimento para suas mentes doentes e vazias.


Não, não estou com raiva... estou com ódio! Pior, sei que isso faz mal a mim mesma... Ainda sou intermediária e, por assim ser, ainda tenho o pé no plano inferior das pessoas que sofrem por besteiras. Ops! São as besteiras que destroem o mundo. Coisas pequenas passam a ser coisas sérias, quando explodem em locais e ocasiões inadequados para os intermediários - porque explodem - e terreno fértil para os inferiores, porque detonam a bomba e saem debaixo com expressões de vitória e frases incendiárias do tipo: "deixa, deixa falar... ele (a) está certo... Ele(a) não diz que está certo?! Então, deixa lá. Deixa!" ou, quando não suportam e nem admitem que provocaram, repetem a frase celébre e infantil: "Eu não quero ouvir mais nada. Você não diz que está certo(a)?! Eu não estou ouvindo nada. Pode falar sozinho(a)..." .

Não, não é nada bom ser pavio curto. Não é fácil segurar a onda, mesmo se esforçando. E estar diante de pessoas dessa estirpe no momento em que você não precisa faz toda diferença para a gente ver que precisa se cuidar ainda mais. Loucos? São as duas partes: uma por provocar, demonstrando toda sua infelicidade e necessidade de tentar expor o outro e a outra parte por explodir, consciente de que o outro está provocando. Mas, peraí, não é fácil segurar a onda, principalmente, quando você tem o hálibi de ter advertido que não estava bem e, na sequência, de não estar fazendo nada além de ficar sem seu canto e seguindo seu caminho, sem cruzar com o de ninguém. Mas, para essas pessoas isso não é suficiente. Você apenas seguir seu caminho, por si só, é provocação, por não haver atrito... então, eles causam o atrito e você cai na armadilha. Diante da pressão, ainda se culpa por ter cedido à tentação e baixado o nível. Sinal de que algum complexo foi ativado.


Para subir de nível, se elevar um pouquinho, necessário se superar e descobrir o que há por trás da provocação que tanto te perturba. Esse agora é meu foco: descobrir por que derrapei na pista com óleo se tinha o ângulo privilegiado do bom senso e poderia ter me poupado? Parece que tudo dependia de mim... Mas, sim, dependia. Se eu tinha consciência do desnível entre as partes, poderia ter me mantido no meu e não ter descido e sucumbido à provocação, ou provocações... Não, não estou me punindo, mas, me alertando para mim mesma - ficou feia a redundância, hein?! Sim, terei a capacidade de superar, pelo mesmo bom senso que recusei escutar. Não, não posso mudar as outras cabeças, nem as outras que nem estavam lá e tomaram partido... Para isso, paciência... Paciência que não tenho, mas, paciência... terei que ter! Não vou dizer: "Eles se danem"... Infelizmente, esse mal estar me incomoda... Não gosto da sensação de pisar em ovos e ter cuidado com o campo minado, mas, os holofotes dos melindres e mentes limitadas criaram esse ambiente. Chato é que outras pessoas presenciaram as ceninhas ridículas e bestas. Outro complexo ativado, a preocupação com "o que os outros vão pensar"... Bullshit! Algumas pessoas em minha defesa; outras em defesa da outra parte; outros imparciais - certíssimos; outro aumentando o que já está ruim... esse é o perigo: mentes vazias e bocas cheias e nervosas para propagar a fofoca a falar mal das duas partes... Tem de tudo nessa feira chamada família! Sei o jeito de cada um e, por isso, sei o que deve estar rolando nos bastidores, porque quem não tem ocupação e nem se dá a oportunidade de construir algo útil, exercita a língua solta e a fofoquinha banalizada. Espero estar errada, mas, pouco provável...

Ao menos, minha ocupação é em superar, não alimentar todo erro com indiretas e joguinhos, muito menos com pensamento vingativos de aguardar o mundo dar voltas e esperar que a outra parte precise de ajuda...

Ai, hora de elaborar e me libertar desses pensamento amargos, ácidos e destrutivos. Consciência eu tenho de que não partiu de mim. Consciência eu tenho de que aceitei a provocação. Consciência eu tenho de que poderia ter evitado aquele furdunço dos infernos. Mas, já foi. Preciso deixar passar e andar para frente. Tocar o barco e ver no que vai dar... Que pena, não sou perfeita! Engana-se quem acha que ser adulto é ser maduro... maturidade é algo a ser construído através de bom caráter e bom senso... justiça - não interesse próprio, ou mania de se achar o(a) dono(a) da razão... -, equilíbrio - não cinismo -, sabedoria - não "esperteza" -, respeito - a todos, mas, respeita ao outro, apenas, quem se respeita como pessoa... Maturidade é algo que não evolue com a idade, mas, com aprendizado e pondo em prática esse aprendizado, através de coerência entre o que fala, o que pensa, o que sente e o que faz. Maturidade é algo que a maioria esmagadora dos seres humanos alegam ter sem, sequer, saberem a verdadeira definição de MATURIDADE. A maioria de nós, no máximo, envelhece, engrossa a voz, os cabelos ficam brancos, trabalhamos, dirigimos, colocamos filhos no mundo...e tudo isso sem a menor ocupação e compromisso com a responsabilidades em DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO! Perpetuamos a arrogância, a estupidez e pensamentos chinfrins. Passamos valores questionáveis com ar de superioridade e estabelecemos como padrão hábitos nada saudáveis e relações interpessoais baseadas em farsas, invenções, mentiras, enganos... nóias que criamos, desencadeamos e empurramos para frente. Eu penso que a gente pode ser melhor. Eu quero ser melhor. Hoje, o meu melhor é admitir que errei e ficar alerta. Não com receio do próximo ataque, isso é bobagem, besteira e pode destruir meu mundo... Ficar alerta para mim mesma e minhas limitações e dificuldades e para as intempéries naturais ou criadas... Afinal, somos resultado de tantos fatores... micros e macros ambientes... características pessoais, interferências externas e internas... tanta coisa para avaliar... Não apenas por essa catástrofe... A outra parte também tem lá suas interferências, características, dificuldades, desgostos, vontades, problemas, medos... e isso tudo é que os fez agirem como agiram, sem escutar os alertas claros, do mesmo jeito que meu misto de tudo em mim me fez agir como agi, em vez de não entrar no descarregar de energia acumulada e mal canalizada dos outros, mesmo que tenham direcionado em mim, através de provocações e falações pelas costas, como se fossem os donos da verdade e as vítmas das circunstâncias. Pobre de nós, oh, seres humanos!


Bullshit, shit! - kkkkkkkkkkkkkkkkk

Ah, moral da história: os seres evoluídos não perdem tempo com besteiras... investem cada segundo de sua vida para construir algo melhor, afinal, são as besteiras que destroem o mundo!!! Eh, um dia, chego lá e evoluo. Ao menos, sei que estou em busca...







Pat Lins

segunda-feira, 21 de junho de 2010

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS


Se você tema solução para os problemas de todo mundo, comece resolvendo os seus.

Já percebeu que a maioria de nós, mal conseguimos dar conta da demanda de problemas de nossas vidas e, ainda, "perdemos" tempo "dando pitaco" na vida dos outros? Quantas vezes nos pegamos sugerindo "soluções" - na verdade, a gente mais gera polêmica e reforça o problema do que elucida - para os outros e nos descabelamos por não conseguir focar nos nossos? Pior, quantas vezes nem percebemos que temos um problema? Fora os que têm e deixam, alegando que "as coisas se resolvem" ou "tudo tem solução", nem que seja alguém resolver por você.

Por que a gente cria tantos problemas? Parece que isso nos alimenta. Parece que dá "status" estar cheio de problemas e estressado... Por que é tão complexo desejarmos, de fato, e nos empenharmos em SOLUÇÃO? Repetir o problema milhões de vezes não traz solução, só aumenta e vira uma bola de neve... sai debaixo!

O que é "normal", "certo", "errado", "culpado", "vítma", "algoz"...? Cada um de nós é tudo isso o tempo todo. Somos dualidades, contraditórios, inexatos... A ciência responde muito, mas, segue uma escala, um formato, um rigor... A abstração libera demais... O que vem a ser o meio termo, o ponto de equilíbrio, a serenidade? Quanto mais aceitarmos e assumirmos que não temos resposta para tudo, nem solução "certa" para todos os problemas, talvez, quem sabe, a gente se aproxime mais da gente mesmo e a humildade - a de verdade, não essa de fachada que a gente se acostumou a "conceituar" como humildade... - seja a solução para tudo. Sabe, tipo uma chave-mestra?! Pois é, quanto menos permitirmos que orgulho, estresse, vaidade, "desejos" - aquilo que a gente quer, porque quer, que aconteça/seja, forçando a barra, só para satisfazer um capricho... -, ambição, arrogância, cretinice, idiotisse, "cabeça-durisse" dominem nossas escolhas, mais propensos a solução acertada estaremos.
  
Muitas vezes, a gente é tão cruel, que permite que nossas mazelas e auto-desconhecimento beirem a inconveniência e a gente acaba, em vez de ajudar o outro, acabamos aumentando o problema e, muitas vezes, criando um que nem existia... Me recordo quando estava grávida e, durante a escovação dos meus "cabelitchos" - risos - o cabeleireiro - uma criatura de outro mundo, viu?! Uma figuraça! - me perguntou: "você só vai ter esse?" Eu respondi que até ali, sim... que já imaginava a dificuldade de dar uma boa estrutura material para um, imagine para dois - é importante definirmos nossos pensamentos... a gente tem mania de falar: "dar uma qualidade de vida boa para meu filho" sem saber o que isso quer dizer... - e ele me saiu com um conselho "brilhante" - risos: "ah, um filho só?!" Eu pensei que ele ia dar aquele conselho chavão que a maioria das pessoas a-do-ram dar - inclusive eu... risos - de que precisa de um irmão e etc, quando ele continuou - kkkkkk, eu não aguento sequer lembrar, porque foi cômico de tão inusitado e, creio eu, impensado - risos: "minha filha, e se seu filho morrer? Você só vai ter um. Com fulana (falou o nome de uma mulher e não me recordo...risos) foi assim, o filho dela morreu de uma hora para outra e ela ficou sem nenhum. Já não tinha idade para ter mais... taí..." Gente, isso é real? É! Nesse caso deu para dar risada. Mas, em muitos outros, o que seria cômico, pode ser trágico. A gente precisa se policiar na hora de "porpor" soluções e saber se estamos na linha limítrofe entre um bom conselho, uma idéia pensada e refletida considerando a realidade da pessoa e uma catástrofe.

Fora as "soluções" que não passam de crítica dos "cheios de razão": "ah, você deveria ter feito..."; "eu mesma(o)... humpf! Comigo eu queria ver se seria assim..."; "você é muito besta... deveria ter..."; entre outros tantos clichês que amamos propagar. E piora quando a gente sabe que a pessoa vive o contrário do que propõe... na verdade, fica patético. Quantas vezes somos OS patéticos, sem saber e nos achamos os "bam-bam-bans"?! Olha, quantas vezes a gente arrota saber de tudo, dar solução para tudo, critica a tudo e a todos... e tudo que falamos volta contra cada palavra dita?! Outro exemplo bem prático é quando nos deparamos com uma criança - até adulto, mesmo - doente... "baixa" o médico experiente na gente e todos os aparelhos de raio X, ressonância... estão em nossos olhos, em nosso tato, já reparou? Ou, pajé, curandeiro... Sempre sabemos de um caso - falo isso me incluindo em cada situação... eu também hajo assim... - de alguém que passou por algo parecido e "curou" tomando... Receitamos remédios, chás, misturas... Um creme para hemorróida cura até queda de cabelo... Fora que se você vai - ou leva - a determinado médico/especialista, você sempre leva no lugar errado, porque a pessoa conhece um que é muito melhor, que é mais capacitado... A gente já gosta de se sentir o máximo, já percebeu?! Amamos menosprezar o outro. Tripudiar em cima da dor alheia... Depois, nos achamos "superiores" ou perfeitos e que terapia é só para dondoca ou doente mental, afinal, "não temos problemas"...

Por que agimos como "sabe tudo" o tempo todo? Acho que nossa carência em ter resposta e solução para tudo é tão grande, que nos acomodamos a água até os tornozelos, em vez de mergulharmos fundo... é menos perigoso. Por que somos tão radicais para resolver um problema imediato, propondo soluções que não passamo de um problema maior? Por que é tão difícil sermos solidários, em vez de cheios de razão? Por que, para dar um conselho, nos colocamos como "mestres" e não como parceiros, amigos...? O fato de alguém próximo nos pedir um conselho, uma opinião - e vice-versa - não nos dá o direito de exercermos a crueldade intrínseca de "se achar o rei da cocada preta". É apenas o fato de, às vezes, a pessoa - ou a gente - se perder em meio ao turbilhão de tanta coisa para resolver, que precisa dividir com alguém... alguém como ele(a) que também é limitado, tem seus problemas... mas, que, como cada cabeça é um mundo e cada um de nós tem sua história, seu caminho e, consequentemente, experiência em alguma coisa - nem que seja "coçar o saco" - quem sabe, consegue ajudar a pensar. Por que é tão dicíli a gente seguir essa linha de raciocínio?


A verdadeira solução de probemas é aquela que não causa dor - dor mesmo... aquela que poderia ser evitada e não foi... entretanto, existem algumas dores que são consequência de ingerência da própria vida e nossas escolhas e romper com suas sequelas para curar vai, inevitavelmente, causar dor... mas, a dor para curar uma ferida JÁ  aberta... Não adianta forçar uma solução que não é viável... não é solução, é vácuo! Afinal, não existe um único caminho certo... E NINGUÉM é detentor DA verdade ÚNICA e UNIVERSAL! Portanto, saiba que VOCÊ É HUMANO! Ah, outra coisa interessante: ARMENGUE NÃO É SOLUÇÃO.

COMPREENSÃO, RESPEITO, SOLIDARIEDADE, HUMILDADE, CORAÇÃO ABERTO... isso sim é caminho para a solução ou para ajudarmos a alguém na busca por uma. O que para a gente parece tão óbvio, tão simples - "Isso lá é problema? Problema tenho eu..." -, exagero - que seja - ... pode ser um grande entrave para alguém ou, para aquela pessoa. Ninguém tem a obrigação de escutar os problemas dos outros - principalmente, se está tão atolado com os próprios - e, nessas horas, dizer "não" é dizer "sim" - "sim" para o bom senso e para a sinceridade onde: "Olha, eu não estou a melhor das pessoas para te ajudar..." e, a pessoa, também, não tem o direito de ficar aborrecido (a). Às vezes é assim mesmo, a gente se nega a "abrir o jogo" e acaba criando uma situação naufrágio duplo... Nosso problemas não podem, nem devem, ser maiores do que o RESPEITO a si e ao outro. A verdade não é para magoar, nem para diminuir ninguém, é para explicar que nós, também, somos humanos e temos nossos limites. Isso eu digo por experiência. Daí, preciso voltar à época das crises da DPP, onde algumas pessoas queriam ser "solidárias", sem estar, propriamente ditas, "solidárias", por conta de seus próprios cansaços e problemas, mas, o medo de parecer "não ser solidária (o)" - até acredito que com sincera vontade de ajudar - acaba atrapalhando. Por isso que a frase/lema "MUITO AJUDA QUEM NÃO ATRAPALHA" deveria ser um grito de guerra a todo instante, antes de nos lançarmos ao papel de bravo guerreiro... Dar apoio não tem nada a ver com coragem para guerra... só se for em meio a uma... Dar apoio é estar, no mínimo, com o emocional em ordem ou consciente da desordem... Nunca seremos 100% equilibrados emocionalmente... quem alegar que é já demonstra desequilíbrio: cegueira. Mas, quando estamos com o emocional claramente abalado, cansados com seja lá o que for..., significa que não estamos preparados para apoiar e sim, precisando de apoio e se fazer valer da honestidade é capaz de evitar o afundamento coletivo. Mas, sim, durante as crises, algumas pessoas se "achavam" capazes de me ajudar, mesmo diante de meu argumento que não dava certo e estava me machucando mais... Por que temos essa necessidade de "não darmos o braço a torcer" e admitirmos, para nós mesmos, que é verdade, nem sempre podemos ser o ombro amigo, porque, também estamos passando por uma fase difícil e precisamos de um... Não, não é comparando "meu problema é maior e pior do que o seu", trata-se, apenas, de assumir que TAMBÉM tem problemas e que eles explodiram e não estamos sabendo como lidar... Para isso, precisamos ser justos e honestos conosco, antes de tudo. Ignorar ou não admitir que é como é ou está como está além de não ajudar, atrapalha... Não é fácil lidarmos conosco, imagina com o outro? Mas, dar um abraço amigo, mesmo que não possa fazer mais do que isso, já é de grande apoio e de uma força magnífica. A gente só pode se doar até onde e como pode. Ninguém, nem nós mesmos, podemos exigir de nós mesmo ou do outro, mais do que pode ser dado. Nenhum de nós está na cabeça do outro para saber o grau de seu sofrimento. Isso é individual. Para mim pode se tatar de uma bobagem o seu problema, porque já passei por coisas piores... mas, essas coisas piores podem ser bobagem para você. Não existe só um lado. Nem só o meu. Nem só o seu.



Não podemos negar que JUNTOS, PODEMOS MAIS! Mas, JUNTOS = entregues e guiados pela abertura, pelo senso de companheirismo, pela verdade que elucida e explica, pela sinceridade - a de fato, oposta ao sincericídio -, pela honestidade nas ações e pensamentos, pela compreensão, pela solidariedade, pelo RESPEITO e pelo AMOR - não, não apenas o amor romântico, o amor como sentimento pleno e que justifica a essência da bondade e seus bons frutos. Um apoiando o outro, igual a dois bêbados que vi há alguns anos - apoiados, ombro a ombro, um mais bêbado que o outro, mas, se escoravam neles mesmo e ali, se equilibravam no diálogo repetitivo de: "Eu te levo para casa" e o outro "não, eu que te levo"... e, lá eles iam, pela rua, dobraram a esquina, abraçados, amigos, SOLIDÁRIOS e, mesmo dentro da falta de "lucidez" e total embriaguez, UNIDOS e SINCEROS, entregues ao objetivo de chegarem em casa - risos. Foi uma cena "podre", mas, de uma lição incrível! Eles não caíram, porque se amparavam e se equilibravam em seus desequilíbrios...

Se a gente aprender a se conhecer mais, mais aceitamos e aprendemos o que quer dizer: "ama ao próximo como a ti mesmo" e, com certeza, muitos problemas encontrarão a solução certa! Falta muito da gente em nós mesmos, já percebeu?!

E, assim, quem sabe, a gente se entregue ao propósito de DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO!!!

Pat Lins.



sábado, 19 de junho de 2010

REGISTRO FOTOGRÁFICO - REGISTRO PARA UM "PRESENTE PRÓXIMO"

Todo mundo já se deu conta do quanto somos superficiais e nos permitimos assim ser, baseados na premissa ou justificativa de que "é assim mesmo..."?

Pois é, a historinha de hoje começou há algum tempo, quando soubemos que meu irmão iria se formar no dia 18 de junho de 2010. Mesmo sem dinheiro e vivendo o dia-a-dia, sabiamos desse dia... Como todo bom brasileiro - principalmente, baiano - falávamos e aguardávamos esse dia, afinal, como qualquer ser humano, nada melhor do que uma festa, regada a muita comida e bebida, para confraternizar e come(bebe)morar nossas vitórias. E uma formatura é uma vitória sempre. Conseguir entrar é mais fácil do que chegar ao final e concluir. Isso, desconsiderando qualquer outro assunto correlato ao tema FORMATURA, onde, não se sabe o "futuro/presente" que nos aguarda. No caso de meu irmão, não, porque tem a garantia de um emprego, e, com ele e sua escolha, viver outras dificuldades - e muitas - que sua nova profissão exige... Mas, voltando ao meu ponto/drama da vez: neste exato momento, muitos estão ainda se recuperando da noite de ontem e se preparando para a de hoje - onde continua a festa - e eu e meu - até então - marido acordadíssimos, desde as 07:30h a.m., graças a nosso filhotinho e sua energia super, hiper, mega acelerada, e que não podia dormir um pouco mais... mesmo tendo ido dormir mais de 01 hora da madrugada e ter aprontado horrores - e, para muita gente: "que menino bonitinho e esperto" com suas tiradas e seu nunca parar quieto durante a solenidade... Pois sim, ele não só acordou como já acordou "agradando" ao aumento de estresse. Foi ao sanitário, fazer seu xixi da manhã, quando, eu não escutei o retorno no tempo hábil - normalmente, o deixo ir sozinho, por uma questão de respeito e estímulo a individualidade dele e iniciativa, eu "apareço" na porta do recinto segundos depois, só para conferir se está tudo em ordem... coisa que nunca está! Detalhe, quando cheguei, ele estava ensopado da cabeça aos pés, tomando banho no lavatório. Não, não sou o tipo de mãe lerda, sou do tipo agoniada e colada, para evitar que ele se machuque de verdade... infelizmente, não posso agradar aos críticos de plantão que dizem: "tem que deixar o menino, Pat..." e, depois, esses mesmos seres de outro mundo - ou, eu que sou - diante das "pintanças" exageradas e incansáveis de meu pequeno, sabem gritar logo: "vou chamar sua mãe, viu?! Vou chamar Pat para te pegar...PAAAAATTTT, pega Peu aqui e vem ver o que ele está fazendo..." - o lance mais triste, é que eu sei que a responsabilidade em educar meu filho é minha e não estendo para ninguém, mas, são todos "tão" "solícitos" que nem percebem como agem e "Pat" é sinônimo de "mãe chata/bicho que pega se você fizer coisa errada"... não, não espero que essas pessoas se dêem conta, são rasas demais para alcançar o mínimo grau de consciência em suas vidas, imagina se saberão lidar com o respeito ao espaço e maneira de agir dos outros? Somos todos assim, ou não?! Pois sim, eu não posso "dar mole" com Pedro, porque é melhor prevenir do que remediar e com crianças como ele não se vacila, porque eles aprontam e aprontam muito! "Toda criança saudável é assim, Pat. Você preferia que ele fosse doentinho, todo parado..." Outra frase impensada que me dizem achando que é "consolo"... Pedro é "hiper-ativo". Não - preciso ratificar sempre - não é daqueles que precisam tomar remédio, o que exige muito mais de mim... educar um filho "hiper inteligente" requer esforço acima das limitações... Seguro a onda, mas, não nego que é exaustivo, nem deixo de explodir. Vivo uma incoerência: Peu veio acelerado e eu, após seu nascimento, após tomar uma rasteira da DPP, perdi o rumo e desacelerei... não vou falar muito sobre isso, porque, apesar de ter a ver com a origem do meu desgaste hoje, me cansa descrever...

Vou começar logo um novo parágrafo, para me obrigar ir direto ao ponto: REGISTRO FOTOGRÁFICO - REGISTRO DE UM INSTANTE PARA SEMPRE. Para ir a tal festa - sim, estou muito feliz pela vitória de meu "mano", mas, uma coisa não anula a outra... parece que ao admitir todo meu desgaste, estou infeliz com o que ele, merecidamente, alcançou... quando, na verdade, não é... Tenho esse cuidado, porque sei como nós, seres humanos e imperfeitos, somos naturalmente cruéis e amamos levar tudo pelo lado "conveniente" e de acordo com nossos próprios conteúdos. Poucos de nós consegue olhar o outro e dizer: "ele está dizendo isso e é só isso, como ele está dizendo". Não, a gente vê e ouve o que o outro diz e interpreta de acordo com nossa história de vida, nivelando tudo por nós mesmos... Por isso, temos tanta dificuldade em crescer, porque amamos ser tacanhos e pequenos. Existe um grande prazer em ser cruel e "mau", mesmo debaixo de palavras que contradizem nossas ações - falamos que "estamos aí, para o que der e vier" e agimos como quem está fazendo um favor para alguém pior do que a gente... O fato é que, ao mencionar que, apesar de estar sem dinheiro - e toda minha família está... agora, todo mundo usou cartão de todo mundo, para "resolver" problemas imediatos e ninguém pensa no futuro... Ah, é verdade, vão jogar nas costas de meu pai e se ele reclamar por não aguentar tanto peso, ainda está errado, porque "ele pode pagar"... Ai, ai... minha família é como a sua e como a de todo mundo: a gente se ama, se entende, mas, se desentende - sem poder falar que se desentende, porque é feio desentendimento entre família... - e, no fim, tudo certo, porque estamos todos juntos - isso lá é verdade, estamos juntos, mesmo. Mesmo, cada um agindo por amor e entrega, a necessidade de falar por trás existe e se fala, sim... Claro, somos humanos. A dificuldade está em compreender que somos assim por natureza e, por opção, podemos mudar, crescer... mas, essa escolha é um caminho de dor, de incompreensão, de medo... "cruz credo" mexer nesse tendão de aquiles familiar de toda família que se preze. A gente propaga em atitudes que amar não sustenta verdades, porque verdades doem e machucam. Daí, a permissividade em ser solidário na frente - e eu acredito que de coração, sério... a questão é que a necessidade do ego, da vaidade também existem... dentro de nós, coexistem sentimentos nobres e pobres e sim, eles andam juntinhos... desvencilhá-los dói muito... fingir que eles - os sentimentos ruins - não existem, também dói, mas, como não se trata de uma dor consciente, ela não diz: "dói porque você é humano e a sombra e maldade intrínseca existe em você. Admita que é assim que depois melhora, mesmo o caminho sendo dolorido, mas, no futuro, vai ter supreado...". Para a festa do meu irmão, todos gastaram sem poder, mas, com o nobre sentimento - isso não é ironia, eu considero essa realidade acima de tudo, mas, apenas, não nego que existe o lado paralelo... - de querer confraternizar. Como no carnaval, a gente se joga na festa, vivendo apenas o lado de "curtir", como se, concomitantemente, as angústias, os medos, os temores, as limitações, as faltas... não existissem, elas, já, existindo. Já viu como nos apoiamos em argumentos fracos e frágeis de que esses momentos são importantes e são o "gás" para suportar o resto da vida... E assim está sendo com a formatura de meu irmão. Dois dias, um de solenidade e outro de festa a rigor... Isso quer dizer: mexer na vida e mudar o ritmo de todos - de novo, não estou culpando ninguém apenas constatando um fato. É o mesmo que dizer: "eu tenho que levar Peu, para tirar foto, porque, senão, no 'futuro' - que eu vejo como 'presente próximo', afinal, como o tempo passa, já, já, o futuro vira presente, já que futuro é tempo que não existe... - ele não diga: 'porque não estou aqui?" E, explicar que era porque ele era um menino ultra peralta não pode ser argumento aceitável, afinal, o melindre é uma característica humana e, por mais que seja negada e muitos torçam o nariz dizendo que eu estou sendo cruel, essa característica vaidosa não deixa de existir, ela ganha ainda mais força e, por "achar" que ele não gostaria de não se ver, eu vou, agunetar o trampo. Nossas sombras se alimentam da falta de luz/consciência que nós nos impomos, já percebeu?! Criamos um ambiente fétido de não se falar, admitir jamais, e acreditamos que somos como falamos. Quantos de nós oferecemos o ombro amigo e esperamos que quem se apóia, se utlize de nossas "proposta" de solução para resolver todos os seus problemas e, se a pessoa discordar, não quiser seguir... por trás - e, algumas vezes, declaradamente - esfregamos a nossa insatisfação pelo não cumpirmento de nosso comando de ação e ainda deixamos claro:"você vem, chora em meu ombro, eu te dou todo meu apoio, fico ao seu lado e te ajudo a resolver, para, depois, você não fazer o que te disse - leia-se: te mandei, mas, não temos 'peito' para isso - e continuar aí, sofrendo...". Onde está a solidariedade - já ia falar "solidariedade sincera", mas, para mim, a solidariedade real, aquela que poucos de nós sabe como e o que é, já é sincera... - e o ombro amigo? Onde está o respeito ao limite e às limitações do outro? Em meu caso, me refiro ao fato de que só ia à solenidade, afinal, um baile é para se dançar, curtir...e não é lugar para criança, mas, diante da "chantagem" da foto e diante de algum complexo, para mim, é melhor ir, do que não ir...


Voltando - vixe! Hoje quero falar tanto que os "parênteses" estão maiores do que a linha de pensamento... risos - para os instantes, que é o que quero falar. Viver o presente é valorizar os instantes - sempre falo isso aqui, porque é meu desafio e minha busca incansável - não é apenas posar para uma foto sorrindo e, anos depois, olhar e dizer: "que saudade do meu sorriso de outrora, onde fluía e eu era feliz..." - esquecendo que, muitas vezes, "naquele dia", naquele passado registrado por uma câmera fotográfica - eu amo fotos, regsitros de instantes... minha máquina sempre está a postos para registrar instantes de alegria - a gente estava um caco, mas, a alegria é uma sentimento tão forte, que transfigura a realidade e, já que estamos na chuva, vamos nos molhar... esse é o espírito do carnaval e é o espírito das festas que são fontes de energia para cada um de nós. Comemorar é sempre motivo de alegria, mesmo que oriundo de muita dor... Por que a gente não pode criar um clima favorável full time nos preparativos finais, em vez de alimentarmos o estresse e, na hora da festa, abrirmos aquele sorriso, através de aparências e cumprimentos necessários? Por exemplo, organização e antecedência. Deixamos TUDO para última hora e vivemos sem tempo - não nego essa realidade - e sem dinheiro para estabelecermos as reais prioridades. E, do que precisamos para O momento da festa, da solenidade, da confraternização..., só temos tempo na hora próxima da realização. E, se tratando de mulher, o caldo engrossa horrores e os homens - práticos de natureza histórica - não entendem porque a gente "gasta" tanto em salão de beleza, se somos "bonitas de natureza", mas, na hora da foto, no instante que fica, as olheiras não podem existir, afinal, no tal "futuro" - presente próximo - quando sentarmos para ver as fotos e relembrar os "bons" momentos da vida - no geral, desconsiderando os registros jornalísticos e sádicos, a gente só registra a "beleza" do instante fugaz... talvez, por carência de querer perpetuar a "imagem" de que sabemos ser felizes... - só queremos ver o "belo" e, uma maquiagem escorrendo, em consequência do suor, vira motivo de chacota - "ave maria, nem para uma foto você para de suar... toda borrada... ham, ham, ham, ham, ham (cara de nojo e nariz torcido)" - como se sudorese fosse questão de auto-controle... se assim o fosse, assim seria -; a ausência de alguém, que teve um motivo, naquele instante - afinal, a gente esquece que a vida não para e nem tudo acontece tão bonitinho só porque é dia de festa... ai, se fosse tão simples assim, o mundo se curvasse aos nossos momentos, aos nossos desejos, às nossas realidades... - se torna um agravante irreparável, já que o tempo não volta para tudo ser diferente e todos pudessem estar ali, naquela foto histórica. Somos radicais e cruéis porque somos infelizes, fingindo sermos felizes, em vez de buscarmos a real felicidade. Somos crítcos e ferozes porque queremos que nossas vontades e nossos problemas sejam maiores do que os dos outros, afinal  "a grama do vizinho é sempre mais verde" e os problemas deles são ínfimos, perto dos nossos... Não é assim que pensamos com muita frequência?! FALTA DE RESPEITO é o que impera em cada um de nós.

Pois é, eu quero muito estar ao lado de meu irmão nesse momento de comemoração e concretização de mais uma vitória, e estou. Só que de uma maneira que eu não queria: por obrigação. Sei, sei, poderia ser forte e assumir a consequência das línguas ferinas em cima de mim, por não estar na foto, naquele momento... mas, eu nunca escondi que não sou assim... esse álibi eu tenhooooo! risos. Mesmo assumindo que não sou forte, há uma expectativa gigante de que "eu" seja melhor do que todo mundo - no caso, quando me refiro a "eu", não me limito a Patricia, mas, "eu" como qualquer pessoa externa a quem julga, que pode ser mais forte do que o crítico/julgador, que tem os maiores problemas do mundo... - e seja tão forte, que, mesmo admitindo ser "fraca" ainda está errada, porque "o que é correr atrás de Peu por alguns instantes e aparecer nas fotos? Melhor do que, no 'futuro', ele olhar e perguntar: 'por que eu não estou aqui?'"  Talvez, porque ninguém veja a continuidade. Eu vivo todos os meus instantes para Peu, para protegê-lo dele mesmo e de sua aceleração. Me esforço para tentar impor um limite a ele, que, com toda a sua mega inteligência, questiona tudo. Entramos num ciclo: "criança só aprende com exemplos" - e isso só cabe para os outros - o qual acredito, sim, porém, não como fator único e isolado... - mas, eu estou em luta comigo, para mudar minha realidade, então, esses exemplos só serão os da luta... Pois é, os instantes com Peu são TODOS os meus instantes - e isso não é uma lamentação, é um fato. Porque, quando ele apronta, sou eu quem tenho que dar a punição, mas, na hora de interferir na educação e no meu processo, ninguém pensa assim... na verdade, ninguém pensa, só querem condenar. Meus instantes com Peu são constantes, onde, quando não paro para fazer xixi vem seguido de um conselho: "isso pode dar infecção urinária" e, quando sucumbo à necessidade fisiólogica e me dou o "luxo" de fazer o xixi, vem uma chamada de atenção: "cadê Pedro? Rapaz, você precisa ficar mais atenta... não pode vacilar com ele não. Peu é muito danado, todo cuidado é pouco..." Me pergunto: SOMOS TODOS LOUCOS OU NÃO?! Meus instantes são ter sangue frio e atitude de pegar Peu debruçado na janela da casa dos meus pais, num milésimo de segundo onde virei o rosto e ele correu - atestando uma incompetência minha, por virar o rosto sem adivinhar que ele iria para aquele lado... o dom da adivinhação que deve fazer parte da vida dos "condenadores de plantão" me falta... infelizemente eu sou dotada de uma condição humana que é não saber o que passa na cabeça do outro, neste caso, do meu filho, e poder antever o que ele vai fazer... - e subiu na janela. Tudo é tão rápido que respirar, pensar e agir se tornam um impulso de desespero e, naquele instante, uma súbita lerdeza me ajudou, quando tudo acontece ao mesmo tempo agora, andei calma e lentamente - não tinha reação para correr, diante do susto... outra incompetência humana - e, mesmo assim, fui rápida e ele não caiu do 14º andar, ao dar o impulso com seus pequenos pés e apoiado no para-peito da janela, com suas pequenas e ágeis mãozinhas, elevar-se do chão para ver se o pai estava chegando na rua... (oxe! vou ser condenada a forca, para o resto da vida, por ter perpetuado esse episódio). Naquele instante, apesar do mundo girar e o medo da consequência da ação dele ser fatal, o abracei, o desci da janela, o entreguei a minha mãe - que, também, vivenciou essa história com final feliz, graças ao meu socorro guiado por Deus, só pode -, me larguei no chão e chorei os meus dramas. Lógico, tudo o que está guardado vai junto... o choro lava tudo quando é assim, profundo e com muita dor! Me lamentei por ter nascido... Mesmo sabendo que não faz diferença... risos. Imagine, agora, passadas algumas semanas, o pior... Imagine a imprensa, os vizinhos, a justiça... a cobrança e culpa da mãe incompetente, que não soube cuidar do menor... sim, depois que o pior acontece, precisa haver um culpado... acidentes, incidentes são a falta de prevenção, de cuidado, de zelo... não é assim? O conceito se aplica na prática dessa maneira. Mas, na hora que eu grudo nele, para evitar acidentes, eu sou exagerada e não permito a liberdade da criança... criança essa que eu convivo e sei que é agitada. Criança essa que TODOS sabem que é agitada. Na hora que tudo dá certo, todo mundo foi colaborador e quer mérito. Na hora em que algo dá errado, todos dão o passo para trás e os pais ficam sozinhos, debaixo dos dedos apontados. Estou mentindo? Não estou culpando minha mãe, ela sempre está ao meu lado e o que seria de mim - literalmente - risos - se não fosse ela? Como citei sua presença no episódio/exemplo, pode ficar uma confusão... Para mim, é importante fazer essa ratificação.

Pois é, por conta de um registro fotográfico, a curtição do momento, que era a minha intenção, mesmo com as traquinagens de Peu e o desgaste natural e real meu e de Iuri, passa a ser uma "curtição" de protocolo. Porque, depois que os flashs se apagarem, todos vão cair na gandaia e a gente vai estar voltando para casa, por respeito à nossa realidade e após o cumprimento da missão REGISTRO DO INSTANTE da família feliz! Eu AMO minha família, mas, gente, amar não é nagar as mazelas, é saber que elas existem, admití-las e ainda assim continuar amando, resmungando porque fulando faz isso e aquilo, porque beltrano é assim e assado... A gente não sabe amar, nem, sequer, se permite tentar. Por conta de um instante de comemoração, desencadeia-se tanto estresse por má administração da realidade e má organização e respeito às limitações. Vários colegas dele devem ter endividado até a futura quarta geração da família, só para registrar aqueles instantes. Não, não condeno, nem julgo como erro, prezo aquilo que nos faz feliz... Isso dá gás e energia para se continuar vivendo e procurando sentido na vida. O que me entristece é a deturpação dos conceitos e da necessidade de agradar à rainha vaidade, que vem através do exagero nas cobranças e no querer ser o que não é, só para registrar um instante. Não, não é para tirar uma foto sério, com um "bico" enorme, nem lamentando as amarguras da vida... é para sorrir pela alegria de ver alguém ter vencido uma - ou várias - dificuldade (s). É por estarmos todos juntos, vivos e celebrando juntos... mas, as roupas, as maquiagens bem feitas e os cabelos arrumados são mais importantes para as fotos, porque vão registrar o belo - lógico que eu também sou escrava dessas exigências e até sinto prazer em me ver bonita, bem vestida... é uma alegria real... nada tem só um lado, dá para tirar proveito de tudo... Engraçado é que gastamos o que não temos e, o mais engraçado, é que vivo sem ter como ir a salão, porque, dentro das prioridades, é supérfluo, e, numa situação dessas, gastamos os tubos... o que dá para fazer em casa, eu faço... mas, não dá para fugir de tudo. A vida sempre nos chama a atenção, né?! O que é PRIORIDADE?

Estamos acabados de sono, mas, à noite, estaremos sorrindo para as câmeras, gritando e correndo atrás de Peu, estressando com o fato dele se aproveitar de ter muita gente por perto e isso "limitar" nossas "chamadas de atenção", por uma questão de "não fazer feio na frente dos outros"... Eu estarei lá, linda e bela, em cima de um salto altíssimo e finíssimo, com uma vestido longo emprestado - e isso, graças a Deus, não me incomoda... apesar de ficarem em meu ouvido para eu fazer roupa... consegui com San "Morris" - valeu Inas! - e é isso aí, a vida continua e amanhã tem jogo do Brasil, pela copa do mundo; semana que vem é São João e vamos curtir... Não, não suporto licor e odeio as bombas, mas, amo festa junina, os comes deliciosos e o clima de interior, a diversão. Apesar de minha busca profunda e dolorosa do auto-conhecimento, do crescimento pessoal, das quebras de padrões e paradigmas, ainda mantenho muito do meu lado raso, sucumbindo a arquétipos e alimentando meu inconsciente coletivo, reproduzindo os padrões de meus ancestrais - me refiro a família antes da atual que veio antes e antes e antes... de sempre... desde o início, onde tudo começou e a gente não faz idéia de onde e quando isso se deu... - e continuando sendo eu limitada pela balança de "o que dói menos, hoje" para poder mexer... E vamos, que vamos!

Agora, me diga se somos seres isolados; se nossas ações são de hoje ou "de hooojjjeeee"; se somos só nossas características pessoais, ou soma de um zilhão de influências e interferências, contribuições, atribuições e etc?! Responda sem pensar: QUEM É VOCÊ? Continue sem pensar... Dói se ver, se encontrar... porque, com certeza, primeiro, vai se culpar e só quando perceber que não precisa se culpar e olhar o daqui para frente, colocando em prática esse exercício diário e eterno, de viver e resolver toda e qualquer pendência - RE-SOL-VER, não é gerar polêmica e sair debaixo se fazendo de vítma... é RE-SOL-VER, vai além de só identificar o problema, inclui encontrar a solução e aplicá-la da melhor maneira possível - pelo simples fato de se permitir a leveza, em vez de carregar nas amarguras e prejuízos.

XIS! OLHA O PASSARINHO! SORRIA, PORQUE A VIDA É BELA!!! E, SE TUDO FOSSE UM INSTANTE FOTOGRÁFICO, O QUE VOCÊ GOSTARIA DE REGISTRAR? VAMOS VIVER AQUILO QUE QUEREMOS APENAS, REGISTRAR. ASSIM, REGISTRAREMOS INSTANTES CONSTANTES DE BONS MOMENTOS!!!

"VAMO" LÁ, JUNTA TODO MUNDO PARA FICAR BEM NA FOTO! "VAMO" "CUMÊ" "MIO", PAMONHA, BOLO DE FUBÁ, "BEBÊ" QUENTÃO, ESTALAR UNS "TRAQUE", "DANÇÁ" COM SEU PAR... "VAMO" "GRITÁ" GOLLLL E "EXTRAVASÁ" COM AQUELE PALAVRÃO, A BOLA NA TRAVE OU O GOL DO TIME ADVERSÁRIO - QUE TEM TANTO DIREITO DE FAZER GOL, QUANTO O NOSSO, MAS EU TORÇO PELO NOSSO..."VAMO" SER FELIZ EM CADA INSTANTE!

Vamos, porque esses bons momentos também passam. Vamos, porque até o cansaço passa. Vamos, porque não dá para ficar, nem para voltar. Vamos, porque é melhor ir do que ficar parado! - risos.

VAMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO!!!

E, Senhor, livra-nos de todo o mal! Amém!

Divirtam-se! Registrem mmuuiiittooo esses bons momentos, eles fazem parte! Boas festas! E um "presente próximo" repleto de coisas boasss!!! - ops! Ficou parecendo Natal, né?! - mas, é sempre bom desejar coisas boas... desde que venham assim, do coração... não para PARECER bonitinho e bonzinho. Foto é para isso: registro de imagem, de instante. E imagem é isso: o que e como a gente quiser que ela seja! Talvez, quem sabe, a gente, um dia, alcance, na prática, ser como congelamos diante do "clique".








Pat Lins.

domingo, 13 de junho de 2010

RAIVA E FORTES EMOÇÕES!!!

Para variar, em nossos padrões de educação hipócrita - e vai saber quando e porquê isso começou... - a gente é "ensinado" a "não sentir" raiva, porque é feio e as pessoas podem não gostar, fora que podem "achar" que você é louco e/ou uma pessoa má...

Sinceramente, não sei o porquê de tanto medo em assumirmos nossas emoções mais básicas - ainda que as fortes e desagradáveis, se elas existem mesmo?! Falar que não sente já sentindo é que é loucura.

Raiva é algo que explode, nos pega no susto, diante de um estímulo que toca naquilo que nos incomoda... talvez nunca saibamos o motivo que leva a despertar, mas, dá para gerenciar isso. Raiva é algo que quando você vê, ela já está. Só deixar passar, aí está nosso esforço saudável. Deixar ela ir. Negá-la só a alimenta e a mantém dentro de nós, nos corroendo: primeiro por nem sempre podermos extravasá-la, pelo medo, por tabu... por limitação e a "engolimos"; segundo, porque, se a gente não a deixa ir, ela vai se alimentando da gente.

Não me refiro a agressividade, exaltação, exagero... e sim ao simples fato de negarmos a raiva e sua explosão, bem como outras fortes emoções. Não levanto a bandeira para a arrogância, a falta de educação, estupidez... apenas me refiro a raiva, por exemplo, se alguém pisa em seu calo. Pois é, vai negar que o susto, a dor inesperada... vai despertar uma raiva? Mas, passados esses segundos iniciais de quem foi "pego de surpresa" - uma surpresa bem desagradável, mas, acidental - deixa ir e recobra o bom senso, a vida segue.

A gente precisa conhecer um pouco mais sobre nós mesmos e nos aceitarmos como somos - sem nos acomodarmos a essa verdade, do tipo: "eu sou assim mesmo. Pau que nasce torto, morre torto"... Isso é desculpa esfarrapada, até porque nós não somos "pau". Dói "pra cacete", viu?! Mas, é muito melhor se livrar desse peso e dor eternizada das permissividades destrutivas, como se negar, do que não ter a oportunidade de ser algo melhor. A grande questão é respeitar. Respeitar a si, ao outro, a todos e a cada um. Pedir desculpa. Não se aproveitar de querer mudar para descarregar nos outros, enquanto não se "ajeita internamente". Compreender que nem todo mundo pensa como eu, como você... cada um tem seu tempo, seu ritmo, sua história, suas referênciasm, suas verdades, seus desejos, seus anseios... cada um tem seu próprio mundo e coexistir é o mesmo que administrar as diferenças; equilibrar; é respeitar! É olhar daqui para frente e seguir. Fui uma pessoa estúpida até ontem, hoje, estou disposto a ser mais compreensivo, mais cauteloso com as palavras e expressões, sincero e honesto - completamente diferente de invasivo, inconveniente... Isso, também não quer dizer que vamos mudar como um estalar de dedos, nem que não vamos continuar errando e/ou cometendo outros erros. Somos eternos aprendizes. O diferencial é a disposição que temos para continuar o "aqui e agora" como lema e propósito de mudança.

Cada um de nós precisa aprender a lidar consigo, antes de tudo. Precisamos aprender a lidar com nossas emoções, não estrangulá-las dentro de nós, nem perpetuá-las em forma de agressividade alheia, machucando o outro com o "dom" da estupidez e arrogância. Ninguém pode se valer de ter uma vida mais sofisticada para pisar no outro e muito menos se achar melhor por conta de sua condição financeira. O respeito é condição primordial para a boa convivência em qualquer instância.

Sentir e viver a raiva é sentir e viver uma emoção ruim, mas, que faz parte da gente e não há uma controle rigoroso, ela existe em cada um de nós. Saber como lidar com ela é que faz a diferença positiva ou negativa. Tolerância, paciência, compreensão, respeito, são virtudes que estão dentro de cada um de nós, expostas de maneira variável - cada um tem seu grau - porém, todos temos o verdadeiro potencial de permití-las emergir. Engraçado, a gente aprende a fingir e/ou omitir a raiva por uma necessidade de "aceitação" de fachada; alegamos que as virtudes podem ser expostas e na verdade, na prática, colocamos toda raiva para fora, canalizada em diversos disfarces diários e dizemos estar exercendo as boas virtudes da paciência, cautela, calma e afins. Urge ou não, a necessidade de se fazer conhecer o que é cada emoção que EXISTE, quer a gente queira ou não, dentro de cada um? Precisamos ou não aprender mais sobre nós? É gritante ou não a necessidade de nos enxergarmos como HUMANOS, pessoas, gente, com um potencial infinito para o bem?!

A gente precisa aprender a ser gente. Eu estou cansada desse mundo de fingimento e aceitação às máscaras, às fachadas, ao superficial! Para mim, chega. Isso não é apelo para grosseiria. Isso é um apelo ao bom senso - o de verdade -, ao equilíbrio, à busca, à entrega e à disposição de querer ser e fazer mais por si e por esse mundão de meu Deus. Isso é querer dizer que sim, nós PODEMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO - incluindo, cada um de nós, afinal, a melhor educação é a real, aquela que passa pela referência da coerência entre atitude, pensamentos e palavras!

Mania de temer o que é inevitável e que existe dentro da gente. Mania de temermos a nós mesmos. Mania de querer ser o que não é para agradar e gerar uma sequência de infelicidade em nossas ações. Mania de não perecebermos que mesmo negando, continuamos agindo e fazendo, justamente, aquilo que negamos, como se apenas falando que não é, a situação por si só se transformasse. Ingenuidade ou idiotisse? Essa é uma grande dúvida que carrego: sou ingênua ou idiota, por também agir assim?

Tudo é um processo. Mas, o esforço diário e o fato de estarmos dispostos, hoje, a fazer diferente e mudar é que conta. Cada dia de vitória - principalmente, as pequenas. Essas são poderosas. Incrivelmente, poderosas. - é uma soma positiva em nosso grau de mudança. É um ponto de fortalecimento para mudarmos o mundo. E, se no final o que vale é a soma de tudo, cada pontinho se transformará numa plenitude. A salvação de nossa espécie é descobrir o poder da união. Nossas imperfeições existem, mas, cada movimento de melhorar, somado a outro movimento - o meu, somado ao seu, somado ao dela, somado ao dele... - alcança a perfeição da busca e do processo de transformação para o bem.

Não precisamos negar nossa essência, precisamos conviver com ela e dela tirar o melhor que há em nós, sem fingir que não existem sombras - o "mal" - dentro e fora de cada um e de todos nós! Precisamos falar mais abertamente sobre as coisas boas, incluindo assuntos pesados, na intenção de transformar, porque isso é bom: transformar o "mal". Só tendo consciência, conhecendo, é que podemos mudar. Só se transforma o que se sabe, o que se vê, o que incomoda.

Vamos aprender a tirar mais proveito de nós mesmos!

Pat Lins.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

"DESSA VEZ NEM FOI POR DESCUIDO..."


Preciso desabafar, para não desabar!!!

Olha, se o dinheiro cega as pessoas, a falta dele destrói. Faz tempo que vivo numa pindaíba daquelas e já chorei pitangas horrores... até cansar e encarar a realidade... Descobri que preciso aprender a ser feliz e manter a chama da esperança acesa custe o que custar... e, detalhe, custa muito caro quando a gente é cabeça dura! Luto com cada entranha - um dia aprendo a lutar com cada átomo e, quem sabe assim, consiga mudar... quando entender que a menor partícula de mim é que vai me dar o "up". O fato é que mais uma vez o carro nos deixou na mão... aliás, na rua... quase 22 horas, eu, meu pequeno e o pai dele - que ainda é meu marido...

Cena: rua sem movimento, céu nublado - graças a Deus, só caiu o pé d´água quando já estávamos debaixo do nosso abençoado teto -, dois adultos, uma criança, sacolas de mercado, mochila... faz tempo que o carro nos deixa na mão em situações periclitantes - aliás, o carro não nos deixou na mão, meu marido é que não sabe cuidar de carro algum e, atualmente, na pior das pindaíbas, sem visitas ao mecânico, ou seja, sem manutenção... e ainda "culpamos" o carro... na verdade, a gente é que deixou o carro na mão... O lance é que essa criatura abençoada costuma colocar o que nós aqui conhecemos como o vulgo "cheirinho" - só abastece R$ 10,00... para quem já o conhecia mmmmuuuiiitttooo antes de mim, afirma que ele É assim desde sempre... tenha dó! - e quer que o carro fique feliz.

O pior foi ainda ter que escutar a frase celébre: "e olha que desta vez nem foi por descuído, eu havia colocado combustível no carro antes de ir te buscar..." Eu inflamei! "NÃO FOI DESCUÍDO???????" Como não foi descuído? A miopia ou conveniência em se enxergar apenas pelo ângulo apropriado permite essa brecha e essa maneira de pensar tão pequena. Para ele o "descuído" seria deixar o tanque vazio - kkkkkkkk - lógico que com pouco combustível o carro tende a se "acabar", literalmente! Se já faz mais de meses que episódios similares vêm ocorrendo, o "descuído", para mim, está no princípio básico e fundamental do NÃO CUIDAR!!! Depois, como o ocorrido já vem ocorrendo e sendo re-re-re-re-re-recorrente, o descuído está em contar com a sorte.

Já estamos com a grana curta, se não fizermos o mínimo esforço em estabelecer prioridades, acontece isso, conta-se com a sorte e uma dia ela diz: "CHEGA! TENHO MAIS GENTE PARA AJUDAR!" e a gente fica a própria "sorte" - ou falta dela... na verdade, sorte é só força de expressão, o que acontece é DESCUÍDO mesmo. E, diante da desorganização, falta de zelo mínino, de cuidado e de jeito, a tendência é a destruição imperar. E, se já estava difícil antes, agora, beira o impossível! Não, carro não é luxo. Temos um pé duro que nos servia até meses atrás, mesmo apanhando e sofrendo nas mãos do dono. Ele não tem ar e sofremos com o calor de nossa cidade, mas, "ar" seria artigo de luxo e a gente não tinha esse luxo para se dar...

Quem não quer um "pézinho-duro" desses, para nos levar aonde vamos e nos permitindo chegar no horário nos lugares, sem aperto dos coletivos impraticáveis desta cidade? Fora que com o valor da tarifa, andar de carro acaba sendo menos dispendioso. Pois é, agora, sabe-se Deus como ficaremos... lógico que andar de "buzu" não mata, mas, saber que enquanto tanta gente quer andar para frente e sair da dureza que é ter que levantar ainda mais cedo, encarar ônibus cheio e ainda ter que andar para chegar ao local desejado, a gente, por má administração e DESCUÍDO, vai andar para trás... E, tudo isso, por DESCUÍDO!

Pois é, CUIDAR é questão primordial para bom funcionamento de TUDO e QUALQUER coisa! Quando a gente deixa de cuidar, abre mão de ter e permite que as intempéries da inconveniência de do desgaste se encarreguem de destruir TUDO. O que sobra? TUDO QUEBRADO, DESTRUÍDO, DESCUIDADO!!! Agora, foi o carro. Mas, quantos descuídos permitimos nessa vida? Só depois que vivemos o problema é que buscamos a solução. Na verdade, a solução vem por si só, haja vista que não tem outra opção: ou resolve ou deixa acabado, mesmo... Nós temos mania de remediar, em vez de prevenir... esse é o grande problema. Só que, bom lembrar, nem tudo tem remédio!!! Muitas vezes, a perda é o próprio remédio: amargo, azedo, difícil de descer, mas, FATO. Real. Aí, "bota a mão na cabeça que vai começar..." ou, terminar, né?!

E, com cuidado com as palavras escrevi este desabafo, para que aprenda a cuidar mais dos meus objetivos e manter sempre abastecido o que me cabe: o tanque da minha vida! E continuar andando. Alinhando, balanceando, abastecendo, limpando... para tudo na vida MANUTENÇÃO. E não existe segredo, nem fórmula de sucesso que resista a um, "simples", DESCUIDO!!!

PS - sem combustível, até o amor para, meu bem! E, se a gente não fica ligado nos alertas da falta de manutenção, acaba destruído... DESCUIDO é falta de atenção e de cuidado adequado!!!

Pat Lins.

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