quarta-feira, 28 de julho de 2010

OBRIGAÇÃO DE SABER x OBRIGAÇÃO DE SE INFORMAR

"Ninguém tem a obrigação de saber tudo, mas, tem a obrigação de se informar."
(Ana Maria Braga - programa de TV "Mais Você", do dia 28/07/2010)

Não preciso dizer mais nada! Essa frase fala pouco, diz muito e comunica com clareza e conteúdo.

Pat Lins.

terça-feira, 27 de julho de 2010

...EU DESEJO... HUMMM: UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO!

Hoje é meu aniversário!!! E eu desejo um

MUNDO MELHOR PARA MIM, PARA VOCÊ, PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORS NESTE MUNDÃO DE MEU DEUS!

Que o Pai do céu me conceda o desejo de renovação, pela paz, com paz e muita paz! Que Ele toque e transforme todo e cada coração humano, em humano!

Muito TUDO DE BOMMM e de MELHOR, para cada um de nós!!!

Beijos,

Pat Lins.

terça-feira, 20 de julho de 2010

VIDA QUE ALIMENTA A VIDA - DO QUE, DE FATO, NECESSITAMOS PARA VIVER?

Acabei me rendendo e quebrei uma "regra" recente minha: comecei a assistir uma série antes dela ter acabado... Explico: como sou ansiosa, e, depois de toda mudança em meu ritmo e estilo de vida, deixei de "seguir" séries. Sim, sagas, sequências, trilogias e afins. Sou ansiosa e perder o "fio da meada" é terrível, para mim. Então, adotei a postura de esperar passar o tempo, o modismo ceder lugar e poder adquirir a sequência completa. Foi assim com Harry Potter - livros - e estava sendo assim com Crepúsculo. Mas, cedi  e fui assistir ao primeiro filme... corri à locadora e peguei o segundo - New Moon/Lua Nova. E, agora, estou em cólicas para ver o final... Como meu aniversário está chegando, penso em me dar de presente os quatro livros e saciar meu desejo de devorar cada um, porque já soube que se trata de uma obra muito bem escrita.

Mas, o que me fez escrever este post foi que, por trás do romance, que é a trama central da história, o enredo aborda temas profundos e nós nem nos damos conta, o que é muito bom. Como me diz Morgana Gazel - uma pessoa incrível e escritora talentosíssima - leia "ENSEADA DO SEGREDO" e veja porquê me curvo diante de seu jeito e ritmo de escrita, além da história instigante e surpreendente -: "o bom é falar sem precisar dizer..." E isso se dá quando conseguimos passar a mensagem sem o apelo "moral" direto. Através de atitudes coerentes e mensagens subliminares honestas. Pois bem, voltando a Crepúsculo e Lua Nova, me peguei refletindo sobre uma metáfora, chamada VAMPIRO. O que é um vampiro? O que é a vida eterna? O que é vida? Comer para viver ou viver para comer?

Na fala de Bella Swan - personagem principal da saga de Stephenie Meyer - numa cena onde ela está entre a "vida e a morte/'vida eterna'", ela pensa: "morrer é fácil, difícil é viver..."  e me peguei refletindo sobre isso. O quanto tememos a morte. Provavelmente, pelo fato de ser "mais" fácil do que a vida. Como gostamos de coisas complexas, viver é o caminho - risos. Mas, em Lua Nova, Edward Cullen - o vampiro do "bem" - em meio ao estudo de "Romeu e Julieta", diz "invejar" os "humanos", porque "eles" podem escolher viver ou morrer. Para Edward a "imortalidade" - que não é imortalidade...um vampiro pode "morrer"... e, perceba, não é novidade desta derivação de vampiros, mas, de todos que "conhecemos": eles precisam de "sangue vivo" para "viver', senão... O que acontece se um vampiro não beber um sanguinho? Boa pergunta. Drácula!!!! Me responde aê! - é uma prisão. Fica claro, ali, que o romance é só uma fachada. Por trás, uma maneira de falar sem dizer que nós, temos escolhas, assim como os Cullens - vampiros que só se alimentam de sangue animal/não humano - demonstram na saga, a opção! E, mesmo resistindo ao impulso, ao optar por um estilo de vida, temos a opção d viver algo melhor. Não quer dizer que tenham deixado desejar, mas, ao admitirem e reconhecerem-se como "assassinos" para sobreviver, controlam seus ímpetos através de envolvimento/círculo social favorável - um ambiente onde todos se entreguem ao mesmo propósito com honestidade. Eles não deixam de sofrer e sentir, mas, aprendem a determinar prioridades. E, prioridade, para eles, é deixar a espécie humana viva. Enfim, essa é uma grande lição. Um diálogo entre Bella e Carlisle, ele, médico/vampiro, fazendo uma sutura na humana/viva/viva, ela pergunta como ele aguenta. Ele demonstra muita calma, mesmo estando em contato com sangue humano quentinho e escorrendo pelos braços dela. Responde algo tipo: "quando a gente se conhece bastante, não cede tão fácil aos impulsos..." Não me recordo com clareza, mas, ele queria dizer, trazendo para nossa realidade, que não precisa ser um monstro para sobreviver. Ele deixa claro, mesmo sem dizer, que a escolha dele é seu estilo de vida e, depois de certo tempo de discplina e dedicação, os ímpetos se tornam insignificantes. Já não se precisa controlar, se é. CONSCIÊNCIA. AUTO-CONHECIMENTO.

Dentro desse contexto, vem outro aspecto: "a gente atrai aquilo que tanto teme ou é mero acaso?". A protagonista, sempre tímida e introspectiva, não parecia ser do tipo de que se machuca à toa. Pois, bem, como nosso inconsciente trabalha em outro nível, mesmo ela não temendo Edward, nem sua condição, ela sabe que ele é um vampiro e que ela está em meio a vampiros, algo lá dentro faz com que ela se machuce com cortes algumas vezes, a colocando sempre em "perigo" e testando as forças dos pobres sugadores de sangue, com certa frequência. Então, fica a reflexão: será que a gente atrai? O medo é algo tão poderoso que, mesmo racionalmente, não o sentindo, ele emerge? Ou, será que estamos sendo "testados" constantemente?

O que leva uma garota, simples, introspectiva, triste, solitária, relação familiar conturbada... se interessar pelo perigo. O amor é perigoso? Será porque exige que sejamos mais próximos de nós mesmos e tememos tanto isso que fugimos do amor - mesmo, volta e meia nos colocando em situações que nos levam a vivê-lo? O que levou um "homem" de mais de 100 anos - Edward - a se apaixonar por uma adolescente simples, pacata, quieta, tímida... a ponto de repetir que a "vida" dele só tem sentido porque ela existe? Isso me leva a crer que o amor tem seus desígnios e nós pouco sabemos sobre ele... Mas, Edward explica algo: "Tudo na gente (vampiros) atrai vocês. Nossa aparência. Nosso jeito de falar. Nosso cheiro... Vocês dão muito valor a aparência..." No caso deles, representam o amor acima de qualquer diferença. Mas, eles são sedutores de natureza, porque a sedução atrai a presa. É assim que os predadores se alimentam: atraindo a presa através de algo que desperte desejo. Somos perigosos para nós mesmos, porque nos entregamos pela previsibilidade. Característica humana. É importante sabermos a diferença da realização de um desejo e do caminho para a destruição. Não podemos ser escravos dos desejos. Bom ter uma meta, uma necessidade que guie.

E como lidar com a vida eterna, sabendo que ela não é eterna nem para os vampiros?

Para mim, além dessas e outras lições profundas que o filme aborda - por isso me remeti ao "ENSEADA DO SEGREDO", de Morgana Gazel, já que se trata de um romance com cunho psicológico, aparentemente leve - porque a história e a escrita têm esse ritmo - à frente e, através de atitudes e nuances dos personagens, percebemos, sem perceber, que aquela história diz mais do que está dizendo... toca fundo, num lugar que, muitas vezes, nem nos damos conta... nas emoções. Isso, de maneira honesta, pode desencadear uma série de mudanças e reflexões em cada um de nós. - voltando para a primeira frase, deste parágrafo: a mais importante foi a reflexão sobre a vida que alimenta a vida. Onde, os animais "selvagens" e carnívoros - me perdoem se eu estiver errada  e alguém me corrija, por favor - precisam devorar a presa viva.

Os vampiros, todos, bebem o sangue "vivo". E é a morte de um ser "vivo", em vida, que alimenta e mantém a vida - ou, sobrevida - de outro ser. Algumas vezes, de maneira brutal - sem comentários -, outras, por questão de sobreviência. E, aí, o filme/livro, dá outra dica: a gente pode escolher. Matar um "semelhante" - os vampiros são humanos que foram "mortos" para "viver" a "imortalidade". - é o mesmo que se tornar um assassino e, os Cullens nos ensinam que, mesmo parecendo que nossa vida dependa daquilo para "viver" ou "sobreviver", há uma outra maneira de sairmos ganhando sem detruir a vida de outro humano - mas, precisam de sangue e os pobres animaizinhos fazem esse papel legitimado por nós, seres "racionais", que nos alimentamos da vida de outro ser vivo... Ou seja, não precisamos sugar as forças vitais do outro para termos a nossa!
Uma vez, uma pessoa me disse que a necessidade do ser humano se alimentar era algo primitivo. Hoje, compreendo. As dificuldades são tão grandes, que, para nos mantermos vivos, precisamos de alimento. Para o alimento, necessário - quase obrigatório - verba/capital/dinheiro, direta ou indiretamente... Você pode dizer: podemos plantar. Mas, e os impostos sobre o imóvel e etc? E, para sairmos dessa condição de alimento como fonte de sobrevivência, precisamos de culturas mais voltadas para a divisão justa e, assim, podemos avançar. Quanto mais fome e sede, mais olharemos água para saciar necesidade física, em vez de o tanto mais que ela proporciona. Dentro dessa região onde ainda não saimos, somos como os animais "irracionais", que não vêm além de matar ou morrer. Ou, matar para sobreviver. Isso é sobrevida. Viver é ter todas as necessidades saciadas: horários e alimentos para as refeições; água para beber e consumir, como regar, gerar energia, tomar banho... Se não avançarmos, nunca evoluiremos e não sairemos da região mais baixa do cerébro. E, de racionais, só temos a generalização do termo, porque estamos, em nossa maioria, mais para reativos predadores, do que para seres RACIONAIS e inteligentes. Para alcançarmos a região da fronte, em nosso valioso cerébro, é preciso caminhar e comer muito feijão com arroz, tendo a garantia deles, em vez de ter a preocupação de como ter o feijão com arroz e o resto vem depois.
Até a imortalidade precisa de algo vivo que a alimente... O que isso quer me dizer? Vou refletir mais... Devo estar "surtando"? Bom, enfim, para viver, precisamos de VIDA! Para nossa inteligência: ambiente favorável. Creio que, na verdade, não estamos preparados para a imortalidade. Nossa mente não consegue sequer, imaginar o que isso venha  ser...

E, para nós, desejo muita vida que alimenta a vida! Não é só de alimento para o corpo que vive o homem, precisamos alimentar tudo que nos envolva: corpo, mente e espírito! Isso faz diferença. Ordem, zelo e cuidado. Isso contribui para nosso crescimento como gente, pessoa... seres VIVOS! Vamos nos alimentar de mais humanismo, para nos aproximarmos, um pouco que seja, do que se conceitua como SER HUMANO. SER VIVO! E vamos, proteger aquilo que veio muito antes de nós e que é nossa maior fonte de vida: a NATUREZA.

SÓ A VIDA ALIMENTA A VIDA! SÓ DA VIDA, A VIDA PODE BROTAR!!!

VAMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO! - amém!

Beijos,

Pat Lins.


sexta-feira, 16 de julho de 2010

QUEM SOU EU? - BLOGAGEM COLETIVA PERMANENTE


QUEM SOU EU?

Pergunta que nunca cala, nem se responde com exatidão. E, para comemorar os 2 ANOS DO "A DOR SÓ DÓI ENQUNATO ESTÁ DOENDO", levanto a questão: QUEM SOU EU?

Engraçado é que a gente acha que sabe responder essa perguntinha tão...tão, óbvia: "Eu? Sou eu, oras!".

Mas, foi lendo um texto lindíssimo, de um amigo, Will, que também é blogueiro - TV DE CACHORRO - que me vi... e, quem puder ler, vale a pena, inclusive o comentário brilhante de Marcos Carvalho.

Para completar, abri a CAIXA DE DIÁLOGOS, de meu amado amigo/irmão, Marcos e lá me deparo com Alberto Caeiro, lembrando que "NEM SEMPRE SOU IGUAL". Criamos, uma blogagem coletiva sobre "QUEM SOU EU?". Sendo que para cada um, um Eu. O seu Eu, você, não eu... Eu em mim. Eu em você. Eu eu. Eu você - risos.

Algo mais próximo a me descrever e responder essa pergunta foi o texto de apresentação aqui, em meu perfil. Porque de nada adianta responder "quem sou eu" apenas com nome e sobrenome, graduação e experiência profissional... isso é curriculum vitae, ou seja, um resumo de nossa educação acadêmica e experiência profissional. Responde parte da pergunta. Sou pessoa, mulher, mãe, esposa, filha, irmã, amiga... Falastrona. Calada. Alegre. Algumas vezes, triste.

Afinal, QUEM SOU EU? Posso ser quem sou e nunca apresentei a alguém; quem você lê; quem algumas pessoas acham que conhecem...; quem "sou" sendo; quem posso ser... Há quem diga que nós somos aquilo que mostramos, como nos vêem, como queremos que nos vejam, como só os outros vêem, como só nós sabemos, como nunca mostramos, nem sabemos que somos. Isso me lembra meu texto poético - que não é um poema - SÓ SE É SENDO.

Será que eu sou eu com cabelos naturais, tingidos, descoloridos... lisos, cacheados; longos, curtos... Maquiada, de "cara" limpa... Com óculos,  sem óculos... Dormindo, acordada... Cansada, descançada, exausta, estressada, relaxada...? Para muitos, sou um poço de estresse. Para mim, altos e baixos... Não, não sou como a lua. Ela só tem quatro fas(c)es... Eu, como você e qualquer pesso, tenho várias outras. Somos uma soma de personas. Somos luz e sombra. Sou eu em cada fas(c)e e, muitas vezes, não me vejo nessas variações... Loucura? Normal? Tem quem me veja como serena e sensata. Tem que me veja e me ache agoniada. Outros, só conhecem meu lado em paz. Falsidade? Não. Ambientes. Somos os ambientes em que estamos/vivemos. Sou eu em conflito ou em harmonia com esses ambientes. Para alguns demais. Para outros e para mim DEMAIS!!! Eu, sei de uma coisa: EU SOU HUMANA, IMPERFEITA E CAPAZ.

Há também um choque entre quem você é de verdade e aquilo que a sociedade exige que você seja... E aí?! Dizem que quanto mais nos conhecemos, mais fácil sermos quem gostaríamos de ser. Um amiga me diz  - baseada em Jung - que, quanto mais conhecermos nossas sombras e nos permitimos vê-las, menos elas nos tomam de "assalto".

E Marcos - CAIXA DE DIÁLOGOS, brilhantemente diz que: 


"É nas contradições, paradoxos e dicotomias, em todos os traços antagônicos, que o homem se faz VIVO. A cada instante somos vários e culminamos no "um". As emoções são a força motriz, a música de fundo, a graça de fazer tudo valer a pena e sentir que nas coisas há movimento. E questionar? Perguntar a si mesmo, o que seria? A dúvida e a vontade de ser diferente? Talvez, o ponto de partida da inércia, da libertação da zona de conforto rumo a uma nova dinâmica para viver ou para resignar-se com desígnio da estagnação. Perguntar-se, portanto, é pressionar o "start" da inquietação e permitir-se a novos acertos ou novos erros. Sendo o mesmo e agora, mais um pouco..."
Pois é: sou alguém que nunca se encontra, porque vive a busca. E, a cada busca, vejo que sou diferente, mas, igual... - parafraseando Caeiro/Pessoa.

"Nem sempre sou igual no que digo e escrevo. Mudo, mas não mudo muito." (Fernando Pessoa).

E você, já se perguntou hoje: QUEM SOU EU?

Para quem tem blog, convido-o(a) para participar dessa BLOGAGEM COLETIVA - que será permanente. Participe! Escreva um (ou mais) post (s) sobre o tema "QUEM SOU EU" - blogagem coletiva - e, depois, registre aqui, nos comentários o link para o post. Não se trata de promoção. Trata-se de uma troca de idéias e uma "corrente de bem".

VAMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS  E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO - a partir de cada um de nós. A partir de cada EU.

Beijos e participe,

Pat Lins.

terça-feira, 13 de julho de 2010

PIADA REFLEXIVA - RISOS - A DIFERENÇA ENTRE A SOGRA DO GENRO E SOGRA DA NORA

ATENÇÃO

Este post nada tem a ver com a minha sogra. Apenas recebi a piada por e-mail e achei interessante. Fora que me fez ver diversas pessoas ali: mães, pais, amigos...etc. Como toda piada que se preze, ela trás uma ironia e a hipocrisia foi o destaque. Portanto, a "sogra" é apenas um personagem que nos leva a rir de nós mesmos, porque somos assim, quando conveniente a nós mesmos, dois pesos e duas medidas, duas verdades dentro da mesma situação, são o critério que estabelecemos. O que  a maioria de nós gosta mesmo é de falar... - risos.


"Duas distintas senhoras encontram-se após um bom tempo. Uma delas pergunta à outra:

- Como vão seus dois filhos, a Rosa e o Francisco?

- Ah! querida... a Rosa casou-se muito bem. Tem um marido maravilhoso! É ele quem levanta de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, faz o café da manhã, lava as louças e ajuda na faxina. Só depois é que sai para trabalhar. Um amor de genro! Benza-o, ó Deus!

- Que bom, hein, amiga! E o seu filho, o Francisco? Casou também?

- Casou sim, querida. Mas tadinho dele, deu azar demais. Casou-se muito mal... Imagina que ele tem que levantar de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, fazer o café da manhã, lavar a louça e ainda tem que ajudar na faxina! E depois de tudo isso ainda sai para trabalhar, para sustentar a preguiçosa da minha nora - aquela porca nojenta!"

 
É, somos hipócritas até a unha encravada do dedinho do pé... - risos.
 
Beijos aos risos, afinal, piada também é cultura... e reflete, muito do que a gente é...
 
Pat Lins.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

ATÉ ONDE VAI A MALDADE HUMANA? - caso Eliza Samudio / Bruno

Imagino quem não esteja sentindo-se incomodado e sofrendo por tanta maldade que parece ter "dominado" o nosso mundo!

Sei que a imprensa precisa de audiência para "sobreviver", mas, a massificação e a repetição intermitente da mesma informação provoca uma propagação do medo, do terror, do pânico e alimenta a maldade, incentiva a revolta e não dá espaço para lembrarmos de que outras coisas acontecem em outros lugares e, nem todas, são só miséria. O papel da imprensa é publicisar. É levar informação e, com isso, estimular a cobrança em toda população. Conhecendo, a gente pode exigir justiça e direitos - quando vem ao caso. Mas, em casos de assassinatos frios e mórbidos, importante levar ao conhecimento público, sim, para que quem vivenciar algo semelhante crie coragem e procure os órgãos competentes. Mas, repetir incessantemente é sensacionalismo e a gente não precisa mais disso!

De lição fica o alerta geral de que o dinheiro mata, quando é mal utilizado. A falta de dinheiro mata, pela miséria, e o excesso de dinheiro paga para matar, por miséria. Fica a pergunta no ar: ERA NECESSÁRIO? Levar uma pessoa a morte é necessário? Uma pessoa morreu, aliás, foi assassinada, de maneira cruel e desumana... sou incapaz de imaginar o sofrimento da criatura e o deleite de quem comenteu. Sim, porque a provável "sensação" de "dever cumprido" e/ou "problema resolvido" deve gerar um mórbido prazer nos praticantes do crime. Se os "mandantes", a começar pelo ex-promissor-goleiro Bruno, já são cruéis pelo motivo banal - ou, por pior que fosse a causa, imagine quem não tinha relação alguma com a situação e aceita ser "contratado" com a finalidade de terminar o crime de maneira que nem em filmes de terror a gente vê... só Hannibal seria capaz de tal atrocidade... A psicopatia é um distúrbio de caráter sério. Dizem que os psicopatas são tão inteligentes e frios que cometem os crimes na esperança de que alguém tão inteligente e "não-psicopata" - ou seja, um ser humano - possa descobrí-lo e para-lo. Será? A compulsão os levam a fazer tudo por sadismo e sem culpa. E, sem ofender os loucos, isso é loucura!


Quando Bruno foi "para a cama" com a Eliza, sem prevenção, sabia que havia o "risco" da gravidez... ou, na santa incocência que o fogo do tesão desperta, a ignorância se estabelece? Essa reflexão vale para todos! Em pleno século XXI, descuidar não é desculpa. Ambos se descuidaram e uma criança foi gerada. Sim, dever dos dois assumirem a cria e estabelecer uma maneira de educar a criança da melhor maneira: se não eram um casal, cada um assume seu papel. Se ele não queria ser pai presente, que assim estivesse através da manutenção financeiro-material. Mas, premeditar um homicídio é frieza demais!

Existe um fio finíssimo, tênue e que é a divisa entre o desastre a a retomada do juízo que se trata de milésimos de sgundos onde todos somos capazes de pensar em algo terrível mas, essa linha nos dá a oportunidade de recorrermos à consciência e em vez de rompermos essa linha, a gente continua do caminho onde seguíamos, como sonhos, expectativas e ajustes no caminho. Essa linha é a voz da razão que diz: seguir por aí é um caminho sem volta. Isso vale para quem já tentou suicídio; quem é pego de surpresa e no susto pensa em reagir; quem está possesso pelo ódio e pensa em matar... Isso está em todo ser humano, cada um em uma escala. Vale, inclusive, para discussões que perdem a medida e tomam proporções infundadas, onde se estabelece a barreira do não esclarecimento e portas são fechadas por meras banalidades. Mas, essa linha, apesar de fina e tênue é forte, romper com ela é resultado de muita maldade e falta de amor no coração. Total desapego negativo, com consequências gravíssimas! Ao romper essa linha limítrofe, tudo desaba e o que se pensava ser a solução do problema, torna-se um problema infinitamente maior e indissolúvel! No caso Eliza Samudio, não foi ela apenas a vítma... ela foi a vítma fatal e cruelmente assassinada, mas, o filho dos dois, será marcado para sempre. Não existe coisa pior para uma pessoa do que viver aprisionada numa marca! Suas referências primárias distorcidas e conturbadas. A educação dessa criança - não me refiro a educação formal, mas, educação de valores, de amor, cuidado, zelo... - precisará ser redobrada em amor, carinhos e repetições sinceras de atitudes que fortaleçam-no e lembrem-no de que ele não é responsável por nada do que aconteceu. Oh, Deus, abraça esse pequeno filho e o protege da maldade humana que destruiu sua vida em pleno começo! Fora a própria vida dos envolvidos: acabou! Depois de rompido o fio, passado e presente se tornam o mesmo terror diário, como se o mesmo dia fosse repetido e o futuro, infelizmente, se torna futuro do pretérito, onde tudo poderia ter sido diferente.

Até onde vai a maldade humana? E, nessas horas, podemos ver que a maldade está tão legitimada - aceita - que nós nem percebemos a nossa maldade em desejar o mal para os envolvidos no crime. Por mais que minha razão me diga que desejar o "mal" é propagar o "mal", minhas emoções me traem e desejo que eles paguem na mesma moeda... Isso reflete que há muito mais maldade em cada um de nós do que sequer temos consciência. Dentro de mim algo se contorce e me impede de desejar que eles paguem da mesma maneira. Algo em mim ficou tão triste e desencantado que, para resgatar a esperança no ser humano, precisei elaborar, em mim, pensamentos melhores em um bom combate ao mal, desejar que eles sejam punidos, sim, e, se prisão é o que a justiça determina - mas, que não recupera o humanismo, talvez, diante das situações precárias de nossos presídios, ainda se agrave a maldade, a revolta e a raiva, que eles sejam presos. Mas, eu, desejo, do fundo do meu coração que eles se arrependam. Pode parecer pueril e ingênuo de minha parte, mas, o arrependimento será a pior prisão que eles terão. Conviver com a eterna culpa. E, desejo, que o mundo se liberte de tanto terror! Chega! Chega de tanta maldade! Chega de tanto jogo de interesse. Chegaaaa! Será que somos tão incapazes de superar a maldade em todas as suas derivações? Desde as "pequenas", onde desejamos os piores castigos como forma de "correção" até as megas, que culminam nos crimes e destruições.


Infelizmente, não consigo pensar em coisas boas. Sinal de que minha maldade em umas de suas facetas está ativada, na forma de revolta e angústia e desejo de "vingança", em vez de desejar que a paz seja encontrada. Desejo paz e muito amor para o bebê. Quero desejar que os envolvidos encontrem algo de humano dentro deles, mas, ainda me deixo influenciar pela massificação das reportagens e isso alimenta minha tristeza e dor em  ver que seres humanos são tão monstruosos. Só Deus para estabelecer a ordem nesse caos e cuidar de cada um dos envolvidos, porque, olhando com bons olhos, todos são vítmas. Os algozes têm alguma razão para serem como são. Tanta maldade, tanta frieza é reflexo de uma reação a falta de amor próprio. Muita infelicidade acumulada. E toda essa infelicidade deve ser insuportável, para fazer tanto mal a alguém.

Só Deus, mesmo! Que muita Paz e Amor envolvam toda a Terra e que os valores humanos sejam recobrados. Que cada um de nós pare de julgar os outros e cada um se julgue e se abra para um grau de consciência libertadora e edificante, pelo amor a si e ao próximo! Hora de resgatar a esperança. De recobrarmos a lembrança de que somos GENTE. De ultrapassarmos a barreira do materialismo e nos permitirmos ser melhores. Nos falta mais amor nos corações. Nos falta aceitarmo nossa condição humana e nos falta respeito! Nossas sombras - todos temos - precisam de luz! Hora de nos iluminarmos sincera e honestamente! Se tem algo que precisa ser libertado, é o AMOR! Hora de sermos mais gente e dar um fim em tanta atrocidade!

Hora de nos movimentarmos a cada instante com pequenas mudanças em nós e levarmos adiante o movimento e a atitude de DEIXARMOS UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO!!!

Até onde vai a maldade humana dentro e fora de cada um de nós? Hora de alimentarmos o amor em cada um de nós. Vamos nos permitir dar a volta e salvarmos nossa espécie - que está sendo dizimada pela dor e pelo terror da desumanidade desmedida e descabida.





Pat Lins.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

NORMOSE - a doença de ser normal


Olha, esses dias estou tendo "sorte"... risos. Penso em escrever sobre determinado assunto e "puff" recebo um e-mail com um texto que diz o que quero dizer. Agora foi minha querida Brida quem colaborou. Obrigada aos amigos pelas sugestões. Aqui é espaço para reflexões e renovação de valores, portanto, sugestões e colaborações são bem vindas!

Segue o texto para nos deliciarmos:

NORMOSE
- a doença de ser normal -

"Todo mundo quer se encaixar num padrão.

Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar.

O sujeito 'normal' é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Bebe socialmente, está de bem com a vida, não pode parecer de forma alguma que está passando por algum problema.

Quem não se 'normaliza', quem não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.

A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós?

Quem são esses ditadores de comportamento que 'exercem' tanto poder sobre nossas vidas?


Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado.

Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha 'presença' através de modelos de comportamento amplamente divulgados.

A normose não é brincadeira.

Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer ser o que não se precisa ser.

Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?

Então, como aliviar os sintomas desta doença?

Um pouco de auto-estima basta.

Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo.

Criaram o seu 'normal' e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante.

O normal de cada um tem que ser original.

Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude.

E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.

Eu simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam para remover obstáculos mentais e emocionais e tentam viver de forma mais íntegra, simples e sincera.


Para mim são os verdadeiros normais, porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações.


Se parecem sofrer, é porque estão sofrendo.


E se estão sorrindo, é porque a alma lhes é iluminada.


Por isso divulgue o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes." (Michel Schimidt - Psicoterapeuta)

Apenas lembrar que cada um de nós pode DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO,  a partir de cada um de nós!

Beijos,

Pat Lins.

terça-feira, 6 de julho de 2010

"O insustentável preconceito do Ser"


O insustentável preconceito do Ser
                                                          Rosana Jatobá

Era o admirável mundo novo! Recém-chegada de Salvador, vinha a convite de uma emissora de TV, para a qual já trabalhava como repórter. Solícitos, os colegas da redação paulistana se empenhavam em promover e indicar os melhores programas de lazer e cultura, onde eu abastecia a alma de prazer e o intelecto de novos conhecimentos.



Era o admirável mundo civilizado! Mentes abertas com alto nível de educação formal. No entanto, logo percebi o ruído no discurso:


- Recomendo um passeio pelo nosso "Central Park", disse um repórter. Mas evite ir ao Ibirapuera nos domingos, porque é uma baianada só!


-Então estarei em casa, repliquei ironicamente.


-Ai, desculpa, não quis te ofender. É força de expressão. Tô falando de um tipo de gente.


-A gente que ajudou a construir as ruas e pontes, e a levantar os prédios da capital paulista?


-Sim, quer dizer, não! Me refiro às pessoas mal-educadas, que falam alto e fazem "farofa" no parque.


-Desculpe, mas outro dia vi um paulistano que, silenciosamente, abriu a janela do carro e atirou uma caixa de sapatos.


-Não me leve a mal, não tenho preconceitos contra os baianos. Aliás, adoro a sua terra, seu jeito de falar....


De fato, percebo que não existe a intenção de magoar. São palavras ou expressões que , de tão arraigadas, passam despercebidas, mas carregam o flagelo do preconceito. Preconceito velado, o que é pior, porque não mostra a cara, não se assume como tal. Difícil combater um inimigo disfarçado.


Descobri que no Rio de Janeiro, a pecha recai sobre os "Paraíba", que, aliás, podem ser qualquer nordestino. Com ou sem a "Cabeça chata", outra denominação usada no Sudeste para quem nasce no Nordeste.

Na Bahia, a herança escravocrata até hoje reproduz gestos e palavras que segregam. Já testemunhei pessoas esfregando o dedo indicador no braço, para se referir a um negro, como se a cor do sujeito explicasse uma atitude censurável.

Numa das conversas que tive com a jornalista Miriam Leitão, ela comentava:

-O Brasil gosta de se imaginar como uma democracia racial, mas isso é uma ilusão. Nós temos uma marcha de carnaval, feita há 40 anos, cantada até hoje. E ela é terrível. Os brancos nunca pensam no que estão cantando. A letra diz o seguinte:


"O teu cabelo não nega, mulata


Porque és mulata na cor


Mas como a cor não pega, mulata


Mulata, quero o teu amor".

"É ofensivo", diz Miriam. Como a cor de alguém poderia contaminar, como se fosse doença? E as pessoas nunca percebem.

A expressão "pé na cozinha", para designar a ascendência africana, é a mais comum de todas, e também dita sem o menor constragimento. É o retorno à mentalidade escravocrata, reproduzindo as mazelas da senzala.


O cronista Rubem Alves publicou esta semana na Folha de São Paulo um artigo no qual ressalta:

"Palavras não são inocentes, elas são armas que os poderosos usam para ferir e dominar os fracos. Os brancos norte-americanos inventaram a palavra 'niger' para humilhar os negros. Criaram uma brincadeira que tinha um versinho assim:


'Eeny, meeny, miny, moe, catch a niger by the toe'...que quer dizer, agarre um crioulo pelo dedão do pé (aqui no Brasil, quando se quer diminuir um negro, usa-se a palavra crioulo).


Em denúncia a esse uso ofensivo da palavra , os negros cunharam o slogan 'black is beautiful'. Daí surgiu a linguagem politicamente correta. A regra fundamental dessa linguagem é nunca usar uma palavra que humilhe, discrimine ou zombe de alguém".

Será que na era Obama vão inventar "Pé na Presidência", para se referir aos negros e mulatos americanos de hoje?

A origem social é outro fator que gera comentários tidos como "inofensivos", mas cruéis. A Nação que deveria se orgulhar de sua mobilidade social, é a mesma que o picha o próprio Presidente de torneiro mecânico, semi-analfabeto. Com relação aos empregados domésticos, já cheguei a ouvir:

- A minha "criadagem" não entra pelo elevador social !

E a complacência com relação aos chamamentos, insultos, por vezes humilhantes, dirigidos aos homossexuais ? Os termos bicha, bichona, frutinha, biba, "viado", maricona, boiola e uma infinidade de apelidos, despertam risadas. Quem se importa com o potencial ofensivo?

Mulher é rainha no dia oito de março. Quando se atreve a encarar o trânsito, e desagrada o código masculino, ouve frequentemente:

- Só podia ser mulher! Ei, dona Maria, seu lugar é no tanque!


Dependendo do tom do cabelo, demonstrações de desinformação ou falta de inteligência, são imediatamente imputadas a um certo tipo feminino:


-Só podia ser loira!

Se a forma de administrar o próprio dinheiro é poupar muito e gastar pouco:


- Só podia ser judeu!

A mesma superficialidade em abordar as características de um povo se aplica aos árabes. Aqui, todos eles viram turcos. Quem acumula quilos extras é motivo de chacota do tipo: rolha de poço, polpeta, almôndega, baleia ...


Gosto muito do provérbio bíblico, legado do Cristianismo: "O mal não é o que entra, mas o que sai da boca do homem".


Invoco também a doutrina da Física Quântica, que confere às palavras o poder de ratificar ou transformar a realidade. São partículas de energia tecendo as teias do comportamento humano.

A liberdade de escolha e a tolerância das diferenças resumem o Princípio da Igualdade, sem o qual nenhuma sociedade pode ser Sustentável.


O preconceito nas entrelinhas é perigoso, porque , em doses homeopáticas, reforça os estigmas e aprofunda os abismos entre os cidadãos. Revela a ignorancia e alimenta o monstro da maldade.

Até que um dia um trabalhador perde o emprego, se torna um alcóolatra, passa a viver nas ruas e amanhece carbonizado:

-Só podia ser mendigo!

No outro dia, o motim toma conta da prisão, a polícia invade, mata 111 detentos, e nem a canção do Caetano Veloso é capaz de comover:

-Só podia ser bandido!

Somos nós os responsáveis pela construção do ideal de civilidade aqui em São Paulo, no Rio, na Bahia, em qualquer lugar do mundo. É a consciência do valor de cada pessoa que eleva a raça humana e aflora o que temos de melhor para dizer uns aos outros.


 PS: Fui ao Ibirapuera num domingo e encontrei vários conterrâneos...

 
(Rosana Jatobá é jornalista, graduada em Direito e Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, e mestranda em gestão e tecnologias ambientais da Universidade de São Paulo. Também apresenta a Previsão do Tempo no Jornal Nacional, da Rede Globo.)
Esse texto é parte da série de crônicas sobre Sustentabilidade publicada na CBN




...Difícil combater um inimigo disfarçado, né verdade?! É por isso que parecemos loucos, ao lutarmos, nem que seja através do mínimo esforço, por uma sociedade, por um mundo, por uma realidade JUSTA, baseada em respeito e igualdade. Mas, como sermos iguais, sendo tão diferentes? Só o respeito pode conseguir isso.

Engraçado que minha sogra me enviou o e-mail com o texto acima bem quando eu pensava em escrever algo sobre preconceito. Obrigada, Susana, por mais uma colaboração aqui! O que me despertou o desejo de falar sobre o preconceito tão aceito - sim, porque é fácil aceitar o preconceito e suas derivações, difícil é querer ser justo... aí, nós passamos a ser "chatos", "sem senso de humor" e/ou "intolerantes"... Só sendo um negro de pele negra para saber o que é o "repúdio" sem sentido a sua cor. Eu sou afro-descendente e, por mais revoltante que seja me deparar com o preconceito racial, eu não sinto na "minha" pele, porque ela, por uma questão de combinação genética, saiu mais clara... bom, mas, isso não vem ao caso. O preconceito e o ar de superioridade das "potências" econômicas, sim, é o poder econômico que dita as regras e "pinta" as cores a serem aceitas, de preferência, verdes como dólares... Em falando de Brasil, nós aqui do Nordeste somos constantemente discriminados, onde aceitar que existe "inteligência" além eixo sul-sudeste é questão de espanto... Ninguém para para ver a "origem" do "Brasil", este país que moramos e que foi "descoberto" através de práticas desumanas e aceitas, dizimando o povo que aqui existia como se fossem nada.

A cultura do preconceito é tão socialmente aceita que mês passado - junho - aqui no Nordeste tem um dia de feriado no dia 24, para comemorar o São João. Regados a festa, todo o Nordeste entra no clima de festejos, celebrações, reuniões, encontros e muita comida e bebida. É uma espécie de "Natal" ao som de forró, muito bolo de aipim, milho, "quentão", roupas descontraídas, fogueiras e fogos de artifício. O clima é mais alegrinho, mesmo ninguém sabendo muito a história da data e o que estão comemorando... Bom, questões bíblicas a parte, é muita festa por todo o Nordeste. O fato é que o dia 24 é feriado. A empresa que meu marido presta serviço é sediada em São Paulo e lá não é feriado. Logo no dia 02 de julho, comemora-se a "independência" da Bahia, portanto, feriado para os baianos. É sabido que feriados locais e regionais existem em cada Estado, município e cada um tem seu grande motivo: comemorar algum marco histórico ou data bíblica. Não entendo o porquê da piada que ele precisou escutar do colega da sede:

"- Eu queria morar aí na Bahia. É feriado todo dia!"

Quem dera. As pessoas acham que aqui é só carnaval. Mas, para conhecimento, a cidade para, sim, para receber toda essa galera que fala mal e depois vem se encher de "cachaça" e pular atrás dos trios, e, depois, durante o ano, seguem as micaretas e carnavais fora de época, Brasil a fora. Sim, no carnaval, muita gente aqui trabalha. Só é liberado quem está na região do circuito da folia, para a alegria de toda essa galera do mundo ser "bem recebida" e, depois, sair falando mal dos baianos... Quem está fora do circuito - que abrange todo o centro da cidade e adjacências, sendo a cidade enorme - só folga na terça-feira e metade da quarta-feira de cinzas. Fora os que trabalham na festa e durante a festa, fazendo a segurança e muito mais. Mas, baiano bom é aquele que só fala em "axé music", para propagar que a gente só vive de festa. e se fosse verdade? Que mal haveria? Eu já fui foliã, mas, faz mais de 10 anos que não vou a circuito da folia e, nem por isso, vou falar mal. Falo da falta de educação cultural de boa parte - e muito significativa - do meu povo, mas, tem muito mais de estereótipo. Pois sim, em outros Estados não há feriados em seus aniversários, ou datas históricas de lutas e vitórias? Isso precisa ir diminuindo. Cada vez que nos pegarmos propagando um preconceito, por mais banal que nos pareça, ele pode tomar proporções históricas e virar "padrão", bem como fogo em palha... só precisa de uma faísca para espalhar.

Vamos manter acesa a chama e vamos fazer nossa parte no movimento de DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO, inlcuindo a nós mesmos!!!

Vamos refletir e agir, nem que seja aos poucos. Tomando consciência gradativa e dispostos a exercer o papel de "cada um fazendo sua parte".

Beijos,

Pat Lins.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

sábado, 3 de julho de 2010

A VIDA CONTINUA...

Vi essa mensagem lindíssima, no orkut de minha prima Leti - minha alma gêmea - e colquei aqui, porque diz muito do que minh´alma grita. Não sei de quem é... joguei no "pai dos burros" da web - Google - e só encontrava o texto, sem crédito... então, segue o que queria dizer, sem ter saído de minha "boca"/dedos/mente:


"Chorar não resolve..



falar pouco é uma virtude..


aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo


e o que não mata com certeza fortalece.


Às vezes mudar é preciso


e nem tudo vai ser como você quer..


a vida continua.


Pra qualquer escolha se segue alguma conseqüência


vontades efêmeras não valem à pena...


quem faz uma vez não faz duas necessariamente


mas quem faz dez, com certeza faz onze!!


Essa história de que é melhor acordar arrependido


do que dormir com vontade é mentira!


Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível...quase.


Nem todo mundo é tão legal assim, e de perto ninguém é normal.


Quem te merece não te faz chorar..


quem gosta cuida..


o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente!!


Não é preciso perder para aprender a dar valor


e os amigos ainda se contam nos dedos.


Aos poucos você percebe o que vale a pena


o que se deve guardar pro resto da vida..


e o que nunca deveria ter entrado nela.


Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado.


O tempo, ah o tempo, esse sim sempre vai ser o melhor remédio,


mesmo quando seus resultados não são imediatos


ele é quem faz com que tudo se encaixe do jeito que deve ser".
                                                                       (desconhecido)

...e a vida continua...

Pat Lins.



sexta-feira, 2 de julho de 2010

PAZ NA VIDA

Para alcançar a verdadeira paz em nossos lares, precisamos encarar o desafio, sofrer - quando precisar sofrer -, superar e continuar.

Me exponho, grito e continuo. Meu dia-a-dia desafia minha inteligência e minha razão. As emoções tentam se apaziguar, mas, me falta qualidade de tempo. Me falta respeito ao meu espaço. Mantenho distância, mas, há quem invada e saia como vítma... difícil encarar o direto, quando se fala franca e abertamente: "não passe... daqui para frente é meu espaço, se invadir, suporte as consequências, porque eu vou me defender". Será que é errado estar certo?

Estou no desgaste... total falta de paz externa provocando minha busca pela paz interna... Por quê? Sabe Deus! Só Ele mesmo, porque eu, humana, imperfeita e cheia com os MEUS problemas - lembrando: meus problemas não são maiores do que os de ninguém, são os MEUS... essa de medir tamanho e força de problema é para aqueles que não respeitam ou compreendem que cada um tem seu ritmo, sua trajetória e suas expectativas... muitos que comparam fogem dos seus cutucando a dor do outro, numa tentativa mórbida de sentir prazer em destruir.... - estou no limite de minhas forças, mais uma vez. Mas, lutando como quem sobrevive a uma catástrofe.

Eu sei o que passo e, verdade, não é tão ruim assim, só preciso encontrar o ponto, o caminho certo e seguir em paz. Até lá, vou tentando aqui, tentando ali... errando, acertando... sempre buscando, até quando penso em desistir... O que é "deixar a vida me levar"? Quando tudo parece ter virado de cabeça para baixo de novo, a gente deixa o tormento guiar ou se dá um "tempo de espera" e aguarda, alimentando-se da mais pura esperança, para que um milagre aconteça e aquela "luz" se faça ou, no mínimo, que consiga encontrar condições para respirar lenta e profundamente e deixar o oxigênio agir na mente... como espeirecer num mundo capitalista, onde até o lazer requer investimento financeiro? Como espairecer quando o furacão se instala em sua vida, justo quando se voltava a andar...? Normalmente, a compaixão vem para quem perde tudo após uma catástrofe da natureza - o que me dói, muito, e procuro fazer minha parte com doações e orações... nem quero imaginar a dor e o transtorno que se instala na vida dessas pessoas... - e, não tiro a razão, é inquestionável e necessário, mas, para quem perde "seu" "tudo" dentro de si, só vem preconceito, questionamentos, comparações - todo mundo acha que sua vida é tão pior que o outro não tem direito de se queixar, mesmo não se quixando... se reservando o direito de tentar seguir, no limite de suas forças... -, menosprezo... você passa a ser visto como um incapaz sem força de vontade. E se for? Por que falta tanto respeito ao outro? Por que essa crueldade? Nessas horas solidariedade é só da boca para fora... Os corações se endurecem, porque estão tão amargos com suas realidades e suas fugas delas, que transferem para o outro em forma de "eu não passo meus problemas para você", já passando, através de atitudes expressivamente desequilibradas, mas, desequilibrado é você, que não conseguiu sair debaixo em tempo hábil...

No limite das forças, a gente só reage... raciocínio vem depois. No limite das forças, me atenho a uma estratégia que desenvolvi na época da DPP, que chamei de "distância saudável". Refere-se a manter distância de tudo que te faz mal, ao menos, temporariamente, até você poder recobrar um pouco cas forças. Me diga como recuperar as forças com bombardeios constantes e, em muitos caso, inconscientes... de uma cegueira tão profunda que os alertas - nem são sinais, são placas de advertências claras e diretas - são desrespeitados e tudo cai?

No limite das forças a gente precisa se poupar, um pouco, para evitar maiores destruições... mas, essa capacidade só tem quem alcança um grau mínimo, que seja, de consciência. Eu estou no limite de minhas forças e, depois de tanto ter sido bombardeada - isso quem sabe sou eu, porque quem sabe o limite de minhas forças, SOU EU - eu cansei... nada mais natural e humano do que cansar. Não. Não caí. Sequer pretendo. Dei um pause para ME recuperar. Mas, o dia-a-dia é guiado pelo tempo e este a gente não segura a nosso favor... a gente TENTA fazer o melhor com ele e nem sempre tem êxito...

Não. Não devemos descontar nossos problemas em ninguém, mas, se alguém provoca e insiste, você avisa e a pessoas continua... de quem é a culpa? De quem provoca ou de quem cede? Para piorar, essa não tem sido minha única preocupação, mas, a dureza que já estava e continua e a sensação de incapacidade e impotência diante dos acontecimentos.

É deixar passar! Deixar TUDO passar. É sentar e assistir ao jogo da copa - que merda... O Brasil perdeu!!! - e fingir que tudo na vida é futebol... Olha, se o preidente da FIFA fosse o da ONU, nossa, o mundo seria mais alegre - kkkkkkkkkkkkkkk - cheio de vuvuzelas, gritos de gols e comemoração, até na hora do jogo perdido. Interessante como na copa os torcedores superam as perdas com tanto fervor e alegria... bem como deveríamos fazer na vida!

No limite das forças, o menor dos problemas se torna over e tudo que se quer é deixar passar, porque não existe a consciência da força. Seria tão bom ser uma guerreira jedi... e sentir a força dentro da mim... Qualquer gota d´água transbordará meu cálice... melhor, ficar na minha - à distância, porque é difícil ficar na sua com cutucadas desvairadas. Isso é sabadoria ou desgaste? Será que essa é a base dos sábios: ter se cansado e desiludido tanto que aprende que tudo passa, bem ou mal? É sabedoria deixar passar ou seguir de outra maneira? Essa outra maneira pode ser parar e depois seguir? Não existe fórmula certa... Porque não é fácil estabalecer, em cada um de nós, o equilíbrio e a harmonia entre o individual e o coletivo... a gente nunca sabe se é característica pessoal, arquétipo, estereótipo, tabu, cultura, medo social... a gente só é gente e, talvez, nunca encontremos respostas para todas as perguntas. Um dia, a gente aprende a fazer a pergunta certa, para encontrar a resposta necessária!

Tudo que mais desejo é PAZ NA VIDA para mim, para você e para todo o mundo... mas, como já se foi propagado, muitas vezes, para se alcançar a paz a gente precisa viver tempos de guerra... discordo, mas, infelizemente, isso existe independente de mim... E eu? Acabo fazendo guerra, também... No limiar das forças, o que nos resta é a natureza animal... nos aproximamos da zona primitiva de nossos ser que, por mais que neguemos, estamos sempre na divisa do se manter e seguir...


Mesmo ainda não tendo encontrado um caminho calmo e que me ajude a seguir - depende de algumas tomadas de decisões... as velhas escolhas que nos guiam e precisamos ponderar e reponderar tudo a todo instante... ver o que dói mais: seguir ou ficar... e se vale a pena se esquivar da dor necessária... muitas vezes se manter na "comodidade" e descobrir uma zona temporária de conforto, como dar um passo atrás, se faz necessário... nem todos temos força e coragem para seguir e ultrapassar a maior barreira, aquela que te fará mudar TUDO em sua vida... mas, o apego ao passado e sua perpetuação são um obstáculo ainda maior... nós somos nossos maiores entraves - ainda estou no caminho. Fale quem quiser falar... no limite de minhas forças, o máximo que posso dizer é "fale, porque é o que te resta e tudo que você tem" e nem forças para reagir eu tenho... tudo por uma boa causa: pela minha paz, hora de parar - tempo de espera - para a hora de mudar!

Minha busca é que alimenta meu esforço e entrega em DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO!!!

PAZ NA VIDA!!!







Pat Lins.

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