sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

...2008; 2009...




Mais um final de ano. Mais um começo de outro.




Mais uma finalização e mais um começo.




Mais um período de deixar as frustrações de lado e se apegar a esperança de que pode ser diferente. Mais uma oportunidade de nos dedicarmos a fazer a mudança em nossas vidas.




Fase de angústia e de esperança.




Mais uma fase.




Fases, sempre fases. Vivemos de fases.




Alegrias, tristezas, aprendizados, erros, culpas... arrependimentos, acomodações, exigências, perdões, experiências, afeto, raiva, opressão, ganância, ambição, materialismo, assistencialismo, riquezas finaceiras, sociedade, pessoal, profissional... boa conduta, má conduta, Deus, ateu, sofreu, ganhou, perdeu, deu... foi, voltou; vai, volta; pai, mãe, filho, filha, relação, educação, privação, adequação, conturbação... peregrinação: vivemos assim. O que é certo? O que é errado? Quem está certo? Quem está errado? Somos peregrinos de nós mesmos e de nossas relações. Tanto a descobrir. mundos a explorar, e tantos que só querem invadir. Respeito, bom senso, cordialidade, sinceridade, honestidade, lealdade, VERDADE.




Escutei Roberto Albergaria (antropólogo baiano) falando numa rádio local sobre o Natal e ele falou sobre uma palavra interessantíssima, que descreve boa parte da vida atual e suas confusões: AMBIVALÊNCIA. E eu parei para refletir: hoje em dia, tudo é ambivalente. Tanto podemos estar certo, quanto errados, vai depender de uma série de fatores. E, atualmente, série de fatores é o que transborda. Ninguém sabe ao certo determinar ou qualificar o que rege a vida. Cada um se isola em seus pensamentos e em suas vidas corridas e a bola de neve vai rolando. Ele falava, na verdade, sobre as pessoas que, são o ano todo "sacanas" (como ele expressou), digamos assim, e no Natal se solidarizam e passam duas semanas de conversão de valores. E perceba que tem sentido. De repente, todos viram "altruístas" e carregam o consolo de "terem feito algo de bom". Gente, o que é isso? Ele deu um exemplo simples, de uma pessoa que nunca vai visitar a "tia velha", nunca dá um telefonema para saber se a mãe vai bem, implica com os filhos...e, no Natal, vai visitar a "velha", compra presentinhos para crianças órfãs... etc. Passou a virada do ano, volta ao normal e aqueles que o receberam, se vêm sem ele novamente. Entre outros exemplos, ele ilustrou o porquê de se aumentar o índice de depressão nas pessoas nessa época: é tudo muito rápido. As creches e orfanatos funcionam o ano inteiro, porque então, não ajudar mais? Só no Natal? Uma das apresentadoras questionou, então: "ao menos uma vez no ano é melhor do que nada... isso é errado?" e foi quando ele respondeu: "olha, errado, não é. mas, como afirmar se é certo ou errado? Tudo hoje em dia é ambivalente. Aliás, ambivalência é uma palavra que define bem os dias de hoje...". E tem muito sentido. Tudo é permitido, tudo é proibido, pensei comigo mesma.


Todos os dias devemos viver. Mas, ao final de cada ano, devemos lembrar que ainda temos muito mais para viver e nos dedicarmos a vivermos sempre mais.




Outra coisa, essa sangria desatada de comprar, comprar, comprar... gente, dar presente é lindo, receber é gostoso, mas, cada macaco no seu galho, em primeiro plano, viver o que a época representa. Olha a ambivalência aí: está errado em querer comprar presentes para quem se gosta? Em minha visão, o "erro" (assim poderíamos caracterizar) não está em comprar o presente, mas, uma série de fatores: como você demonstra a essa pessoa que ela é especial para você? Você fala com frequência que a ama? Você é capaz de abraçar seu filho constantemente, de maneira natural e espontânea (ou, ainda que tenha dificuldade, consegue se esforçar para dizer que queria abraçá-lo, mas, fica sem jeito)? Ou, espera chegar o Natal para dar um presente caro, só para agradá-lo naquele momento e assim dizer, a sua maneira, que aquilo é seu jeito de demonstrar todo carinho que não deu durante todo o ano? Acho que as pessoas perdem muito tempo e querem "recuperar" na semana do Natal. Talvez, se bem soubessem distribuir durante o ano, no final, poderíamos comemorar de maneira mais verdadeira e simples, como a data requer. Que se compre, que enriqueça o comércio, mas, lembre-se de que o ano tem 365 (e de quatro em quatro anos 366 - risos) e que os últimos 15 dias deles, representam o começo de mais 365... se, a cada dia a gente puder acreditar que o amanhã vai chegar com ou sem seu esforço, você vai entender que o tempo passa e não somos nós quem o controlamos, ele é o TEMPO e taí para passar mesmo. Nós é que devemos nos curvar diante dele e ver que tudo acontece a todo instante. O inevitável vai acontecer e a diferença é o que faremos quando o inevitável acontecer? O que fizemos para viver? Não entendo como algumas pessoas conseguem juntar tanto dinheiro, mas, é incapaz de se dar o simples prazer de continuar acumulando seus bens e, ao mesmo tempo, ou independente desse acúmulo, dizer uma, ou duas vezes, para quem se ama que ele (a) é importante para você. Não custa um centavo, nem vai atrapalhar sua rota de trabalhar para acumular riquezas materiais.




Então, se você demonstrar durante o ano que dá valor a quem você ama, dar um carinho (ainda que com palavras simples. não é necessário rebuscar. a beleza está na naturalidade), ao final do ano, celebrar o Natal vai ter um sentido mais verdadeiro; fazer planos para o ano que chega será uma continuidade de uma relação saudável e sempre teremos gás, pique e energia para superarmos as fases mais duras e difíceis, que são inevitáveis, mas, ter forças e fé de que, com fé em Deus elas passarão, torna o inevitável passageiro. E ele passa.




Então, ame mais, sinta mais, se doe mais, se entregue mais. Depois, ganhar dinheiro terá um sentido e papéis que lhe cabem. Lembre-se que com dinheiro você paga um bom plano de saúde, mas, nem ele evita uma doença. Dinheiro não ressucita ninguém, no máximo, paga um velório mais bonito, para homenagear a quem se amou.




Adeus ano que passa, feliz ano que chega. Que tudo se realize, hoje e sempre, em sua vida. Muita paz, amor, saúde, educação, trabalho e renda para todos!




Moderação e coerência em nossas atitudes, pensamentos, palavras e ações. Mais humanismo.




Que Deus abençoe e ilumine a cada um!




Que venha 2009...




Pat Lins

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

RECENTEMENTE E SEMPRE


As recentes experiências que tenho vivido, são verdadeiras lições.


Vivo as experiências de minha vida e dos meus (inclusive os que nem conheço,mas, suas histórias, de alguma maneira, chegam até mim).


Acompanhar a dor e o sofrimento dos que amamos; das histórias que escutamos e nos solidarizamos; da maneira como as pessoas superam suas "dificuldades" e "problemas" com tanta vontade de superar, que vivem a dor, mas, não permitem eternizá-las, me fez parar para refletir ainda mais.


É época de final de ano, planos "futuros", época de mudança (toda virada de ano representa tempo que passa, né?! É o resultado da soma dos dias, uma virada maior. Cada dia, temos oportunidade de transformar, recriar, superar... mas, quando o ano passa, a esperança de viver as "novidades" fica mais forte) e esse é, de fato um período de auto-análise, de dedicar um pouco mais de tempo para si e para os seus. Período de demonstrar mais carinho e atenção. É um período onde estamos mais sensíveis, mais abertos. Cristo nasceu nessa época e isso vem falar muito. O Filho de Deus, que veio para salvar a humanidade. O rei do reino que não é da Terra. O maior homem que já existiu! O exemplo a ser seguido. A salvação.


Quando Ele falava que veio nos ensinar a pagar o mal com o bem, viver em verdade, doar-se, perdoar, orar pelos que te insultam... a Verdade nos foi dirigida. O que podemos aprender? Está muito claro. É dedicar-se a viver o bem. Viver em paz. Viver em harmonia, não desenvolvendo, nem alimentando o ódio, o rancor, o orgulho, o egoísmo, a vaidade.


Seu nascimento deve ser lembrado, assim como toda a sua vida e sua dedicação em nos ensinar com bondade, com humildade, com verdadeira moral ou moral verdadeira! Mas, só lembrar é pouco. Precisamos dar o passo da atitude. Ter fé é fácil e viver a fé, colocar em prática a fé? Nos momentos de angústia e tristeza, nos momentos em que questionamos os desígnios de Deus? Nos momentos em que nada acontece como "queríamos"? E aí?! Nesses momentos é que descobrimos se vivemos a fé ou se a cristalizamos (no caso dela existir de fato...). Na hora em que precisamos colocar em prática o que falamos tão bem e bonito, será que somos capazes? Sim somos. Se permitir acreditar que a tempestade vai passar. Agradecer pela chuva e pelo sol. Pelo que foi destruído e pelo que está para construir com bases sólidas. Mudar atitudes de egoísmo e inveja. Entender que viver com fé não é se iludir, mas,se entregar a crença de que algo maior e melhor está por vir. Essa é a reflexão que precisamos ter diariamente. O apego ao amor quer dizer LIBERDADE. O amor não aprisiona, não limita. O amor é doar-se sem cobrar nem exigir retorno, mas, agradecer o que se recebe, sempre. Precisamos refletir e mudar, lá dentro, em nossa mente, em nosso coração, em nossas atitudes. Refletir e internalizar. Refletir e mudar.


Pessoas que considero vêm "perdendo seus chãos" e algumas, apesar da dor extrema, têm me ensinado tanto. Elas, talvez nem saibam a lição que vêm dando. Um grande amigo perdeu o pai este ano, e, apesar da dor, da sensação do chão abrir aos seus pés, ele optou em declarar seu amor e perdão ao pai. Isso foi lindo! Ele desceu do pedestal do orgulho e da vaidade do julgamento, para jogar-se aos pés da partida do ente querido dizendo que o isentava de toda "culpa". Pode nos parecer que ele fez tarde, já que o pai havia partido. Mas, não, ele fez no momento que devia. Ele modificou-se internamente e pôs em prática a sua fé, de que em Deus, todos estão vivos. Ele admitiu que poderia ter feito diferente, em vida, mas, não fez, e, desta maneira, viu-se tão imperfeito e pequeno como qualquer ser humano. Quem aqui não julga, ou julgou, pai e mãe? Julgamos a todos, o tempo todo. E a nós mesmos? Como nos julgar e nos isentar da culpa? Transformando-nos. Crescendo como pessoa. Ao descer do pedestal de "juiz" ele se deparou com o homem, com o ser humano que é. Isso é humildade. Isso é experiência. Isso é transformar o momento de dor em aprendizado. O pai não está mais aqui, para eles caminharem juntos essa transformação, mas, ficou seu legado, e isso, ladrão algum rouba, tempo nenhum destrói. Ficou a lição e o aprendizado! Todo aprendizado posto em prática liberta. Vitória do amor!


O que podemos aprender? Que a vida tudo passa, só o amor vivifica! Então, podemos colocar em prática nosso aprendizado a todo instante e, no momento de uma separação inevitável (porque a única certeza que temos na vida, é a de que vamos morrer um dia - ou uma noite...), seremos acalentados pela convicção de que aproveitamos o que pudemos e nos permitimos transformar!


Mais recentemente, uma amiga querida perdeu o seu esposo. Apesar de toda tristeza e dor, há a alegria de ter lembranças sempre reais, de que viveram felizes. Ele faz falta para ela, sim, mas, a falta é de continuar a felicidade, não de buscar algum perdão. Esse sofrimento ela não tem, afinal, se entregaram a viver a verdade um com o outro.


Essa "perda" me fez refletir ainda mais. E reforçar o quanto é importante nos transformarmos hoje.


Lá em Santa Catarina (sul do Brasil), as pessoas estão vivendo perdas "irreparáveis". E o Brasil parou, se comoveu e se solidarizou. Apesar de algumas pessoas infelizes tirarem proveito dessa catástrofe, temos a lição de que nada aqui na Terra é eterno. Meu avô já dizia: "para morrer, basta está vivo". Mas, uma indagação me surgiu: a seca no Nordeste é violenta e as pessoas precisam "tirar água de pedra" para sobreviver. Qual a diferença na solidariedade e na tristeza que envolve? Ambas são tristezas reais, certo?! Ambas são dificuldades. Mas, o que constatei foi o seguinte: creio que o fato da seca no Nordeste ser uma condição já existente, as pessoas (digo, nós, cidadãos) se acomodaram à realidade distante. Isso não "abalou", porque "não houve perda"... é como se fosse "natural" aceitar que a seca já existia e que ali ninguém perdeu, porque nunca teve... meio que como se amenizássemos como o consolo de não haver frustração de perda do que se construiu... Pare para observar. No estado do Sul, as pessoas tinham (não me refiro que todos fossem pessoas de "posses" materiais. Não é isso, me refiro a ter uma vida de oportunidades... nem estou usando tom pejorativo, irônico ou colocando um pior que o outro. Para mim, ambos são desastres de vida.), perderam o que conseguiram juntar durante toda uma vida de trabalho. Então, a gente se vê solidarizado e sensibilizado no movimento de ajudar. Foi uma campanha muito bonita, com a enorme virtude de ajudar o próximo. Isso não se questiona, nem se deseja o contrário. Deseja-se que tudo seja reconstruído. Deseja-se amenizar a dor daquelas pessoas, que são gente como a gente. Mas, meu questionamento segue essa linha e explode: Por que não há uma mobilização tão maciça em prol da seca? Por que nos limitamos e acomodamos a deixar a cargo do Governo? O que é destruído, nós podemos ajudar, e o que sempre precisou, não? Falo não só de você, mas, de mim também, porque separei edredons, lençóis e roupas para enviar. E, apesar de ser nordestina de pai e mãe, como se fala por aqui, nunca me mobilizei em começar uma campanha de enviar garrafões de água, ou depositar dinheiro em determinada conta para a criação de soluções, como os poços. Simplesmente, sempre me pus a reclamar (e, com certa razão, apesar de continuar acomodada) dos impostos que pago e não vejo retorno. Tudo muito complexo. Também não vou sair agora correndo por aí levando água, para a região do semi-árido, mas, vou até procurar saber (se alguém souber, deixe um comentário) se existe algum movimento onde possamos enviar garrafões de água potável, ou que possa contribuir de alguma maneira com a diminuição da dor que não permite que caia uma lágrima, porque seca antes de descer. A caridade não deve se limitar a certas barreiras e preconceitos. Esse comentário não visa despertar em ninguém o complexo de palmatória do mundo, nem de perfeição. É tudo para refletirmos e mudarmos nossas atitudes e maneiras de pensar.


Quando para para refletir, apesar de, logo de cara, eu me justificar e tentar olhar de lado, para não me ver de frente, me vejo como o mancebo rico (não sou rica, mas, falo da atitude) com Jesus Cristo. Vou citar a passagem (gosto muito do jeito de Mateus, por isso, citarei a passagem dele): "E eis que aproximando-se dele um mancebo, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna?
E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.
Disse-lhe ele: Quais? Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho;
Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Disse-lhe o mancebo: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?
Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.
E o mancebo, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.
Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus.
Outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.
Os seus discípulos, ouvindo isto, admiraram-se muito dizendo: Quem poderá pois salvar-se?
E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.
Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos?
E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos d'Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna.
Porém muitos primeiros serão os derradeiros, e muitos derradeiro serão os primeiros. " (Mateus 19: 16-30)


Todos somos imperfeitos, e, nos dias de hoje, com tanta correria, cobrança e preço para tudo, nos acomodamos a uma fé sem a verdadeira crença. Pedimos na esperança de que Deus, só será justo aos nossos olhos, se nos der o que queremos, sem nos ocuparmos com a verdade de que Ele nos dá o que, de fato, necessitamos. Não vamos sair entregando também o que temos para fazermos a permuta com Deus, como se quiséssemos comprar o céu. Não foi isso que a parábola ensinou. O que eu entendo, é que não devemos nos apegar ao bens materiais como salvação, nem garantia de uma vida perfeita. Cristo pediu fé e prática da fé. Doe e venha. Se desapegue da mentira, do que não edifica, e venha viver a verdade. Fome e sede ninguém passará, se tiver devoção e dedicação a vida em Cristo. As necessidades serão supridas. Não de maneira ociosa. Vou acreditar que o milagre divino proverá minhas carências e sentar aqui. Não. Os discípulos de Jesus trabalhavam muito, mas, trabalhavam em verdade e com a verdade. O trabalho de divulgar o bem e se dedicar a ajudar ao próximo. Jesus nunca se referiu a trabalho como Carteira de Trabalho. O trabalho de se doar em obras sociais, o trabalho de uma dona-de-casa, como o trabalho de qualquer pessoa empregada é digno, porém, o trabalho de administrar o seu tempo, de trabalhar o corpo, a mente e o espírito/alma e estar sempre em movimento pelo bem, pela caridade (a real, de dedicar-se a algo edificante e doar-se, nem que seja como ombro amigo), pela entrega, pela atitude de humildade (o que não quer dizer mendincância, e sim, a capacidade de se reconhecer como ser humano imperfeito e igual ao seu irmão ao lado. Nem superior, nem inferior.), pelo amor! Precisamos tomar cuidado com o valor de nossa atitudes, de nossas emoções. Na vida, tudo tem um espaço, um local, um papel a desempenhar. Coloque os pingos nos "Is". Discernimento, bom senso e moral não são tão subjetivos quanto parecem e nem atitudes tão soltas. A verdadeira moral já nos foi ensinada, agora, devemos seguir. Cultura, regionalidade, tradição... têm seu peso, claro, mas, não são entraves para se ver com clareza qual a verdadeira moral, que foi ensinada por Jesus. Independente de religião; de crença (ou não crença, como muitos se colocam); de seguidor da linha de causas e efeito; de seita; de linha terapêutica... os ensinamentos de Cristo, apesar dele nunca ter pego uma pena, ou caneta, empunhado e escrito, são conhecidas. São claras e diretas. Uns podem tê-lo como um grande homem, outros como Messias, outros como uma personalidade marcante... o fato é que ninguém nega sua existência, nem seus ditos e feitos. Suas obras são grandes exemplos para toda e qualquer geração. Pena que apesar de pouco mais de 2 mil anos após a sua morte, pouco se tem visto mudanças e dedicações de verdade a esse exemplo. Continuamos os mesmos, geração após geração. Ouve-se, pregam, lêem, comentam, clamam Seu nome, mas, entrega de fato, muito pouco... isso independe de religião, de fé, de status social. Oram em busca de orientação, mas, continuam como "o mancebo rico", resistentes ao que precisam modificar. Orar/rezar/pedir é fácil, aceitar a resposta passa pelo ego e é esse setor aí que precisa ser dosado, modificado, alterado, curado. O ego, a vaidade, o orgulho... todos os "valores" acumulados, impostos, vividos, aceitos... barreiras que resistimos em romper, com medo da dor e da "cobrança" que teremos. É aquela questão: há uma grande diferença entre olhar, ver e enxergar; ouvir, escutar e internalizar. Nos falta respeito de verdade. Respeitar as diferenças, as opções... Jesus enxerga os corações.


Pequenas mudanças já nos transformam. O exercício de não julgarmos. O exercício de pedir luz e orientação a Deus por quem nos faz algo de "mau". Agradecer pelo que temos e conseguimos fazer. Chorar, mas, nos permitir sorrir. Aceitar que existem pessoas diferentes de nós. Aceitar que existe um mundo fora de cada mente. Lembre-se que "com a medida que julgares, serás julgado".


Recentemente e sempre devemos seguir os passos do bem, da verdade. Cada dia uma mudança,um crescimento, uma evolução.


Recentemente e sempre devemos buscar melhorar. Recentemente e sempre, devemos viver o bem. Devemos aprender como uma criança: sempre abertos.


Recentemente e sempre, transformar! Viver!


Recentemente e sempre, escrevermos a melhor página de nossa história!


Pat Lins

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

AMIGOS - Oscar Wilde


"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.

Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.

Deles não quero resposta, quero meu avesso.

Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco.

Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.

Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.

Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.

Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos.

Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.

Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que 'normalidade' é uma ilusão imbecil e estéril."

Oscar Wilde (poeta, escritor e dramaturgo Irlandês)

domingo, 23 de novembro de 2008

CONSCIÊNCIA DE TODAS AS CORES


Todo dia é dia de consciência. De cada atitude individual. De atitudes coletivas. De atitudes pessoais. De atitudes profissionais...enfim, de atitudes.


Existem atitudes que merecem muito mais cuidado. Cuidado e mudança real. Atitudes de segregação, atitudes de julgamento, que são geradas por "orgulho". Boa parte de nossos orgulhos, são valores "legitimados" pela sociedade desde, desde...acho que desde que o primeiro psicopata decidiu querer dominar terras alheias e furtar o que não era seu, e denominar cada "aquisição" como POSSE. A vontade de possuir, de ter, e ter, e ter cada vez mais, fez com que o mundo, em vez de desenvolver, regredisse. Chegando ao ponto de suprema hipocrisia em que vivemos atualmente e chamamos de MUNDO MODERNO.


Se em pleno século XXI (nossa, quando imaginávamos que chegaríamos aqui? Século 21!!! Soava como FUTURO e hoje, já é PRESENTE...condicionamos tanto tudo para o futuro mais distante que pudermos, sempre protelando, crentes de que não alcançaremos, que alcançamos. E o que fizemos?...humhum) ainda somos os mesmos, então não mudamos. A ciência evoluiu. Tantas descobertas, tantas consequências... tantas crises. Tantas coisas e tudo igual: preconceito, miséria, disparidade social, ambição, ganância, sentimento de superioridade de "quem tem mais"... enfim, valores nada nobres, muito menos edificantes.


Estamos no mês de Novembro, e este é considerado, aqui no Brasil, o mês da Consciência Negra... consciência essa que todos deveríamos ter todos os dias. Consciência de que somos todos Humanos. Consciência de que a cor da pele não deve ser diferencial. Fica até cansativo falar sobre algo que deveria ser tão natural como respirar, beber água, andar... e tão óbvio: SER HUMANO. No mundo animal, existem os leões, os tigres, os elefantes, as baleias, os pássaros...tantos animais, dentre eles, nós: HUMANOS.


O preconceito aqui no Brasil é algo ridículo e patético. Porém, legitimado por cada um de nós. Até aquele que está lendo e diz: "eu não. eu não tenho preconceito.". Tem sim. Todos temos, nem que seja preconceito com quem tem preconceito... isso é, ou não um preconceito, uma discriminação? Ouvi Zezé Motta comentando o que uma assessora de Gilberto Braga falou para ela, de como não sabia que era racista. O racismo é tão aceito e colocado de maneira natural que o fato de ser negado, já o torna evidente. Não se nega o que não existe, concorda? Bom, a mulher contou para Zezé, que estava assistindo a cena de uma novela onde havia discriminação racial. O neto dela, uma criança, na época, levantou e disse: "vovó, que coisa feia. Eu não gosto do racismo. Se um dia eu conhecer uma mulher negra e me apaixonar, eu caso com ela." A avó, que se dizia "não racista" (veja a diferença, o "não racista" é apenas uma classe dos racistas... coloca o não ma frente só para enganar a si próprio) disse que deu um sobressalto, e disse que se surpreendeu com o sentimento que despertou (estava escondido atrás do seu coração. sendo branca, que convivia com negros, mas, eles não eram parte de sua vida, nem de seu "sangue"... era cômodo para ela) dentro de si: imaginar a possibilidade de... Enquanto só convivia com negros, natural. Mas, a possibilidade de ver um negro em sua família a chocou e ela pôde admitir o que muitos brasileiros não admitem: eles não suportam dividir espaço com outra raça que não a branca.


Esse é o retrato do Brasil, legitimar, ainda que "dizendo sem dizer", o racismo. Conheço famílias que se vangloriam por serem descendentes de Portugueses, Espanhóis... e a necessidade de se dizerem brancos legítimos (claro que devemos nos orgulhar da família, lógico. A questão é fazer isso para se sentir "afirmado" e "visto" como branco, enquanto ser superior. Que seja branco, amarelo, negro, a cor que for, mas, que seja antes de tudo HUMANO). Sem contar que grande parte dos Europeus que povoaram o Brasil na era da colonização, eram bandidos, fugitivos... a própria côrte veio fugida. Jogavam para cá o que não prestava e isso, não é lá grande motivo de "orgulho". Bom, isso foi só um ponto para ser lembrado. O impasse que devo me ater não é da herança genética de A, B ou C, mas, falar sobre esse sentimento nada edificante que existe e muita gente insiste em negar. É aquela história que bato em muitos dos meus posts: não falando, fingindo não existir, ninguém vai sentir falta. Então, em não se falar de racismo, finge-se que ele não existe claramente, deixa-o guardado lá dentro, mantém as atitudes racistas, nada se faz para melhorar a qualidade de vida do próximo e então, não há cansaço (porque imprimir esforço para mudar algo cansa, né?!). Então, para quê mudar aquilo que ninguém fala? Lembra que vivo falando em coerência entre viver, agir, pensar e falar (não necessariamente nessa ordem). Pois é. É isso que falta a nós brasileiros: coerência em nossa atitudes, em nosso sentimentos, em nossas vidas. Falta é romper com aquilo que não é edificante, que machuca, é romper com valores falsos que crescemos vendo e jogávamos para o Século XXI como era em que nada disso existiria mais, porque estaríamos todos "evoluídos". Cadê? Que evolução? O racismo continua, agora, acho eu pior, porque, os negros não aceitam mais serem pisados calados. É hora de se impor enquanto humanos e dignos. Ah, agora, os brancos tão acomodados em suas vidas fartas e seguras (porque ser branco pode sair na rua que não será confundido com um ladrão... pode entrar em qualquer lugar, que as portas se abrem e ninguém vai ficar vigiando o que faz...) se sentiram ameaçados, em vez de se sentirem motivados a desenvolver um sentimento nobilíssimo que é o do respeito a igualdade. RESPEITO A IGUALDADE é diferente de luta contra o racismo, viu?! RESPEITO A IGUALDADE é algo que deveria existir de verdade e em verdade. RESPEITO A IGUALDADE é o princípio da vida. Respeito. Negros, brancos, orientais, índios... gente! Respeito! Respeitemos as pessoas, todas, como pessoas. Jesus já dizia : "ama ao próximo como a ti mesmo". O próximo não é só seu esposo, sua esposa, seu filho, sua filha, seu pai, sua mãe, o vizinho debaixo, o vizinho do lado... não, o próximo é seu semelhante, é outro SER HUMANO! Amar como a si próprio é, em primeiro lugar, se amar. Se você não tem essa capacidade, o que poderá ter de bom para dividir? O respeito é um sentimento nobre e sincero. O respeito é real. Ele precisa ser desenvolvido dentro do coração de cada um. Ele não precisa ser plantado, porque faz parte de nossa essência. Precisa é desenvolver mesmo. É crescer. Deixar esse discurso bobo e falso de que não é racista, porque trata bem a empregada... ou, "tenho até um amigo que é negro e gosto muito dele. Muito simpático, correto..." minutos depois, entra num mercado, por exemplo, vai estacionar o carro, mas, a única vaga que tinha foi ocupada por um carro que chegou antes, e, naturalmente ocupou o espaço e desce uma pessoa negra e sobe aquele sentimento: "perdi a vaga para 'esse neguinho'"... o racismo está muito entranhado, quase uma segunda pele, bem alinhado com sentimentos como presunção, ganância, orgulho, vaidade, e outros tantos. Retirar um, fazer uma mudança para ser uma pessoa melhor dói muito, né verdade? Então, continuam a negar... Esse é o racismo que vivemos. Por pessoas fingidas, pessoas pequenas, fracas e que se acham superior, por conta de sentimentos tão mesquinhos e um ego inflamado e cheinho de pus, bem podre e fétida. Se isso te faz bem, continue germinado esse pus aí.


Bom, vou parar por aqui. Só queria deixar mais um pensamento para reflexão. Vamos mudar. Cada um pode fazer sua reforma moral e real!


A CONSCIÊNCIA NÃO TEM COR. NÃO UMA ÚNICA. ELA TEM TODAS!


Viva a vida! Viva a Liberdade! Viva o RESPEITO! VIVAMOS TODOS A DIGNIDADE!!!

Pat Lins

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

PALAVRAS SÃO SÍMBOLOS - DESCREVEM, MAS NEM SEMPRE EXPRESSAM


Palavras e letras são apenas símbolos. E como símbolos apenas representam uma parte, ou, até um todo,mas, como toda representação, sintetizam.


Aqui escrevo, falo sobre o que penso, como penso, o que vivo, como vivo, como gostaria de viver... mas, muitas interpretações são geradas, afinal, cada palavra unida a outra aqui não é de exclusividade minha, como as minhas sensações, portanto, cada um emprega a interpretação à sua própria realidade.


Eu sempre tive a "pré-ocupação" de ser bem clara, não deixar margem de dúvida. Comunicar-me com clareza de dados, de informação. Mas, nem sempre isso é possível apenas com palavras (escritas ou faladas). Venho percebendo, ao longo do tempo (hummm, madura - risos) que a convivência também é fator determinante para essa tal clareza de expressões. Ao se falar, resume-se o que sente. Mas, ao conviver, aprende-se a sentir também. O interlocutor consegue aproximar-se tanto, através do grau de envolvimento que é quase possível entender o que expressamos através de nossas emoções. Por isso, pessoas que se conhecem muito bem, que têm aquela afinidade, muitas vezes, nem precisam concluir sua frase para que seu pensamento seja compreendido. Um gesto, um olhar, um semblante... uma imagem valem mais que trilhões de palavras sim!


Tenho amigos que sabem como estou pela voz que atendo ao telefone. E vice-versa. Isso é muito engraçado.


A quem não nos conhece a fundo, cabe a interpretação através de sua própria realidade, e e´aí que tudo pode dar para trás. É aquela história: "interpretou assim porque seria capaz de fazer isso ou aquilo..." Quando se conhece a fundo a pessoa, não, é possível interpretar o pensamento como a pessoa pensaria/pensa, ainda que contrário ao nosso jeito de pensar e agir.


As relações verdadeiras são essas. São aquelas que nada precisa ser dito. Vive-se! A gente só engana quem não nos conhece. Por melhor que seja o ator, por mais dedicado e competente que o seja, o personagem não é real, mas, carrega em si sua própria verdade e o ator faz isso, passa a verdade do personagem. Ali não é o Tony Ramos, é o Coronel Boanerges. Ali não é Patricia Pillar, é Flora (e, cá entre nós, quantas Floras - em várias proporções - enganam as Irenes da vida, apenas por falar o que se quer ouvir... coloca-se uma "carinha de boa moça" e uma "vozinha" suave, todo mundo cai... Flora conhece bem Irene, como nossos amigos nos conhecem, muitos "inimigos" também... mas, Irene não conhece Flora, então, não pode sentir se o que fala é verdade ou mentira. A mulher é tão limitada a aparência das coisas, que tem uma resistência ao namorado na neta, por não ser um rapaz polido. Não sabendo ela que é o próprio neto... quantas vezes fazemos isso, julgamos pela capa, nem nos damos o trabalho de ler os olhos, sentir a pessoa, permitir-se ver além dos que os olhos externos vêem?).


A verdade está em se ver tudo como se é de fato. Não como queremos que seja. Podemos mudar a nossa realidade sim, e isso, lógico, alterará a nossa verdade também. Uma está ligada a outra: verdade e realidade. Toda verdade é real. Toda realidade é verdadeira, por melhor ou pior que seja. Existem várias palavras para descrever uma mesma realidade, mas, ela continua sendo uma. Tantas palavras para descrever as emoções, mas, nem todas as palavras de todos os idiomas, possuem essa capacidade real e expressiva.


Amizade é verdade. Relacionamento amoroso, é verdade. Família, pode ser verdade, se houver um envolvimento real. Quantas vezes conhecemos mais um amigo do que o próprio irmão? Conheço pais que não conhecem os filhos. Mães que acham que sabe quem são os filhos apenas por tê-los gerados. Será que é só isso? Claro que não!Ser mãe não transforma nenhuma mulher em "vidente", até porque, como já falei no post anterior, muitas vezes, nossa estima camufla a verdade. Quantos filhos têm problemas graves e as mães o ignoram (consciente ou inconscientemente)? Não me refiro a tempo cronometrado de convivência, mas, tempo de qualidade. Existem mães que convivem com o filho diuturnamente e nem sabe o prato que ele mais gosta... enquanto outras que saem antes do sol nascer, e só voltam após o pôr-do-sol conseguem descrever, ainda que em poucas palavras, o dia do filho. Interesse! Afeto! Carinho! Amor! Verdade!


As relações consistem em viver a verdade. Saber que a pessoa é daquele jeito e aceitar conviver. E vice-versa. Na relação, também precisam nos aceitar como somos. Isso é respeito. É difícil? Sim, e muito! É impossível? Não. Temos a opção de escolher. Ninguém obriga ninguém a convivência, esta se dá por afinidade em vários pontos(veja que afinidade não quer dizer igualdade. Não existem duas pessoas iguais. Nem gêmeos "idênticos" são tão idênticos assim. Cada um carrega sua particularidade. Afinidade é ponto em comum em determinado assunto, âmbito ou estilo de vida... você pode ter afinidade em gosto musical com uma pessoa que acabou de conhecer, e não ter o mesmo gosto que o seu melhor amigo.). Estar com alguém requer amor, ainda que a única afinidade seja esse sentimento (que é tão nobre e independente, que muitas vezes tentamos sufocar o amor que se sente, só porque a pessoa é muito diferente da gente... mas, olha ele aí. inexplicável...).


Inexplicável é essa onda de terror e de falta de entendimento que assola o mundo. Falar diversos idiomas, culturas diferentes não são motivos para se criar uma guerra. A falta de respeito sim! Você não precisa conhecer a outra nação a fundo, apenas respeitá-la e não ter um "olho maior do que a boca" e querer dominar o que não lhe pertence! O problema no mundo não é falha de comunicação, é falta de respeito com o próximo. É cobiça. É querer o que não é de sua conta. Daí as guerras, as misérias... tantos tratados, escritos em várias palavras, em vários símbolos, em vários resumos e diretrizes para se estabelecer uma "paz", um pacto, um contrato de boas maneiras que ficam lá, descrevendo, porém, inexpressivos! A atitude está além das belas palavras. Um bom discurso inflama, mas, não mantém a chama acesa por muito tempo.


Aqui eu escrevo, tentando me expressar, mas, por mais que eu tente, a frieza da escrita nunca dará o tom e a emoção real que a minha voz mental dita cada palavra unida, cada frase articulada em forma de pensamento. Para alguns, soará como agressivo. Para outros como afronte. Para alguns outros, como belas palavras. Para tantos, o que quero dizer de verdade. O que eu digo é o que está escrito, sim, mas, tem muito mais por trás de cada palavra. Tem o desejo de sejam bem interpretadas. Tem o desejo de que possa levar uma palavra amiga para alguém. Tem o desejo também de que eu consiga a escrever um livro, um dia (para cumprir minha "missão", só me falta escrever um livro e plantar uma árvore. O filho eu já tenho - risos).


Eu amo escrever. Faz parte de mim. Me desperta uma emoção de imenso prazer. Por isso, o que escrevo, não são só palavras concatenadas, são tentativas de exprimir meu jeito de ser, pensar e agir.


As palavras existem, portanto, também são reais. Têm suas funções, e cabe a cada um de nós saber como utilizá-las, para que essas funções se cumpram (informar, descrever, dissertar, narrar, demonstrar...). Têm força, porque imprimimos emoção quando escrevemos (ainda que seja um texto científico, existe a emoção de informar com objetividade, clareza e propriedade o conhecimento que você adquiriu e quer transmitir). Têm ideal. Mas, não existem sozinhas. Cada palavra dita por dizer não tem valor, não tem poder, não tem força. Uma palavra bem dita (ou mal dita...) age como uma semente lançada ao solo. Pode morrer ou germinar. Pode fincar raíz ou simplesmente, evaporar. O que você quer dizer? Diga. Sinta. Viva. A palavra real só tem valor real se dita, vivida e sentida, senão, volta a ser apenas um símbolo do que foi dito ou do que queria ser dito... até do que poderia ter sido dito. Tanto abre, como fecha portas. Ela tanto bate, quanto afaga. Tanto empurra, quanto freia. Tanto vai, como volta! Daí a importância da coerência entre viver, agir, pensar e falar/escrever. Daí a importância de sempre vivermos em verdade, em sinceridade, em bondade. Palavras: podem nos levar, podem nos trazer!


Escrever/falar sobre palavras, com palavras, demonstra a sua importância, a sua utilidade, a sua função. Palavras são palavras e nada mais? Ou palavras são símbolos vagos, sem explicação?


Símbolos descrevem, mas, não têm a profunda capacidade de expressar a verdadeira emoção. A sinceridade no que se diz, quando se usa cada palavra sim, pode levar essa emoção consigo. Não em palavras, mas, em emoções impressas em cada uma.


Mas, que nenhum sentimento deixe de ser expresso por lindas palavras. Que nenhum sentimento deixe de ser vivido, com ou sem palavras!


Em cada palavra que escrevo, coloco meu coração. Tudo aqui é real, vivido e sentido! (dentro das limitações que esses símbolos chamados PALAVRA podem expressar)


Que seja dito, que seja vivido, que seja expressa toda demonstração de amor!


Enfim, em poucas palavras (vixe, que é difícil para mim usar poucas palavras... meus sentimentos, minhas emoções são tão intensas, que nem todas as palavras que uso conseguem descrever): DESEJO TUDO DE MELHOR PARA NOSSO MUNDO! UMA VIDA DE VERDADE PARA VOCÊ, PARA MIM, PARA OS MEUS, PARA OS SEUS, PARA O NOSSOS. MUITA PAZ! FIQUE COM DEUS!


Pat Lins

domingo, 16 de novembro de 2008

NOSSA ESTIMA É CAPAZ DE CAMUFLAR MUITAS VERDADES


Eu não sou o tipo de pessoa que vive apenas os defeitos das pessoas, eu vivo também suas qualidades. Sempre tive o lema de que "quem ama o feio, ama o feio". O que quero dizer é que quando a gente ama, apesar de ver os defeitos, as qualidades devem prevalecer, mas, também, não precisa fingir que a pessoa é perfeita, senão, o desastre é garantido...




Tenho observado que algumas pessoas do meu convívio, como uma maneira de manter o "amor", precisam camuflar os defeitos dos outros, como se "não os vendo" ele deixe de existir. Por exemplo, a pessoa tem uma doença grave, tipo problema cardíaco, mas, ninguém na família toca no assunto, e algumas gerações desconhecem o que os mais velhos têm, tentando passar a imagem de perfeição e "saúde", como se alguém lá pedisse para ter problemas. Então, não comentando, a doença deixa de existir... e, assim, pode-se gostar da pessoa e de seus herdeiros genéticos... isso, quando se trata de doença. Fora quando é de caráter...
Existe também a questão do ambiente "carregado". Foi esse fator que me trouxe a frase do título: NOSSA ESTIMA É CAPAZ DE CAMUFLAR MUITAS VERDADES. Tem uma casa onde vou, vez ou outra, que é um dos ambientes mais "pesados" que já entrei. As pessoas que vivem lá até sentem, mas, como são muito apegadas ao local, caíram no costume. Uma dessas pessoas, inclusive, credita esse "peso" a fatores diversos, menos à sua própria contribuição. É aquela história, sou tão boa, me "cuido" que nada de mau acontece aqui... ficou meio vago porque não devo me aprofundar, enfim, a pessoa que realmente mora lá é muito estimada por esta que acabei de citar e esse estima faz com que não se admita que o lugar é pesado... Por isso que comecei a refletir que NOSSA ESTIMA É CAPAZ DE CAMUFLAR MUITAS VERDADES. Eu gosto muito dessas pessoas, mas, nunca deixe de sentir esse "peso", nem deixo de ir lá para visitá-las, vez ou outra.



É o clássico "tapar o sol com a peneira". Não faz sombra, não esconde e não é proteção! Muito menos SOLUÇÃO.




Eu creio que se a gente ama uma pessoa, deve amar em todos os sentidos e em toda a extensão da palavra/sentimento amor: com defeitos e qualidades. Se tiver a capacidade de amar a pessoa como ela é, você realmente a ama.


Gostar de alguém, de verdade, quer dizer aceitá-la como ela é e respeitá-la, mas, saber conviver com essa diferença, respeitando, inclusive, o seu jeito. Tanto bandido que ainda é amado. Gente, ninguém é 100% "bom", nem 100% "mau". Todo mundo tem o seu "calcanhar de Aquiles", por mais perfeito que se ache, SE É IMPERFEITO! Toda ilusão acaba gerando uma cobrança indevida e consequentemente, uma decepção. E a "culpa" ainda é do outro... risos, nunca de quem se iludiu.


A gente não precisa camuflar a verdade para apreciá-la. Viver a verdade é vivê-la de frente e como ela é. Isso é viver a realidade.

Pat Lins

sábado, 15 de novembro de 2008

PEQUENAS ATITUDES PODEM DESENCADEAR GRANDES TRANSFORMAÇÕES!!!

Do mesmo jeito que uma criança começa a andar,devemos conduzir a vida.


Essa correria desenfreada que acomete "nossas vidas" (se é que pode-se chamar isso de vida...) faz com que esqueçamos o princípio básico de quem somos, para onde vamos e o que queremos. Fere toda tentativa de se querer ser quem se é. Faz com que nos afastemos de nós mesmos e depois de um tempo, nos faz deparar com alguém que nem conhecemos e que nos apresentamos como: eu.


Encaramos vários e diversos personagens para agradar um, outros para agradar outros... finalmente, queremos agradar a quem?


Bom, minha vida puxou o freio de mão há pouco mais de dois anos ( e isso, ela já vinha tentando a muito tempo... mas, eu na correria, dizia: depois gente se fala vida. Temos uma vida toda pela frente, né?! risos) e se impôs. É! Ela se impôs com todo vigor que uma vida de verdade deve se impor. E me perguntou: é tudo ou nada? (TUDO = verdade, viver a vida em verdade, como Deus nos criou X NADA = isso aí, lá fora, que acontece com todo mundo e achamos "normal" e ainda há quem tenha a ousadia de chamar de "vida"...).


Lógico que senti as dores. Lutei, para aceitar o TUDO, já que o NADA me parecia tão completo (completamente VAZIO, cheio de NADA). Ainda luto, por conta do costume (ou mau costume). Mas, decidi encarar.


Resmunguei: é isso? Ficar desempregada? Cuidando do meu filho 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem férias, folga ou feriado? Viver restrições financeiras? Aguentar pessoas me torrando e julgando fracassada?


A vida, com toda sua soberana calma e paciência me disse: o que te falta? Você tem fome? Sede? Passa frio? Calor? Te faltam família e amigos? Te falta AMOR?


Caí na real. Caí em mim. Não é o fim do mundo. Meu filho veio porque eu o chamei, portanto, minha inteira responsabilidade. Reclamar porquê? Ele é lindo, alegre e encantador, me completa e me ama com uma verdade tão pura e inocente. Essas pessoas, se me "torram", é porque devem ter muito tempo vago, né?! Tempo esse que poderiam estar aplicando em sua busca de boa conduta moral e se permitir crescer. Ora, se julga tanto, colocando-se no pedastal de superioridade, é porque não evoluiu, continua se achando "rei leão" ou "rainha leoa", a depender do gênero, né?! Bom, que seja leão ou leoa, é bicho, animal selvagem na pele de humano, ou seja, não pensa... Uma pessoa humana, de bem, não perde tempo julgando. Imprime tempo se doando, ajudando, colaborando, apoiando...andando em parceria.


FRACASSO? Onde? Em mudar estilo de vida? Como pode? Sonhei com minha profissão, me graduei, pós graduei... estudei tanto para ver que na prática, não era a minha praia... Arrependida? Eu? Não. Feliz em perceber que a vida me deu a oportunidade de acreditar em outro sonho para viver. Ou, em uma vida para sonhar. Fora que ela me disse que tudo PASSA. Toda fase de reajuste, precisa de um desajuste para ajustar.


Comecei a responder suas perguntas, em princípio, tão ingênuas... mas, ao responder, tão profundas. VALORES. Era isso que a vida queria me dizer: te falta algo que realmente importe? Sim, ainda falta muita coisa, respondi, mas ei de conseguir chegar lá. Mas, diante dos fatos necessários, tenho tudo: amor, lar, família, amigos, comida, bebida, roupa, lençol... o básico. Mas, tudo não parte do básico? Estou partindo, em partida para um mundo novo.


A correria lá fora existe, mas, eu vou andando. Na hora que eu precisar de fôlego, terei. A correria quer que vivamos de imagem. E olha, quando a imagem começa a ceder lugar para a realidade... hummmm, tanto banco falindo, crise mundial...você, tchau! Sobreviver a quê? Quando esse tudo lá é destruído, o que sobra para você?


Vamos pensar em nossas atitudes. Não precisamos deixar de trabalhar, comprar, investir... mas, só precisamos colocar isso no plano certo. Em primeiro plano o básico, o principal, e depois, o depois, o porvir. Tem gente que passa uma vida inteira para o trabalho, e depois se pergunta? Vive para trabalhar ou trabalhei para viver? Junta tanto, investe em imóveis... e para quê? Para quem? Quem tem filho, diz que juntou por e para eles... será?! De fato, há uma preocupação dos pais querer dar o melhor para os filhos, mas, a que preço? "A você fala isso hoje, amanhã, quando eu morrer, vai estar usufruindo do que deixei..." E aí?! Não já sabe que será assim mesmo?! Precisa então, abrir mão de uma vida em família, para "deixar um patrimônio" para essa família e reclamar que depois não sabe como a família vai usufruir? Aí, aparece a verdade, por trás da "verdade", você juntou para quem? Muitos constroem para si próprios e se camuflam com o discurso demagógico de que vai deixar para os filhos. Meu pai, não tem muito o que deixar, nem a gente quer que deixe, quero mais é que ele viva muiiiitttooo para usufruir o que construiu com esforço e trabalho,mas, nunca deixou de nos curtir. Sabe essas festinhas chatas de escola? Reunião de pais e mestres? Ele e minha mãe sempre iam, juntos. Médico, ele estava lá. Trocar fraldas? Minha mãe disse que ele ajudava...se precisar ele até troca de meu filho, mas, se alguém fizer, ele agradece - risos. Pagou minha escola, minha faculdade, os cursos que quis. Nunca me cobrou nada além de minha satisfação. Trabalhou anos de "turno", o que torna a vida estressante e nessa correria, mas, nós éramos o primeiro plano. Essa é a diferença que a vida me chamou atenção.


Para isso é simples: comece estabelecendo a verdadeira prioridade: você e sua família. Depois, manter materialmente. Assim, tudo será grande em sua vida.


Com pequenas atitudes, a gente pode viver nesse mesmo mundo, como deve ser, de maneira mais proveitosa. E com uma finalidade mais bem delineada.


PEQUENAS ATITUDES PODEM DESENCADEAR GRANDES TRANSFORMAÇÕES!!!


(Pat Lins)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

"O MEDO ESTÁ MAIS NA MENTE DO QUE NA REALIDADE"


Li uma frase interessantíssima essa semana:


"o medo está mais na mente do que na realidade..."


E não me refiro ao medo de cachorro, medo de cobra, medo de lugares fechados, apenas...me refiro, também, ao meu de ousar. De ser quem de fato se é. De viver o que se quiser. De viver o simples...


Me refiro ao medo de se permitir amar e ser amado. Medo de viver as emoções e tentar esquivar-se constantemente delas, como se fosse algo pernicioso... o medo de "não ter razão". Bobagem! Por mais racional que alguém seja a emoção está lá. Se se orgulha de ser o "frio", o "retado", "eu resolvo tudo. controlo minha vida"... uma forte marca emocional, percebe? Orgulho e vaidade. Então, porque não viver as "BOAS" emoções. Aquelas que acalmam, que dão paz, que partem da paz interna. Aquelas emoções que unem, em vez de separar? Porque passar a vida inteira temendo? Temendo ser taxado de quê? Por quem?


Medo de arriscar. Medo de se entregar a vida de verdade. Será que vivendo a mentira, também não se depara com o medo? Ora, se não quer que percebam em você alguma característica, porque pressupõe ser taxado de algum termo pejorativo..., esconde-se no medo de ser si próprio e carrega, então, o medo constante de ser "descoberto"; fora o medo de não dar certo...


Então, doar-se para alguém que ama; viver uma relação fiel e leal; dedicar-se a amar seu (a) companheiro (a); demonstrar amor e afeto para seu filho; ser um pouco gentil. Em outras palavras: ser humano. Isso mete medo? A quem? Por quê? Destrói o quê?


Medo de perder o emprego. Hoje em dia, vivemos a "Era do medo". Medo de "perder" o que "construiu"... Tem gente que teme tanto, que acaba atraindo o que tanto teme... Num sentido bem chulo: medo de cachorro (eu tenho desde criança) libera adrenalina e atrai mais do que repele... Num sentido mais amplo: tem gente que teme tanto perder o emprego, vive tão tenso, que acaba sendo o primeiro da lista, num momento de corte... e aí?! O medo protegeu? O medo em excesso não protege, ele limita, ele trava. Medo de não demonstrar amor... se fecha tanto, com medo de demonstrar, e achar que "ficará vulnerável", ou sei lá o quê, que acaba não cultivando a troca de carinho, ternura e afeto que irrigam uma relação e daí, só se vive os problemas... De repente, a outra parte se cansa e decide romper com seu medo, também, e decide viver a vida e tchau! Adiantou? Conheço inúmeros casos assim. São mais comuns do que se pensa. Hello! Diga "eu te amo!". Quando eu rompi meu medo de "ser vulnerável" conheci o "homem de minha vida" e me permiti viver esse amor. Claro que existem divergências de pensamentos, de idéias, de um monte de coisa, mas, quando não se tem medo de investir na relação, isso é apenas algo que acontece com dois seres humanos, criados e crescidos em ambientes diferentes, cada um com uma história de vida: individualidade. Dois indivíduos. Duas cabeças. Duas mentes... mas, a falta de medo, faz com que a gente viva a outra parte que fortalece, que irriga, que faz brotar a vontade de superar as diferenças e viver o que há de comum, senão, para quê ficar junto? Para viver "dando murro em ponta de faca?"


Por que viver escravo do medo é tão "fácil"? Fechar-se em seu mundinho, que só você acredita ser O Mundo... quando ao seu redor, existe O Mundo real e de fato, fora de sua mente. Um mundo real! A realidade!!!


Liberte-se! É muito mais fácil viver sendo quem se é. Se alguém "pisa na bola", te usa, no máximo você foi uma vítima. O erro foi de quem aprontou. Se foi "traído" (a), você pode ter contribuído com tanto medo de demonstrar afeto, que causou (o que, em minha cabeça, pode explicar, mas, não justifica...). O medo de ser "corno" atrai, viu?! E aí? Vai querer destruir o mundo! Ou não, foi "traído (a)" por medo do "traidor", numa necessidade de "auto-afirmar-se" e mostrar que "pode"... Bom, pode o quê, eu não sei. Sempre tive uma coisa muito clara em minha vida, nesse caso, em específico, em meus envolvimentos "amorosos", que se me colocassem um par de chifre, simples: terminava, porque, provavelmente, a relação não estava boa. Dói, viu?! Um parzinho de chifre bem colocado dói sim, porque não esperava isso dele... mas, de quem foi a culpa? Sendo assim, coloquei-me no meu papel de vítima e toquei minha vida. Nem por isso me fechei nesse medo. Esse, realmente, não entra em minha cabeça...


O medo carrega uma carga de tristeza muito grande. Perceba. Viver privado de ir além, podendo e tendo liberdade para ir...


Venho refletindo meus medos e já tenho mudado pequenas coisas (começa assim,aos poucos. Não vá querer fazer mudança brusca, pelo amor de Deus. Vá alterando sua rotina aos poucos...), como por exemplo, descer para a piscina com meu filho. Creia, eu estava com "medo" de alguém me criticar, por estar tão fora de forma... daí, percebi que o "medo" me impedia de sair de casa, de curtir uma vida que só diz respeito a mim. Se alguém se deu o trabalho de falar, problema (para a pessoa, não para mim - risos)! Olhou e viu porque tem olho e enxerga, então, agradeça a Deus! Chega de temer críticas.


Olha, muita gente, inclusive eu, teme crítica, porque critica muito, e tem "medo" do troco! Solução: libertar-se de falsos valores! Valores que não te levam a lugar algum!


Agora, não vá sair de peito aberto, à noite, cheio de bolsa, celular, carteira... libertar-se do medo que aprisiona é uma coisa, mas, manter o medo, sinônimo de prudência e cautela, convenhamos, é outra história... sabe aquela ditado: "tenha fé em Deus, mas tranque a porta de casa"? Pois é!


Pensar demais paralisa, mas, pensar pouco, é impulso, é primitivo... e algumas vezes, descaso. O medo é criado por nossa mente, através de valores e situações que vivenciamos de alguma forma, portanto, libertar-se dele é sobrevivência! Melhor, é vida! Pense grande!


Minha avó sempre fala que "medo é falta de fé". Quando a gente crê em algo superior, o medo diminui. Mas, tranque a porta... Cuidado que o excesso de fé pode se tornar um perigo! Você pode se colocar num patamar muito superior e a fé exige prática constante. Superior, só Deus! Cuidado com o ego inflamado, ele é diferente de fé. A super valorização não é perfeição, é, simplesmente, medo prévio de não ser "reconhecido", então, auto-valoriza-se em excesso. Daí, perde o ponto de equilíbrio, cai e ainda chora. Essa ocupação prévia (preocupação) pode desencadear medos terríveis, talvez os piores e mais destrutivos. Tudo criado pela mente. Quando algo tem solução, melhor empenhar-se em resolver, do que temer que piore. Quando não depende de você a solução, exercite a virtude da paciência, da calma e da crença... respeite o tempo. Não resolvendo, as vezes a solução seja mudar de rumo, de estratégia, de investimento...


Tudo na vida é questão de ponderar, equilibrar. "Tudo em excesso é sobra. Toda falta é ausência..." (Pat Lins - EXCESSO DE AMOR E FALTA DE ÓDIO! post do dia 27/10/2008). A maioria das soluções e as melhores, partem de princípios simples e tão básicos. A mania de querer enaltecer e carregar demais nas tintas tira a beleza das coisas, esconde a verdade, e muitas vezes, a solução de fato. Toda beleza é sóbria, serena, simples. Se tem dificuldade, é sinal de que tem algo errado. É o princípio da impedância. Uma força de resistência. Uma proteção.


Prudência é importante, é o tipo de "medo aliado" ou "medo do bem" (como eu costumo dizer). O medo que freia e alerta, pode salvar. Mas, o medo que impede e repele, pode destruir muita coisa... principalmente uma relação.


E você, tem medo de quê? Será que tem um pouco de verdade no que escrevi? No que penso? Pois é, mas, eu não tenho medo de expressar, de me mostrar. Essa sou eu. Assim que penso e conduzo minha vida. Um pouco de mim, em cada post. Um pouco de medo de não ser bem compreendida. Também tenho muitos medos para superar. Mas, a vida é isso, caminhada. O medo pode nos privar de escutar as vaias, mas, também, os aplausos. Tudo depende de uma conduta, de uma dedicação. Errar por ter tentado faz parte. Não tentar para não errar é privação. É medo!


(Pat Lins)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

TODO AMANHÃ É UM NOVO DIA! TODO AMANHÃ É UM NOVO HOJE. E HOJE, É DIA DE VIVER!!!

Aqui estou eu novamente agradecendo e não me canso!


Agradeço, antes de tudo a Deus, que sempre cuida da gente e nos ouve sim! Sabe aquela frase: "Deus sabe o que faz, a gente não sabe o que diz" ? É verdade!


Agradeço pela presente precioso que Ele me deu e me dá todos os dias: a vida! E com ela, a oportunidade de recomeçar, sempre!


Agradeço pelo sol que nasce e se põe, todos os dias; pela lua que brilha no céu escuro, nos fazendo entender que sempre temos um ponto de luz a nos mostrar que não existe escuridão total. Agradecer pelas estrelas que piscam no céu abrilhantando-nos com um show a cada noite, sempre no mesmo lugar e sempre a zilhões de distância, mas, se fazendo presente e fazendo um espetáculo em nosso céu escuro. As estrelas nos mostram que não precisa estar tão juntinho para ser presente. Elas estão presentes todas as noites e a gente, raramente se entrega ao espetáculo. Nossa Natureza é tão rica e perfeita! A gente "se acha" tanto, e a Natureza, sábia, "fica na dela", nos ensinando caladinha, mas, nos mostrando que tudo está envolvido, tudo está unido. A união? A união é Divina!


Agradeço pelo outro tesouro que Deus me deu: minha família! Agradeço pelo carinho das pessoas ao meu redor,de graça. Deus nos deu tudo de graça!


Só para agradecer a oportunidade de começar sempre um novo dia ao lado das pessoas que tanto amo!


Agradecer até pelo que parece estar errado, aos nossos olhos, mas, que fazem parte de um plano brilhante de Deus para o nosso aprendizado.


Agradeço e peço por cada um que ler esse texto, pedindo paz, alegria e muita luz, Senhor!
Peço, através deste texto, que todos recebam uma ponta de esperança, e que ela seja desenvolvida em sua vida! A esperança é aquela velinha que não apaga, porque se ela apagar, a gente deve estar vazio... A esperança alimenta nossa fé e nossa fé nos põe de pé! De pé, andamos pelo caminho a frente. Andando, nos deparamos com diversos obstáculos. Daí, a gente tem que parar para refletir como passar. Traçar planos, criar metas, ter uma visão racional da situação e buscar a melhor solução. Ainda que doa, passaremos e a dor, passará! Passando, demos mais um passo para a vitória! E a vitória, é a alegria de ter forças a cada dia para começar e viver, com esperança de conseguir superar a próxima barreira. E com fé que teremos ajuda de Deus, e que nunca estamos sozinhos! Nunca mesmo!


Esses dias, comecei a entrar na onda da solidão. Reclamar, resmungar, desacreditar... caí. Mas, durante a queda, pedia forças ao Pai, e que eu dependia Dele. Eu não tinha como negar, nem fingir que estava triste e descrente. Me achando o Ó... Orei, com toda dor e toda fé, de que eu não conseguia encontrar minhas forças (pela razão que fosse, não conseguia) e Ele me ouviu. Abriu a porta de minha casa e a encheu de amor! Meu lar foi "invadido" e preenchido com Sua presença e eis que surgiu a força! Muitas vezes, a força que precisamos não vem dos nossos braços. Para recarregar nossa bateria, para encher nosso tanque,a carga e o combustível são um só: o poder do amor divino! Sem Ele tudo é vazio. Li o que precisava ler (ainda que não fosse o que queria, sabia que era o que precisava aprender). Senti muito mais do que achava que merecia. Para Deus a gente merece muito. E eu recebi muito: muito amor, carinho e atenção.


Obrigada, Pai, muito obrigada! Por isso, aqui estou agradecendo, e pedindo por cada um que ler este texto!


Obrigada por me responder: "EU ESTOU AQUI!!! SEMPRE!" Posso não ter escutado nenhuma voz, nem ter visto nenhuma luz do céu, mas, não importa, Ele se fez presente como sempre se fez e sempre se faz: através do amor e da verdade!


Pensar para frente, porque, com certeza, todo amanhã é um novo dia. Todo amanhã é um NOVO HOJE. E todo hoje, é dia de viver!


A DOR SÓ DÓI ENQUANTO ESTÁ DOENDO, DEPOIS, PASSA! PASSA SIM!


Pat Lins - agradecendo por levantar depois da queda!

domingo, 2 de novembro de 2008

PRECE

Tenho me deixado levar por tristezas, angústias e sentimentos de raiva e descrença; enquanto, tudo o que quero é me entregar nos braços de Deus e viver o bem...


Acreditar e resistir é muito difícil, principalmente por viver cansada físico e mentalmente. Viver numa prisão mental é muito pior do que uma com celas... estas, um dia podem se abrir... e você se livra. E a mental?


Engraçado é que continuo com as chaves nas mãos, mas, não tenho o menor estímulo para sair de casa. Me obrigo em muitos casos, por querer achar que posso ver gente e ser feliz, mas, depois volta tudo de novo. Tenho a sensação que vivo em círculo. E o pior é ser tachada de "doida", de "mimada", de tanta coisa. Talvez seja todas essas coisas, e daí?! E se eu for, alguém que me critica, tem alguma solução para minha vida? E para a própria. Estou cercada de muita gente boa, mas, tão hipócritas como qualquer outro ser humano. Com defeitos e dificuldades diferentes das minhas, mas, que também não sabem lidar. Porém, sabem as minhas apontar com muita precisão. Como já falei antes, eu admito minhas falhas, um dia tomo vergonha e modifico de verdade. E quem não admite, faz o quê? Acho que estou fugindo um pouco de admitir a minha, só para lembrar que eu não sou a única... coisa de orgulho ferido. Nada saudável.


Deus, venho através dessas palavras pedir SEU SOCORRO, SENHOR!


Que cada pessoa que ler esse texto, pare uns segundos e faça uma oração para: as pessoas que você ama; para os atormentados; para quem já te fez algum mal; para você mesmo; para agradecer a Deus e pedir perdão pelas falhas; para pedir forças para você e todos os seus para viverem cada dia em busca de sempre melhorarem; pedir luz e orientação sempre; pedir que Ele nos ensine a aceitar cada dificuldade e que alimente as nossas esperanças; que as desigualdades diminuam, até acabar; que as discriminações acabem;que o amor vença sempre e que o BEM PREVALEÇA!


Peço-Te, Pai, para me educar. Assim como um filho que mesmo sabendo que o pai e a mãe estão ali, ainda assim, precisam sentir o seu abraço, peço que o Senhor me abrace e me envolva com sua paz e com muita força!!!


Faço deste post uma prece para mim, para você que lê, para você que está lendo, para você que tenta atrapalhar sempre criticando, influenciando... peço, acima de tudo, por quem está sempre ao nosso redor, nos amparando sempre e nos amando.
Envolve-nos Senhor, com a força do Seu nome. Guia-nos ó Pai, pelo caminho da sabedoria, do bem e do conhecimento.


Perdão, meu Pai e obrigada, por me escutar! Socrre-nos ó Pai, seus filhos que precisam de orientação e apoio. Peço forças para resolver, principalmemte as coisas mais simples do dia-a-dia e eu não consigo! Peço amparo, Pai!


Amém!!!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

FÉ X DÚVIDAS

Desejo do fundo do meu coração, que eu consiga chegar ao ponto onde a minha FÉ seja maior que as minhas dúvidas e minhas fraquezas!!!


Estou em busca, orando, refletindo, pedindo forças e lembrando que: "ainda se vier, noites traiçoeiras, se a cruz pesada for, Cristo estará 'comigo'..."


É isso, para a fé ser verdadeira, deve ser posta em prática, na teoria, tudo é muito fácil. É na prática que podemos sentir o quanto pouco "executamos" a fé. A fé verdadeira, não aquela "fé induzida", em querer acreditar nos próprios planos e nada mais.


That´s all!!! Não estou muito afim de escrever hoje. Tenho andado em momento de praticante da fé, porque, te digo, se não fosse a fé e a esperança, crendo que TUDO PASSA,e que A DOR SÓ DÓI ENQUNTO ESTÁ DOENDO, DEPOIS PASSA, e orando muito, eu nem sei o que seria de mim. Gente, quem me vê sorrindo nem percebe o quanto vivo e sobrevivo da esperança. Preciso muito me enxergar... pouco tenho me visto de fato. Estou comigo todos os dias e nunca me vejo, nunca me olho... anseio pelo momento em que escrverei aqui muita coisa legal. Mas, a mensagem de esperança é essa: continuar a acreditando. Apesar de tudo, estou bem. Só não imaginava que sofreria tanto por viver privações financeiras tão sérias e nunca imaginei ficar tanto tempo desempergada... espero que ninguém esqueça do tamanho de minha competência e do meu comprometimento profissional em tudo o que já fiz!


Hoje, vejo que sou igual a todo mundo. Acreditava estar acima do material, mas, eu estou material, né?! Como vou sobreviver de outra maneira? Se não fosse tão "urbanóide", me mudaria para o meio do mato - risos. Vixe, mundo poluído! Esse conflito é que me mata: DINHEIRO. Tudo é dinheiro? Talvez essa seja a minha lição... Ah, esse post tá muito chato, porque estou controlando para não desabafar de verdade, mas, colocar um pouco para fora, só para não morre sufocada... tô minimizando muito o que estou sentindo, mas,já está desafogando um pouco... engraçada a sensação de que estou, realmente, conversando com alguém. E estou, comigo e com você, que, por algum motivo está lendo este blog.


Eu sei que existe força dentro de mim para a hora da virada! Preciso relembrar: estou reconstruindo minha base. Ela precisa estar bem sólida, para isso, haja "prova". Precisa ser exposta a chuva, ventos, fogo, ao sol... e todos os efeitos externos e internos que se possa viver... eu tô aí, tô aqui. Paralisada, mas, ainda ávida... com o "álibi de ter nascido ávido e convivido inválido..."


Tá bom, deixa lá, senão, posso falar demais, aí, ninguém vai querer ler... - risos - de tão confuso e sem nexo que vai ficar... quanta dúvida, quanto conflito interno. Mas, ainda terei a oportunidade de sair dessa e mais forte, mais firme! Muito mais competente e capaz! Só preciso da oportunidade para criar a minha oportunidade! O próximo post, prometo passar alguma mensagem de verdadeira fé e força! Agora foi só um desabafo, para eu poder recarregar minha bateria. Mas, quem estiver como eu, não desanime. Vamos lá, ainda vamos superar.


Deixe-me ir. Agora que "falei" um pouquinho, vou orar mais um pouco. E tentar dormir, porque, como já falei, meus dias são assim: uma eternidade para o dia passar e a noite, parece levar apenas 10 minutos. Já, já tem gente lá: "mamãe, 'acodar'. 'acodou'!!!" e me beijando, me puxando e falando em eu ouvido - risos. Eu não canso de ser mãe, canso é de não ser eu também, eu canso é de ser só mãe... eu é que preciso me organizar e criar um ser que possa olhar meu filho para eu ter tempo para fazer uma atividade física, ler, voltar a estudar (queria fazer outra pós ou outra graduação... o mestrado fica para depois...), voltar a ser gente para poder ser uma mãe melhor... uma pessoa melhor...


Ai, já falei que ia "calar minha boca", e estou aqui tagarelando... só entrei para falar: que eu consiga chegar ao ponto onde a minha FÉ seja maior que as minhas dúvidas e minhas fraquezas!!!


Então, fui! Depois eu volto. Um beijo e muita paz, amor e VERDADE! Tudo por um mundo melhor!
Pat Lins

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

EXCESSO DE AMOR E FALTA DE ÓDIO!

Acho que já falei que, muitas vezes, vêm frases prontinhas em minha mente.



Antes, eu não escrevia, deixava passar... anotava umas em "papel de pão"... perdia outras... algumas já publiquei aqui, dentro dos textos, ou como simples frases.



Aqui, vai mais uma:



Todo excesso é sobra.


Toda falta é ausência!


Excesso de ódio e

falta de amor,

deveriam seguir a ordem inversa da frase,

daí, teríamos:


EXCESSO DE AMOR E FALTA DE ÓDIO!


Aí, pode: sobrar amor e faltar ódio!!!


Pat Lins

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