Do mesmo jeito que uma criança começa a andar,devemos conduzir a vida.
Essa correria desenfreada que acomete "nossas vidas" (se é que pode-se chamar isso de vida...) faz com que esqueçamos o princípio básico de quem somos, para onde vamos e o que queremos. Fere toda tentativa de se querer ser quem se é. Faz com que nos afastemos de nós mesmos e depois de um tempo, nos faz deparar com alguém que nem conhecemos e que nos apresentamos como: eu.
Encaramos vários e diversos personagens para agradar um, outros para agradar outros... finalmente, queremos agradar a quem?
Bom, minha vida puxou o freio de mão há pouco mais de dois anos ( e isso, ela já vinha tentando a muito tempo... mas, eu na correria, dizia: depois gente se fala vida. Temos uma vida toda pela frente, né?! risos) e se impôs. É! Ela se impôs com todo vigor que uma vida de verdade deve se impor. E me perguntou: é tudo ou nada? (TUDO = verdade, viver a vida em verdade, como Deus nos criou X NADA = isso aí, lá fora, que acontece com todo mundo e achamos "normal" e ainda há quem tenha a ousadia de chamar de "vida"...).
Lógico que senti as dores. Lutei, para aceitar o TUDO, já que o NADA me parecia tão completo (completamente VAZIO, cheio de NADA). Ainda luto, por conta do costume (ou mau costume). Mas, decidi encarar.
Resmunguei: é isso? Ficar desempregada? Cuidando do meu filho 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem férias, folga ou feriado? Viver restrições financeiras? Aguentar pessoas me torrando e julgando fracassada?
A vida, com toda sua soberana calma e paciência me disse: o que te falta? Você tem fome? Sede? Passa frio? Calor? Te faltam família e amigos? Te falta AMOR?
Caí na real. Caí em mim. Não é o fim do mundo. Meu filho veio porque eu o chamei, portanto, minha inteira responsabilidade. Reclamar porquê? Ele é lindo, alegre e encantador, me completa e me ama com uma verdade tão pura e inocente. Essas pessoas, se me "torram", é porque devem ter muito tempo vago, né?! Tempo esse que poderiam estar aplicando em sua busca de boa conduta moral e se permitir crescer. Ora, se julga tanto, colocando-se no pedastal de superioridade, é porque não evoluiu, continua se achando "rei leão" ou "rainha leoa", a depender do gênero, né?! Bom, que seja leão ou leoa, é bicho, animal selvagem na pele de humano, ou seja, não pensa... Uma pessoa humana, de bem, não perde tempo julgando. Imprime tempo se doando, ajudando, colaborando, apoiando...andando em parceria.
FRACASSO? Onde? Em mudar estilo de vida? Como pode? Sonhei com minha profissão, me graduei, pós graduei... estudei tanto para ver que na prática, não era a minha praia... Arrependida? Eu? Não. Feliz em perceber que a vida me deu a oportunidade de acreditar em outro sonho para viver. Ou, em uma vida para sonhar. Fora que ela me disse que tudo PASSA. Toda fase de reajuste, precisa de um desajuste para ajustar.
Comecei a responder suas perguntas, em princípio, tão ingênuas... mas, ao responder, tão profundas. VALORES. Era isso que a vida queria me dizer: te falta algo que realmente importe? Sim, ainda falta muita coisa, respondi, mas ei de conseguir chegar lá. Mas, diante dos fatos necessários, tenho tudo: amor, lar, família, amigos, comida, bebida, roupa, lençol... o básico. Mas, tudo não parte do básico? Estou partindo, em partida para um mundo novo.
A correria lá fora existe, mas, eu vou andando. Na hora que eu precisar de fôlego, terei. A correria quer que vivamos de imagem. E olha, quando a imagem começa a ceder lugar para a realidade... hummmm, tanto banco falindo, crise mundial...você, tchau! Sobreviver a quê? Quando esse tudo lá é destruído, o que sobra para você?
Vamos pensar em nossas atitudes. Não precisamos deixar de trabalhar, comprar, investir... mas, só precisamos colocar isso no plano certo. Em primeiro plano o básico, o principal, e depois, o depois, o porvir. Tem gente que passa uma vida inteira para o trabalho, e depois se pergunta? Vive para trabalhar ou trabalhei para viver? Junta tanto, investe em imóveis... e para quê? Para quem? Quem tem filho, diz que juntou por e para eles... será?! De fato, há uma preocupação dos pais querer dar o melhor para os filhos, mas, a que preço? "A você fala isso hoje, amanhã, quando eu morrer, vai estar usufruindo do que deixei..." E aí?! Não já sabe que será assim mesmo?! Precisa então, abrir mão de uma vida em família, para "deixar um patrimônio" para essa família e reclamar que depois não sabe como a família vai usufruir? Aí, aparece a verdade, por trás da "verdade", você juntou para quem? Muitos constroem para si próprios e se camuflam com o discurso demagógico de que vai deixar para os filhos. Meu pai, não tem muito o que deixar, nem a gente quer que deixe, quero mais é que ele viva muiiiitttooo para usufruir o que construiu com esforço e trabalho,mas, nunca deixou de nos curtir. Sabe essas festinhas chatas de escola? Reunião de pais e mestres? Ele e minha mãe sempre iam, juntos. Médico, ele estava lá. Trocar fraldas? Minha mãe disse que ele ajudava...se precisar ele até troca de meu filho, mas, se alguém fizer, ele agradece - risos. Pagou minha escola, minha faculdade, os cursos que quis. Nunca me cobrou nada além de minha satisfação. Trabalhou anos de "turno", o que torna a vida estressante e nessa correria, mas, nós éramos o primeiro plano. Essa é a diferença que a vida me chamou atenção.
Para isso é simples: comece estabelecendo a verdadeira prioridade: você e sua família. Depois, manter materialmente. Assim, tudo será grande em sua vida.
Com pequenas atitudes, a gente pode viver nesse mesmo mundo, como deve ser, de maneira mais proveitosa. E com uma finalidade mais bem delineada.
PEQUENAS ATITUDES PODEM DESENCADEAR GRANDES TRANSFORMAÇÕES!!!
(Pat Lins)
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