Li uma frase interessantíssima essa semana:
"o medo está mais na mente do que na realidade..."
E não me refiro ao medo de cachorro, medo de cobra, medo de lugares fechados, apenas...me refiro, também, ao meu de ousar. De ser quem de fato se é. De viver o que se quiser. De viver o simples...
Me refiro ao medo de se permitir amar e ser amado. Medo de viver as emoções e tentar esquivar-se constantemente delas, como se fosse algo pernicioso... o medo de "não ter razão". Bobagem! Por mais racional que alguém seja a emoção está lá. Se se orgulha de ser o "frio", o "retado", "eu resolvo tudo. controlo minha vida"... uma forte marca emocional, percebe? Orgulho e vaidade. Então, porque não viver as "BOAS" emoções. Aquelas que acalmam, que dão paz, que partem da paz interna. Aquelas emoções que unem, em vez de separar? Porque passar a vida inteira temendo? Temendo ser taxado de quê? Por quem?
Medo de arriscar. Medo de se entregar a vida de verdade. Será que vivendo a mentira, também não se depara com o medo? Ora, se não quer que percebam em você alguma característica, porque pressupõe ser taxado de algum termo pejorativo..., esconde-se no medo de ser si próprio e carrega, então, o medo constante de ser "descoberto"; fora o medo de não dar certo...
Então, doar-se para alguém que ama; viver uma relação fiel e leal; dedicar-se a amar seu (a) companheiro (a); demonstrar amor e afeto para seu filho; ser um pouco gentil. Em outras palavras: ser humano. Isso mete medo? A quem? Por quê? Destrói o quê?
Medo de perder o emprego. Hoje em dia, vivemos a "Era do medo". Medo de "perder" o que "construiu"... Tem gente que teme tanto, que acaba atraindo o que tanto teme... Num sentido bem chulo: medo de cachorro (eu tenho desde criança) libera adrenalina e atrai mais do que repele... Num sentido mais amplo: tem gente que teme tanto perder o emprego, vive tão tenso, que acaba sendo o primeiro da lista, num momento de corte... e aí?! O medo protegeu? O medo em excesso não protege, ele limita, ele trava. Medo de não demonstrar amor... se fecha tanto, com medo de demonstrar, e achar que "ficará vulnerável", ou sei lá o quê, que acaba não cultivando a troca de carinho, ternura e afeto que irrigam uma relação e daí, só se vive os problemas... De repente, a outra parte se cansa e decide romper com seu medo, também, e decide viver a vida e tchau! Adiantou? Conheço inúmeros casos assim. São mais comuns do que se pensa. Hello! Diga "eu te amo!". Quando eu rompi meu medo de "ser vulnerável" conheci o "homem de minha vida" e me permiti viver esse amor. Claro que existem divergências de pensamentos, de idéias, de um monte de coisa, mas, quando não se tem medo de investir na relação, isso é apenas algo que acontece com dois seres humanos, criados e crescidos em ambientes diferentes, cada um com uma história de vida: individualidade. Dois indivíduos. Duas cabeças. Duas mentes... mas, a falta de medo, faz com que a gente viva a outra parte que fortalece, que irriga, que faz brotar a vontade de superar as diferenças e viver o que há de comum, senão, para quê ficar junto? Para viver "dando murro em ponta de faca?"
Por que viver escravo do medo é tão "fácil"? Fechar-se em seu mundinho, que só você acredita ser O Mundo... quando ao seu redor, existe O Mundo real e de fato, fora de sua mente. Um mundo real! A realidade!!!
Liberte-se! É muito mais fácil viver sendo quem se é. Se alguém "pisa na bola", te usa, no máximo você foi uma vítima. O erro foi de quem aprontou. Se foi "traído" (a), você pode ter contribuído com tanto medo de demonstrar afeto, que causou (o que, em minha cabeça, pode explicar, mas, não justifica...). O medo de ser "corno" atrai, viu?! E aí? Vai querer destruir o mundo! Ou não, foi "traído (a)" por medo do "traidor", numa necessidade de "auto-afirmar-se" e mostrar que "pode"... Bom, pode o quê, eu não sei. Sempre tive uma coisa muito clara em minha vida, nesse caso, em específico, em meus envolvimentos "amorosos", que se me colocassem um par de chifre, simples: terminava, porque, provavelmente, a relação não estava boa. Dói, viu?! Um parzinho de chifre bem colocado dói sim, porque não esperava isso dele... mas, de quem foi a culpa? Sendo assim, coloquei-me no meu papel de vítima e toquei minha vida. Nem por isso me fechei nesse medo. Esse, realmente, não entra em minha cabeça...
O medo carrega uma carga de tristeza muito grande. Perceba. Viver privado de ir além, podendo e tendo liberdade para ir...
Venho refletindo meus medos e já tenho mudado pequenas coisas (começa assim,aos poucos. Não vá querer fazer mudança brusca, pelo amor de Deus. Vá alterando sua rotina aos poucos...), como por exemplo, descer para a piscina com meu filho. Creia, eu estava com "medo" de alguém me criticar, por estar tão fora de forma... daí, percebi que o "medo" me impedia de sair de casa, de curtir uma vida que só diz respeito a mim. Se alguém se deu o trabalho de falar, problema (para a pessoa, não para mim - risos)! Olhou e viu porque tem olho e enxerga, então, agradeça a Deus! Chega de temer críticas.
Olha, muita gente, inclusive eu, teme crítica, porque critica muito, e tem "medo" do troco! Solução: libertar-se de falsos valores! Valores que não te levam a lugar algum!
Agora, não vá sair de peito aberto, à noite, cheio de bolsa, celular, carteira... libertar-se do medo que aprisiona é uma coisa, mas, manter o medo, sinônimo de prudência e cautela, convenhamos, é outra história... sabe aquela ditado: "tenha fé em Deus, mas tranque a porta de casa"? Pois é!
Pensar demais paralisa, mas, pensar pouco, é impulso, é primitivo... e algumas vezes, descaso. O medo é criado por nossa mente, através de valores e situações que vivenciamos de alguma forma, portanto, libertar-se dele é sobrevivência! Melhor, é vida! Pense grande!
Minha avó sempre fala que "medo é falta de fé". Quando a gente crê em algo superior, o medo diminui. Mas, tranque a porta... Cuidado que o excesso de fé pode se tornar um perigo! Você pode se colocar num patamar muito superior e a fé exige prática constante. Superior, só Deus! Cuidado com o ego inflamado, ele é diferente de fé. A super valorização não é perfeição, é, simplesmente, medo prévio de não ser "reconhecido", então, auto-valoriza-se em excesso. Daí, perde o ponto de equilíbrio, cai e ainda chora. Essa ocupação prévia (preocupação) pode desencadear medos terríveis, talvez os piores e mais destrutivos. Tudo criado pela mente. Quando algo tem solução, melhor empenhar-se em resolver, do que temer que piore. Quando não depende de você a solução, exercite a virtude da paciência, da calma e da crença... respeite o tempo. Não resolvendo, as vezes a solução seja mudar de rumo, de estratégia, de investimento...
Tudo na vida é questão de ponderar, equilibrar. "Tudo em excesso é sobra. Toda falta é ausência..." (Pat Lins - EXCESSO DE AMOR E FALTA DE ÓDIO! post do dia 27/10/2008). A maioria das soluções e as melhores, partem de princípios simples e tão básicos. A mania de querer enaltecer e carregar demais nas tintas tira a beleza das coisas, esconde a verdade, e muitas vezes, a solução de fato. Toda beleza é sóbria, serena, simples. Se tem dificuldade, é sinal de que tem algo errado. É o princípio da impedância. Uma força de resistência. Uma proteção.
Prudência é importante, é o tipo de "medo aliado" ou "medo do bem" (como eu costumo dizer). O medo que freia e alerta, pode salvar. Mas, o medo que impede e repele, pode destruir muita coisa... principalmente uma relação.
E você, tem medo de quê? Será que tem um pouco de verdade no que escrevi? No que penso? Pois é, mas, eu não tenho medo de expressar, de me mostrar. Essa sou eu. Assim que penso e conduzo minha vida. Um pouco de mim, em cada post. Um pouco de medo de não ser bem compreendida. Também tenho muitos medos para superar. Mas, a vida é isso, caminhada. O medo pode nos privar de escutar as vaias, mas, também, os aplausos. Tudo depende de uma conduta, de uma dedicação. Errar por ter tentado faz parte. Não tentar para não errar é privação. É medo!
(Pat Lins)
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