terça-feira, 30 de agosto de 2011

POEMA DO REFRIGÉRIO DA ALMA

O que minha alma grita, meu coração não condena. 
Então, ele acena, como a luz de um farol, referência no breu. 
E minha alma parte em disparada! 
Porém, cansada e descompensada, para para descansar.
O cansaço ilude e o tempo engana... pensa ter desfalecido...
Apenas parece ter sido.
Nasce o sol, outro dia... cadê o farol para guiar? 
Não estou perdida, o sol é guia, vida e renovação. 
Siga seus raios, sempre naquela direção, que parte do céu e entra em cada cécula, circula em cada veia, liberta cada artéria, faz pulsar o coração.
Minha alma se refrigera, no calor da certeza de que a luz há de imperar. 
Da vida surge a vida. 
Nova vida prestes a começar! 
Nascer de novo é começar um novo dia e saber que no outro, muito mais a começar. 
Fiat Lux!
Ordeno a meu breu:
Suma e se acenda EU! 
 Pat Lins.

domingo, 28 de agosto de 2011

A VERDADEIRA AMIZADE SUPORTA UMA VERDADE!

Eu não entendo porquê quando a gente se desentende de alguma maneira com alguém - normalmente, acreditamos que só a pessoa causou a situação e nós somos vítmas inocentes... - a gente acumula e alimenta a cada dia e a cada situação mínima uma raiva que, como uma bola de neve, só aumenta e perdemos o foco do real. 

Será que perdoar é tão mais difícil do que acumular dor e ver sempre um inimigo a espreita?Isso me incomoda. 

Às vezes, por dentro de um contexto qualquer, dentro de alguma explosão - que nem sempre e causada pela pessoa que detona a bomba - a gente descarrega tudo ali, naquela pessoa. Ou, somos os detonadores e descarregam na gente. Isso é a todo instante. 

Uma amiga me disse, certa vez, em meio a uma conversa daquela quentes, emocionantes, onde a sinceridade é imperativa - eu sempre me permito vivenciar isso com meus amigos: deles para mim e vice-versa - ela me perguntou: "Pat, eu aprofundei essa conversa de propósito, para que pudéssemos firmar ainda mais nossos laços através da verdade. É bom conversarmos, sempre é muito bom! Normalmente, nossas conversas são bem humoradas, mas, hoje, precisava esclarecer alguns pontos e, para minha surpresa, divergimos muito na maneira de pensar. Isso é maravilhoso, porque por mais que conheçamos uma pessoa, nunca conhecemos totalmente, nem a nós mesmos... O melhor de tudo é que você é a única amiga que sustenta uma discussão como deve ser, para se chegar a um consenso, mesmo que por impulso humanos a gente eleve a voz. É por isso que me sinto sempre à vontade com você. Não temos melindres e por isso nossa amizade é firme. (...) Toda amizade precisa suportar uma verdade..." E essa lição ficou. Nunca havia observado que uma amizade verdadeira passa por entraves, sim, mas, suporta uma verdade, nem que seja a verdade do outro. Isso é maturidade. 

Em amizades mais fracas, perdi algumas, por, hoje vejo, bobagens: fofocas, situações de estresse... Tanta coisa interfere em tudo a todo instante. Será que vale perder um amigo de verdade por UMA situação pontual? 

Assim como qualquer relação, resolver e ver o que salva com honestidade e maturidade é tão difícil, assim? Não sou perfeita, também já perdi alguns amigos e relacionamentos... Tudo é aprendizado. 

Hoje, só discuto com amigos. Porque discussão não é briga, nem para ser polêmica, é troca com objetivo de se esclarecer, não convencer. Se os pontos de vista ficarem claros, a mensagem foi transmitida eficientemente. Senão, refazer. Não perco mais meu tempo batendo boca ou guardando raiva de mais ninguém... Inclusive as raivas já instaladas estão sendo devidamente acarinhadas para se dissiparem.

A gente cresce a todo instante. E essa de decepção é para quem não tem muito o que fazer e tem tempo para perder com coisa pequena. Maturidade requer esforço de compreender, aceitar e respeitar. Depois, seguir em frente. E seguir em frente é seguir em frente, não andar para trás, atrelado a um passado que já foi e fechado para a construção do novo.

A decepção é algo muito mais pessoal e subjetivo. O outro é quem ele é. Durante muito tempo eu jogava a culpa das brigas com meu marido nele: "ele é uma criança", "um imaturo!", etc. Crescer dentro da relação foi minha escolha e tem dado certo. Pensei em separar e essa mesma amiga me diss: "evite tomar decisões em meio à crise." E foi um dos melhores conselhos que tive. A gente cresce muito quando se esforça para crescer e superar os desafios que a vida nos dá.

Então, que todos saibamos crescer dentro das crises, porque, se não for assim, a crise não passa! Saibamos suportar verdades, mesmo que para nós não encaixe e não faça sentido, mas, se fez para a pessoa, deixa. "As pessoas podem pensar o que quiserem da gente. A gente é que não pode se identificar com isso." Mas, aproveitemos para nos avaliar: "eu posso não ser assim, mas, por que fulano viu isso em mim?". Sem neurose ou mania de perseguição. Crescer começa agora! Por que o verbo é ser, o lugar é aqui e o tempo, agora! Vamos deixar portas e janelas abertas para recomeços! Não é preciso manter uma relação, se não existe mais a tal da química... talvez, não fosse para ser, mas, ao menos, tenhamos maturidade para evitar malestar e olhares de esquiva... Vamos afastar o germe que separa, afastemos as durezas da alma. É tão bom ser cordial honestamente. É tão bom ser livre... Não se iluda, esses entraves são verdaeiras prisões... Só e somente só o esclarecimento irá libertar. Assim, até o afastamento acontece naturalmente. E, como tudo que é natural, sem dor, sem sofrimento e sem angústia.

Beijoosss,

Pat Lins.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

VELOCIDADE DO MUNDO E A FALTA DE PACIÊNCIA

“Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas” (Mateus 10:16)

Se a gente acha que o mundo, as pessoas, tudo ao nosso redor está mais lento do que a gente, é bom dar uma parada, analisar e ver o que está de ERRADO COM A GENTE!

Essa onda de praticidade em confusão com a aceleração faz com que uma pessoa agitada - quem está em equilíbrio não é nem acelerado/agitado, nem lerdo/parado, segue num ritmo, em harmonia - acredite que está sendo pró-ativo e fazendo acontecer. Quando, em verdade, está estressando  - a si e ao outro - sem perceber, afinal, argumentam que nunca cansam, mas, a falta de paciência e respeito ao ritmo do outro é sinal de quê? De que a mente está pedindo para que se diminua essa agitação e se entre num ritmo, afinal, nenhuma agitação é ritmada, pelo contrário, é desritmada, está acima do ritmo natural que deveria seguir. Será que essas pessoas conseguem ver isso? 

Praticidade é colocar em prática o que está em teoria, não agitação, aceleração ou "excessividade" em querer fazer as coisas. Cuidado, isso pode ser um alerta para os "tapa buracos". 

O contrário também requer atenção: pessoas que acham que está tudo passando muito rápido, que o mundo gira mais rápido que ela... pode ser preguiça e não paciência. A idéia é fazer um alerta a não deturpação do significado das palavras para justificar nossas falhas. O ideal é que nos enxerguemos e, daí, nos trabalhemos. Lembrando que nada se dá de uma hora para outra e que essa falta de ritmo - para mais ou para menos - não se ajustará como um clique num interruptor. 

O legal é acordarmos para nós mesmos, em vez de passarmos o tempo observando o outro e esquecendo da gente. E falo ACORDARMOS no sentido de lembrar que nosso objeto de estudo, mesmo que em comparação com o outro, somos nós mesmos! Olhar o que o outro faz, que seja meramente para se saber lidar com a pessoa, levando-se em consideração o respeito, mesmo que no início sejam criados alguns embates, à medida que se continua caminhando, se avaliando, o foco volta. Se o outro ainda insiste em invadir seu espaço, mantenha seu foco e proteja-se - não é proteger no sentido de se sentir atacado, mas, defender o seu espaço afirmando e reafirmando para si que aquilo não precisa te tirar do seu eixo. Bom... em meu caso, que me proponho esse lema de me melhorar como pessoa, de me libertar dessa normose imperativa, não faço essa defesa com paz... ainda permito que me tirem - aliás, eu ainda me permito sair - do eixo. Depois de verificar que eu ainda obseravava e critico mais o outro, vi ali meu "calcanhar de Aquiles", ainda fujo do foco: que sou eu! Meu foco sou eu. Não para me punir, mas, para me redimir, corrigir minhas falhas. E isso não é fraqueza, nem força, apenas é uma coisa que precisa ser vista, revista, avaliada, reavaliada... reformada, alterada, ajustada... corrigida! Se detectamos um problema, precisamos resolver. Isso é redenção: nçao se culpar, nem se punir, nem se prender ao perdão apenas... É se consertar! No melhor dos significados.

Eu tenho uma preocuapação excessiva em deixar tudo muito claro, principalmente, com  relação ao que quero dizer como estou dizendo, para evitar detrupação do que escrevo. Mas, aos poucos, vou mudando o foco e relembrando que escrevo meus pensamentos e que só fará real sentido para mim. Para quem ler, terá um outro sentido. A gente se baseia em nosso caminho, óbvio, e cada um tem o seu. Mas, uma coisa precisa ficar clara: nenhuma mudança é rápida. E, outra coisa importante: se não for colocada em prática, não é mudança! Se você se considera uma pessoa paciente e vive ansiosamente, sem preceber que está acelerado; que não ouve o que o outro fala; que invade o espaço do outro o tempo inteiro, e nem se dá conta, nem mesmo quando a pessoa fala: calma, você está invadindo meu espaço - ou algo que denote essa situação...; imponmdo sempre sua vontade, ainda que com voz carinhosa e baixa, mas, a falta de respeito e de equilíbrio é a mesma de quem fala brutamente... é bom dar uma revisada em si e tirar essa peneira tapando seu sol. Muitas vezes a gente age assim e ainda se dói. Sempre que invadirmos um espaço que não é nosso, haverá dor, haverá resistência... O auto-conhecimento requer muito mais do que dizer que "eu me conheço"... requer uma reeducação e uma formação de caráter incisiva, para que nos desapeguemos dessa couraça que nos domina e manipula através de uma deturpação do que deveria ser. 

O que deveria ser não o é! Observemos. Só incomoda aquilo que está foRa de lugar. Se houver ajuste e respeito de verdade, não há incômodo, há compreensão, clareza, ritmo, respeito, limite, equilibrio. De nada adianta fugir e se dizer ser o que não é... seja! Eu ainda não sou muita coisa, mas, algumas eu já consigo ver que falo uma cosia e faço outra... Me observo e me questiono como faço para corrigir essa falha. Vigilância! Nada de punição, nada de lamentação, nada de "eu só estou querendo te ajudar e você me trata desse jeito..."! Nada de jogar no outro ou exigir do outro algo que só ele pode fazer por si. Faça por você e só assim poderá se fazer em coerência um exemplo vivo para alguém que já tenha aceso o desejo de mudança, para transformá-lo em vontade de mudança!


Paz, minha gente! Muita paz! E a paz só é conquistada de dentro para fora... a guerra é interna! Tudo aquilo que estamos repletos é que é refletido para o externo! E isso serve para mim, também. Tudo que aqui coloco é o que me busco e me proponho. Paradas estratégicas fazem parte da caminhada. O repouso é necessário, afinal, somos humanos. Cuidado com os execessos: de trabalho, de reclamações, de peso, de ver demais a vida alheia, de aceleração, de vazio... os buracos quando aumentam ou são tapados com qualquer coisa, um dia, dilaceram tudo na gente e em nossas relações. Fiquemos atentos ao nosso grau de exigência com o outro, que nos leva a uma aceleração desritmada e nos leva a temer a crítica alheia, por já estarmos em posição de crítico. "A crítica é o maior germe da separatividade"! Crítica construtiva pode ser refeita e podemos fazer um alerta com bom senso...

Nos mantenhamos ATIVAMENTE CALMOS E CALMAMENTE ATIVOS! A paz é uma conquista diária e é individual!!! 


Como disse Morgana Gazel, em seu livro, ENSEADA DO SEGREDO: "fazer diferente exige mais que contradizer". E, esse livro é uma lição de moral que precisamos, para recuperar o humanismo e pararmos de julgar e condenar.

O tempo não é um canalha, na verdade, nós é que o somos... O tempo natural tem um ritmo próprio, como a natureza - tudo no tempo certo!

Pat Lins.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O QUE PENSAM DE MIM, NÃO SOU EU...

"Os outros podem pensar o que quiserem da gente; a gente é que não pode se identificar com isso!"

Escutei isso, hoje, de Hermínia, uma pessoa mais que especial em minha vida.

Refletindo.

Pat Lins.

COMO RESGATAR OS VERDAEIROS SIGNIFICADOS

Hoje em dia, confundimos tudo para burlar a verdade e vivermos acomodados ao vazio!

Bom, eu precisei aprender algumas diferenças e coloco aqui:

- PACIÊNCIA é muito diferente de preguiça;
- CALMA é diferente de lerdeza;
- FORÇA é muito diferente de agressividade;
- HUMILDADE é diferente de pobreza financeira/econômica;
- PERSITÊNCIA é diferente de teimosia e insistência;
- COMPAIXÃO é diferente de pena;
- GENEROSIDADE é diferente de dar suas roupas velhas e rasgadas;
- REDENÇÃO é muito mais que perdoar: é corrigir os erros;
- SABEDORIA é saber o quê as virtudes querem dizer e PRATICÁ-LAS!

Praticar as virtudes começa difícil, permanece assim por um bom tempo, até que, um dia, passa a fazer parte de sua vida. Eu ainda estou no começo, mas, permaneço! Se cada um começar, já é um bom começo!

Pat Lins.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

SE CAIU, LEVANTA


O grande problema da gente é que quando caímos, lá ficamos e achamos que merecemos tanto a queda que precisamos ficar ali para aprender algo... O que precisamos aprender é que cair faz parte... seguir, também!

Ser feliz começa a todo instante.

Detesto ficar marcada por alguma derrapada. Me questiono: será que só veem a queda? Ninguém é capaz de ver meu esforço para levantar e me redimir? Ninguém é capaz de levantar a mão para ajudar, sem esperar nada em troca?

Só porque tive alguns problemas, não quer dizer que eu viva só esses problemas. Alguns foram superados; novos chegaram; outrros estão indo... E assim vou vivendo: caindo e levantando, como qualquer pessoa que assume que está vivo e que quer ser uma pessoa melhor a cada dia. Melhor do que si próprio.

Só porque hoje estou sem paciência e perco o controle, não quer dizer que vivo descontrolada... Só porque A vida é uma luta e, enquanto muita gente finge constância no temperamento, eu assumo meus rompantes e os deixo ir, para me apaziguar de verdade.


Só porque caí não quer dizer que não posso levantar e ser feliz. Tem gente que me encontra e fala: "Você está ótima! Que bom!" E sei que é porque torce por mim e viu tudo que passei. Em contrapartida, alguns não entendem como é que alguém passa por tudo que passei e hoje está sorrindo e em busca da felicidade e age como se eu fosse apenas a pessoa que teve DPP... Será que é tão difícil ver uma pessoa como o todo, antes, durante, depois e agora? Sem criar expectativa, apenas aceitando que a pessoa não é só uma fase que está passando - passando! Nenhuma fase é eterna, ela é passageira! Hoje, estou gripada, mas, não sou a gripe... Dá para entender?

Como gostamos de marcar as pessoas pelo que ela viveu de ruim. Impressionante! Isso mostra o quanto nos fechamos para as coisas boas e vivemos emrgulhados no abismo do que é ruim. Olha a qualidade daquilo que busca para sua vida. O quê costuma ler? O quê costuma assistir? O quê costuma pensar? Como costuma agir?  Essas coisas que a gente deve questionar e mudar, quando obeservarmos a quantidade de coisas ruins que acumulamos no dia a dia e depois não entendemos porque tanta coisa ruim acontece. Um exemplo? Os telejornais. Os assistimos e acreditamos que estamos nos informando... Fora os programas locais aqui em Salvador que ainda são tidos como "mostram a nossa realidade..." Será?! Programas sem qualidade! 

O que queremos mesmo para as nossas vidas? Selecionemos o que vale a pena. Não me sinto nem um pouco "por fora" por não assistir essas tenebrosidades e, em meio as rodas de bate-papos, quando alguém fala: "Você viu aquilo em 'bocão'?" e eu respondo, com naturalidade: "não!" e a pessoa arregala o olho e diz: "você não assiste tv, não, é? Não se informa, não? A gente precisa ver essas coisas, porque é o que acontece em nosso dia a dia..." Eu apenas digo: "Se para você isso é 'se informar' e se faz parte do seu dia a dia, paciência. Eu não assisto e nem recomendo. Não me sinto desinformada, porque esse não é o tipo de informação que me acrescente nada de bom, portanto, não faz parte do meu dia a dia!"

Muita gente teme "ser diferente", "fazer diferente" e romper com essa onda de coisa imprestável que manipula e engessa as mentes e a nossa capacidade de questionar e melhorar. Por isso que é difícil compreender quando alguém cai e levanta. Essas pessoas limitadas acham que isso é piada, que a pessoa está fingindo e querendo "se mostrar" superior. Desconsiderando todo esforço que é para alguém sair do breu, da escuridão de uma queda. Ir em busca da luz é permitir que os olhos se reacostumem com a luz do sol para não cegar ou enlouquecer. São os anos na "caverna", do nosso querido e eterno Platão, onde nos acostuamos com nossas sombras e esquecemos que só a luz da verdade pode nos libertar. Mas, não é fácil: romper com a realidade do condicionamento ao escuro; romper com os desdéns de quem não quer sair dali e viver a verdade; acreditar e seguir, sabendo que para se sair é um passo de cada vez; ajudar alguém a seguir no caminho dessa luz... 

Bom, na falta do que falar e do medo de mudar, as pessoas taxam as outras de alienadas, loucas ou influenciáveis... Mas, quem fica, aterrado na ignorância, na mesmice da idiotice e do vazio, na normose diária do superficial acha que não, que eles é que são "os tais"! Afinal, estão sempre informados e antenados no que está acontecendo. E com a própria vida, o que faz? Muita gente não sabe o que quer dizer: superação. Talvez por temer sentir a dor de romper e desapegar com o que não acrescenta nada. Superar é saber que tem algo te segurando e puxando para baixo e dizer: "Não! Eu quero sair daqui!" E sair! Mesmo que saia se arrastando, sem forças para empreender nova caminhada de imediato, mas, sempre aparece alguém para ajudar. Ninguém precisa seguir sozinho. E é fácil ver se alguém vem nos ajudar ou nos empurrar para baixo. Não se fala em liberdade podando. Se há respeito. Se há clareza. Se há diálogo, não briga. Muita coisa dá para ver.A vida é isso: seguir, seguir, seguir!

Eu caio e levanto! Leve o tempo que levar, vou levantando, vou seguindo, vou andando, vou saindo de mãos dadas com alguém que acredite e busque a luz da verdade, sempre.

Ainda dentro da caverna, mas, caminhando para o lado da saída. Medo, só de ficar parada e perdida nesse breu. É possível mudar, sim, basta acreditar que ser feliz começa agora: acreditando, vendo, sentindo, seguindo!

Mania tacanha de pensarmos que tudo é impossível, só porque é difícil! Se caiu, levanta! Mania de viver apegado à queda! Deixa o que passou como lição do que não deve ser feito de novo. Corrige e se redime. Corrigindo, não há apego ao erro, há superação. Crescer requer esforço e muito. Não quero receber mérito ou ser avaliada por terceiros sobre minha "melhora", apenas quero me manter no caminho do crescimento e crescer. O verbo é "ser" e pronto. Estar, estamos na fase passageira - leve o tempo que levar - da transição. Dizem que todo mundo evoluirá, que isso é certo. Bom, não sigo meu caminho para ser melhor do que ninguém. Sigo para ser melhor do que minhas dificuldades e meus obstáculos! É isso que é difícil de aceitarem em mim. Alguns questionam: "você que se trabalha tanto, se avalia tanto, ainda comete erros?" Lógico! Todo ser humano erra! Qual o problema? O problema é permanecer no erro! Se caiu, levanta e olha bem para o que te derrubou para saber lidar com isso de uma próxima vez!

Sair da caverna não é fácil, mas, impossível, também não! Se não começar, como sair?

Pat Lins.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

"PAZ GUERREIRA" - TRECHOS PARA LEMBRAR E REFLETIR II

Faz tempo que tento organizar meu tempo para continuar com as passagens do livro "Paz Guerreira", que me chamaram mais atenção - aliás, se fosse deixar, acabaria copiando o livro inteiro, porque ele todo, do início ao fim é ótimo!

Agora, mais algumas reflexões para eu me lembrar:

"Um filhote de leão, mesmo sendo criado com gatos domésticos e entre as ovelhas, nunca perderá sua natureza de leão..."

"(...)A dúvida assolou Mulil, qual a vaga atinge o rochedo. Aparentemente não lhe faz estragos, mas cria frinchas na pedra, enfraquece paulatinamente a estrutura do sólido para em algum momento derrubá-lo..."

"(...) Sempre que estiver em dúvida sobre que caminho seguir, escolha o mais dificil."

"(...) não devemos colocar problemas onde eles ainda não existem."

"(...)
- Força? Não. O que Adaran tem não é força. Ele é vaidoso, e o vaidoso não tem força porque está sempre sozinho, ainda que compre apoios e companhia.
- Mas, se isso não é força, o que é força?
-  A força é virtude que compartilham todos os guerreiros de um clã, não é uma questão pessoal, mas sim um poder coletivo. Os antigos diziam que um homem sem cidade não é nada, pois carece de força para lutar como guerreiro. A força e o espírito que emanam da companhia vêm da união dos cavalheiros diante de um ideal superior. 
Dizendo isso, Ravi apanhou no chão um graveto e o entregou a Kadriel, mandando-o quebrá-lo. Kadriel o fez com facilidade. Então, Ravi juntou vários gravetos num feixe e mandou que Kadriel os quebrasse. Ele não conseguia, por mais força que empregasse.
- Por trás de cada graveto existe uma linha de força que os une e justifica, é como uma linha luminosa que se manifesta quando as partes descobrem que na realidade são unas em essência. Tudo no univreso está interligado e interconectado, o ser humano, quando desliza pelo aroma do mistério da união, encontra  a força que vem do ideal, e através da técnica o guerreiro é capaz de explorar com eficácia tudo o que a força do ideal lhe oferece. Espírito, força e técnica compõem as três armas do verdadeiro guerreiro."

"Da solidão do guerreiro nasce o silêncio, e do silêncio, qual véus que se abrem aos mistérios, surge o poder. O poder é a ponte entre o Ser e a existência. É o que abre as portas para a magia e para a vida. Por ser uno com o Ser, é puro. Por isso, o poder nunca pode corromper. Os homens, por perderem o canal do poder, é que se corrompem. Para um homem de poder, não existe o impossível, pois tem consciência  de sua unidade interior de sua própria imortalidade."

"Um líder é um canal do poder. (...) Um líder sempre toma a inciativa certa e sabe que rumo seguir. Sempre utiliza o elemento surpresa e com carisma garante êxito. O líder é como o Sol: quando surge, o caos e as sombras abrem espaço para a sua passagem."

"(...) Só quem tem o poder de vencer dentro poderá vencer fora."

"Discernimento é a arte de separar o que é do que não é!"

"(...) a paz só surge na terra quando há sabedoria. Mas no mundo em que vivia não reinavam os sábios. Então, seria necessário lutar pela sabedoria, lutar para alcançar a paz. E a maior luta deveria ser travada dentro de cada um, para vencer a ignorância, permitindo o surgimento da sabedoria. Não havia como se inspirar pela paz sem antes passar por essa guerra interior."

"...não há impossível!"

"O medo não pode nos paralisar! Senão não passaremos de presas nas garras do predador. A morte é a maior certeza de quem está vivo..."

"Caminhando derramamos nossas lágrimas, e caminhando as enxugamos."

"(...) Serás justo e injusto. Muitas vezes, a justiça soará como injustiça para os ouvidos ignorantes. Amarás e odiarás. Só um Rei, ou um Príncipe, pode abarcar os extremos do sentimento dentro de uma só alma. Compreenderás e não serás compreendido. Tal como um bom médico que para salvar a vida do doente não deverá ouvir seus queixumes, deverás cruzar a linha da sensatez por um bem maior. A solidão será tua maior companheira e só será suportada se encontrares em ti fibra do silêncio. No pináculo da solidão e do silêncio se encontra o poder, ponto de comunhão de todos os reis de todos os tempos. (...) Abre mão de sua própria vida para encontrar a vida própria do conjunto..."

"(...) Nada, para o cavalheiro, é comum. O homem comum pensa antes em si do que nos outros, enquanto o cavalheiro pensa antes nos outros e nada em si. O homem comum perde-se nas culpas e arrependimentos do passado e desespera-se ante as incertezas do futuro, esquecendo-se de estar presente naquilo que está fazendo. O cavalheiro só vive o momento presente, pois sabe que tudo mais é ilusão. (...)"

"(...) há momento para lutar e momento para não lutar!"

"(...) Para a mente, a dor é não ser compreendido. (...)"

"(...) Um filósofo, geralmente, não teme a morte, pois sabe que ela não é o fim de nada. Mas pode temer o que faz da sua vida. O que você chama coragem não passa de temeridade! (...) Muitas vezes aqueles que dizem não temer a morte e por isso se lançam em sua direção, o fazem por medo da vida. É fácil deixar a vida alegando que o faz por uma bandeira, mas isso tem pouco ou nenhum valor..."

"(...) coragem não é se lançar contra tudo e contra todos, nada temendo. Coragem é aprender a saber o que temer e o que não temer. Coragem é agir pode dever, não se deixando levar por baixos instintos, por tendências, por hábitos, por coisas que o impeçam de agir por dever. (...) Como saber a diferença entre agir com coragem, por dever, e agir por instinto? Simples: através da razão. A coragem não é ditada pelo ímpeto, pela loucura, mas sim pela razão, pelo discernimento do que temer e do que não temer. O homem corajoso não permite que sua razão seja obnubilada, que perca o discernimento, quando a situação é adversa. Dor, medo, desejo, prazer e outras sensações do corpo são instintivas e podem obscurecer o julgamento do homem. A coragem é colocar a razão acima desses elementos, não permitindo que tomem conta da sua mente e ditem seu comportamento. (...)"

"O instinto leva a uma reação e não a uma ação inteligente."

"A determinação é uma questão tática que canaliza a energia e a iniciativa para a mesma direção, gerando movimentos positivos que permitem ver soluções de forma inteligente. (...)"

O livro ainda tem muitas lições preciosas...



terça-feira, 16 de agosto de 2011

NEM TODA LOUCURA É BURRA, MAS, TODA BURRICE É INSANA! - Pat Lins.

Não consigo entender porquê as pessoas creditam a outra que quer mudar e se tornar algo melhor como alguém que é frustrado e quer desafiar o mundo para se sentir melhor...

Não desconsidero que muitas pessoas ajam assim, dizendo-se de uma praticidade fugaz e rasa, a ponto de perder o auto-controle por qualquer bobagem; com agressividade, em nome de uma paz que não tem dentro; intolerante... etc. Entretanto, existem pessoas que querem sair, sim, desse estado e se entragm a busca. Pessoas que erram, como qualquer outra, porém, veem um sentido além da queda... veem uma razão em se reerguer porque a queda se deu por um passo em falso e consegue ver que se há erro há o que ser consertado.

Estava assistindo ao filme "Poder Além da Vida" e o personagem principal - o jovem, Dan - diante de questionamentos simples, daqueles que nos sacodem, do tipo: "você é feliz?" ou "quem é você?", se revolta e grita isso para o senhor que ele chama de "Sócrates", por argumentar qu ele usava de filosofia, como se isso fosse coisa para doido... Engraçado que ele nunca se deu ao trabalho de perguntar o nome do cara, nem nada mais... nada além de como dar o salto para o telhado que o "velho" deu. Essa era sua curiosidade. Lógico que ao final do filme ele saciou, mesmo sems aber fazer ou explicar em poucas palavras como o "Sócrates" conseguiu chegar ao telhado em alguns segundos, sem subir escadas ou algo parecido... "Não existe impossível!" - essa foi a mensagem que li. Pois, sim, ele falava para o "velho" que ele deveria ser uma dessas pessoas frustradas... Na verdade, só porque o homem era sábio, calmo, seguro e feliz apenas por ter um posto de gasolina que nunca fechava e estava sempre disposto a servir e bem servir. Isso incomoda muito.

Eu sempre almejei ser alguém diferente e levei/levo a vida alemajndo algo que não é para se almejar, é apenas para se ser. Diferente do quê? De quem? Quem sou? Culpei meus pais a vida inteira por terem "me feito" alguém sem iniciativa, por terem me "mimado" muito, até entender que eles me deram o que sabiam me dar e essa era a maneira deles demonstrarem seu amor... Hoje, vivo os embates para me reconstruir, construir, relembrar quem sou, de fato. E isso incomoda. O pior é que me incomoda incomodar os outros e me freio... Sinal que ainda falta muito ainda para eu aprender, apreender, sentir e fazer. "A sabedoria está em agir!". Por que é preciso esperar que algo de ruim aconteça para acordarmos? Meu caminho foi pela dor, por opção. Não uma opção consciente e programada do tipo: "vou, um dia, ter que cair para me levantar!". Mas, foi assim. Conheço pessoas que não precisaram cair, se frustrar ou algo assim para serem pessoas virtuosas de verdade. Cada um opta a maneira como ver as coisas, por isso a vida se torna um mistério para nós, porque queremos ver além do que ela simplesmente mostra. Portanto, "a vida é um mistério, não tente entendê-la..." - risos. É preciso vivê-la! Eu penso que ela não nos esconda nada, a gente é que quer ver mais, como no filme, eles fazem uma linda jornada, e, ao chegar num determinado ponto, "Soc" diz: "chegamos" e Dan, diz: "Onde?" e começa a bradar porque estava tão empolgado no caminho apenas por esperar ver algo diferente... O "velho Sócrates" apenas disse: "você estava tão feliz no caminho, o que mudou?". E é assim que fazemos, perdemos a chance de sermos felizes no caminho porque estamos almejando algo que se afasta à medida que nos aproximamos: o nada. Como a utopia de se alcançar o horizonte e a cada dez passos dados a frente, dez passos o horizonte se afasta. "É a jornada que conta, não o destino". Todos temos um caminho a seguir e um lugar a chegar, afinal, imagino que todos já saibamos que não estamos aqui por acaso, nem soltos e relegados ao tempo que criamos e nos iludimos! Mas, só se transforma aquilo que vive p processo da transformação, daí, a necessidade das três regras:

"Paradoxo, humor e mudança.
PARADOXO - A vida é um mistério. Não perca tempo tentando entendê-la.
HUMOR - Tenha senso de humor. Especialmente sobre si mesmo. É a força por trás de toda atitude.
MUDANÇA - Nada permanece o mesmo."

O duro é que, por não estarmos preparados para o óbvio e para o simples, condemaos que esteja, no mínimo, no processo de agir em direção ao seu interior e sua paz verdadeira, mesmo o mundo todo se destruindo nesse caminho ridículo de guerra em nome da paz... Tudo isso porque tememos o que só está dentro de nós, mas, só lá encontramos as perguntas certas e as respostas.

O que importa é o aqui e agora, só esse tempo pode nos mudar. Diante da pergunta: "Onde está?" respondamos: AQUI. "Que horas são?" - AGORA! "Quem é você?" - ESTE MOMENTO!

Daí, para evitarmos os rompantes da ignorância e da estupidez, comos e fosse coragem, tenhamos cuidado, porque é preciso que tenhamos consciência das nossas escolhas e isso, sim, evita a tragédia: "DECISÕES IMPENSADAS LEVAM A CONSEQUÊNCIAS TRÁGICAS!".

E sobre o medo da morte, "não existe tristeza na morte. Há tristeza em quem não aproveita a vida!".

Não é preciso ser louco para começar a viver, mas, se a palavra que os "normóticos" - doentes da normosidade - assim chamam, que seja, tenho a vida inteira para trienar essa "loucura" da sanidade! A gente não precisa condenar quem não segue o caminho de fazer algo pelo bem, a gente precisa é fazer o bem e pronto! A ignorância está em saber que se sabe tudo e não vê a beleza de cada momento, porque sempre está contecendo algo incomum a todo instante: todo momento é único! Bom, nem toda loucra é burra, mas, toda burrice é insana! - essa é minha!Ainda não cheguei lá, mas, estou a caminho! Caminhando, caminhando, caminhando!

Pat Lins.

BOM, BELO E JUSTO

Pena que as pessoas confundam BOM com o que vende mais; BELO com beleza da moda...; e JUSTO com interesses pessoais.

É preciso desenvolver e fortalecer muito o bom caráter - perdoem-me a redundância, mas, usam a palavra caráter para designar tanta coisa... - e fazer um resgate urgente das virtudes e dos valores - não dessas virtudes deturpadas e crítcas. muito menos desses anti-valores em voga!

Sejamos, pois, BONS, BELOS e JUSTOS!

Pat Lins.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

BAHIA E VITÓRIA - a diferença que une e os faz iguais...


Eu não sou muito fã de futebol... malmente, assisto aos jogos da copa mundial. Também, não critico quem gosta, mas, discordo do fanatismo que culmina em falta de respeito e bom senso. Não estou aqui para levantar polêmica ou "puxar brasa para a sardinha" de time algum, apenas escutei uma coisa e achei tamanha babaquice que me fez refletir sobre a falta de bom senso das pessoas, até no esporte, uma coisa que era para ser competição saudável.

A preocupação com títulos cega os dois lados - tomando os times Bahia e Vitória como referência ou exemplo..., mas, que talvez possa abranger outros times também... a questão não é o time, mas, o sentido das coisas, como na vida. Um, o "tricolor de aço baiano" - Bahia - já ganhou dois títulos nacionais - detalhe, no futebol o que importa são os títulos nacionais... aqui na Bahia, pelo menos, é o que aparenta... - pois bem, o outro, o Vitória, já foi vice inúmeras e recentemente. Então, vamos listar os argumentos mais usados pelos torcedores (que fique claro, não estou questionando as razões de ninguém torcer por determinado time, respeito e defendo o direito de cada um torcer pelo que quiser!):

- O Bahia tem duas estrelas...
- O Vitória vence em mais campeonatos.
- O Vitória vence mas não leva.
- Quantos títulos o Vitória tem?
- Fora os dois títulos do Bahia, quantas vezes se manteve na primeira divisão?
- Quantas vezes os Bahia chegou próximo de ter outro título?
- É melhor ter dois do que nenhum...

São inúmeras as comparações. Até aí, tudo bem, brincadeiras e troca de argumentos. Beleza! Só que não para por aí... Um quer convencer o outro de que seu time é "o" melhor - bom, preciso destilar meu veneno..., mas, os dois estão deixando a desejar faz muito tempo...

Parei para ver como eram os jogos antes e como agiam os torcedores com mais respeito e cordialidade. Não via meu pai, nem meus amigos, brigando por causa de futebol ou por conta de torcerem por times diferentes. E o espetáculo era o bom jogo, com dignidade, com futebol arte. Hoje, vejo uma preocupação não com o entretenimento, mas, com o comercial e com a necessidade de aparecer mais do que os outros, desarmonizando o time. Aqui, começo a fazer o paralelo que queria, onde, num momento de descontração, de curtição, fica evidente a falta de valores humanos. As pessoas brigam dentro fora de campo. A falta de Ética e descência dita a lei e quem não se enquadra nesses anti-valores são taxados de diversos termos pejorativos. E a importância da união do time para que o jogo flua e dê certo? Se um quer brilhar mais do que o outro, cadê o espírito esportivo? Cadê o ideal maior que é fazer o time jogar bem e, jogando bem é que se pode vencer - ou perder para alguém que conseguiu jogar ainda melhor?

Essa busca pelo título como sinal de vitória, de triunfo é que cega os jogadores e fazem a torcida vibrar - só importa vencer, para dizer que é bom. Nem sempre quem ganha o título jogou melhor... títulos são o congelamento de uma vez que se foi vencedor por levar o primeiro lugar... o campeonato em si é o espetáculo. Muitos times podem ser bons, mas, apenas um será o campeão... tanto que o nome é "primeiro lugar". 

Os estádios viraram campo de guerra. E essa guerra é causada pelo futebol? Não. Essa violência é o sinal, aliás, o retrato claro e fiel dos valores questionáveis das pessoas, dos seres humanos. Muitos adultos incitam esse despertar de agressividade sem causa, gratuita e infundada, nas crianças. Ensinei ao meu filhos, depois dele me perguntar: "Mãe, ser Vitória é ruim?" Eu disse: "Não, meu filho! Torcer para time algum é ruim. Ruim é não respeitar o fato do outro torcer por outro time. Já pensou se todo mundo torcesse pelo mesmo time? Só existiria um..." Ele me perguntou: "Posso 'ser' Bahia e Vitória?" Eu disse que sim, que ele poderia torcer para o time que quisesse e se não gostasse de futebol, tudo bem, também. O que aconteceu: boa parte da minha família torce pelo Bahia; meu marido, pelo Vitória... Bom, a gente tem uma visão muito tranquila e com relação ao tema "futebol", onde respeitamos as diversas opções de cada um, porém, nem todo mundo pensa assim e ainda se voltam para a gente com expressões típicas de seres acéfalos e pequenos, como: "isso é dor de cotovelo, porque o Vitória nunca ganhou um título...". Pode? É tão difícil para essas pessoas aceitarem as diferenças que precisam ter um argumento infundado e afirmam com tamanha certeza que até parece que condiz com a realidade... Daí, trocam as palavras "torcer" por "ser" o time... E, quando Peu me perguntou se ele poderia "ser" determinado time, eu frisei que ele poderia "torcer" para o qual ele quisesse. Para quem tiver curiosidade do desenrolar da história, Pedrinho simplesmente diz, para quem quiser ouvir - exceto quando coagido a dizer que torce apenas por um time, para ganhar algo que ele deseje... -  "Minha mãe disse que eu posso torcer para quem eu quiser! Então, eu sou uma mistura do Bahia com o Vitória e pronto!". Alguém consegue ver a sabedoria da criança? Ele não quer confusão, ele quer fusão, unidade... risos. Até nesses assuntos aparentemente banais, existe o reflexo de como educamos nossos filhos e como passamos a coerência de quem somos. Ele não só confia em mim, como sente segurança e entende a ocupação que tenho em ensiná-lo, através da minha busca incessante, de ser uma pessoa melhor - não melhor do que ninguém, mas, o melhor que ele tem em si -, uma pessoa justa, uma pessoa boa, uma pessoa bela! Então, qual o real significado do esporte na vida das pessoas? Qual o significado de torcer por algo, por diversão? O que vem a ser diversão? Como as pessoas se permitem apenas se divertir, isentando-se de julgar, condenar, persseguir, provocar...?

Qual o sentido dos campeonatos? Qual o sentido de vencer? Qual a importância de competir? Qual a importância e o significado de time, equipe, união? O problema, inclusive dentro de campo, é o desejo ser "a" estrela, sozinho, único a brilhar..., diferente da vontade de ver o time vencer, da equipe trabalhar em harmonia por um objetivo: jogar bem e, como consequência, vencer. Com o apelo comercial, esse desejo prevalece. E desejo, para quem não sabe, é um perigo... O desejo exacerbado acende a ilusão exacerbada e culmina em fantasia em realidade, ou como realidade... Ou seja, altera a relação da pessoa com a realidade. Tudo passa a ser fugaz, temporário, sem sentido profundo... ou seja, sem sentido em essência. A gente parece que esquece de que a vida leva o tempo que tem para levar e colocamos a pressa como "tempo guia". O que mais acontece são consequências que levam a ver e crer que na vida, o tempo regente é o tempo e pronto. Que essa pressa não é saudável, que o transitório é vazio, oco. Será que é tão difícil fazer essa conta e chegar ao resultado exato? A vida exige da gente viver, não correr e enlouquecer afirmando-se emocionalmente são... Louco acaba sendo quem questiona esse sentido sem sentido que se vive, um nada por cima de nada; ecos de barulhos sem sentido... balbúrdia.

Eu nunca fui craque em matemática, mas, houve uma época que era fera, porque fazia sentido como me era ensinado. Meu professoa dizia: "para saber matemática, antes, é preciso saber português para interpretar o problema e poder resolvê-lo..." Estamos prontos para entender que para tudo há um sentido? Quando cheguei no segundo grau, apenas estudava para passar... Eu não via muito sentido naqueles cálculos, então, seguia apenas a sequência e aplicava as fórmulas decoradas, sem ver um porquê naquilo... Quando em somava 1+1 para dar dois, fazia sentido. Mas, quando me vinha com f(x)= a quê mesmo? Nossa, as funções eram sem funções para minha vida... Os professores eram ótimos, mas, focados em vstibular... No ginásio - e, antes, no primário, havia uma preocupação com ensinar algo com sentido... No segundo grau o sentido é estudar para passar... Ou seja, a vitória é passar no vestibular, estar entre os aprovados é ser campeão... Tudo bem, já que tem prova, e essa prova era a única maneira de entrar na faculdade e eu alimentava esse desejo, como desejo de "ser" alguém - e "ser alguém", para mim, era me tornar uma profissional renomada e estabilidade financeira... - então, me adequei ao time de estrelas, ao ser aprovada... Hoje, depois de graduada há mais de uma década, especialista e eterna estudante, aprendi a ser aprendiz de ser humano para recuperar os bons valores... esse resgate me tem sido muito grato, o que não diminue meus embates internos, afinal, me tornei quem precisava ser, para me adequar ao meu desejo e, em um determinado momento da vida, meu EU verdadeiro começou a pedir passagem e esbarrava no eu que me tornei...

Desde então, venho aprendendo a diferenciar meu desejo vago e superficial, pautado no material e financeiro como sinal de triunfo, do que vem a ser vontade, que me levará a meu reencontro com minha essência, meu eu original, que tem um porquê de existir e que tem um sentido na vida que independe do tudo mais que o mundo comercial nos impõe, isso não quer dizer que não queira ter conforto e facilidade em pagar as contas, a diferença, como sempre coloco aqui, é que vejo e separo o quê e para quê serve o dinheiro, sua finalidade, seu sentido é pagar as contas financeiras, mas, que tesouro somos nós! Êxito e sucesso, para mim, são os verdadeiros triunfos, porque resultam de saber o que deve ser feito e fazer, no dia a dia, na construção de uma vida decente, digna, justa, bela e boa! Com ética e moral. Com virtudes. Com valores. Não com esses anti-valores que regem a vida das pessoas "normais". Nem por isso me acho anormal... Minha vontade, hoje, é ser. Minha vontade hoje é ser aliada do tempo. E não é como um clique num interruptor que liga e desliga, é jornada, é caminhada diária. É cair e levantar. É se redimir a cada erro e assim seguir e prosseguir. É ser reto e correto. Essa tem sido a grande diferença de como estava/ainda estou para quem estou em processo de migração ou destruição, reconstrução, construção... Estou voltando a ser quem sou e deixei conjugado como quem era... esquecida. Aos poucos vou me fortalecendo nesse viés e me reafirmando como pessoa íntegra, justa, correta, ética. Não me refiro às novas acepções e conotações das palavras, mas, dos semtimentos atemporais e eternos de viver as virtudes na prática. De nada adianta saber e não fazer. Aos poucos a ficha vai caindo... Por enquanto, muitas coisas ainda estão em ligação, quando a ficha cair, aí sim, a ligação se completará e a assimilação se fará real, se fará ser. 

Pois é, independente do time que se opte torcer - veja que é opção, escolha, como qualquer coisa na vida - é importante respeitar a opção do outro. Brigas são para pessoas vazias. Discutir, para mim, só por algo produtivo. Aos poucos venho sentido menos vontade de perder tempo em conversas vagas, onde as pessoas não querem trocar, querem impor. Alguns estranhamentos estão sendo causados, mas, aos poucos, vão passando, também, afinal, crescer é a partir de quando se começa e se sente a vontade de ser mais do que um desejo, mais do que um simples sonho... quando trata-se de uma meta de vida, de uma filosofia de vida, de um estilo de vida moral e decente. E isso, com certeza, não se consegue sozinho, não se atinge de uma hora para outra, nem sem batalha. A guerra não é essa atrocidade que vemos por aí... a guerra pela paz é interna, é a luta que travamos para sermos melhores como pessoa, a superar as limitações da matária... Isso que acontece aí fora, essa guerra por terras, por falsos ideais, por nada é uma guerra vazia, não uma guerra pela paz, mas, uma guerra pela guerra, que perde o sentido - se é que teve algum... Me refiro a verdadeira paz guerreira: "se queres a paz, prepara-te para a guerra. (Se vis pacem, para bellum)" A PAZ, não a guerra para se "conquistar" algo do outro, mas uma ou várias batalhas para se alcançar a própria paz. Não sei bem porque isso incomoda tanto aos outros e sempre tem alguém para dizer que sabe o caminho mais certo. Para mim, quando se há verdade e consciência do que se faz, você pode estar onde estiver, vai encontrar o caminho, não o dogma que alguém criou para manipular... Veja, por exemplo, o que Cristo trouxe e o que nós fazemos em nome dEle...

Bom, de volta ao BA-VI, se olhar de pertinho, como tudo na vida, as diferenças que alegam existir entre eles os torna iguais: times em busca da vitória! Como se dá essa busca é que questiono. Como os torcedores seguem seus times é que é questionável. Nossas posturas ante o que vem a ser respeito é que é a questão. O que queremos da vida, então? A quê custo? Por quanto tempo? Sabemos qual tempo queremos seguir? Sabemos para onde queremos ir? Sabemos a diferença entre desejo/ilusão e vontade/verdade? Sabemos, antes de tudo: quem somos?

Pois é, por isso que amo, a cada dia mais, ser acropolitana! Lá eu tenho espaço para pensar e aprender a agir. Porque de nada adianta saber se não se coloca em prática... De nada adianta correr, se não sabe para onde, nem por quanto tempo. Por isso, vamos caminhar e seguir o tempo que nos guia.

Torça pelo time que torcer, vibre pelo time que vibrar, saiba que alguém pensa diferente e vibra diferente. Seja feliz com seu caminho e se não está contente com ele, mude e vá em busca da felicidade no caminho, no caminhar. Curta os acontecimentos, não apenas uma vitória isolada. Viva cada vitória por merecimento, mesmo que não leve título algum. Saber persistir e não ser teimoso; ser humilde e não ser soberbo, arrogante... cheio de vazio, cheio de nada; ser calmamente ativo e ativamente calmo; sejamos, pois, íntegros. A liberdade está em se encontrar e saber o que precisa ser feito e fazê-lo! Se alguma coisa dá errado, é preciso identificar esse erro e consertá-lo. Senão, ele aparece mais a frente e vivemos um ciclo vicioso... Hora de refletir e agir!

Beijos,

Pat Lins.


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O AMOR PEDE PASSAGEM E A GENTE PEDE QUE VOLTE MAIS TARDE...

Esse post é especial. Tenho escutado algumas pessoas próximas afirmarem que estão em "busca do grande amor". Comecei a me questionar: como identificar "o grande amor", "a alma gêmea", "o verdadeiro amor" - me refiro ao amor no sentido da relação amorosa, afinal, o amor está em nossa essência e não apenas nas relações amorosas. Como minha idéia é me manter no foco dessa expressão do amor, neste post, preciso que fique claro quando me referir a essa relação amorosa com a palavra "amor".

Pois bem, venho observando em mim e nos outros o temor do amor. Lógico que antes de mais nada, nenhuma expressão de amor tem sentido ou verdade se não partimos do amor próprio. Como saber o que vem a ser amar ao outro se não assumimos nosso amor por nós mesmos?

O amor, até onde eu sei liberta e é libertador. Discordo com a mania e a propagação medíocre de que o amor é ciumento. Não entra em minha cabecinha que um sentimento tão puro caiba uma emoção tão humanamente pequena e densa. Eu acredito sim que quem ama cuida. Isso é verdade. Mas, cuidar no sentido de fazer o melhor para aquela pessoa, não se deixar seer pisado por essa pessoa ou insistir em uma relação que já não dá mais certo... Ops! Não vou aprofundar aqui. Voltando: o amor é zeloso, generoso, compreensivo, paciente, equilibrado... e como ser generoso quando, na maioria das vezes, esperamos algo em troca e afirmamos: "te dou meu amor e o que me dá em troca?". Sabemos amar?

Muitas vezes, o verdadeiro amor - eu não acredito que só amemos uma vez... mas, para mim, como existem várias expressões de amor, confundimos e muitas de nossas relações têm base no amor, mas, nem sempre no amor da alma gêmea. Quantos de nós já se deparou com o verdadeiro amor pedindo passagem para se expressar, se manifestar, para que o sintamos e a gente diz: "agora não estou preparado, volte mais tarde...". MEDO! Temos tanto medo de sermos felizes, quanto temos de amar, afinal, a felicidade é plenitude de emoção, de sentimento... é estar livre dos tabus, daas cobranças humanas e limitadas, dos preconceitos, do orgulho, da  vergonha... enfim, livre dessas emoções pequenas que ocupam a maior parte de cada um de nós. O amor não consegue viver junto com essas emoções. Aliás, essas emoções é que não conseguem viver onde o amor está... sentem-se incomodadas e tentam nos confundir para não nos perder. Se o amor liberta, o que nos aprisiona? Nós mesmos! Por quê? Vixe! Quem souber morre... Brincadeira! Mas, muitos de nós pensa e age assim, com medo de morrer de amor. Sendo que se vive com amor. A felicidade impera onde o amor é rei. Imperar e ser rei na melhor concepção da palavra, não nos conceitos de poder e manipulação. Gosto de deixar claro o que pretendo afirmar com cada palavra porque elas têm várias interpretações... Portanto, uma frase a mais ajuda a estabelecer essa ponte do que eu quero dizer com o que estou dizendo, para tentar deixar claro. 

Outra coisa que observo é a mania de escolher demais. De esperar demais. De colocar defeito demais, como se fôssemos perfeitos. Os olhos do amor são livres disso tudo, por isso que sucumbimos às pequenas emoções como orgulho e afins, porque estamos dando satisfação aos outros... Infelizmente, aos outros que não nos acrescentam nada, porque os que querem verdadeiramente nosso bem não nos julga. Ou seja, nos tornamos reféns do padrão estético em vigor e nos limitamos a ele, moldando o objeto amado - sim, passamos a criar um objeto, fruto da nossa mente dos desejos, da ilusão, do irreal... - como ele(a) deve ser para a sociedade. Quanta bobagem! Fazendo isso, nos colocamos no topo do mundo da beleza e "perfeição", né?! Quantas vezes escuto e falo: "Nossa! É muita areia para o caminhão de fulano(a)" ou "Ah, merecia coisa melhor! Tão bonita(o) com aquele(a) homem(mulher) tão feio(a)...". E o que isso tem a ver mesmo com o amor? Apenas com o amor às aparências e superficialidades. Com o vazio. Todo mundo tem um "gosto". Um tipo que atrai mais. Isso eu não sei dizer se vem conosco, se aprendemos, se reproduzimos... Mas, o fato é que temos estilos que chamam a nossa atenção, entretanto, "o grande amor" pode não se encaixar nesse padrão que nos fechamos a procurar e, por isso, relutamos muito em aceitar... fora quando negamos e fechamos a porta. E não me refiro apenas a aparência física... muitas vezes, estão em grupos sociais diferentes; com maneiras de pensar diferentes... afinal, nós também somos moldados pelo externo, pelo ambiente que nascemos, que vivemosm que nos afinamos. Só que, mesmo contrariando nossa maneira de ver, o amor insiste em se fazer presente e começamos a ver que o ser amado - que não é um objeto criado e idealizado... ele é real - tem muito mais conosco, ou nos completa tanto que, quando somos inteligentes, abrimos as portas do coração e deixamos entrar. Nossa resistência pode ser sinal de muita coisa, inclusive de que não é "o grande amor", mas, quando este aparece, não há dúvida. Só quem já se deparou - quer tenha aberto as portas ou não - sabe reconhecer. Na verdade, não se trata de reconhecer e sim de CONHECER. 

Não é tão fácil assumir o amor. Ele exige muito de nós: que sejamos nós mesmos! Ah, isso é exigir muito. Não estamos preparado para nos assumirmos, quem dirá ao grande amor de nossas vidas. O amor exige que sejamos fortes, corajosos, nobres, humildes, verdadeiros, puros... essenciais! E o que insistimos em ser? Aquilo que a gente acha que as outras pessoas querem que sejamos. Daí, chamamos de forte aquele que tem a força bruta ou da manipulação; chamamos de corajosos aqueles que enfrentam um leão - e nem percebemos que muitas vezes, teme um sentimento tão lindo... -; achamos que nobre é só tem título de nobreza real da monarquia; assimilamos humildade com pobreza, miséria ou algo afim; verdade, afirmamos ser aquilo que nunca deve ser dito, porque magoa...; puro? nem a água que bebemos... Pensando dessa maneira, vamos parar onde mesmo? Nesse buraco que estamos. Só pensanso e agindo em direção a verdade é que migramos para um lugar melhor, de onde fazemos parte e nem lembramos disso. Fomos criados para sermos felizes e o amor é uma expresão dessa felicidade - ou vice-versa? 

Pergunto: Por que tememos aquilo que tanto queremos?

A indecisão, ficar em cima do muro só serve para sofrermos ainda mais. Eu prefiro encarar. No caso das relações amorosas, sempre me lancei de cabeça, corpo e alma. Quando não era, algumas vezes sofri, sim. Eu dizia que tinha "quebrado a cara". Mas, hoje, sei que não quebrei. Eu tomei partido. A dúvida não é um lugar muito legal para se viver... Aliás, em dúvida não se vive, se perde. Eu penso assim: se estou sentindo que preciso ir, eu vou. Para deixar o amor entrar é preciso abrir a porta e só se abre essa porta com atitude proativa. Desce do muro. O máximo que pode acontecer é ver que era mais um fruto da imaginação, caso não seja o amor de verdade, mas, dá para conhecermos, nessas tentativas, outras facetas do amor, nem que seja o fraterno, onde passamos a conhecer um(a) grande amigo(a). Isso é ruim? Isso é ótimo! Mas, ao descer do muro, há a grande probabilidade, também, de se encontrar! Já pensou nisso? Sair da letargia. Andar. Estar. Dormir e acordar pleno, repleto de algo bom. Isso não quer dizer que não venha a haver divergências. Lógico que haverá. Lembre-se: somos seres complexos, resultado de uma gama de coisa, até nos encontrarmos e sabermos quem somos em essência. Até lá, muita coisa incide, colide, interfere, influencia, envolve... E cada um tem sua história. Só que, mesmo nos rompantes o amor se manifesta: exige complacência, compreensão... Aí, através da humildade, tomamos a atitude nobre de avaliar o contexto e pedimos forças aos céus - de onde poderia ver as forças para manter um sentimento nobre? - para termos a coragem de pedir perdão. Não por estar errado, mas, por não ter tido outra postura mais aberta e holística - no sentido de holos: ver o todo e cada parte, não a soma das partes... isso é fragmentação, para mim. 

Espero que na dúvida, caso sinta que um amor bate a sua porta, deixo-o entrar. Antes, esteja embebido de amor por si, assim, fica mais fácil identificar a alma gêmea. Caso não seja a batida "do grande amor", agradeça ao Pai, por mais uma oportunidade de conhecer mais uma face do amor e continue em busca - sem sair correndo e batendo de porta em porta... isso é desespero... cuidado! - , na entrega, aberto para receber que um dia chega. Só espero que não seja em seu último dia de vida... Sei lá... deve ser bom, também, ao menos consegue saber e sentir por um dia e tchau...

O bom é saber amar. Só quem sabe ensinar é o amor. Fora isso, a gente aprende muita coisa, desaprende outras tantas... seguimos. 

Quando o amor pedir passagem, deixa entrar. O mais tarde pode ser tarde demais. O amor anda junto com o mestre tempo e todo o tempo passa a ter outra perspectiva - muito melhor. Mas, o tempo não nos obriga, não, viu? Ele nos apresenta e o amor fica lá, do lado de fora, esperando até a gente abrir a porta. Ele é paciente, mas, não invasivo. Por isso que digo que pode ser tarde demais, um dia... Porque mesmo com o tempo te apresentando no tempo certo, se a porta não abrir, ele não entra. 

Feliz aquele que tem ao menos uma suspeita de que pode viver o grande amor e vive para comrpovar ou aprender outra coisa. 

Sei lá, a gente tem tanto medo de ser feliz... Mania de tentar conceituar o que sente; de racionalizar ao extremo, com ceticismo... ideal é investigar, mas, se manter na dúvida é ficar imóvel. Portanto, mexa-se! Toma partido! Olha, um professor me ensinou uma cosia que amei e levo, agora, para vários setores de minha vida - ainda falta muito, mas, já foi um começo e começar é  a cada instante... sempre dá tempo - pois bem, ele me disse: "Ficar em cima do muro é apanhar dos dois lados... Porque a gente acredita que está apanhando e teme descer. Escolhe um e vai. Se doer muito, sobe de novo no muro, pula e vai conhecer o outro lado, até encontrar...". Me lembrei que percebi que nos fazemos muito de vítmas e afirmamos já ter "sofrido tanto" que mão quer mais se decepcionar... Porque nos decepcionamos? Não é porque criamos expectativas demais, não? O amor exige que olhemos a verdade e a verdade nunca dói, porque ela não é ofensiva... ela é reveladora e luz, não esconde nada.

Assim, como será sua resposta para o amor que pede passagem de agora em diante? Toma um rumo! Seja sempre amigo(a) da franqueza e jogue limpo! Sendo verdadeiro nada se há a temer. Se agirem de má fé, problema e coitada da pessoa... Segue seu rumo e esquece de se sentir humilhado... A outra pessoa é que é pequena e mesquinha e isso não é consolo, não, é fato! Quem é forte, corajoso e nobre é firme em bons princípios e bons valores. Quem não é, é fraco e infeliz. Alguém que nem sabe o que significa busca, mas, um dia começará a buscar, também.

Enfim, a felicidade não custa caro, apenas que sejamos nós mesmos! Assim,  a vida pode ser azul, ter sabor de maçã verde... pode ter todas as cores e sabores que têm e nós poderemos ter discernimento para identificar a nossa cor, o nosso sabor... o nosso caminho: o infinito!

Assim, é possível até emagrecer... ao parar de tentar substituir o amor pelo chocolate...

Pat Lins.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

DORES QUE PRECISAM DE CARINHO

Normalmente, quando falo de "dor", aqui, sempre me lembro de que toda dor é sinal de que algo precisa de cuidado, de atenção. Trata-se de um alerta! 

E as dores pelas dores dos outros? 

Também precisam de carinho!

Precisamos acolher nossas dores; assumí-las; termos consciência de que dói mesmo! Não é preciso ter vergonha da dor que sente, mas, não precisamos alimentá-la. Essa é a questão: nós nos acostumamos a limentar a dor e tê-la como mérito: se sofro, se sinto dor, é porque sou especial e estou sendo testada. Fora outros argumentos que são ditos... Bom, eu aprendi, na prática, na pele, em meio a dor que A DOR SÓ DÓI ENQUANTO ESTÁ DOENDO, DEPOIS, ELA PASSA, precisa passar! Inclusive, a dor pela dor dos outros. Nossa compaixão não precisa ser penosa, pesada e sofrida. Sentir a dor do outro é uma dor solidária e, ao meu ver, é uma maneira de dar força para a pessoa que passa pela fase difícil e dolorosa, na pele. Então, nossa dor não pode ser maior do que a dor de quem vem sentindo. 

Quando eu tive a DPP - Depressão Pós Parto - vivi as piores dores que sequer imaginava. Hoje, não passam de lembranças. Lembranças que já não me incomodam e que, a partir do momento onde aceitei que precisava aceitar aquela dor, ela começou a passar. Eu descobri uma coisa que está por trás de toda dor, seja ela proveniente do que for: tem algo em mim que precisa ser revisto... Algo que precisa ser cuidado, amparado, libertado! Toda dor pede passagem para algo represado. Foi isso que constatei: LIBERTAÇÃO. E, não adianta, você pode fazer o que for... inúmeras sessões de terapia, orações, bons pensamentos, apoio de outros... tudo isso é de suma importância e são apoios fundamentais no processo de libertação dessa dor, desse algo que ela traz... entretanto, ao meu ver, alguns sentimentos precisam ser permitidos e vividos, na prática, além da concepção mental, esse sentimentos precisam ser reais, que são o amor, a confiança, a esperança e a CERTEZA de que ela vai passar!

Quando perdi um bebê, agora, no início do ano, faz um pouco mais de dois meses, senti uma dor diferente. Não tinha sofrimento, nem angústia... Era apenas uma dor pela perda. Não só pela perda do bebê, pelo não saber lidar com a morte, mas, pela perda da expectativa: a frustração. Quando percebi que minha dor enveredava por aí, disse para ela: pode doer, mas, pela razão original e natural, não pela frustração e pela culpa que queria começar a ser gerada pelos questionamentos dos outros de: "você fez algo de errado?"; "perdeu, por quê, Pat?"... e por aí vai. Opa! Disse: NÃO! Para por aí! Sinceramente, eu não sofri. Eu entendi que não era para ser e pronto. Isso não evita sentir a dor... Mas, isso não é motivo para se aumentar nada. A gente aprende com cada dor que as dores fazem parte... quando aprendermos a viver sem ela? Não sei... somos humanos e imperfeitos e a dor é parte ou resultado dessa imperfeição. Na perda do bebê, senti dores físicas muito fortes... Dores inimagináveis e me contorcia em mim, mas, eu sabia que ia passar e isso me mantinha firme - mesmo em meio aos gritos e berros de dor. Passou. Prova de fogo foi escutar a enfermeira do Hospital Jorge Valente - que, depois de publicar o que passei lá, no post E AGORA O QUE PASSOU É PASSADO , soube que eles são conhecidos por essa prática... Duas pessoas me relataram ter vivido a mesma coisa... Uma delas, inclusive, na segunda vez que teve o aborto retido, preferiu colocar o remédio em casa e foi para outro hospital, só pelo pavor que ficou de passar pela porta do Hospital Jorge Valente, frio e desumano... - mas, voltando, a enfermeira de lá me ligou e em meio à indiferença que as cobranças e pressões do padrão de comportamente gerado pelo ambiente de trabalho competitivo - o que acho um absurdo... estabelecer tempo de atendimento e meta como controle de qualidade... - me dizia: "mas, nós fizemos nossa parte, né?" Eu perguntei de volta: "se colocar o remédio e me deixar sentindo dor até ser transferida é fazer a parte de vocês, então fizeram..." Ela me perguntava: "pela maneira que a senhora fala, parece que está com raiva da gente..." Eu, pronta e educadamente, respondi: "Sim, estou com muita raiva. Mesmo compreendendo a falha de comunicação interna entre os departamentos; mesmo compreendendo que vocês têm limitações... eu senti e sinto muita raiva de vocês..." Ela me disse, sem alterar a voz, nem sei se é correto a descrever como fleumática... provavelmente, tratava-se de uma pessoa colérica em momento de ironia e cinismo, finalizou: "bom, o importante é que a dor passou, né?..." aí, finalizei com minha crença que, naquela hora se mostrou com firmeza e consciência: "TODA DOR PASSA". E é verdade! Por pior que seja a dor, sua causa ou sua consequência, ela passa... Leve o tempo que levar. Até quando tentamos segurá-la por mais tempo do que o necessário, ela vai se esvaindo e escoando, como água entre os dedos. Muitas pessoas criam dor em cima de dor... elas passam a brotar. Até o ponto de não saber onde começou ou porquê dói... 

Só um parêntese: estamos tão focados no dinheiro que todo mundo me pergunta: "Por que você não processou o hospital?" Eu respondo com franqueza: "Nem tudo o dinheiro paga!". Não preciso explicar a maneira que penso ou no que acredito... apenas, me mantenho firme e pronto. Muita gente se acha mais esperta e diz que se fosse com ela, já teria feito e acontecido... E eu penso: "que você nunca precise passar por isso...". Pude por em prática muita coisa: minha convicção na decisão de não processar o hospital, inclusive, falei para a tal enfermeira ao telefone: "se a preocupação da instituição é se eu vou processar ou não, fique despreocupada... isso não vai mudar o que vocês fizeram... será mais um processo e para quem tem a estrutura que o Jorge Valente tem, nem doerá no bolso para chamar a atenção..." E é verdade! Eu pedi, apenas, que aquilo não se repetisse com ninguém... Ingenuidade, minha? Não, coerência com o que acredito. Mesmo sabendo, hoje, que há duas semanas uma mulher passou por algo ainda pior do que eu, porque ela não conseguiu ser transferida, não tinham feito contato com outro hospital e a deixaram lá, sentindo as dores da indução do aborto... Só para lembrar, eu tive aborto retido por duas semanas, até optar pela curetagem. E, pode parecer frieza minha, talvez seja, mas, eu não logo para o quê e como as pessoas próximas me julgam por não ter processado. 

Bom, hoje, é o enterro de um tio-avô - tio Joaquim - que, pelas minha contas, já passou dos 100 anos - ele foi registrado com mais de 20 anos de idade, e começou a contar dali... imagine, ele veio do interior para a capital, sem documento, o que era comum naquela época, e passou a ser recém-nascido com 20 anos... - e vivia alegre, mesmo em meio aos problemas da velhice e da falta de dinheiro para facilitar o conforto da vida e os tratamentos que não podia pagar para fazer em hospital particular, mesmo em meio a toda dureza que vivia, seu sorriso era sua marca registrada - e isso não é porque ele partiu dessa para melhor e isso fez sua dor e sofrimento passar, não, ele era assim, mesmo... Tem gente que só falta canonizar uma pessoa após sua morte... No caso de tio, não, ele tinha essa alegria, mesmo. Era dele. Tio, que você siga em paz! A gente não sabe o que acontece depois da morte, mas, com certeza existe um Deus e um lugar divino para onde peço ao Pai que ele seja levado! Hoje, senti a dor da perda de um ente querido, mas, senti mais a dor de minha avó, por "perder" seu último irmão... dos 13, agora, só ela! Dói saber que alguém partiu e a gente diz: "poderia ter curtido mais a companhia dele...". Dói, mas, a certeza de que é algo natural, mesmo após tanta dor e sofrimento, conforta. É reconfortante saber que, enfim, a paz para ele. Pois é, de maneira mórbida, a dor passa! Ele passou por muita dor e, agora, passou tudo: vida e dor! A lição que ele deixa é saber passar pela dor: ele viveu uma vida dura e difícil, mas, ele era alegre. Essa é a lição que tiro dele: viver! Que Deus o tenha!

Dor, dor, dor! Dói ver mulheres e mulheres perdendo bebê; dói ver mulheres que querem ter bebê; dói ver mulheres que matam seus bebês... dói ver tantos pais, padrastos... abusando sexualmente das crianças; dói  impunidade de tantos e o silência que atrapalha as investigações; dói a maldade e crueldade humana... Dói, muita coisa dói. Passa, com o tempo, toda dor passa! Por que precisamos passar por tanta dor? Não sei e sei. Todos sabemos: nós não sabemos quem somos, o que queremos da vida... não sabemos viver. Muitos de nós apenas passa pela vida. Não é fingir, é enxergar a dor! É assumir que dói e o que dói.

Vamos refletir e agir. Sejamos atores de nossas vidas. Nos libertemos de nossas prisões internas. Se a vida e a maneira como lidarmos com ela é complexa, o ideal seria descomplicar. Descompliquemos as mínimas coisas, para que tenhamos a capacidade de descomplicar as maiores, com discernimento e sabedoria!

Cuidemos de nossas dores, com carinho e deixando-a ir, ir, ir, ir, ir, ir... LIBERTAÇÃO da dor é o caminho da solução!

Pat Lins.

CAMPANHA CALÇADAS LIMPAS


sábado, 6 de agosto de 2011

NÓS É QUE NOS MAGOAMOS

Na maioria da vezes, empregamos uma maneira de pensar errada: "as pessoas nos magoam". Eu passei boa parte de minha vida contando e apontando para elas. Hoje, trocando idéia com um amigo querido e que se ente magoado por alguém, me caiu a ficha: NÓS É QUE NOS MAGOAMOS!

Ninguém pode ter a capacidade de nos tocar se não dermos esse espaço. Não falo em fechar o acesso, mas, colocar limites em nós mesmos, com auto-conhecimento, desapego, despreendimento e mente aberta - isso é diferente de irresponsabilidade, inconsequência ou imaturidade -, para saber qual o nosso espaço, onde estamos e quem somos. Se eu sei o que quero, terei discernimento para saber a diferença entre ser flexível e manipulável.

É preciso sairmos da posição de vítma que nos colocamos, com um persecutório ridículo de que estão todos "contra mim". Lógico que existe inveja, ciúme e afins. Para me proteger desses ataques, a maneira mais eficiente e natural é me conhecer, me fortalecer e seguir, sem "levar para o pessoal". Não precisamos tomar tudo para a gente. Isso também não nos impedirá de sermos "atacados". 

Carregamos muito nas tintas! O melhor escudo é o da transparência, da auto-afirmação, de saber quem sou e o que quero, mesmo! Pautados sempre no bom, no belo e no justo. Só assim poderemos saber que quer dizer bom, belo e justo e como poderemos fazer parte de uma verdade única: uma vida perfeita em Deus. Ser divino é a soma de cada um de nós, em nós mesmos. Só em contato com nossa essência chegamos ao centro, a unicidade.

Temos muito a seguir. O bom é começar! O tempo não é só uma ilusão que criamos, o tempo verdadeiro é nosso aliado. Melhor, nós devemos nos aliar a esse mestre de todos os tempos, que tempo algum apaga: O Tempo!

Vamos perder menos tempo com os atritos. Vamos aprender com a prática de boas ações. A prática é só na prática, mesmo! Ninguém é como queremos que seja, as pessoas são como são. Nós não somos com querem que sejamos, nós somos como somos... ou estamos como estamos e, se ainda não somos quem somos, podemor vir a ser! Com a ajuda certa, melhor ainda!

Pat Lins.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

SAIR DO POTENCIAL - PRÓXIMO PASSO


Para sair do potencial é preciso agir!

Meu próximo passo é continuar andando, até conseguir sair do potencial - que é latente. O que não desenvolve, morre no potencial e morre sem ter sido...

"(...)
Mas a gente atura e até se mostra feliz
Quando se tem o álibi
De ter nascido ávido
E convivido inválido
Mesmo sem ter havido, havido
Havia mais que um desejo." 
                             (Djavan)

Pat Lins.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ACREDITAR

Eu não preciso acreditar no que você acredita para respeitar a sua opinião. Você, por sua vez, também, não precisa acreditar no que eu acredito para respeitar.

O que eu acredito - ou no quê - tem a ver comigo; o que você acredita, tem a ver com você. Nem eu estou errada, nem você.

Não dá para viver a vida toda tendo que "acreditar" no que o outro acredita só para não magoar. Ninguém precisa se magoar com a crença do outro ser diferente da sua. Em se tratando de religião, por exemplo, cada um tem a sua e há quem não queira nenhuma... Fora que existem religiões milenares e pessoas realizadas nelas. Outras, não. Então, cada um tem que buscar o que agrada, onde se encontra. Não pode haver erro onde a pessoa se encontra e não é lesado, afinal, não existe apenas um caminho para se chegar ao caminho certo e sem essa de que o caminho certo é o que eu sigo ou o que você/o outro segue. Deus, até onde eu, como filha Dele - assim como qualquer outra pessoa - nunca O escutei dizer lá do alto que só quem segue determinada religião vai se "salvar". O que meu caminho tem me levado a compreender é que esse caminho é diário e construído a cada dia e a cada superação de maneira positiva. Seguir seja lá que religião seja e falar mal do próximo ou da religião desse próximo; desejar o mal; fazer: "humhum" e torcer o nariz, se achando superior ao outro, seja pela razão ou circusntência que for; ser preconceituoso... enfim, quem não for virtuoso de verdade e em verdade, é tão "pecador" quanto as "pessoas do mundo", os "pagãos"... seja lá qual for o termo que diferencie o seguidor da religião e os não seguidores. 

Isso não se limita a religião, mas, a estilo de vida; por time de futebol... qualquer situação ou circunstância diferente da minha não quer dizer que seja melhor ou pior, apenas, diferente.

Já está mais do que na hora de se respeitar o espaço, as limitações, o ritmo, o caminhar de cada um. Para mim o que conta é a pessoa. Gosto de conviver e ter ao meu redor pessoas com essa capacidade de se esforçar para não ser igual a pessoas que não sabem o que é isso: RESPEITO!  Não vem de graça... está na gente, mas, raramente lembramos que sabemos o que vem a ser RESPEITO, só que nos permitimos tanto ser egóico que nem nos damos conta, muitas vezes, que o que achamos ser natural agir e pensar, pode ser uma ofensa para o outro. Muitas vezes, o outro se sente ofendido por falta de respeito, também. Eu não tenho o costume de me benzer - não faz parte da minha crença - então, se eu estiver num recinto evangélico - também não sou evangélica - eu, em respeito, não farei esse gesto. Em compensação, quando estou, também, por alguma razão, numa igreja católica, e todos estiverem se benzendo, também não o farei. Mas, não é por afronte e sim por falta de crença e certos rituais - quem tiver dúvida, procure a definição, o conceito verdadeiro de rituais - mas, justamente porque esses movimentos só dizem algo para quem acredita. Portanto, não é para ofender, nem para ninguém se sentir ofendido. Para mim isso não é falta de respeito. Se for preciso ir a esses lugares, procuro vestir a roupa adequada, por respeito; sento e levanto, por respeito. Não acho certo, nem errado as pessoas se benzerem, não sou eu quem tem a resposta para isso. E, eu tenho uma certeza em mim: Deus, em sua infinita sabedoria e superioridade não vai se ofender, caso não seja algo que Ele aprove... Também, ninguém sabe se desaprova. Agora eu terei que faltar com respeito para falar algo que creio ser verdade: se alguém disser que o que o outro faz é errado, em nome de Deus, essa pessoa, para mim, não sabe o que diz e usa de má fé para submeter o outro a sua crença. Basta dizer que não acredita em certas coisas e pronto, não precisa dizer que o outro está errado. Uma pessoa que toma passe num centro espírita, que frequenta o candomlé, que é evangélico, que é budista, que é católico, que é judeu... enfim, seja de qual religião for, trata-se de sua crença. Mesmo aqueles que são nascidos e criados numa determinada religião, algumas vezes, sente uma inquietação e a vontade de sair dali... vai estar errado? Não, estará seguindo o que sua crença pede. Me refiro mais à religião por englobar, no fim das contas, uma cultura de vida, em vez de apenas um apsecto dela. Muitas pessoas transformam a religião na própria vida - se faz isso com consciência e por opção, ao meu ver, tudo bem, mas, para mim, os exageros, o fanatismo, isso aliena e um ser alienado não é um ser com a mente saudável.

Todos nós temos muito a aprender nessa vida, inclusive no que acreditar e seguir, afinal, nós sabemos quais são as virtudes verdadeiras, só que vivemos a deturpação delas e isso atrapalha. Se algo te chama, vai! Se o coração não ficar em paz, se onde estiver ou com quem, estiver te fazendo discriminar alguém - não falo de afinidade... ninguém é obrigado a viver e conviver com quem não tem afinidade... desde que não desrespeitemos essas diferenças - sai! Vai em busca, sem medo. Algumas pessoas dizem assim: "isso é lavagem cerebral!" E, eu acredito que em muitos casos isso acontece, sim. Mas, acontece de não ser, de ser algo próximo ao que a pessoa precisa. Pode ser uma carência que precisa ser sanada e, nesse caso, a pessoa vai chegar num lugar que não é bem o que acredita, mas, acha que acredita e fica acomodado... Eu acredito que um dia a pessoa acorda e sai. Na vida, a gente vive essa situação em diversos setores, até na escolha profissional. Um dia, se "cai na real" e vai em busca de outro caminho, ou outro... Ou vai ficando por falta de forças, mesmo. Também acredito que um dia essa força vem. Eu acredito no tempo certo para tudo, mesmo que me digam: "está na hora de mudar, não tá não?" Eu reflito - porque a primeira reação é dizer "não" - e me abro para que no tempo certo a resposta venha. E chega. Aos poucos estou voltando a dirigir, apesar de me terem dito: "eu acho que você foge muito..." Eu, de fato, estava fugindo, sim., Lógico: estava com medo. Para perder o medo, só o enfretando. Esperei surgir uma vontade e estou seguindo, com calma, sem exagero e não estou firme para sair sozinha, ainda. Vai entender de onde veio esse medo... Já pegiei até estrada, a tempos atrás... Mas, estou e estou efrentando, sem exagero, pressa ou pressão. Se tem gente que enfrenta mais rápido, bom para a pessoa! Eu não sou essa pessoa! Precisamos nos abrir, não nos fechar. Isso não quer dizer que não se perca o controle... Muitass vezes a gente assume um controle exagerado sem se dar conta de que é máscara e acúmulo de ansiedade disfarçada de serenidade. O fato d´eu acreditar nisso tudo não quer dizer que viva com facilidade optar por seguir o que acredito... É um desafio. Sempre tem alguém que acha que esse caminho é errado só porque essa pessoa não segue por ali. Será que só o caminho do outro está certo? Pretensão, não?! Pois é, isso ainda me torna "estranha" para alguns. Fazer o quê? Também acho essas pessoas estranhas? Todos nós somos estranhos uns para os outros, por não sabermos respeitar o outro... 

Bom mesmo é parar de julgar. Bom mesmo é ir parando de condenar. Bom mesmo é nos voltarmos mais para ações proativas diante da própria vida. Bom mesmo é não ter medo de respeitar. Ah, melhor é não esperar que o outro comece a respeitar para se respeitar também... Alguém precisa começar! Mesmo que seja necessário respeitar a "loucura" do outro. Bom, ninguém é obrigado a viver com quem não tem afinidade, então, se existe alguém mais louco do que você em sua convivência - ainda que seja da família - eu recomendo a DISTÂNCIA SAUDÁVEL - faz bem para você, para o outro e para todo mundo ao redor. Respeitar o outro não precisa magoar e a pessoa de quem eu me afasto, não precisa se doer ou magoar, apenas endender que eu não tenho a obrigação de viver o que essa pessoas acredita. Também, sei que não vou mudar a cabeça de ninguém. Primeiro porque eu não sou a dona da razão...

Bom, como disse Clarice Lispector, num livro que amo - "A Hora da Estrela": 

"Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam."


Ia explicar o que queria dizer com essa frase, mas, deixa para cada um... Minha maneira de interpretar é minha, não quer dizer que seja uma verdade absoluta e universal.

Pat Lins.

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