segunda-feira, 27 de outubro de 2008

SER EXEMPLO É DAR EXEMPLO / MUDAR OU CONTINUAR?

Ser exemplo, realmente é a melhor maneira de dar exemplo! Na verdade, é a maneira VERDADEIRA de se educar.


Como tenho vivido o conflito de querer estar bem, mas a situação está difícil (principalmente a situação financeira), e ainda assim querer estar bem, mas a situação dificulta; mas, ainda assim, quero estar bem e acreditar que tudo vai passar. Esse é o desafio da fé, na verdade o grande desafio, é REALMENTE ter fé e exercer esta fé. Na hora em que estamos em dificuldade, recorremos a fé, mas, ainda assim, reclamando, querendo estar vivendo outra situação... a gente sofre por não viver o que queria e nem se dá tempo para perceber que se vive o que é preciso... não estou falando isso para ninguém, mas, para mim mesma. Tudo que falo aqui, são sensações vividas e experimentadas por mim mesma. Nossa fé, normalmente (e isso envolve muita gente religiosa, que diz que tem fé, mas, que também, quer induzir a fé...e quer porque quer pedir ao Pai que seja feita a Sua vontade, desde que a Sua vontade confirme a minha...) é induzida! Quando oramos, abrimos nossos corações, mas, Deus já nos conhece muito. Sejamos sinceros ao abrir o coração, sejamos sinceros antes de abrir o coração. Sejamos sempre sinceros e de coração abertos sempre! Viver a fé, é colocar em prática aquelas palavras bonitas e frases de efeito que declamamos. É, como eu sempre falo para mim mesma: está na hora de colocar "da boca para dentro" o que só falamos "da boca para fora". É rechear a nós mesmos, com a verdade, com o amor, com a fé. Depois daí, sim, colocar da "boca para fora", mas, com verdade e em verdade.


Como posso pedir calma, gritando? Como posso falar: paciência, estando eu impaciente? Como posso criticar a intolerância, sendo eu intolerante? Muita hipocrisia. Sejamos, primeiro o exemplo. O que de fato quer dizer: "ama o próximo como a ti mesmo?" É você viver em verdade,amar em verdade! Amar com pureza d´alma. Quem consegue entender isso? Quase ninguém. Estamos sempre executando o papel de "egoísmo disfarçado" de bondade e caridade. Dando roupas velhas e furadas; doando apenas o "tempo" que não nos atrapalhe... vivemos hipocrisias diárias e constantes. E então, onde fica a verdade dos atos? Quando Peuzinho faz as artes dele (não é com a intenção de errar, mas,é da curiosidade da idade mesmo...) eu grito: "calma Pedro!" ou "tenha paciência, filho", na verdade, deveria estar eu calma, eu com paciência, antes de tudo... não que seja errado ou certo perder a calma ou a paciência, o esgotamento físico e mental, na rotina em que vivemos é natural. Não somos perfeitos, lembram? Mas, perder a calma ou a paciência, vez ou outra, é uma coisa. Viver sem calma e sem paciência SEMPRE e POR TUDO, com todos, é outra, completamente diferente!


Como querer ser exemplo, educar, precisando antes de educação moral, reforma interiror, auto-conhecimento, auto-amor? É como se fosse um professor analfabeto... vai ensinar o quê? É preciso conhecer, viver e agir em coerência para se ser exemplo. Lembra do meu post:a bsuca pelo equilíbrio entre PENSAR, SENITIR, VIVER E AGIR. Esse é o caminho: a coerência. Toda VERDADE, requer coerência!!!


Lembro quando Lilian me dizia: "mude você primeiro. Quando você alcançar a sua mudança, tudo ao seu redor mudará também..." e é verdade. Eu ainda não mudei, naquilo que tanto me incomoda,mas, estou exercitando para chegar lá. Vejo que quando me deparo com determinadas atitudes, aquele "senso de justiça" grita em meu peito e minha boca tem que se calar... como minha intenção não é ofender, preciso calar. Hoje, quando calo a boca, disparo a mente. Minha voz mental entra em oração e pede ao Pai que intervenha. Nesses momentos, peço que toque, também o meu coração, porque a oração é verdadeira, mas, o sentimento de raiva também o é... a questão é reverter esse sentimento. Ainda continuo abrindo a boca em muitas situações, mas, já obtive sucesso em outras, onde, exercitei a abertura da boca mental e do pedido ao Pai. Garanto que não é fácil (porque já dificultamos), é estar em estado de vigilância mesmo. Até que um dia, passe a ser o estado natural. É pedir que o Cristo desça com sua espada da verdade. Garanto, também, que depois, assim que decidirmos mudar e nos voltarmos para a mudança, após o primeiro passo, será fácil sim, porque o caminho de Deus não tem nada de difícil. Se romper com falsos valores te faz crer que é difícil seguir o caminho da verdade, a dificuldade está aí, em querer viver na mentira, não no caminho de Deus. Por isso que sei que é difícil, mas, não é impossível. Impossível é continuar vivendo sem querer mudar.


Ontem, refleti sobre isso: a espada da verdade de Cristo não é para machucar. Só machuca porque o que nos pesa, os sentimentos de posse, de vaidade, de orgulho, de inversão ou até falta de verdadeiros valores estão muito encrostadas em nossa pele, em nossa mente, em nossas atitudes, em nossa vida... Dói porque a maioria desses objetos de desejo estão misturados e entranhados em nossa carne, em nossa pele. Mas, ontem pensei e hoje continuo refletindo: "Cristo, com sua espada, veio para destruir os falsos valores. Se esses valores estão tão grudados, entranhados, muitas vezes, até somos esses valores e nem percebemos, de tão cegos e acomodados a eles, vai doer sim, não que Ele queira nos ferir,mas, porque a nossa "verdade" é falsa e ela sim, precisa ser destruída. Porém, a dor vai passar, porque Cristo é a cura (Cristo é a verdade e a vida!). A espada só vai nos 'machucar' porque nós causamos essa dor. Vai ferir, mas, vai curar. É engraçado, porque precisa ferir para cicatrizar. Cristo é a nossa cura o nosso bálsamo".


E essa será minha reflexão daqui para frente e todos os dias: "mudar ou continuar?".
Pat Lins

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