Oi, pessoa querida!
Hoje estou muito cansada. Aquele velho e básico cansaço físico e mental... cansada da rotina desgastante... cansada de não reagir de vez e sair de vez desse estado de letargia e inércia...
Estou há alguns dias sem colocar a cara para fora de casa. E a chave, continua em minhas mãos. Tenho reclamado menos, isso deve ser um bom sinal. Quando eu parar de reclamar, acho que conseguirei sair de casa sempre que for necessário, ou, até criar as necessidades ou oportunidades.
Sempre me lembro que depende de mim reagir e mudar. Sinto que falta algo em minha vida. Algo que já tive e que, com fé em Deus, voltarei a ter de verdade, que é a vontade e alegria de viver! Está me faltando motivação.
Tenho curtido as artes de meu filhote, que está cada dia mais engraçado. Cansa, também, e muito. Nem toda hora estou sorrindo e inventando músicas e brincadeiras. Afinal, minha rotina tem sido a mesma desde que ele nasceu... curtí-lo muito, mas, curtir-me pouco!
A maternidade é linda sim. Não é disso que reclamo. É cansativo, desgastante, porém, recompensante. O que reclamo é de minha falta de atitude. Não consigo organizar meu tempo até hoje... Como ainda estou desempregada (começou por conta da DPP, eu não podia procurar trabalho...). Você deve pensar: "poxa, a DPP já passou" e realmente, já, mas, como eu não pude fazer o tratamento de maneira correta (basta ler os primeiros posts/ textos que vai entender), tive vários atrasos e contratempos. Hoje, vivo as mudanças e os cansaços do dia-a-dia de quem se transformou em "mãe por tempo integral, diário e intermitente". Minha vida é ser mãe. Literalmente. Eu acordo mãe, vivo o dia mãe e durmo mãe. Como estamos vivendo fases de privações financeiras (com meu desemprego, a grana... onde está ela mesmo?) desde que meu baby nasceu, dá para entender que a fase de ajuste, reajuste e desajuste - risos - é frequente. Meu marido, vive ralando e muito! Deus sabe o quanto ele trabalha. E só Deus para explicar de onde ele tira forças. Mas, em contrapartida, faz falta a companhia dele. É tudo muito contraditório... não vou render muito o assunto.
Estamos em busca de querer ser feliz de verdade e isso requer dedicação e crença. É acreditar, de fato, que Deus existe e que não estamos desamparados. Temos o essencial e necessário: um belo teto (que além de teto, é belo); alimento; saúde e a nós mesmos e nossa família e amigos. Parece piegas, mas, quando se chega no ponto onde cheguei, só a verdade que faz diferença. Como não tenho como viver de aparência, passo a dar valor a o que é real e verdadeiro. Nossos maiores tesouros têm sido o apoio humano mesmo.
Mas, sinto falta de um tempo para mim, sabe?! Um tempo para leitura; para pensar em nada; um tempo até para ir ao banheiro. Para quem lê, deve ficar o questionamento: "ah, assim também é demais, depois de tanto tempo ela ainda não conseguiu se organizar nem para isso?..." e está certo. De fato, não! E sei e assumo que a responsabilidade é minha. Deus me dá todas as condições para realizar a mudança, cabe a mim imprimir esforço. Mas, peço a Ele que me ensine como encontrar dentro de mim a força e a capacidade. Não vou mentir não, por mais que saiba que sou inteligente, competente e capaz, vivo uma cobrança interna que me joga para baixo e faz
com que me veja: burra, incompetente, inútil e incapaz... conviver com esses sentimentos diuturnamente é muito pesado.
Vou contar um segredo muito íntimo: preciso de socorro! Vivo gritando "socorro" "mudamente". Se minha mente tivesse uma boca própria, seria tudo mais fácil e "entendível". Talvez, se minha mente tivesse uma "descarga" seria mais fácil jogar tanta porcaria, tanto lixo mental fora! Pior que as interferências externas, me deixar levar e influenciar por sentimentos que quero me livrar (orgulho, vaidade) atrapalha tanto. Quando falo que estou em busca da mudança, não é aquela mudança que todo mundo fala e não cumpre não. Aquela que é justificada pelo mundo em que vivemos e seus "valores". A maioria das pessoas tem medo de mudar, não querem ou até gostam dos valores que vivem. E isso causa uma cegueira e um certo ar de superioridade por viverem esses valores e falarem em outros. Tipo: "sou religiosa (para não citar religião alguma, porque não é isso que faz a pessoas ser como é...), creio em Deus, e agradeço todos os dias", mas, não se doa, não faz uma caridade SINCERA, só dá aquela roupa velha que não usa mais; aquele sapato furado... o resto de comida. É como se não percebessem a hipocrisia que vivem. Isso me incomoda muito. Muito mesmo. talvez porque eu também haja assim, talvez porque eu não concorde e queira romper com essa falsa sensação de "bondade". São pessoas que se conformam e se consolam com "compras num, shopping" para elevar a auto-estima. Esse valor de vestir os externo e achar que está bonita (o) é muito fácil. Quero ver é querer mudar e viver a nudez interna, porque nosso interior não veste roupa...
Essa é a mudança que me refiro. A de romper com os falsos padrões e ainda assim, viver esse mundo. Como falo, querer ter dinheiro para pagar as contas, viver numa casa grande e bonita, comer comidas saudáveis (porque são caras...), tudo bem, mas, achar que é superior, ou melhor só porque tem dinheiro para isso... do que adianta uma casa grande e espaçosa com parentes passando fome? Ai, enveredei por minhas indagações de novo. Deve ser o cansaço. Agora mesmo, estou tentando escrever e meu baby está grudado em mim, me pedindo para desligar o computador... me trazendo mil brinquedos e eu, só querendo desabafar um pouco e diminuir essa sensação de solidão e trsiteza que tenta me derrubar. Queria gritar todos os meus problemas e ouvir os dos outros também, quem sabe assim os problemas sumam! Queria conter minha raiva e sentimentos de falta de paciência e me tornar uma pessoa realmente humilde e calma. Eu sofro com essas variações, porque tudo em minha vida é muito intenso. Acho que eu vim para esse mundo para sofrer com meu mundo interno em contradição ao externo. Cada dia que passa, menos me sinto desse planeta. Amo as pessoas, amo tanta coisa, mas, me sinto e vejo diferente. Não especial, porque não sei viver muito bem as diferenças, nem sei viver sentimentos nobres e leves sem esforço. Para sorrir, parece que devo derramar rios de lágrimas; pra expressar belas palavras, parece que preciso viver tanta loucura...
Estou muito cansada e acho que esse post está bem confuso... mas, minha mente está assim mesmo: confusa!
Não consigo aceitar tantos falsos valores. Esse senso de justiça exacerbado me corroe. Eu tenho uma sede imensa de deixar tudo claro, sem dúvidas. Tanta cobrança.
Ai, quando falo HOJE ESTOU MUITO CANSADA, é porque meu hoje é constante. Ontem, hoje e amanhã, para mim é tudo HOJE. Essa sede de viver o presente agora também é exagerada. Eu não queria estar devendo um terço do que devo e sofro, por não ter condições de pagar. Quero voltar a trabalhar, mas, e Peu? Está tudo espalhado em minha cabeça. Parece que quando penso que vou superar as dificuldades internas, as externas gritam: "se lenhe" (horrível - risos). Tem gente que nessas horas, ganham o mundo. Outras que fazem a virada. Muitas que fogem. E eu que não sei nem o que pensar para começar a fazer. Vivo um tsunami mental a cada dia. Uma enchorrada de tristeza e um sol quente de alegria. Meu peito vive apertado.
Ultimamente, tenho disfarçado minhas dores e agonias. Por isso, precisava desabafar de alguma maneira. Sobrevivo porque Deus não me desampara. Superar meus sofrimentos sozinha e enfurnada dentro de casa é tão difícil! Queria ter forças para reagir. Mas, ando tão cansada.Se alguém soubesse o quanto é difícil controlar a vontade de gritar e correr por aí!!!
Se alguém soubesse que viver julgando e criticando é tão ruim! Ai, ando tão sufocada! Queria voltar a fazer terapia, mas, vários são os obstáculos: dinheiro, horário (apesar de não ter compromissos com trabalho, vivo trabalhando em casa e só vivo esse trabalho), com quem deixar Pedrinho? (teria que envolver pessoas que têm suas rotinas...)... ai, porque eu dificulto tanto? Por isso que digo que eu não sou especial. Eu não sei mais viver. Ainda há quem me veja como eu era. Peço que me lembrem, porque a cada dia, vivo menos do que era.
Não estou louca, mas, confusa e triste. Por mais que queira mudar meus valores, já estavam entranhados em mim os valores materiais e como eles me faltam agora, é isso que mais dói, ver que eu sou como quem critico: materialista. Se eu fosse especial de fato, teria a verdadeira humildade em meu peito e isso me motivaria a dar a volta por cima. Tá tudo espalhado e embaralhado. Ao menos eu admito. E sofro por isso. Mas, tem muita gente com o dedão me apontando que vive angústias e histórias bem piores. Algumas, até bem fétidas... mas, acham que só eu preciso de ajuda... olha, eu preciso mesmo, até mesmo para não me incomodar com as pessoas e, ao menos, poder ter moral para ajudar. Quero mudar mesmo. Me purificar e viver o bem. Esse é meu sonho.
Ai, meu peito está quase explodindo. Talvez amanhã, seja um HOJE melhor. É nisso que me confio e vivo cada dia. Na esperança de um HOJE diferente. Tô mexida sim, mas, não estou destruída! Deus, socorro!
Por isso que falo que vivo HOJE o melhor e o pior momento de minha vida. Só Deus!
Pat Lins
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