Conheço muuuuiiiittttaaaa gente! Já falei que sou colecionadora de pessoas livres. Meu maior prazer é estar diante de pessoas e suas histórias de vida e de sonhos. Cada doido com sua mania e essa, revelo, é uma das minhas!
Pois, nesse ambiente vasto, conheço pessoas que moram fora da sua terra natal - seja de lá para cá, seja daqui para lá - e algumas dessas pessoas são pessoas cosmopolitas, mesmo. Elas se encontram com as raízes bem firmes e asas que as levam para todos os lados. Essas são livres, de alma livres. Não deixam de voltar às suas origens para reabastecerem-se com o amor de família e amigos originais e voltam, em seguida, ao mundo! São pessoas que sabem para onde devem e querem ir, o porquê e sabem que e se devem voltar e para onde e porquê. Assumem que sentem falta de estar, não a ponto de ter que ficar mas, apenas a ponto de serem quem são e quem foram.
Nesse mesmo ambiente, algumas pessoas me intrigam... sentem uma necessidade estranha de ir; sofrem calados na distância e sempre afirmam aos outros, como se quisessem se auto-convencer: "a gente tem que desapegar...". O desapego não é a desistência de estar junto, é ter o distanciamento interno, pacífico e saudável de não ir além e nem deixar que venham além, ou seja, nem invadem o espaço do outro, nem se deixa invadir. Para essas pessoas - um padrão estranho de pessoas distintas se abriu, hoje, do nada em minha mente - o mundo é o lugar de fuga! O mundo ou qualquer lugar longe de quem ou do quê não sabe conviver é o lugar. Não se encontram em lugar algum e não entendem que saudade é parte do processo de afastamento.
Se esse afastamento se dá de maneira saudável e consciente, a pessoa é livre para ir e vir, porque sabe que tem seu lugar e sente prazer nele, também. Se é fuga, a pessoa teme a volta e só volta em caso de saudade e carência e, quando volta, sente logo vontade de partir... não sente prazer ou se encontra em sua origem.
Ainda existem as pessoas que se apegam tanto ao lugar onde nasceu que, mesmo em situações necessárias, elas não vão, ficam. E, se for, sofre.
Nem apego exagerado, nem distanciamento exacerbado! Consciência, isso sim!
Aquilo que pode ser a liberdade é a consciência de se saber o que deve ser feito e fazer. Aquilo que aprisiona é aquilo que só quer ir para "sair daqui", onde longe, qualquer lugar é melhor!
Isso tudo é só uma coisa que venho observando ultimamente e me veio essa vontade de escrever...
Pat Lins.
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