domingo, 31 de março de 2013

FELIZ PÁSCOA!!!!



E hoje? 

Que renasça em nós a lembrança de quem somos, lá no fundo, em nossa essência. 

Que renasça a força da esperança e, acima de tudo, a capacidade de perdoar, de nem julgar e muito menos condenar. 

Que façamos mais o que falamos; que pensemos mais no que fazemos. Que pensemos melhor. Que façamos o melhor! 

Que entendamos o que quer dizer o renascimento do Cristo: o amor, o perdão, a fé! A vida! A eternidade!

Nos concede, ó Deus, ó Cristo, ó Vida, o pão, o vinho e o caminho: o alimento à alma; o refrigério da alma; a vida eterna em paz: o paraíso!

FELIZ PÁSCOA! 

Pat Lins.

sábado, 30 de março de 2013

SER PARA SER




A gente fala e faz tanta besteira que, um dia, o retorno vem e a gente nem sabe de onde, nem se entende como merecedor... Deveríamos ser mais gratos e menos canguinha: se dá para fazer, faz; senão, se abre para. Feio é ter meios para fazer e se lamentar... desculpa todo mundo dá. Assumir-se, poucos fazem. Para aquilo que precisa de dinheiro, se der, deu, senão, não dá, não deu. Para aquilo que precisa de bom senso, aí... f**eu. É importante ter, para ter, mas o mais importante é SER, independente de qualquer outra condição. 

Pat Lins.



quinta-feira, 28 de março de 2013

FELIZ PÁSCOA!



Mais uma fase mundial para reflexão. Dizem que esses momentos são mais propícios para não só refletirmos, como para entendermos melhor essa reflexão. Tudo isso porque todo o mundo - até os que negam a existência do Cristo -, todas as religiões, todas as nações... todos estarão refletindo em algo bom. 

Então, que a mensagem da páscoa - a verdadeira, não a comercial dos ovos de páscoa com valor de ouro e que todo mundo fica doido para comprar, inclusive eu... - chegue até nossos corações e mentes. Que a lembrança de que não nascemos para sofrer e sim para merecer uma vida melhor a cada dia deixe de ser lembrança e passe a ser parte da nossa jornada nessa vida!

Desejo a todos que vejam o que houve na época da crucificação de Jesus e entendamos a mensagem de PERDÃO, COMPREENSÃO, HUMILDADE e AMOR! Foi para isso que o Cristo derramou seu sangue, para nos fazer entender que ninguém precisa sofrer se houver AMOR. Ele deu seu sangue por nós! Por que não entendemos isso e, mesmo depois de derramada cada gota, contiuamos sendo cruéis, distantes e "malvados", lavando as mãos para nós mesmos e para os nossos? Continuamos a desenvolver o orgulho e a vaidade e chamamos egoísmo, possessividade, ciúme... de amor! Ninguém entende o porquê de Jesus ter perdoado quem o traiu... mas, apenas Judas o traiu? Vale a pena a reflexão. O que fazemos, hoje, também não se caracteriza "traição" ao sangue derramado? Condenamos, julgamos em nome do bem - do bem próprio!

Que nesse período, não seja comer ou não carne mais importante do que refletir sobre a mensagem. Que não sejam os ovos de chocolate mais doces do que a vida. Comam e celebrem a fartura, mas, sejam gratos à natureza, porque nada que comemos surgiu do nada. Agradeçamos - quem assim o chama - a Deus, D´us, Jeová, Força Superior, Criador... duvido que Ele lá esteja preocupado com o nome que o chamamos. 

É época de renascimento, mais importante do que o da morte. A morte simbolizou a PASSAGEM - tradução ao pé da letra de PÁSCOA -  e início de uma nova fase. Que seja própera essa fase! Que seja abundante em alegrias e realizaões! A Páscoa é uma celebração muito antiga, de diversos povos, que comemorarm, sempre, alguma PASSAGEM - inclusive, como comemoração da libertação do povo de Israel da escravidão do Egito. A mensagem é sempre a mesma: PROSPERIDADE!

Desejo, de coração, que cada um plante e semeie o que há de melhor em si!

FELIZ PÁSCOA!

terça-feira, 26 de março de 2013

RESPEITAR: UM ATO DE VERDADE


Quantos de nós acha que sabe mais do outro do que ele próprio? 

Quantos de nós já "condenou" um amigo por ver nele um potencial que ele não usa e que, muitas vezes, desconhece? 

Quantos de nós já quis fazer algo de bom pelo outro, achando que era bom para o outro e, quando o outro deixa claro que não gostou do que fez, a gente acha que é ingratidão?

Quantos de nós consegue entender e respeitar de verdade que cada um é como é e que isso não é válido apenas dos outros para nós, que nós também causamos essa "raiva" nos outros, por invadirmos um espaço que não é nosso, mas nossa arrogância insiste em achar que somos capazes de fazer o outro se tornar quem realmente é, porque somos mais "conscientes"? 

A gente só precisa entender que cada um tem seu tempo, seu espaço e seu processo e que respeitar, só se for de verdade! Respeitar é deixar cada um ser quem é. Se lutamos pelo respeito ao outro, pela tolerância disso e daquilo, devemos, antes de tudo, respeitar o outro mais próximo, também e o aceitarmos como é ou mantermos a DS - distância saudável - em casos de incomodo profundo. A essa questão, incluo as loucuras reais e insalubres e atos insanos, ignorados - de verdade - por quem os pratica, por se tratarem de pessoas em desequilíbrio mental desconhecido e que, mesmo ignorando suas próprias loucuras, não deixam de cometer seu atos insanos... Assim, manter essa DS faz bem a todos, ainda que para eles nós estejamos nos afastando por sermos nós os loucos e difíceis... que seja.

Pois é, em geral, devemos entender que de boas intenções o inferno está cheio. De respeito ao outro genuinamente, o céu está vazio, vazio... 

Muitas vezes, fazer algo pelo outro não é o que o outro quer ou precisa. O outro é que tem que fazer sua parte em sua própria vida. Cabe a nós aceitar as pessoas como são e isso implica aceitar a condição da pessoa ser como é e se a gente aceita essa pessoa ou não em nossa vida, essa é a parte que todo mundo foge... 

Temos imensa dificuldade em fazermos escolhas. Por quê? Nos furtaram esse direito? Não. Simplesmente, não sabemos como usá-lo adequadamente, sem culpar alguém pelo nosso fracasso, quando é o caso, em vez de aprimorarmos a técnica e nos permitirmos consertar e alcançar o sucesso! Daí, não aceitamos as escolhas dos outros, porque nos sentimos no dever de escolhermos por ele, já que não escolho por mim, e sim um outro alguém...

Ainda temos uma longa estrada a trilhar em nós mesmos, até chegarmos em nós!

Pat Lins.


segunda-feira, 25 de março de 2013

PAZ ENTRE AS DIFERENÇAS


Respeitar o outro é isso: se colocar no lugar, a ponto de compreender como a pessoa pensa e entender que a pessoa é assim, eu sou assado e pronto, vamos manter a paz entre as diferenças e não a guerra das diferenças... e entender quer dizer que se for algo que me incomode e eu não der conta, diante de tanta demanda que tenho em mi vida, escolho se quero mais isso ou não e me afasto da zona de ataque. 

Se eu não quero guerra, a pessoa pode até me chamar do que for, fazer minha caveira, por eu estar distante, mas não vai me encontrar lá para acirrar os ataques. 

Ademais, entrementes e por aí a fora, sejamos mais leves e felizes, mesmo vivenciando momentos de perda e dor, segue-se em busca do referencial de algo maior. 

Uma pausa não é sinal de fraqueza... pit stop ajuda a reorganizar idéias e viver de maneira mais consciente as mudanças que se instalam em nossas vidas! Respeitar o próprio tempo de ser nos permite respeitar o tempo de cada um, nem que leve a vida inteira. 

Uma pausa pode nos fazer sentir o momento de fragilidade, enquanto recuperamos as forças vitais para seguir e dar continuidade à virada que pretende!

Paz não é fazer o que o outro quer e evitar conflitos... é fazer p que é preciso ser feito e permitir, através de uma explicação honesta e franca, que o outro entenda que não se está contra ele, mas vivendo a própria vida e que, bem provável, não seja compatível a convivência de ordem prática. DS*  na área!

* = Distância Saudável = manter distância de pessoas ou situações que não sabemos lidar e nos causa muito mal estar pela "invasividade", assim, o afastamento temporário se faz necessário e melhor do que viver em embates e combates. Não se trata de ignorar, largar de mão... nada disso, apenas dar um espaço e tempo para que cada um siga sua vida e recupere suas forças na paz!

Pat Lins - recuperando o fôlego e reunindo forças.

domingo, 24 de março de 2013

VIVER EM PAZ COM O QUE NOS UNE!



Onde está o sentimento do bem na intolerância?

Incompatível, ao meu ver, seguir os ensinamentos de Cristo, de Buda ou de quem cada um quiser seguir, pessoas que foram referência de atos de bondade e amor incondicional, e não admitir que o outro possa seguir a religião que lhe é afim.

Eu amo as pessoas que amo e cada uma é de um jeito, segue alguma crença que, nem sempre bate com o que acredito... e daí? Vivemos em paz com o que somos e com o que nos une, não com o que nos separa!

Pat Lins.


domingo, 17 de março de 2013

GANHANDO O MUNDO OU FUGINDO DELE?


Conheço muuuuiiiittttaaaa gente! Já falei que sou colecionadora de pessoas livres. Meu maior prazer é estar diante de pessoas e suas histórias de vida e de sonhos. Cada doido com sua mania e essa, revelo, é uma das minhas!

Pois, nesse ambiente vasto, conheço pessoas que moram fora da sua terra natal - seja de lá para cá, seja daqui para lá - e algumas dessas pessoas são pessoas cosmopolitas, mesmo. Elas se encontram com as raízes bem firmes e asas que as levam para todos os lados. Essas são livres, de alma livres. Não deixam de voltar às suas origens para reabastecerem-se com o amor de família e amigos originais e voltam, em seguida, ao mundo! São pessoas que sabem para onde devem e querem ir, o porquê e sabem que e se devem voltar e para onde e porquê. Assumem que sentem falta de estar, não a ponto de ter que ficar mas, apenas a ponto de serem quem são e quem foram.

Nesse mesmo ambiente, algumas pessoas me intrigam... sentem uma necessidade estranha de ir; sofrem calados na distância e sempre afirmam aos outros, como se quisessem se auto-convencer: "a gente tem que desapegar...". O desapego não é a desistência de estar junto, é ter o distanciamento interno, pacífico e saudável de não ir além e nem deixar que venham além, ou seja, nem invadem o espaço do outro, nem se deixa invadir. Para essas pessoas - um padrão estranho de pessoas distintas se abriu, hoje, do nada em minha mente - o mundo é o lugar de fuga! O mundo ou qualquer lugar longe de quem ou do quê não sabe conviver é o lugar. Não se encontram em lugar algum e não entendem que saudade é parte do processo de afastamento. 

Se esse afastamento se dá de maneira saudável e consciente, a pessoa é livre para ir e vir, porque sabe que tem seu lugar e sente prazer nele, também. Se é fuga, a pessoa teme a volta e só volta em caso de saudade e carência e, quando volta, sente logo vontade de partir... não sente prazer ou se encontra em sua origem. 

Ainda existem as pessoas que se apegam tanto ao lugar onde nasceu que, mesmo em situações necessárias, elas não vão, ficam. E, se for, sofre. 

Nem apego exagerado, nem distanciamento exacerbado! Consciência, isso sim! 

Aquilo que pode ser a liberdade é a consciência de se saber o que deve ser feito e fazer. Aquilo que aprisiona é aquilo que só quer ir para "sair daqui", onde longe, qualquer lugar é melhor!

Isso tudo é só uma coisa que venho observando ultimamente e me veio essa vontade de escrever... 

Pat Lins.

sábado, 16 de março de 2013

DIGO NÃO A DESUMANIZAÇÃO - PROTESTO CONTRA O DEPUTADO E PASTOR MARCOS FELICIANO! NÃO ME CONFORMO!!!!

O Brasil que a gente precisa é um Brasil que progrida!

É estranho a gente pregar liberdade e respeito e ter que desrespeitar a liberdade... isso porque nem toda liberdade é para libertar as pessoas da opressão. Existem pessoas que NÃO são dignas de usufruir a liberdade por não terem a responsabilidade moral que ela exige.

O Pastor Marcos Feliciano, gente, aquilo é gente? Me perdoem quem acredita nele... mas, francamente, afirmar que negros, homossexuais e aidéticos não têm alma é ser muito retrógrado, concordam? É resgatar aquele tempinho... aquele que há pouco mais de um século conseguimos nos "libertar"- teoricamente, pelo menos. Sério, uma "pessoa" dessa tem imparcialidade para estar a frente de uma COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS? O nome já diz: direitos humanos! Direitos das pessoas!!!

E então, como será o direito de ser diferente das imposições insanas dessas mentes retrógradas e perigosas? Como permitir esse poder em mãos de uma mente fechada?

Era o que faltava para provar o descaso com relação ao povo brasileiro! Se o Brasil é um país laico e respeita toda religião, como colocar um membro que discorda disso? Que ele tenha espaço para expor seus pensamentos, não podemos impedir ou cercear esse direito... Mas, daí a colocá-lo à frente de uma comissão dessas é descaso e piada de péssimo gosto!

O radicalismo sempre nos provou - basta observar a história - que não é o melhor caminho... E o Brasil, insiste em se manter com a mentalidade tacanha da época do "descobrimento" - para mim, invasão. Imagina, gente! SOCORRO! Existe algo que possa ser feito ou teremos que esperar ele começar com devaneios racistas, homofóbicos e radicais de extrema falta de respeito para com as diferenças? 

Luto e grito por direito a liberdade, sim e que cada um pense de um jeito, desde que hajamos com respeito ao espaço do outro. Minha liberdade termina onde começa a do outro! 

Não precisa ser negro, homossexual ou aidético para se sentir incomodado com o desrespeito ao jeito de cada um ser, a essa falta de permissão de ser quem se é, sem invadir o espaço de ninguém!

Olha, revoltada! Temerosa! Preocupada! Isso é Brasil? Como pode?

DIGO NÃO A DESUMANIZAÇÃO! Ainda que para dizer NÃO  a esse deputado, que deveria lutar pelos nossos DIREITOS tenta castrá-los, eu tenha que me contrapor a mim mesma e aos meus ideais de respeito a opinião de cada um! Como tudo traz em si uma contradição, essa é a minha! E fica aqui o meu manifesto e a expectativa de que, de alguma maneira, isso seja revisto e alguém digno assuma o lugar!

Pat Lins.

TEMPO DO AQUI E AGORA: AGORA É O QUE É


Mais um desabrochar,
ainda que com a dor como mestre... ela nem é tão ruim quanto parece,
apenas necessária pela nossa condição humana e
limitada de ver e entender e aceitar e continuar e deixar passar...
de encarar o que é!

Pat Lins.

Juntando nossas partes, montamos um todo de pequenas partes fragilizadas. Um apoiando o outro e estabelecendo um equilíbrio improvisado, até a dor do desmame ir, pois ainda está em seu tempo de ser. 

Em paralelo, ela - essa dor - vai-se indo e a dor que fica - pelo irreversível - é chamada pela razão do fato e do lógico para ocupar um lugar próprio, que caminha junto, calada e compreensiva e dá-se, aos poucos, lugar para o aqui e agora, para o novo tempo que se instala, que se ergue, que É!

E assim caminhamos. Ainda não encaramos porque a rotina ainda não fora retomada. Todos precisavam de um refresco... todos vivenciamos e a acompanhamos a saga de dor de minha tia... todos nós sofremos com ela. O alívio dela foi nosso alívio em não vê-la ter que passar por aquilo. Uma morte, um descanso para sofrimentos que poderia ter se arrastado por anos e anos... mas Deus teve compaixão e não permitiu que essa filha passasse por isso. Triste doença - câncer - que aplaca não apenas o doente, mas todos no perímetro ao redor. O conforto de saber que ela não está presa a uma cama, vegetando nos foi dado. Isso nos fez entender o quão importante é a medicina e seus avanços, mas o quão acima disso estão os desígnios de um destino que não nos cabe conhecer previamente. Coisas da vida e da vida-morte-vida que eu prefiro acreditar e que, apesar de questionar muito, começo a aceitar o que em mim já pedia para ser aceito, sem tanto lutar.

Hoje, tive o primeiro sonho com ela, e estávamos todos querendo comprar um celular para o filho dela. Ela estava entre nós e não estava... O telefone deveria ser um desejo meu de estabelecer contato... Talvez desnecessário... Só peço a Deus que esteja em paz e tenha sido bem recebida pelos Seus anjos!

A família e os amigos ainda sentem/sentimos o baque, a ruptura rápida, prevista - sem hora marcada, mas sabia-se que era a evolução de uma doença sem cura e destrutiva - do que vimos com os nossos olhos, ali, lado a lado e como é dualisticamente dolorido e reconfortante ver o deixar de ser. Ali, diante de nós, nos despediamos e sentiamos que chegava o momento... e quando chegou, não estávamos nem um tiquinho preparados, mesmo sabendo... onde prova que por mais racional que sejamos, somos muito mais emocionais e o equilíbrio desses pólos é que nos permite encontrar forças sem negar a dor, sendo fortes mesmo fragilizados.

Como será segunda? Quem sabe é Deus! Uma partida no meio da semana, um enterro na quinta... uma sexta de descanso, um sábado de primeiro momento sem ela... e amanhã, e a segunda, quando teremos que retomar a rotina? E o filho dela - meu primo - quando dormir e acordar em casa sem ela... e minha tia caçula, que vivia com ela, que era a irmã, amiga, parceira, companheira de todas as horas? Juntamos nossos caquinhos e nos erguemos num novo EU de cada um, e num novo NÓS como família, para dar conta de tudo que ainda está por vir... Meu primo é especial, vai precisar de tratamento... Deus nos dê a capacidade de dar conta daquilo que só uma mãe consegue fazer, que é fazer tudo por ele - com erros e acertos como qualquer mãe que se preze... 

Deus, te pedimos que amenizasse o sofrimento dela, que não a arrastasse naquele quadro... - não tem prisão pior para um inocente do que ficar preso em um corpo morto e vivo, agonizando e sofrendo por  dias, semanas, meses, anos e anos... - e o Senhor nos escutou, a olhou e a levou. Agora, Pai, pedimos que nos capacite a dar continuidade ao nosso caminho. Que nosso presente seja de força, sem as boas lembranças de um passado que se impõe e segue o seu fluxo de ser e existir e que em mais um contato com dor extrema, consigamos superar o desafio de julgar, de culpar, de encontrar onde foi a falha para aceitar o que aconteceu. Que consigamos romper com emoções densas e estabeleçamos, a cada dia mais, um contato com o que há de melhor em cada um de nós para escutarmos melhor o que tens a nos dizer com Sua infinita sabedoria, através daquela Natureza criada para nos prover e nos ensinar... nos alimentar, inclusive de entendimento pela aceitação do que é e pronto!

Obrigada a todos que seguem este blog, que, nos últimos meses ficou um pouco triste, mas com reflexões que nos deixam mais próximos do que vem a ser felicidade, que é ir se desapegando de pesos que não devemos carregar e arrastar vida a fora e vida a dentro, que é o sofrimento. Que aprendamos a deixar passar com consciência e entendimento de que a dor fica, para sempre, amenizada porque será através de boas lembranças boas!

Luto no luto para lutar pela continuidade sem luto, lutando diariamente contra o breu de mim mesma, humana que sou!

Pat Lins - mesmo aqui e agora de dor e luto, aqui e agora plantando e construindo felicidade, através do amor que liberta e refrigera a alma! A gente tem mania de pensar que perdeu algo que ainda nem achou... A gente não perde quando se ganha, a gente só precisa entender que ganhou a alegria de ver um sofrimento acabar para uma pessoa que amamos... um dia isso estará mais firme em nós - e um dia eu internalizo, isso, também...



sexta-feira, 15 de março de 2013

SOMOS LEMBRANÇAS E SONHOS, ISSO SIM!


Lutar é fácil! Coisa é quando chega ao final de mais uma batalha e entender que nem sempre ser vencedor é ganhar e continuar vivo. 

Um guerreiro é capaz de morrer em batalha e isso é o que o motiva. Esse é o seu sentido e sua honra! A vida não é guerra, mas nosso dia a dia para nos combatermos - ou ao mal que nos faz parte - nos leva a auto-batalhas homéricas. 

E seguimos em frente. Entre machucados e marcas que ficarão, seguimos em frente, enquanto vivos. Lembranças e sonhos nos levam em frente. 

"Entre mortos e feridos, salvaram-se todos!" 

Pat Lins


quinta-feira, 14 de março de 2013

FASE DE AJUSTE




O luto, para mim, só tem sentido como período ou fase de ajuste ou transição de realidades.

O choque que a partida de alguém que amamos causa precisa de um tempo para que a tontura do impacto se apazigue e sigamos levando a dor do que não está mais e a alegria da esperança de se continuar e fazer o melhor, fazer o bem para deixar algo de bom a quem fica e ir no caminho que criou e seguiu!

Luto é apenas uma fase de sentir a dor presente, sem repreendê-la ou represá-la, apenas sentí-la, questionando-a e deixando-a ir, sem frieza, mas com o discernimento necessário para a distância que será necessária se estabelecer entre o que "está sendo", "o que continuará sendo, no devido lugar" e o "que é, tendo que ser!". É a vida... se a gente ainda não entende... aprendamos a aceitar e seguir, abertos para aprender e entender um dia.

Eu sinto! Eu vivo! Eu sinto coisas novas! Eu vivo coisas novas! Eu sigo em paz!

Pat Lins - elaborando para me reequilibrar.

quarta-feira, 13 de março de 2013

TEMPO POSTO. TEMPO QUE SE ERGUE.


E eis que chega o dia do tempo se por. Um tempo que se deita e se vai. Outro tempo que começa e que vem.

E eis que encerra uma batalha. Eis que tantas outras continuam.

Eis que a dor do que se "perde" - ainda que nada estejamos a perder, porque em se tratando de vida e de pessoas, não temos posses, temos conquistas - está em seu momento e passa, e fica e vai e segue, porque as lembranças hão de oscilar. Só que surge um novo dia, uma nova rotina apenas a começar. Dois lados de um mesmo tempo.

E eis que mais uma filha do Pai encontra o seu descanso. E eis que os outros filhos que ficam seguem e têm que seguir. Não com peso ou amargura... isso estou tentando tirar de mim. Entender que só acontece o que tem que acontecer é encarar a realidade. 

Agora é o daqui para frente. Agora é o vamos seguir. Agora é tudo mais um pouquinho diferente, como sempre é quando esses tempos se encontram.

Agora é fortalecer, ainda mais, para dar força, para ser força. Com lágrimas em dias de faxina interna e lavagem de alma. Após os momentos de lavagem, abre-se o espaço para o brilho do sorriso. Aquilo que as lágrimas lavam abre espaço para as boas lembranças e, a cada novo dia, são elas que ficam; são elas que importam. 

Tia Nice, segue em paz! Família e amigos: sigamos em paz!

Aqui e agora é daqui para frente!

Pat Lins.


terça-feira, 12 de março de 2013

À ESPERA DE UM MILAGRE



De acordo com a medicina, o quadro de tia é irreversível... Além do fígado e cérebro, no pulmão e no baço... Infecção pulmonar. Ela está ligada a aparelhos de monitoração e é importante lembrar, em tempos de questionamentos sobre "SPP", no HSR isso não existe. Ela sempre teve todo atendimento por lá, pelo SUS, e deram muita atenção - tanto no caso dela, quantos dos outros pacientes. Existem profissionais em todas as áreas que "queimam" a imagem da categoria - principalmente categorias chave como saúde, segurança e educação e acabam comprometendo a imagem dessas classes de maneira bastante pejorativa e, de certa forma, motiva outros seres amorfos e desumanos a entrarem no jogo do mal. 

Graças a Deus - tirando o problema que tivemos e que, supostamente por esse motivo, hoje, minha tia entrou em metástase, foi a negligencia da SESAB Estado em fornecer o medicamento, que JÁ ESTAVA PAGO PELA UNIÃO, que ela precisava ter tomado para evitar essa proliferação dos tumores para outras regiões... e nos coloca agora em condição de à espera de um milagre ou despedida - o atendimento no Irmã Ludovica e Hospital 2 de julho/Hospital São Rafael sempre foram de uma presteza, dedicação e cuidado brilhantes, acolhedores e consoladores. 

Hoje, ela está internada, medicada, monitorada, tomando oxigênio e estamos à base da fé, mesmo. De orações, de pedidos a Deus que nos capacite com entendimento e consciência do que somos obrigados a viver e experienciar e que Ele mesmo nos dê o conforto que esse entendimento pode nos trazer. A dor é grande. O sofrimento de ver uma pessoa forte e alegre - com defeitos e qualidades como qualquer ser humano - definhar em nossa frente não é algo legal, bacana e/ou agradável... é algo que inquieta, entristece, incomoda e nos faz questionar o tempo que temos de vida, que pode ser longo ou curto mas que seja vivido, que a gente aprenda a encarar as coisas pequenas e resolvê-las enquanto pequenas, porque de repente, vem uma coisona grandona que independe de nós, do nosso conhecimento de como isso apareceu e está além das nossas forças ou capacidade de solução. 

Aprendamos que a vida é a cada dia e a cada dia que identificamos algo a ser corrigido, nos empenhemos em corrigir com muito amor - e isso inclui, em muitos casos, entender que não invadir o espaço e o tempo se faz necessário. 

Hoje, vendo tia Nice lá, deitada e com medicamentos fortes penso: o que somos nós? Quão frágeis e pequenos somos nós diante de nós mesmos e nossa limitação física. E, por mais raiva e sentimento de impotência e indignação diante da SESAB, penso que meu limite era esse... saber deixar passar o ódio de algo que poderia ter tido uma chance maior nessa luta se não tivesse havido tanta indiferença e descaso de um órgão público adepto indireto do "SPP"- da dra monstro Virgínia, lá de Curitiba que era "chefe" da UTI de um hospital de respeito - onde aqui, pelo que vimos na SESAB era mais para SMM - se morrer, morreu -, tamanho o descaso com quem precisa "pedir", como pedinte, em vez de cidadão que tem o direito de receber, haja vista que nós pagamos impostos mil. Mesmo assim, me coloco comigo num processo de diluir esse sentimento ruim porque aqueles seres amorfos e estúpidos ainda estão lá, continuarão fazendo isso com diversas outras pessoas pobres e sem condições de brigar de igual para igual e que morrem e a morte resolve os problemas deles... e deixam as famílias no desamparo. No caso da minha tia, ainda tem um filho especial que ficará e nós cuidaremos com todo amor, lógico, mas a que custo? Ao custo de seguir sem a própria mãe. Havia uma chance mínima e eis o motivo da minha indignação humana, pois com o medicamento essa chance mínima era uma mínima chanca, uma chance não ter chegado a esse ponto... mas chegou, porque o descaso desse órgão não lhe deu essa chance e nem tem muito como processar... Nessas horas a Lei é cruel para o cidadão de bem que dela precisa. Nós não temos a quem recorrer, porque o caso dela estava sendo acompanhado e orientado pela DPU e nem assim conseguiram o cumprimento dos prazos e, com isso, de uma chance de vida! 

Agora, nos resta a evolução pessoal de acolher a dor e a raiva concomitante e expandir ao nível de consciência do "aqui e agora". Aproveitar o tempo que nos resta entre os momentos de lucidez dela e as nossas lembranças de um presente que existiu como tal até novembro de 2011, quando ela descobriu essa doença e toda saga começou. Hoje, esse presente tem como o futuro um passado muito provável, pois desse presente, sem o milagre, ela não sai... O que a ciência tem de informação é que trata-se de uma quadro irreversível e ligou o contador de tempo de até onde ela aguenta ir...

É o fim? Ninguém tem como saber, mas vendo aquela mulher jovem, recém completados 53 anos - dia 5 de março - acamada e afirmando que precisa ver o filho e receber as visitas porque sabe que vai morrer nos dá um negócio aqui dentro indescritível e negativo... Manter o pensamento positivo é estar aberto para tudo, inclusive para a mínima chance de um milagre!

No final e início das contas, tudo é aprendizado prático do que vem a ser "aqui e agora".

Pat Lins.

sábado, 9 de março de 2013

ONU E O DIA INTERNACIONAL DA MULHER


No Dia Internacional da Mulher, ONU pede fim de todos os tipos de violência de gênero




BASTA CLICAR NAS IMAGENS E LER! PREFERI NÃO COPIAR PARA QUE LEIAMOS NA ÍNTEGRA!

Os atentatos às mulheres vão além da violência doméstica, vem da não aceitação de que somos pessoas, também!

Pat Lins.

sexta-feira, 8 de março de 2013

"LADO A LADO" COM O DIA INTERNACIONAL DA MULHER E COM A VIDA REAL

Animação: DIVA LATÍVIA
Achei uma sacada e tanto da Rede Globo em programar o último capítulo da novela "Lado a Lado" para o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, com uma bela mensagem de que, além de todas as batalhas com o que a "sociedade" - melhor, com os rumos sociais de cada época - o processo individual conta e muito. Ou seja, no microambiente a gente colhe o que planta. 

O que vale a pena ser feito? Eu penso que ninguém consegue ser feliz causando a infelicidade alheia. Se alguém dedica a própria vida para derramar doses insanas de infelicidade na vida do outro, perceba o que já faz na própria vida. 

O que mais gostei foi a maneira leve da homenagem a nós, mulheres, num ambiente e época de transição geral: "abolição" da escravidão, liberdade de imprensa - ou, indo além, de expressão - e emancipação feminina - fora as mensagens paralelas e crítica ferrenha ao machismo como conduta exagerada de culto ao erro, ao poder mal utilizado e ao desrespeito em geral, independente de Constância... inclusive, no momento em que ela conversa com o marido sobre seu adultério, ela emite um: "é porque o adultério só é permitido aos homens, não é verdade?". 

Os questionamentos na novela foram leves, por conta do contexto romântico que todo folhetim precisa ter para viver e alcançar índices consideráveis de audiência, porém relevantes e bem contextualizados. Não acompanhei todo o desenrolar da trama, algumas vezes por falta de tempo disponível - administrar nosso tempo requer isso, escolhas e escala de prioridade - e outras por conta dos momentos de enfoque nos pares românticos. Porém, pude acompanhar lendo os resumos disponíveis no site da própria emissora. Polêmicas como filhos de mulheres solteiras - em consequência da inocência imposta pelo machismo e as mulheres serem criadas como bichinhos domésticos que só serviam para abanar o rabinho para o dono quando e somente quando este assim o ordenasse, onde muitas acabavam sendo vítimas dessa pureza e caiam na lábia/cama de algum cafajeste, cedendo aquilo de mais precioso que  acreditavam ter: a virgindade - bem como solterice como denotação de incompetência - isso repercute ainda hoje, onde muitas mulheres continuam casando com qualquer um, porque "tem que ter um homem do lado", não por amor, porque não se é permitido amar, mas por "amor" à fama, à condição social de "mulher", que só é mulher se conseguir se casar... Vejamos quais as bases firmes e verdadeiras nossos arquétipos foram desenvolvidos. Quanto motivo de orgulho e, por acomodação e medo de contrariar essa realidade, continuamos sendo e agindo bem próximos do original. Alguém se deu conta de que a novela passava, se não me engano, do final do século XIX - final fa escravidão e início da República - e início do século XX? E os mesmos "problemas" continuam sendo problemas...

Sexismo louco... mulheres que pensavam além dos livros de receitas herdado da família como receita de sucesso em "Como ser uma mulher bem sucedida - segure seu homem pelo estômago", eram punidas com loucura... Imagina que muitas mulheres pagaram com a própria vida para, hoje, eu estar aqui, em pleno século XXI, digitando em meu notebook, um pensamento livre sobre a repressão sexual como forma de estabelecimento do poder? Eram apenas os homens os algozes? Não. O machismo vai além de quem impõe o gênero como condição de liberdade ser um homem... era um ato desumano de maldade e intrigas com a conivência de mulheres que, desejosas de um poder ambicioso demais, usavam seu sexo como maneira de segurar um homem, provando que mais esperta não era quem cozinhava bem... era quem usava sua sedução como arma fatal - lógico que tão fatal que, diante de uma concorrência burra e em crescente evidência, muitas outras mulheres se prestavam a esse caminho mais curto e rápido de se conseguir algo e, com a mesma rapidez, perder...  - . Um fato impressionante foi o do sanatório... Mulheres que pensam são loucas! Olha o que vi num link da própria Rede Globo, onde a autora expõe alguns argumentos para a cena onde Laura é internada num sanatório: http://tvg.globo.com/novelas/lado-a-lado/Fique-por-dentro/noticia/2013/03/laura-no-sanatorio-autora-diz-que-constancia-sera-mae-cruel-e-devoradora.html.

A loucura humana só aumenta! Ninguém - ou melhor, quase ninguém - se dá conta por motivos tão simples: o medo de ser tido como louco e internado, também. A diferença é que não se interna mais em sanatórios, mas em lares opressivos. 

A loucura é tão grande e estúpida que a verdade e o amor que libertam assustam... e deturpamos tudo: amor com escravidão emocional - onde "doamos" o que não temos e exigimos em troca o aprisionamento do "ser amado" como prova de retribuição a esse amor que "demonstramos"... quanto amor verdadeiro....; e verdade é aquilo que se pode ser dito sem alterar nada, porque verdade é o que já está aí e ninguém mexe! Daí, em nome dessa verdade e desse amor, haja guerra, haja destruição e isso, sim, é lucidez. Mórbido demais para mim!

Outro ponto brilhante e quase inexpressivo em cenas de destaque foi a questão da "(in)tolerância religiosa". Foi muito bom ver que o padre daquela cidade, mesmo seguindo os rumos da igreja Católica de servir aos ricos e aos coronéis, barões, senhores de engenho..., romper com essa "tradição". O catolicismo dos portugueses que veio ao Brasil destruiu os moradores daqui - os índios, ou selvagens, como eram tidos e animalizados - e permitiu a escravidão dos negros, pois eram tidos como seres sem almas... portanto, não eram humanos e isso justificava e legalizava para os céus aquelas atitudes demoniacas, me perdoem, mas é assim que vejo, para aquelas atrocidades legais - eis um bom exemplo para a grande diferença do que é legítimo, porém anti ético: desumanidade! Para ser considerado ser humano precisava ser batizado numa igreja Católica. Na novela, o padre se deixou levar pela megera rica e manipuladora, porém, se deu o benefício da dúvida e permitiu escutar a "boazinha e sofredora" da trama a ponto de ajudá-la. Outros pontos de destaque foram mais diretos, como quando ele voltou atrás e pediu a liberação da mãe de santo da cadeia - a expressão religiosa era crime dentro dos rigores da Lei... - e quando aconteceu o casamento de Izabel - adorei a personagem principal levar esse nome simbólico, sendo ela uma negra e pobre plebéia - e Zé Maria - nome dos pais de Jesus, num negro do candomblé. Muito bacana, além do padre estar num casamento diferente e respeitando essa diferença, os nomes dos personagens principais.

O que isso tem a ver com o dia internacional da mulher? TUDO e mais um pouquinho. Se ser mulher já era para ser temido - a ponto de durante a gestação, obrigatória como forma de cumprimento do papel de boa esposa, as mulheres desejarem filhos varões, e os homens já deixavam claro que se fosse uma menina, a culpa era da mulher, aquela incompetente, incapaz de dar um herdeiro... - imagina, então, uma mulher negra? Essas, coitadas, estavam abaixo do mais baixo na escala de respeito. 

Peço licença para usar essa novela das 18 horas, tão simples e com um dilema em primeiro plano de uma mulher negra e pobre que é "seduzida" por um homem branco e rico, gerando um filho...  para nos lembrar de como somos nós. Como nosso Brasil foi construído - ou destruído - a cada época de transição. O resto do mundo evoluía a nós continuamos como colônia portuguesa, com uma ressalva que nossos livros de história não apresentam com clareza, de que o que veio de Portugal foi um bando de marginais que como castigo e punição, já que viviam em celas, vieram continuar o cumprimento de sua penas aqui, nos fazendo. 

Interessante que a Pátria Mãe nunca nos deixou, continuou a nos brindar com suas belezas naturais e o que foi feito desse lugar? Coitada dessa mãe que tudo deu aos seus filhos e veja o que eles passaram a diante... Essa Pátria Mãe foi violentada! Essa Pátria Amada Brasil foi desonrada desde que destruíram seus filhos primogênitos e nos colaram aqui, como filhos do estupro de uma nação sobre a outra com outros filhos bastardos e arrastados de sua terra mater para serem animalizados aqui e erguerem um império riquíssimo para os outros, como pagamentos: relegados a pior das pobrezas que é a falta de acesso às oportunidades, que se faz até hoje!

Por isso que gostei dessa novela. Em poucos meses e com a limitação de ter que agradar e manter uma audiência - somos filhos do capitalismo que só mudou de nome, pois sempre existiu... O poder pelo material já vinha desde eras paradisíacas, como Adão e Eva, que queriam ter aquilo que não lhes pertencia -, a trama conseguiu, ainda que timidamente, abordar esses temas de intolerância através de personagens brancos e ricos do bem e do mal, bem como os negros e pobres do bem e do mal, como um alerta maior: a maldade é condição humana! Todos nós temos nosso lado leviano. Todos nós erramos. Mas, certo é que TODOS temos a mesma condição de buscar o acerto!

E, hoje, DIA INTERNACIONAL DA MULHER, não se trata de uma data sexista. Trata-se de uma data significativa de questionamentos sobre a igualdade de gêneros, respeitando-se a característica de cada um - e isso não deu tempo de mostrar na novela referida, mas não deixou de ser abordado, haja vista que a tragédia do dia 8 de março de 1857 foi consequência dos abusos de poder e ambição. 

Na novela, as verdades vigoraram. Os frutos foram colhidos - ainda que alguns aparentemente saíssem impunes, fica-se a mensagem de continuidade e do "por vir". E na nossa vida real, o que queremos que se transforme? Isso é para mulheres e homens, para os seres humanos - independente de cor, raça, classe social, condição econômica e financeira... - que querem sentir-se parte desse mundo! Dessa Terra, mãe e gentil, que nos dá vida, comida e condição de nos melhorarmos: uma verdadeira mãe! E deixar um mundo melhor para os nossos filhos e filhos melhores neste mundo meu, teu, dele e dela, nosso, vosso, delas e deles. Esse mundo de Deus Pai e Mãe, que seria uma nomeclatura mais apropriada. E, acima de se ser pai ou mãe, a condição de se ser e fazer algo melhor e do bem, pelo bem e para o bem é o caminho ao divino!

Façamos nosso melhor a cada dia! Para ver se um dia, todo esse hoje consegue deitar à sombra e encontrar-se com seu tempo certo: passado! Que amanhã o hoje seja de PAZ, AMOR e DIGNIDADE, com RESPEITO e ÉTICA. Para que, não seja mais necessário datas oriundas de tragédias para nos fazer refletir - ou esquecer - e para que marcos sejam estabelecidos - como dia da mulher; dia da consciência negra; dia da criança... Que alcancemos dias de glória e igualdade a cada dia!

A novela fictícia com alerta do real acabou, a vida real continua... E a gente nem percebe muita diferença.  Talvez porque cada um de nós precise se (re)ver para fazer essa diferença positiva!

Pat Lins - um ser humano, acima de tudo e independente do gênero!



quarta-feira, 6 de março de 2013

IGNORÂNCIA É NÃO SABER QUE SEMPRE SE TEM ALGO A APRENDER!



Edna Simões, você me inspirou com um pensamento que estava doido para sair, mas estava sem forma. 


"Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina o justo e ele aumentará em doutrina.
Provérbios 9:9

E, adorei o desdobramento, que recebi via facebook:

"Corrija um sábio e ele se fará mais sábio. Corrija um tolo e fará um inimigo!".
Anônimo

Pois é, aquilo que mais ignoramos é que nos faz mais arrogantes. E essa arrogância é o que mais nos afasta do simples, do verdadeiro e da essência divina que há em cada um de nós!

Sempre temos algo novo - e velho, também - a aprender, porque quem pensa que sabe tudo, começa errando por aí...

E finalizo com o alerta humilde de quem soube sua verdadeira missão e a cumpriu com louvor, Sócrates:


"CONHEÇO APENAS A MINHA IGNORÂNCIA."


"SÓ SEI É QUE NADA SEI".

E eu, só sei que tenho muito a aprender e isso só me enriquece - sem enriquecer meu bolso...

Pat Lins - refletindo.

terça-feira, 5 de março de 2013

A ARTE DO (RE)ENCONTRO

Interessante como dedicamos a "vida" no "seguir em frente sem olhar para trás". Se a vida é uma obra de arte e a convivência é a arte diária de se desenhar essa trajetória, imagina o que deve ser o encontro e/ou reencontro? Gente, tudo é arte. Tudo na vida é naturalmente para ser belo.

Seguir em frente e "ignorar" o passado é a máxima mais mal divulgada que conheço - uma das, na verdade. Eu vejo o passado como o presente construído, naquele momento e que pode nos perseguir, seguir conosco ou deitar-se à sua sombra natural. 

Perseguir seria num processo de alerta constante do tipo: "Me veja. Me conheça. Me aceite. Me acolha. Me transforme em passado. Me liberte!" de maneira que arrastamos certos pesos sem necessidade e eles querem passar e lá atrás ficar, não negar que nunca existiram. Nesse caso, ele nos persegue como fantasma que quer partir e, como a gente não o enxerga ou acredita nessa condição, ele vem e assusta de tempos em tempos ou, a todo tempo.

O passado nos segue quando a gente já se deu conta de que tem que resolver e reúne forças para essa despedida. Trata-se apenas de uma questão de pouco tempo. Ele precisa ficar mais um tempinho.

E ele se deita à sua sombra natural quando entendemos, aceitamos, acolhemos e discernimos que cada tempo traz uma lição e só se vai quando o aprendizado se faz presente. Aí, sim, o passado deita-se e não "assombra"mais.

Assim, quando (re)encontramos algo ou alguém de bom do passado - se não for "bom", ainda está nos seguindo ou perseguindo, na tentativa de deitar-se... o passado cansa de viver fora do tempo dele... -, ele não se levanta e vem gritar conosco. Ele fica lá, deitado. As lembranças vêm, elas chegam. E uma sensação gostosa nos invade. É para isso que o passado serve, para nos lembrar presentes já vivenciados, já curtidos, e que no presente atual apenas iluminam! Só volta e fica aquilo que compete ao continuar, ao estar no presente atual. Senão, o próprio tempo, a vida e a natureza divina se incubem de levar para o tempo destino.

Isso faz de um reencontro uma arte! A arte de reunir, unir aquilo que estava perdido no tempo e no espaço. Ademais, apenas passagens e passageiros perdidos no tempo, seja vindo para seguir ou voltando para deitar. Enfim, viagemos nesse túnel e sigamos no hoje. 

Feliz com alguns encontros e outros reencontros que estou tendo a grande e boa oportunidade de viver e propiciar! Viver num círculo faz isso... que nossos ciclos sejam virtuosos!

O que faz bem de verdade, faz bem!

Pat Lins.

domingo, 3 de março de 2013

AVANÇO TECNOLÓGICO - CADA ÉPOCA COM A SUA (R)EVOLUÇÃO

Imagem: Adoção da tecnologia no ensino alcança resultados  cada vez melhores -  Informationweek

Assistindo ao Fantástico, deste domingo - 03 de março de 2013 - sobre: "Investir em tecnologia melhora o ensino?", me vi pensando: toda época tem seu avanço tecnológico, desde sempre! Foi na necessidade de se cobrir o corpo, para proteção contra o frio que a roupa foi inventada; seja na invenção da roda, para facilitar o levar algo... enfim, cada época, grupos de precursores - de uns tempos para cá, chamados pela ciência de "gênios" ou, em casos de máquinas e afins: protótipos - acaba nadando contra a correnteza da acomodação e vai além, vendo além do óbvio instalado pela rotina - nada contra a rotina, ela é tão importante quanto rompê-la diante da necessidade da evolução, sendo esta "evolução" mesmo ou não...

Pois é, hoje, usar ou não tecnologia na escola; substituir ou não provas e questionamentos que teorizam o óbvio e gravitam muito mais na limitação dos pensamentos do que na órbita do "vamos saber o que temos hoje e ir além" por jogos que estimulem o raciocínio... o que ensinar? O que é importante aprender? Houve época em que registrar, apenas oralmente e de geração para geração. Quantas culturas se perderam por não haver um registro? O medo, com a revolução da descoberta do papiro, de se perder o controle, o medo de perder o poder. Lógico que nem tudo é para todo mundo, que nem todos têm a capacidade de lidar com a responsabilidade de certos conhecimentos... mas, será que os que detêm esse conhecimento e alimentam esse sigilo também têm essa consciência da responsabilidade ou não passa do medo comprometedor do poder que detêm? 

Bom, vou me ater à matéria super bacana do Fantástico. E volto a lembrar: o que hoje é polêmica, amanhã será a realidade... já não em papiro, mas num ambiente virtual e quase infinito.

Cada época com a sua (r)evolução tecnológica. Um dia, quem sabe, superaremos essa limitação e até o físico transcenderá? Eu acredito que um dia, breve, nos comunicaremos por telepatia... Até lá, abaixo o orgulho, a vaidade, e outros sentimentozinhos impeditivos...

Façamos nosso melhor hoje! Aqui e agora tudo pode mudar! O amanhã é o hoje que inevitavelmente chega! Medo de quê? Vamos tentar o que é válido. Vai me dizer que toda linha de educação, quando fora criada, não teve lá suas especulações e negativismos como barreira? Vygotsky, Piaget e tantos outros, foram aceitos com facilidade? Até hoje ainda encontram resistência. E quem resiste está errado? Quem os segue, está certo? Vai saber! O importante é tentar. Há público para tudo. Para essa geração atual, de crianças que nascem intuitivamente tecnológicas, essa educação formal vai dar conta? Tudo é questionável. Tudo é questionamento. Tem como frear o avanço? Como resistir ao que não depende de atos individuais? E aí, é parar ou seguir? No mínimo experimentar.

E aí, investir em tecnologia melhora o ensino? Melhora o aprendizado? Isoladamente, eu penso que não, mas num contexto preparado, creio que sim. É identificar a necessidade do público alvo... qual a linguagem dessa turminha que está aí?

Ah, educação para mim vai além da escolar e acadêmica... 

Pat Lins.

sexta-feira, 1 de março de 2013

CAMINHOS DOS SONHOS


Refazer planos é sonhar todo dia. Algumas vezes, novos sonhos; outras, sonhos novos; outras, deixar alguns sonhos apenas como sonhos; outras, sonhos reais... 

Alterar metas, redefinir objetivos isso faz parte do processo, desde que o objetivo principal seja lembrado: ser feliz é amar e viver em paz! 

Construamos caminhos e os sonhos vêm, chegam, como as borboletas no jardim. Cultivemos nossa vida como quem cultiva um jardim, entendendo que para tudo tem um tempo e a natureza tem suas próprias Leis. Nós é que somos ignorantes. 

Pat Lins.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails