Recentemente, tive uma ótima oportunidade de ver e ouvir uma frase que me tocou profundamente:
"MINHAS ESCOLHAS SÃO MINHAS, NÃO SUAS OU DE QUEM QUER QUE SEJA. QUANDO EU CARREGO AS CONSEQUÊNCIAS DAS MINHAS ESCOLHAS, ELAS NÃO PESAM PARA MIM MAIS DO QUE O NECESSÁRIO. QUANDO EU CARREGO MEU PESO, ELE NÃO É TÃO PESADO PARA MIM. SE VOCÊ CARREGA MEU PESO, ELE FICA MUITO PESADO PARA VOCÊ."
Existem, coisas em nossas vidas que fazemos sem nem sabermos porquê estamos fazendo ou agindo. Somos seres complexos, não porque somos difíceis, mas, porque dificultamos o que já vem com muita informação e não nos é permitido, desde sempre, saber de tanta coisa... Confuso, né? Imagemos-nos numa barriga. Quem nos carrega é outra pessoa, que, traz a mesma condição humana do ser que gera: imperfeição; carasterísticas únicas e essenciais; características herdadas geneticamente, de antepassados que existem de maneira que nunca saberemos o que virá... de quem vem...; nasce em um ambiente que já existe e perdura, com tradições que nem fazemos conta que existem... enfim, somos uma gama de informação desconectada pela ignorância de nós mesmos. Isso se agarava no processo de educação, porque, como quem nos educa é uma pessoa com seus defeitos, qualidades e com suas questões a serem trabalhadas, nós, também, aprenderemos a repetir o que já vem sendo repetido inconscientemente. Lógico, por ser inconsciente, haja labuta para sabermos o que ele nos quer dizer - sim, ele nos diz algo a todo instante, mas, não temos essa capacidade de compreender, proque ele fala numa linguagem muito profunda e nós, somos muito rasos - complexos e rasos. Não tenho dompinio de psicologia, nem de nenhum dado científico para comprovar o que falo como algo certo, mas, é o que vejo e o que as experiências que me disponho viver, num esforço diário e contínuo - na minha velocidade, no meu tempo e como consigo e/ou suporto fazer, ou seja, como dou conta, dentro das minhas imperfeições e limitações - reafirmam isso em mim e me abrem horizontes antes inatingíveis.
Aos poucos, vamos nos fortalecendo e nos calando. À medida que nos libertamos de algum mínimo entrave, não podemos falar, causa estranhamento e gera pressão dos que temem buscar a si e não querer ver que é possível crescer e que esforço é algo que incomoda e dói, sim, dói muito, mas, é uma dor de cura, uma dor sem sofrimento, sem angústia, apenas dói porque já estava doendo, justamente, por estar no lugar errado, tratam-se de feridas abertas que mantemos por toda a vida e nos acomodamos tanto a essa dor que não temos força para encarar curá-la, porque sentiremos uma nova dor - como se fosse preciso curar uma fratura... tem que engessar e ficar um tempo sem mexer, porque para se encaixar aquilo que estava fora, o tempo é lembrado como mestre, apesar de ser imposto a essa condição, já que não tem outro jeito... rs Ou espera o tempo certo, ou, o encaixe errado causará outro problema. Assim é nossa vida, muita coisa encaixada de maneira errada e que vai querer um esforço ainda maior, já que não fizemos o que era para ser feito quando era para ter sido feito. Por sorte, algumas cosias ainda têm tempo para mudarmos, mas, o preço justo é cobrado: esforço!.Eu penso assim: ao menos, trata-se da dor de cura, depois, menos uma dor, mais uma cura, mais um ponto de libertação pessoal. Imagine! O esforço continua, sim. Precisamos sustentar o que mudamos, perante nossos outros euzinhos e perante as pessoas de fora - quem não entende, vai querer te cobrar e te derrubar, não de propósito, mas, por não aceitar que o que você fez não é privilégio seu, mas, resultado de seu esforço e que, se essa outra pessoa também quiser, a ela também - assim como a todo mundo - é dado esse direito, sempre com a cobrança de um preço justo: esforço! A gente cresce sem entender que não existe bônus sem ônus. Aquela história: "é preciso quebrar os ovos se quer fazer uma omelete". É fato. Não vai mudar se eu aceito ou não, vai continuar sendo. A gente não entende que a vida tem Leis próprias e que seguí-las é liberdade.
Bom, vou parar por aqui, porque esse pensmento era só para nos lembrarmos que precisamos ver ao que somos leais. Aprendi um termo muito bacana, chamado de "lealdade invisível", onde somos leais e damos continuidade a coisas que nem sabiamos e que, provavelmente, seja uma característica da família e ninguém sabe onde começou, nem quem deu início, e nem culpar essa tradição, afinal, nossa família também são pessoas com problemas e pesos próprios, que, por não serem assumidos, alguém na família assume e passa de geração em geração, até alguém parar e ver: "esse excesso de peso... isso não me pertence.". Quantas vezes, para fugirmos dos nossos próprios problemas, assumimos uma responsabilidade que não é nossa e ficamos nos sentindo, porque estamos cheios de "abacaxis" para descascar? Pois é, queremos resolver os problemas dos outros em vez dos nossos e, de repente, estamos exaustos, exauridos, sem gás nem para levantar da cama. Com a guarda baixa, o que tende a entrar? Aquilo que é mais denso, que por, justamente ser pesado, cai com toda força em nossas costas, em nossos ombros e cedemos à tristeza, à angústia, a dores que não deveriam existir e, já não bastava tanto para ajustarmos nessa vida, ainda criamos e permitimos mais. Por isso que é tão difícil sabermos amar como o amor é: livre e libertador. Quanta mãe, em nome do amor, poda o filho e isso não deixa de ser amor, mas, uma deturpação do amor. O sentimento nobre existe, está lá, mas, a consciência do que ele é, de fato, está tão longe, tão longe, tão longe... E acabamos dizendo que "erramos por amor". O ideal é formularmos a frase certa: "erramos por não sabermos que é amor, apesar de sentí-lo, não sabemos vivê-lo!" Erramos por não saber acertar, porque estamos condicionados a viver errando e julgando e condenando e culpando e fazendo tudo que não era para ser feito em vez de fazermos o que deve ser feito. Daí, o que precisa ser feito vai exigir, lógico e justamente, muito mais esforço: um apra desfazer e tirar o que foi feito e colocado erroneamente; outro, para darmos continuidade; outro para o que não vai deixar de aparecer; outro para vivermos...
Bom, resumindo, vamos devolver as pedrinhas - ou pedrões - do passado com amor e carinho para quem cabe, para o passado e segurarmos apenas a nossa, até ela se transformar numa pomba e voar, simbolizando a nossa conquista, a nossa vitória! A nossa liberdade! Em vez de pedras para carregar, uma vida plena para viver! Tudo aos poucos, passo após passo.
Pat Lins.
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