Passei e passo toda a minha vida "em busca". Não me refiro apenas a busca espiritual, mas também, pessoal, profissional, emocional, mental e financeira/material. Como? Através das minhas incansáveis perguntas e necessidades de ir atrás, ao lado ou a frente de quem, como ou onde encontrar possíveis respostas. Sentia que precisava estar em movimento, com pausas para reflexão. De maneira intuitiva - e também instintiva... tinha o lado mais primitivo, também, fazendo o seu papel - seguia para onde PRECISAVA ir, ou estar.
E NUNCA entendi o motivo das pessoas viverem reclamando que "precisam de tempo" para isso, para aquilo e reclamam quando alguém diz: organize o seu tempo! Alegam que a pessoa que sugere não sabe como é a sua vida e pronto, justifica-se e fecha-se no loop - para não dizer círculo vicioso.
Hoje em dia, está na moda ser "zen". Aliás, aparentar ser zen... E uma das coisas que me chama atenção, em meio a algumas pessoas que convivo ou observo, é que procuram suas válvulas de escape, apenas para colocar para fora a inquietação do momento. Porém, muito importante esse porém, não se permitem acessar o que vem antes, aquele sentimento mudo, entretanto, provocante, que fica tentando nos empurrar para frente, pedindo para ser libertado e, ao contrário do que sabemos e sentimos que devemos fazer..., a gente o aprisiona cada vez mais e afunda com esse peso que necessita ir embora, fechando o ciclo da sua existência.
Assim, percebo que tiram um período - extremamente saudável - para descansar. Só que leia-se descansar como "não pensar". Daí, voltam a sua rotina prévia, agindo do mesmo jeito. E, também, sem querer pensar...
Me recordei de um livro que li e o terapeuta descrevia um pastor que ele atendeu, onde ele dizia assim: "Ah, acabou meu retiro! Agora, levarei umas seis semanas para retomar o meu ritmo de volta!"... (??????)
As pessoas recorrem a spa´s, locais próximo à natureza, templos sagrados e afins... diante de uma situação limite, em busca de sossego mental: com tempo e espaço para diluir as angústias - e quem não tem uma ou duas, ou mais...? Respiram - porque são OBRIGADAS a parar, mas são incapazes de serem gratos à vida por esse momento. Oxigenam o cérebro. Solucionam aquele problema e pronto! "Posso voltar a ser a mesma pessoa. Fazer as mesmas coisas!". Me pergunto: É ISSO? É SÓ ISSO?????
O querer mudar deve ser mais forte. Deve ir mais fundo, mas de maneira mais leve e sutil. A simplicidade e a sutileza andam juntas e, com isso, um estado emocional mais livre e libertador.
Não é só parar agora, é parar agora, daqui a pouco e quando o corpo, a vida ou ambos pedirem! Nada funciona sem parar - só o facebook... onde a gente dorme e ele continua! Ademais, Platão já dizia que precisamos organizar - e questionar - nosso tempo, entre horas de trabalho, horas de lazer, horas de descanso... Não eram bem essas palavras, mas trago apenas parte bem pequena da ideia. E fica a pergunta que Aristóteles começou, pensou e escreveu um dia: O TEMPO EXISTE? QUAL A SUA NATUREZA?
Pois é... diante da iminente resposta, se o tempo existe, visto de diversas maneiras, sabemos que a melhor maneira de o entendermos é aceitando a sua existência e, para mim, isso é ponto final/inicial. O que fazemos dentro dele é que me instiga a continuar em movimento, vivendo e buscando.
O que vem nos faltando, diante de tanto estímulo negativo, são motivos para viver - leia-se viver, como VIVER BEM.
Mas, como fazer, né, num mundo tão violento e conturbado? Com tanta guerra, maldade, matança, roubos, impostos, falta de segurança, falta de dinheiro...? Também me pergunto isso. A pergunta é que motiva. As respostas, essas sim, são o que afirmam nossos pensamentos e nossas ações!
Assim, nesse caminho, acabou meu tempo de escrever aqui, por hoje. Meu facebook está lá, onde estou viva e sem descansar, numa eternidade estática. Mas, eu real está aqui, ávida por ver e viver muito mais! Depois, quando dá tempo, entro nele e interajo virtualmente, também. Viver é isso: estar onde precisa. Estar onde está. Ir para onde deve e dá para ir.
Vamos juntos! Para frente! Rompendo com essa repetição de loucura insalubre! VIVA A LOUCURA DA TRANSGRESSÃO SAUDÁVEL - com respeito, compreensão e AMOR!
Pat Lins.
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