O não saber, para mim, é normal. Ninguém nasce sabendo de tudo, tão pouco, creio que nasçamos vazios.
O que eu penso não ser normal é o não procurar saber e o fazer sem saber, alegando seguir algo que nem sabe se é...
Ir em busca requer que reconheçamos antes de tudo. Se não houver um algo identificado, não há um algo a ser conhecido, muito menos, reconhecido.
Para se saber basta ir à fonte certa. Só para ter um exemplo do que é cuidado com o "onde" se buscar a informação, uma pessoa conversava comigo e me disse que uma cliente havia comprado um carro pela própria empresa e havia comprado com desconto. Ele manifestou interesse em fazer a mesma coisa com o dele. Perguntei: "você foi procurar saber como é o procedimento?" e ele me disse: "Sim, fui. Mas, me disseram que não existe isso não...". Como eu não me contento com informações pela metade, continuei: "E onde foi que você pegou essa informação? Em qual concessionária? Talvez outra trabalhe dessa forma. Sua cliente afirmou ter efetuado uma compra dessa maneira. Pergunte onde ela comprou...". Ele me diz: "Ah, eu não fui em concessionária nenhuma, não. Eu perguntei à gerente do banco onde sou correntista e ela me disse que não sabia de nada disso...". E assim agimos muitas vezes: perguntamos as perguntas certas nos lugares/fontes erradas e afirmamos estarmos de posse da informação precisa e, muitas vezes, deixamos de ter e /ou fazer o que era realmente preciso. E o que seria, morre num presente sem nem ter havido... passa a ser passado, morto, sem nunca ter existido.
Se querermos saber de algo, precisamos buscar informação, investigar. Nem sempre teremos acesso a todos os tipos de informação... até hoje, me bato para entender as respostas da Vida... Mas, em casos concretos, só ignoramos aquilo que não vamos em busca de saber. E saber no lugar certo. Não adianta perguntar a um açougueiro que remédio tomar para dor de cabeça...
Ah, não saio por aí querendo saber de tudo, para ignorar menos. À medida que minhas dúvidas surgem, investigo, observo, reflito... O grande problema está na falta de humildade e na ignorância da própria dúvida. Tem gente que sabe que não sabe e diz saber, por não ter tido dúvida... as más interpretações são um outro obstáculo. A clareza é clara, não há dúvida. Se há uma pontinha mínima de não entendimento, melhor lançar e esclarecer. Dúvida não é motivo de vergonha. O fingir não ter e se acomodar a ela é que deveria ser.
Não há uma resposta "certa" para tudo, mas, há alguma que se aproxima mais e funcione de maneira mais flúida. Consultar uma bússola não te põe no Norte, mas, mostra onde ele está.. ainda assim, existem dois: magnético e geográfico - para quem não se lembrar das aulas de geografia, http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-e-a-diferenca-entre-os-polos-magneticos-e-geograficos-da-terra. Referência do que se quer saber é tão importante quanto o que se quer saber. Fica mais próximo... Mesmo assim, não há precisão - até nossas referências para referências são limitadas. Tão importante quanto tudo isso é começarmos a querbarmos certos paradigmas engessantes, certos estigmas paralisantes.
"Navegar é preciso, viver não é preciso."
EU NÃO SEI, MAS POSSO PROCURAR SABER!
Pat Lins.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário/participação. Obrigada, pela visita! Volte sempre!