sábado, 23 de julho de 2011

PRATICIDADE DEMAIS

Precisamos tomar cuidado com os processos de mudança... Nem tanto, nem tão pouco.

Venho observando uma coisa. Não sei se tem fundamento científico - mas, a maioria das coisas que escrevo aqui não o têm, afinal, são meus pensamentos... (risos) - mas, algumas pessoas, diante de uma desilusão muito grande na vida - frustração pessoal, profissional ou qualquer coisa... - tendem a seguir dois caminhos extremos e opostos - mas que levam ao mesmo caminho: o desvio de si - que é: 1 - estagnação, desânimo e falta de entusiasmo; 2 - praticidade extrema - que tem muita coisa, menos, entusiamos real.

Ou seja, nos iludimos em muita coisa, ao invés de buscarmos algo que, ontem, sexta-feira, à noite, aprendi com Aristóteles - a expressão que sempre procurava e aqui, sempre me referi como: o caminho do meio ou equilibrio - que é o JUSTO MEIO. JUSTO MEIO é o caminho que todos podemos trilhar; todos, de certa maneira, sabem onde encontrar, mas que, nos dias de hoje, não nos permitimos porque será preciso abrir mão de muita superficialidade e artificialidade... E nem todos estamos dispostos a vivermos melhor, ou, em busca do que vem a ser viver melhor. O que é FELICIDADE? Segundo ele - Aristóteles - é viver as virtudes. Na prática. Lógico, porque viver as virtudes na teoria não é vivê-las... e sim, fingir que as vive... Pois sim, eu sei, você sabe, nós sabemos: todos nascemos para sermos FELIZES. Por que conceituamos e limitamos essa expressão máxima de liberdade de maneira tão pequena e deturpada?

Bom, viver virtudes é SER VIRTUOSO! Compreende? Entende? Virtudes, aqueles bons valores, justos, nobres, generosos, cheios de compaixão, corajosos, nobres, caridosos... Sim, isso que tem dentro da gente e que, independente do tempo, da história, da cronologia, do local, do idioma..., elas são virtudes e sempre serão as mesmas, porque elas são a chave para nosso crescimento pessoal, nos levam a nós mesmos e nos levam a entrar em contato com nossa essência, ou, nos levam à nossa essência. Sim, essas mesmas virtudes que a gente chama que procura vivê-las de "estranhos". Sim, essas virtudes que ninguém quer viver para não "passar atestado de otário", já o sendo... Bom, todo mundo sabe, mas, nem todo mundo quer mudar. Quantos repetem: "eu nasci assim, vou morrer assim..." - o tão conhecido "complexo de Gabriela" - risos.

É muitos exercem a praticidade extrema crendo praticar a virtude do entusiamo... Mas, a praticidade exagerada é fuga, viu? É colocar uma máscara de que é capaz de fazer tudo e não tem paciência com quem fica parado... Olha, as vezes parar é importante e estratégico... Respirar é fundamental, mas, as pessoas práticas demais nunca têm tempo para respirar porque vivem com o tempo cheio. Aí, cheguei onde queria: cheio de quê????? Tudo depende de... de como ocupamos esse tempo. Se ocupamos com várias coisas; se ocupamos com virtudes; se ocupamos com julgamentos e falta de paciência com os outros... 

Eu sei que ainda estou aqui, pretinho do patamar inicial porque ainda julgo muito e tenho pouca paciência com "pessoinhas". Ora, "pessoinhas" são as pessoas que eu considero abaixo de mim... então, quer dizer que me coloco acima... então, estou tão embaixo quanto eles... Preciso estar no lugar certo, nem acima, nem abaixo de ninguém, mas, em meu lugar, em meu caminho, sem querer que o outro ande do mesmo jeito que eu, isso é cobrança... isso é fuga... isso é tudo, menos equilíbrio! Lógico que quando se começa a sair do patamar inicial - o primitivo - há a vontade de levar outros conosco e que todos vejam como é bom. Sim, e o respeito ao tempo a capacidade de cada um? É isso que preciso entender: cada um tem seu ritmo. Eu também. Mas, quem é prático demais acha que todo mundo é lento e tem que correr, em vez de andar. Eu pergunto: tá fugindo de quê? Melhor, de quem? De si! Sair de um extremo de carência e cair na praticidade extrema não completa aquele vazio que sentia... a carência continua, só que mascarada. Cuidado! Viramos um chatos! E chatos mesmo! Não que quem nos julgue não seja, ou esteja acima de ninguém, mas, chatos conosco mesmo. Não nos aguentamos e forçamos essa praticidade como algo viável... 

Isso difere do processo natural de nos afastarmos de quem nos faz mal... De quem pensa e vive muito diferente do que pensamos. Precisamos procurar descobrir a nossa turma e nos alimentarmos dessa fonte. Cada um em seu caminho! Respeito! Isso não quer dizer que concorde com a maneira de caminhar do outro, mas, sabe que é o jeito de caminhar daquela pessoa. O meu jeito é o meu jeito... Na hora certa, caminho certo - caso esse caminho e jeito de caminhar esteja errando o rumo certo.

Sejamos virtuosos de verdade e em verdade. Mas, olha, nada de dizer-se generoso e espalhar para todos a quem ajuda - "que a mão direita não saiba o que faz a mão esquerda" - isso é o oposto dessa virtude... isso é gabar-se, bajular-se... Precisamos ser críticos conosco - detalhe: crítico não é só falar mal... é ser justo na auto-avaliação. Nada de se dizer compreensivo se vive cobrando e esperando do outro o tempo inteiro, Cuidado com a expectativa... ela é caminho certo para a frustração... Não espere que o outro haja como você ou como você quer! Cada um tem seu ritmo. Se afastar com maturidade é natural, é manter-se em seu caminho e com quem ande pelo mesmo. Diferente de achar que está acima dos outros.

Sejamos, pois, pessoas justas e equilibradas!

Pat Lins.

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