quinta-feira, 28 de julho de 2011

"EU NÃO QUIS ME APRISIONAR, POR ISSO NÃO CASEI..."

No salão de beleza a gente ouve é coisa, viu? Mas, não vou render muito... Nesse caso, uma senhora, aparentava ter seus 50 e poucos anos, bem conservada, porém, meio sem graça... - eu sei, sou cruel... risos - falava - melhor, gritava... risos: "Eu que nunca quis me aprisionar, por isso não casei! Não tem coisa melhor do que minha liberdade.". Normalmente, eu injeto um levantar de questão, né - diferente de polêmica... esta não têm um propósito bem definido a não ser o de atrapalhar, dificultar a compreensão de novas idéias, fora a falta de respeito que carrega, por não aceitar opinião contrária... - mas, nesse dia me calei e disse a mim mesma: vou colocar essa questão lá no blog:

CASAMENTO É PRISÃO?

Por que tanta referência ruim com relação ao casamento? Por que tanta expectativa em se casar? Por que tanta coisa em cima de algo que é opcional? 

Não entendo porquê as pessoas precisam criar caso com tudo... Uma relação interpessoal é difícil porque, simplesmente, a maioria de nós não está preparado para entrar numa relação a dois de maneira madura e saudável! Respeitando o papel de cada um na relação - não falo de machismo ou feminismo, mas, de diferenças factuais e semelhanças necessárias. Onde as diferenças precisam ser complementares. - e sabendo que papel é esse!

O pior de tudo é que na verdade, ao meu ver, nós não estamos preparados para assumirmos algo além de nós mesmos. Isso cabe para relação amorosa, de trabalho, entre pais/mães e filhos... Saber lidar com o outro perpassa por nós.

Aha! O segredo de qualquer relação é: EU. Não eu, Patricia, apenas. O EU de cada um. O indivíduo enquanto ser individual. Se eu não sei lidar comigo, nem sem quem sou ou a que vim... o que posso viver em relação ao outro?

A prisão é interna. Travamos brigas e embates internos a vida inteira. Até o que negamos dentro de nós é através de uma briga - uma batalha para não assumirmos-nos a nós mesmos! 

A senhora do salão, deu um pequeno fora e demonstrou sua frustração pessoal e que interesse maior: "eu, vou querer homem pobre? Se for para casar, só com homem rico e velho, perto de 'bater as botas', porque, aí, fico com o dinheiro deles e vou ser feliz!..." Primeiro - ainda que a ordem não seja importante: ELA QUERIA - OU QUIS - SE CASAR... Só não coneguiu e, para piorar, a segunda observação: ELA QUER A LIBERDADE DO DINHEIRO "FÁCIL"... E falava como se ela valesse ouro... risos. Todo mundo veio ao mundo como diamante - a maioria de nós é diamante bruto... precisamos ser lapidados pela vida e pelos bons constumes. Então, no caso dela, e de muitos, o problema não é o casamento ou a vida de solteiro... estado civil nunca pode, nem deve sser estado de felicidade! A questão é ser feliz ou não. Sozinho ou acompanhado! Prisão é aquilo que a gente se impõe como meta de vida... Pensemos mais antes de falar por aí... A aliança mais importante - casados ou não - é a nossa conosco, antes de tudo!

Com relação ao casamento, mesmo, se estiver para casar - ou, já casado - se pergunte: EU CASARIA COMIGO? E continue: EU CASARIA COMIGO PORQUE EU... E veja o que tem a acrescentar a você mesmo sobre si e ao outro... Ah, expectativa é caminho certo para frustração, viu? Não vai ser uma aliança de ouro e um contrato que garantirão  a felicidade a dois, sem começar a felicidade individual... A liberdade está nas escolhas bem feitas na vida!

Pat Lins.

TEIMOSIA E TEIMOSIA

Em algumas cirunstâncias, há teimosias que podem salvar vidas... Mas, existem, outras onde a teimosia pode destruir vidas... Existe uma hora certa para tudo, basta saber escutar e seguir. Assim, não é teimosia, nem instinto, trata-se de intuição - ela vem do coração e sempre traz uma solução eficaz.Mas, existe muita confusão entre a intuição - ação que requer consciência dos atos, razão/racionalidade e equilíbrio para escutá-la com clareza - e instinto - que é, nada mais, do que uma reação. ou seja, impulso, mero impulso...

Pat Lins.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

MAIS UM ANO DE VIDA E MUITO AINDA PARA CRESCER!

Hoje, me peguei pensando nas coisas boas da vida.

Me vi agradecendo, daquele jeito que só quando é nosso aniversário a gente faz... risos.

Me vi relendo lembranças de tempos passados, em diários infanto-juvenis, e me vi rindo de pensamento pequenos, como minhas chateações com meus pais, que precisavam fazer o papel de pais e dar limites... e me vi, hoje, ali, em alguns outros pensamentos que mantenho, desde criança, como a questão da humanidade e a falta de humanismo, sim, já escrevia sobre isso em meus diários. Hoje, nesse diário eletrônico , virtual e real. Feliz, não por ter um história para contar, mas, por ter ums história de vida, em vida, a minha história de vida! E isso não é privilégio meu... é de todo mundo! É ter começado escrevendo errado e aprendendo e aprender sempre a escrever certo. É errar, identificar o erro e ir em busca de acertar. Só assim se corrige um erro: consertando-o. Não se apaga, se conserta e segue-se em frente, tentando não cometer mais o mesmo erro. É sorrir, apenas por querer sorrir. É chorar, quando der vontade. É ficar séria, quando for preciso. É se permitir. Não na intenção de magoar, mas, ocupando-se com a possibilidade de se fazer algo onde ninguém saia magoado, nem você, e que não seja necessário deixar de se permitir... como diz Aristóteles: "o justo meio". Como digo eu: "o caminho do meio, do equilíbrio". Como deve ser: sabedoria!

Vi, em minha jornada até aqui... jornada - risos - 35 anos de jornada - que se é possível tirar leite de pedra; que se é possível fazer uma limonada com um limão... o que mais, dessas frases posso usar? Sim, que é possível viver milagres! Hoje, entendo que a magia está no dia a dia, no caminhar e no que vamos mudando e permitindo mudar no caminho e no caminhar.

Me vi feliz pelos amigos que tenho! Me vi feliz por ter tido a oportunidade de voltar a viver e ver que na vida as coisas simplesmente acontecem. Me vi chateando porque ia ao salão de beleza, fazer uma escova nas madeixas e começava a choviscar. Pensei: "Pô! Será que esse vento não poderia aliviar para mim...?!" E me vi rindo de mim por, tolinha, pensar daquele jeito. Então, me vi me dizendo e eu aceitando e entendendo: "o vento, o tempo, a chuva... seguem o ritmo da natureza. Eu sou apenas uma pequena parte dela e, quanta petulância... desejar que o vento pare e a chuva não caia, só por minha causa!". Caí na real. A mente dos desejos nos prega peças que parecem ser reais... Eu acreditava que a ilusão de ser o meu aniversário mudaria até o tempo... Já pensou, os instintutos de meteorologias me ligando para que eu dissesse a previsão e a previsão de mudança do tempo? Só eu mesma! Acorda, Patricia!

O legal foi me ver ainda mais feliz por mais um diálogo travado entre eu e eu mesma - diálogo, sim, não monólogo, afinal dois lados de mim mesma estavam dialogando. Feliz porque o dia era de chuva, mas, eu não quis fantasiar e querer ver um sol, só para dizer que era especial para mim. O dia chuvoso teve sua beleza de dia chuvoso. Não precisei imaginar que o sol estava por trás das nuvens - eu sei que ele estava lá. Não por mim, mas, por ser fato: ele estava lá, porque é o lugar dele. - ele estava lá. Não precisei me consolar, não precisava de consolo. Era só um dia de chuva. É o meu aniversário e não muda o tempo lá fora. Pensava na noite, sem sol brilhando, mas, ele estava lá, por trás da lua. Não fazia diferença, era só saber que a natureza tem seu ritmo, tem seu rumo, tem seu porquê. E, quando aprendi que não se luta contra a natureza, se deixa levar por ela e pelo tempo certo das coisas naturais e essenciais - portanto, certas e exatas, como as fórmulas matemáticas que parecem um problema sem fim e basta se concentrar que as respostas aparecem e só termina quando o resultado certo aparece e há meios de se saber isso, para certificar - percebi que não é fácil, mas, é possível. Aliás, já dizem que não existe impossível e sim, impossibilitados - é o que nos fazemos.

Pois é, me vi agradecer por, nos momentos mais dolorosos que tive, na vida - e ainda os tenho, afinal, não sou insensível a dor... só evito transformar, hoje em dia, em sofrimento e prolongar a dor... deixo-a doer o tempo necessário e deixo-a ir. - vi as pessoas que estavam ao meu lado e vi as que estavam e nem sabiam o que estavam fazendo, mesmo assim, iam invadindo espaço e uma invasão é uma atitude bárbara... Hoje, comecei a ver e meu coração começou a aceitar que as pessoas são como são, mesmo. Mas, isso não é motivo para nos deixarmos machucar ou magoar, ou ser sugado, por essas mesmas pessoas, como, também, não precisamos machucar ou magoar ninguém com o argumento de que sabemos o que estamos fazendo... Ou, que estamos fazendo o melhor... Mas, se pedir para falar, eu falo - risos. Ao começar a rever os acontecimentos, vi que sempre fui muito agraciada pela vida com uma vida repleta de oportunidades... se as deixei de aproveitar, em muitos casos, o problemaço foi/é meu. Se alguém me magoou, de alguma maneira eu permiti, nem que tenha sido deixando escapar a oportunidade de cair fora e sair do ambiente - risos. Só depois de algum tempo, desenvolvi a tática da "distância saudável" - o nome já diz tudo - risos. Aos poucos vou me "desempregnando" de certos hábitos viciosos que, como todo mundo, alimento e parece que nascemos com a crença de que só esse é o caminho, como se não merecêssemos a felicidade - e não descarto a necessidade de batalharmos por ela no dia a dia, como, também, sei que ela, a tal felicidade, é acessível a todos nós - e, como disse um conhecido, olha os ditados que nos empurram e se instalam em nosso inconsciente, desde sempre: "de grão em grão a galinha enche o papo" - muito importante darmos um passo de cada vez, mas, há momentos onde o espaço se abre e podemos dar vários passos sem medo de sermos felizes, apenas, sendo. Outro ditado que nos afasta do caminho: "laranja madura na beira estrada... ou tá bichada ou tem marimbondo no pé..." Nos ensinam, a vida toda, a desconfiar dessa tal felicidade que se afasta cada vez que alguém tenta se aproximar. Mentira! Se se afasta é porque empurramos para longe. Para ser feliz, basta estar vivo e encontrar o caminho esteja onde estiver, na idade em que se encontrar. É um processo interno. Precisamos arriscar mais, com um risco calculado. Não vou enfiar a mão no fogo sabendo que ele queima. Planejamento é uma coisa, imprudência, outra. Ser feliz nunca foi ser imprudente... imprudência tem consequências pesadas demais...

Enfim, muita coisa passou por minha cabeça, inclusive, gratidão a Deus por ter me dado essa vida, que tanto reclamo e resmungo, mas, que tanto amo e luto para fazê-la ser uma vida de verdade, com honestidade, decência e virtuosidade. O fato d´eu lutar não quer dizer que sempre consiga. Tem coisas que luto até hoje! Me vi agradecendo a vida por cada acontecimento, porque, tudo que vivi me faz ser essa pessoa que sou hoje. Mas, agradeci, também, por não me contentar em ser apenas o que já consegui ser até hoje e querer ser mais. Vou aprendendo que não é o desejo que nos leva a libertação, este, pelo contrário, nos aprisiona na mente de ilusões... e, enquanto não aprendemos a lidar e sair dela, não encontraremos o que deve guiar, mesmo, que é a vontade. Essa impulsiona para cima, para alcançarmos os verdadeiros objetivos, a verdadeira meta: a vida em essência; pura! Aí, me disse: "Quem eu sou hoje? Ainda me falta tanto para aprender... Como ser grata por tão pouco?" Me respondi: "Sou grata, sim! O que sou hoje é reflexo - positivo ou negativo - do que fiz até hoje. Para ser melhor, amanhã, preciso melhorar a cada hoje que surge.". Pronto, aí, mais um diálogo tocante e enriquecedor. Me vejo feliz, apenas por saber que todo mundo nasceu para ser feliz!

Portanto, concluí, comigo mesma: MAIS UM ANO DE VIDA E MUITO AINDA PARA CRESCER!

Felicidades para todos nós! FELIZ DA VIDA POR ESTAR VIVA E AINDA PODER MUDAR ALGUMAS COISAS - O QUE DER... risos.

Pat Lins.

sábado, 23 de julho de 2011

PRATICIDADE DEMAIS

Precisamos tomar cuidado com os processos de mudança... Nem tanto, nem tão pouco.

Venho observando uma coisa. Não sei se tem fundamento científico - mas, a maioria das coisas que escrevo aqui não o têm, afinal, são meus pensamentos... (risos) - mas, algumas pessoas, diante de uma desilusão muito grande na vida - frustração pessoal, profissional ou qualquer coisa... - tendem a seguir dois caminhos extremos e opostos - mas que levam ao mesmo caminho: o desvio de si - que é: 1 - estagnação, desânimo e falta de entusiasmo; 2 - praticidade extrema - que tem muita coisa, menos, entusiamos real.

Ou seja, nos iludimos em muita coisa, ao invés de buscarmos algo que, ontem, sexta-feira, à noite, aprendi com Aristóteles - a expressão que sempre procurava e aqui, sempre me referi como: o caminho do meio ou equilibrio - que é o JUSTO MEIO. JUSTO MEIO é o caminho que todos podemos trilhar; todos, de certa maneira, sabem onde encontrar, mas que, nos dias de hoje, não nos permitimos porque será preciso abrir mão de muita superficialidade e artificialidade... E nem todos estamos dispostos a vivermos melhor, ou, em busca do que vem a ser viver melhor. O que é FELICIDADE? Segundo ele - Aristóteles - é viver as virtudes. Na prática. Lógico, porque viver as virtudes na teoria não é vivê-las... e sim, fingir que as vive... Pois sim, eu sei, você sabe, nós sabemos: todos nascemos para sermos FELIZES. Por que conceituamos e limitamos essa expressão máxima de liberdade de maneira tão pequena e deturpada?

Bom, viver virtudes é SER VIRTUOSO! Compreende? Entende? Virtudes, aqueles bons valores, justos, nobres, generosos, cheios de compaixão, corajosos, nobres, caridosos... Sim, isso que tem dentro da gente e que, independente do tempo, da história, da cronologia, do local, do idioma..., elas são virtudes e sempre serão as mesmas, porque elas são a chave para nosso crescimento pessoal, nos levam a nós mesmos e nos levam a entrar em contato com nossa essência, ou, nos levam à nossa essência. Sim, essas mesmas virtudes que a gente chama que procura vivê-las de "estranhos". Sim, essas virtudes que ninguém quer viver para não "passar atestado de otário", já o sendo... Bom, todo mundo sabe, mas, nem todo mundo quer mudar. Quantos repetem: "eu nasci assim, vou morrer assim..." - o tão conhecido "complexo de Gabriela" - risos.

É muitos exercem a praticidade extrema crendo praticar a virtude do entusiamo... Mas, a praticidade exagerada é fuga, viu? É colocar uma máscara de que é capaz de fazer tudo e não tem paciência com quem fica parado... Olha, as vezes parar é importante e estratégico... Respirar é fundamental, mas, as pessoas práticas demais nunca têm tempo para respirar porque vivem com o tempo cheio. Aí, cheguei onde queria: cheio de quê????? Tudo depende de... de como ocupamos esse tempo. Se ocupamos com várias coisas; se ocupamos com virtudes; se ocupamos com julgamentos e falta de paciência com os outros... 

Eu sei que ainda estou aqui, pretinho do patamar inicial porque ainda julgo muito e tenho pouca paciência com "pessoinhas". Ora, "pessoinhas" são as pessoas que eu considero abaixo de mim... então, quer dizer que me coloco acima... então, estou tão embaixo quanto eles... Preciso estar no lugar certo, nem acima, nem abaixo de ninguém, mas, em meu lugar, em meu caminho, sem querer que o outro ande do mesmo jeito que eu, isso é cobrança... isso é fuga... isso é tudo, menos equilíbrio! Lógico que quando se começa a sair do patamar inicial - o primitivo - há a vontade de levar outros conosco e que todos vejam como é bom. Sim, e o respeito ao tempo a capacidade de cada um? É isso que preciso entender: cada um tem seu ritmo. Eu também. Mas, quem é prático demais acha que todo mundo é lento e tem que correr, em vez de andar. Eu pergunto: tá fugindo de quê? Melhor, de quem? De si! Sair de um extremo de carência e cair na praticidade extrema não completa aquele vazio que sentia... a carência continua, só que mascarada. Cuidado! Viramos um chatos! E chatos mesmo! Não que quem nos julgue não seja, ou esteja acima de ninguém, mas, chatos conosco mesmo. Não nos aguentamos e forçamos essa praticidade como algo viável... 

Isso difere do processo natural de nos afastarmos de quem nos faz mal... De quem pensa e vive muito diferente do que pensamos. Precisamos procurar descobrir a nossa turma e nos alimentarmos dessa fonte. Cada um em seu caminho! Respeito! Isso não quer dizer que concorde com a maneira de caminhar do outro, mas, sabe que é o jeito de caminhar daquela pessoa. O meu jeito é o meu jeito... Na hora certa, caminho certo - caso esse caminho e jeito de caminhar esteja errando o rumo certo.

Sejamos virtuosos de verdade e em verdade. Mas, olha, nada de dizer-se generoso e espalhar para todos a quem ajuda - "que a mão direita não saiba o que faz a mão esquerda" - isso é o oposto dessa virtude... isso é gabar-se, bajular-se... Precisamos ser críticos conosco - detalhe: crítico não é só falar mal... é ser justo na auto-avaliação. Nada de se dizer compreensivo se vive cobrando e esperando do outro o tempo inteiro, Cuidado com a expectativa... ela é caminho certo para a frustração... Não espere que o outro haja como você ou como você quer! Cada um tem seu ritmo. Se afastar com maturidade é natural, é manter-se em seu caminho e com quem ande pelo mesmo. Diferente de achar que está acima dos outros.

Sejamos, pois, pessoas justas e equilibradas!

Pat Lins.

HOJE E AMANHÃ


A gente pode não ter certeza do que vai acontecer amanhã, mas, com certeza, a gente pode saber como estaremos amanhã, hoje...

Pat Lins.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

TALVEZ SIM... TALVEZ NÃO...

Quantas pessoas buscam fora o que só dentro se encontra?

Quantos fogem sem saber do quê e vão, para qualquer lugar, sem saber para onde...? Depois, em meio a distância e à tristeza, se perguntam: "Por quê?" "Por que não me encontro, nem aqui?"

Quantas fingem felicidade internacional e choram lágrimas em outro idioma apenas por não saberem do que fogem e o que buscam?

Quantas não vão a lugar algum e sofrem, a dor de querer ir aonde não pode, porque pensa que é lá que está a tal felicidade?

Quantas pessoas, lá, cá, em qualquer lugar sente que falta algo e não sabe o que é? 

Quantos de nós se coloca a busca verdadeira, sem medo de abrir mão das aparências, dos bares da solidão e dos companheiros de farra que, sóbrios, também vivem esse vazio que nem um balde de cerveja gelada preenche..?

Quem está disposto a seguir um ideal maior? Um ideal que não é imposto por palavras ao vento ou frases de efeito? Um ideal que está dentro de nossa alma e seja da religião que for ou de nenhuma ele existe do mesmo jeito. E só com muita labuta podemos acessar um "nãoseioquêquevemnãoseideonde" e nos leva a busca do além, dos mistérios da vida, do eterno, do essencial. 

Quantos de nós não teme seguir aquilo para que veio e sem aceleração? E quantos afirmam terem chegado lá e vivem ansiosos para ver o que ainda não viram...? Talvez, porque não se tenha nada para ver e sim para ver com os olhos da alma, através do coração. Quantos não enxergam cada passo, o caminho e afirmam estar a caminho ou ter chegado lá?

Quantos se dizem tão bem preparados e inatingíveis e se perdem em pequenos detalhes? E quantos entendem que nada é tão controlável, assim? Mas, que, também, nada está tão fora do nosso controle? Quantos compreendem que existe algo acima de nós e mesmo que diga "não", esse "algo mais" sempre prevalece e fica a pergunta vaga no ar?

Até quando ainda perderemos tempo, em vez de nos aliarmos a ele? 

Quantas palavras precisam ser gastas para se sentir livre de algo que te enche e é preciso esvaziar?

Há tanta coisa para aprendermos! E tudo está tão ao nosso alcance... só olhar e ver. Não, não olhe com os olhos da face... olhe com os olhos de dentro, só assim poderemos ver o lado de fora. Mas, ainda há quem pergunte: "dentro de onde?" E começa tudo de novo! Não termina nunca! Temos demanda para uma vida inteira e ainda partimos com as sobras... Fazer o quê? Começar, começar e começar. Tem gente que tem muita pressa em se firmar financeiramente e nem percebe que isso não é tudo. E quem não se firmou, não é a hora. Quem disse que a missão da alma de alguém, aquilo para o que viemos, para que Deus nos enviou, tem relação com vida profissional? Eu preciso entender isso. Preciso entender que nem tudo que parece é. E, quem disse que preciso me sentir cheia de vazio e viver sozinha para provar que sou forte e muito mais? Quem disse que o que vêem em mim é o que quero para minha vida? Quem garante a quem me vê e vê parte dos meus talentos que estes precisam ser rentáveis? Estamos tão cegos pelo dinheiro que o que importa é tê-lo, mesmo sabendo que ele não é responsável pela nossa felicidade. 

Bom, e quem disse que eu estou acima de tudo isso? Quero encontrar meu verdadeiro EU, sim, mas isso não quer dizer que precise forçar uma barra e ser aquilo que me formei na faculdade... Com relação a isso, tenho certeza: pode até haver algum talento, mas, não é minha vocação...Sim, eu admito! Vivo cada dia. Aprendendo com o que me permito - é o que consigo. Aquele que me olha e me vê e jura que sabe para que eu vim, talvez esteja enganado. Talvez, não... Tudo em nossas vidas passa de algum "talvez"? Mas, sim, eu quero encontrar um caminho que me leve a estabilidade e o conforto financeiro, sim. Com certeza essa não é a missão de ninguém, mas, acaba sendo missão para sobrevivência nesse mundo perdido e desiludido. E quem vai resgatar o ser humano que há dentro de nós? Só cada um pode fazer isso! E a busca de tanta coisa, os encontros não são válidos? Quem disse que me acomodei? Estou seguindo como posso. Ninguém precisa sofrer por mim, porque eu mesma não o faço. Eu vou vivendo a cada dia, como dá e como consigo. Com certeza se eu pudesse ir além, agora, alguém estaria me cobrando além do além. Por isso, diga ao povo que fico! Fico comigo! Quando eu tiver condições de ir além, tiver essa capacidade, aí, sim, será o meu tempo. É isso que tento me fazer compreender. Até que, hoje, entendi, lendo um amigo que, como ele disse certa vez: "vive em busca sem saber de quê... um dia ele encontra, em algum lugar do mundo..." - e sei que encontrará, em algum lugar do mundo, o caminho para o mundo dele - que não importa quantos idomas a gente consiga falar - todo mundo tem essa capacidade -, o que importa, mesmo, e isso eu me digo, é quantas palavras eu me faço me entender? Com quantas frases descubro, desvelo ou concluo: quem sou eu? Quantos verbos preciso conjugar para conjugar e entender que EU SOU? 

Pois é... eu tenho facilidade para aprender diversos idiomas, mas, não falo quase nenhum. Minha língua mãe e um pouco de inglês - que compreendo mais do que falo. E aí? Quem fala mais vai mais longe? Quem mora em vários lugares tem mais experiência de vida? Uma diarista veio aqui em casa e me disse que não entende "essa coisa das letras..." e por isso deixou de ser contratada num determinado trabalho. Ela perdeu pai e mãe no mesmo ano; saiu de sua cidade do interior para trabalhar como doméstica aqui na capital; cuidou dos irmãos - maiores e menores; mulher, negra e semi-analfabeta... Ela me disse: "Dona Patricia, as pessoas me perguntam se eu tenho essa fé na vida, onde está meu carro do ano, minha mansão...? E sabe o que eu digo? Se um dia eu tiver que ter, terei, mas, hoje, eu vivo com dignidade. Qualquer R$50,00 para mim é resultado de minha vitória! Só eu sei o que precisei passar e abrir mão de estudo em escola para dar oportunidade para meus irmãos. E eles me botaram para fora de casa... Agora, vivo num quartinho que é menor que sua cozinha, que a senhora diz que é pequena. Lá eu tenho: tv, geladeira, uma cama, uma pia e meu cachorro. A senhora acha que quero parar aqui? Não. Eu vou fazendo meu trabalho..." Ela fala e se expressa muito bem. Já trabalhou para "pessoas de posse", como ela mesma fala, e nenhum deles lhe incentivou estudar... Uma condicionou para ela: "ou estuda ou trabalha para mim...". Quem é mais humano? Quem se aproxima ou distancia da realização pessoal? E, o que, de fato, vem a ser essa realização? A ex-patroa era médica e esposa de médico - neurologista, ambos - e sofria de uma enfermidade grave: medo de tudo. A água da pia era tão quente, que a diarista me disse que queimava suas mãos, porque a patroa tinha medo de germes... 

Se eu aceitar minha realidade atual por ainda não saber como mudá-la e não sofrer por isso, sem perder a esperança ou, sei lá, o objetivo de me encontrar em outras realidade até encontrar a minha realidade real, eu estou sendo acomodada ou dando tempo ao tempo? O que me propus e estou fazendo é dar um passo de cada vez. Aí, me pregunte: e se você morrer antes de encontrar sua missão? Sei lá! Talvez eu deva deixar que ela me encontre... Sei não. Cada dia que passa, menos sei das coisas... E, nem por isso, deixo de ir vivendo. Vou me completando com as coisinhas que consigo e para mim são muitas coisas. Não quero ser como ninguém, não. Sou como estou conseguindo ser e mudarei quando a mudança ocorrer. Falta tanto e falta tão pouco. Se tomei um rumo errado, talvez não fosse a hora do rumo certo, né não? E quem sabe exatamemte qual é o rumo certo? Sempre precisaremos abrir mão de algo, por algo. A dúvida sempre haverá. Mesmo dentro da certeza, muitas dúvidas. De tempos em tempos somos levados a novos rumos. Só reparar. Um dia, preenchidos de sabedoria, consciêcia e conhecimento verdadeiro poderemos nos desvelar e nos encontrarmos com nossa essência. Até lá, muitos ciclos; altos e baixos... muitos rumos a seguir. Tanta coisa para conhecermos que só a vida é capaz de nos conduzir. Então, aprecie o passeio e faça o seu melhor a cada dia, em cada lugar, a cada momento. Ah, não digo ficar parado e esperando a toa... Movimentando-se! Talvez eu não faça o movimento certo, mas, algum eu faço, achando que é o meu certo e dentro do que consigo fazer. Se eu pudesse fazer mais, já estaria feito! (risos).

Talvez sim... talvez não... a vida é cheia de surpresas - para a gente, porque, para a vida, tudo está muito bem organizado.

Pat Lins.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

MEUS AMIGOS

Tenho amigos de rezam, oram, meditam, falam...

Tenho amigos brancos, negros, pardos, mulatos...

Tenho amigos homens, mulheres, meninos, meninas, gays, lésbicas...

Tenho amigos com vários gostos - não, nunca os lambi para provar... risos - e estilos de vida variados.

Tenho amigos que riem, que choram, que resmungam, que se calam, que imploram, que ignoram...

Meus amigos são como são. Para mim, não fingem, somos cúmplices da verdade. Meus amigos são Amigos. Não, não sei como eles poderíam ser, eles são: pessoas como eu. Não os julgo, nem os condeno... Respeito.

Existe coisa melhor do que AMIZADE? De verdade? Onde você é você e eles são eles?!

Tenho AMIGOS para todas a horas! E eles, me têm a qualquer momento! Somos amigos de amanhã e de outrora.

Pat Lins.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

ESTAR BEM, POR "NADA"

Por que a gente sempre condiciona estar "bem quando...":

"Quando pago uma conta. "; "Quando saio do aluguel..."; "Quando perco 10 kg..."; "Quando, quando, quando..." ?

Pois é, hoje, após uma caminhada, vi que a gente pode ficar bem por "nada". Estava indo, caminhando, pegar meu filho na escola, quando estava me sentindo bem, do "nada" e ultimamente tenho andado assim, de repente, me veio o pensamento: "por que estou me sentindo bem?" E comecei e pensar: "Porque Pedro está crescendo e se acalmando mais..."; "Porque tomei vergonha na cara e comecei a andar..."; "Porque..." Aí, parei, olhei para o céu e pensei: "será que é porquê o dia está bonito?". 

Que nada! É por tudo! Sempre falo que a gente não sabe ser feliz e é verdade. Um estado de espírito feliz deve ser algo parecido: estar bem, em paz, por nada. Aliás, por tudo, por todas as boas razões que temos e as que não são motivos para alegrias, merecem cuidado. Geralmente eu me sentia "culpada" por estar feliz, enquanto tanta gente sofre... Tive minhas cotas de sofrimento - e ainda as tenho, afinal, problema todo mundo tem e cada um sabe onde sua dor dói... - e aprendi/aprendo com elas. Foi em meio a dores profundas, como chamo, "dores da alma", que vi e entendi que dor precisa de cuidado para sarar. Não foi fácil, afinal, é  muito fácil ter quem cultive sofrimento e alimente esse sentimento, sem olhar para de onde jorra essa dor e poucos se dedicam a tratar, cuidar e dar o carinho especial que essa dor merece para passar. Eu não batalho e me esforço dia a dia para me libertar de "mentirinha", para ser aceita aos padrões de normose que nos impõem e que nós nos impomos, também. Batalho para que esse embate faça aflorar em mim minhas angústias, meus medos... Toco nas feridas para saber onde dói e sará-las. Nem todas eu consigo... Algumas, quando vejo, doem tanto que evito tocar. Me propus não fugir, mas, não vou enfiar o dedo, para magoar. Cuidar de uma de cada vez. Isso tem a ver com o post do "Sem atraso. Na hora certa!" - aceitar e respeitar o tempo para me premitir crescer como pessoa. Isso não tem a ver com religião. Isso tem a ver com acreditar e cuidar de mente, corpo e espírito - sem precisar frequentar alguma religião. Questiono e muito a maneira como são conduzidas e por quem....

Pois bem, não sei porquê não aceitei estar bem, apenas por estar bem, sem ter que associar a algum acontecimento feliz. Por que não podemos dar valor ao cotidiano? Por que não posso, algumas vezes, me chatear com algumas repetições desse cotidiano e decidir mudá-las? O que está por trás desses pensamentos divididos que me travam? Será que é porque não está na hora certa? Será que é porque é hora de reconstruir e uma pedra de cada vez faz parte do processo para que, na hora certa eu esteja preparada? Mas, se o daqui a pouco começa agora, então, a todo instante precisamos estar começando a dar entrada em nosso processo de mudança pessoal, certo? É, algo em mim está mudando e nem me dei conta, precisei me questionar o porquê de não aceitar apenas que estou bem e que quero viver assim. No dia que vier alguma fase de dor mais forte - claro que gela o coração saber que sempre passamos por elas - espero estar assim, tão cheia de vontade de entender que tudo tem seu tempo, que já não sofra mais. É o que venho aprendendo, alguns pontos apenas questionando e aceitando a idéia..., desde que tive DPP, desde que minha vida precisou virar de cabeça para baixo para que eu visse que ela nunca esteve de cabeça para cima e sim, de lado e caindo... Só depois de tudo isso me comprometi comigo em colocar minha vida de cabeça para cima e seguir em frente. Fui questionada com o tempo que levei para me "curar" e digo a qualquer um: me curo a cada dia. Vi que muita gente acha que está "curado" por não ter que assumir seus problemas diariamentes, quando, sem perceber, estão doentes e necessitando de cura, também. Depois, perdi um filho - abortei; o coração do bebê parou de bater... - e vi que a vida continua. Fiquei muito triste, claro, mas sem sofrimento. Naquele momento eu entendi que a vida tem seu próprio desígnio, ou seja, o que acontece ou não é porque deveria ser assim, sim. Sei, o livre arbítrio. Eu acho que ele existe, sim, mas, dentro do que é permitido ou não... Para mim, é como limite para criança: você dá as opções, nada além. Se pode escolher, mas, um dia, no tempo certo, a necessidade de se fazer o que se veio para fazer irá vigorar. Não é preciso ter uma Depressão para ter que se cuidar. Nem perder um filho, para se ver ainda viva. Não é preciso ter uma doença terminal para querer viver... A cura não é para mostrar "aos outros" que se está bem, é estar bem. Apararência nunca foi essência. Quando me dediquei a me buscar, a me conhecer, a me ajudar a crescer como pessoa, tudo melhorou e piorou... Melhorou porque vi que toda piora também tem seu motivo para existir e passa. Piorou porque não é porque você se abre para a mudança para melhor que tudo vira pudim - macio e gostoso. Enquanto eu não estiver bem "tratada" ou trabalhada, ou melhor, em paz verdadeira comigo mesma, aceitando que existe algo que chama de destino, missão, objetivo de vida, meta da alma... a verdadeira razão pela qual Deus nos deu a vida, ainda viverei esse embate e acharei que alguns acontecimentos são ruins. No dia em que internalizar, assimilar, apreender... que a vida é como é e que tudo tem seu tempo, aí sim, encontrarei o caminho da paz, do amor, da liberdade! Aí, sim, posso entender de verdade! 

Custei a entender o que senti ao terminar de ler o "Paz Guerreira" e foi isso: aceitar seu "destino" e não fugir dele. Temos opções diárias de como e o quê fazer diariamente, se não temermos e não fugirmos, tudo flui, segue a correnteza do tempo certo e sem resistência podemos correr e cair nos braços do mar da vida real, sem ilusões. E preciso sair da condição de vítma que ainda me coloco - como todo ser humano, que acha que merece mais e que não merece viver o que vive... - para assumir o comando da minha vida, sem pena; enfrentando o medo. Bom, me preparo para mudar sem martítio, aceitando a realidade. Mas, isso leva tempo - o tempo necessário - e é um passo por vez. Ou seja, trata-se de uma jornada, de uma vida inteira para aprender o máximo que eu puder. Tudo de vez não recomendável... Cuidado para não ser afoito e acelerar mais do que deve... Daí, terá que parar e esperar o tempo certo. Às vezes a gente acha que foi mais rápido que o tempo, quando, paramos, vemos que ele ainda nem chegou, então como tê-lo utltrapassado? Mania de não respeitar o mestre tempo... (risos).

Pois é, hoje, mais um dia em que estou feliz por "nada", ou, por TUDO! Num dia trivial, sem graça, com os mesmo problemas... 

Saudações aos que se encontram no mesmo empenho de melhorar a si. E saudações aos que ainda estão com os olhos tapados pela correria e pela falta de "tempo" para melhorar a si... Tempo é algo que está aí.

Pat Lins.

domingo, 17 de julho de 2011

SUA ADRENALINA PODE COMPROMETER A VIDA DE OUTRO... PELA PAZ E CONSCIÊNCIA NO TRÂNSITO

Gente, estou chocada! A cada dia mais nos deparamos com inconsequentes no trânsito que destroem a vida de algum inocente. Para o causador, apenas um susto e nada mais. Ah, tem a fiança, que libera um marginal. Sim, para mim uma pessoa imprudente é um bandido, ou louco. Louco da loucura legitimada pela tal da sociedade onde quem está certo, está errado. Dirigir no limite de velocidade é para "babaca", afinal, um bom "piloto" precisa provar que é bom nas pistas urbanas, em meio a qualquer trânsito, porque eles acreditam estar no controle da situação. Controle de quê? 

Bêbados(as), imprudentes... sempre os "pilotos" estão atrás de adrenalina! Uhu! "Emoção"! Quanta emoção! Para quem causa, histórias para rir r contar, afinal, trata-se de uma pessoa "descolada", destemida, corajosa... Para a vítma, quando perde a vida: enterro, dor e tristeza para a família, amigos e afins. Quando fica vivo com algum problema: problema para a vida inteira. Poucos saem ilesos. Porém, normalmente, as vítmas perdem algo, os causadores, pagam fiança! 

Faz pouco tempo, o tio de uma amiga foi "assassinado" por um desses imprudentes, inconsequentes que acham que sinalização na pista é enfeite. Esse infeliz passou em alta velocidade mesmo com carros de um lado e outro da estrada, parados, piscando, para alertar; cones no caminho - há mais ou menos 30 metros de onde o caminhão estava parado; e ele acelera, como se nada estivesse chamando sua atenção, como se aqueles sinais de alertas não lhe dissessem nada. E, bem provável não dissesse mesmo, para entender os sinais você precisa saber que aquilo é um sinal... Muita gente acha, como falou Alexandre Garcia, certa vez, que dirigir é como ter um ventilador: você liga e ele funciona. Pois, sim, esse infeliz avançou e levou o tio de minha amiga pela frente, quando começava a retirar os cones... Dias depois, o assassino estava livre e o tio da minha amiga, enterrado. 

Até quando essa falta de consciência? Não adianta pedir rigor, apenas, nas punições - para mim, acidente de trânsito, se comprovado que foi imprudência do motorista, afinal, existem muitos pedestres imprudentes, também... - é preciso consciência. Fiança é dinheiro; dinheiro, quem não tem, arranja, dá-se um jeito e paga: livre! Só que existem situações irreversíveis. Uma vida não volta após tirada, por exemplo. Será que é preciso esperar por políticas públicas? E a responsabilidade de cada um, fica onde? Falta educação de base. Falta bom caráter nas pessoas. Falta consciência de que cada ato reflete uma consequência. A impunidade não era para ser medo de pagar fiança, deve haver auto-consciência, gente!

Fica aqui meu humilde manifesto! Tomo susto diariamente nas ruas. Por pouco ia sendo atropelada com meu filho, atravessando a rua, porque uma criatura doida entrou em alta, numa rua tranquila e na contramão... ainda me olhou de cara feia, como quem queria ter a pista livre para ele voar, no mínimo. E é assim, eu estava errada por estar certa: olhei um lado e outro da rua - sim, costumo olhar os dois lados, mesmo em pista de sentido único - e não vinha carro, até esse louco surgir. Minha única reação foi puxar meu filho e gritar com o sacana que seguiu em alta e sumiu. Quem nunca passou por isso? E no carro? Quantos sustos? Até quando?

Pela paz no trânsito, antes, paz individual! Se cada um organizar seu tempo, sair com tempo para deslocamento e imprevistos, sem pressa, sem deixar para sair em cima da hora... pode ajudar. 

Bom, essa é a hora de se tentar mudar essa realidade: agora! Uma mudança em atitudes pessoais pode ajudar e muito! Converse com pessoas que agem dessa maneira. Mostrem vídeos de acidentes. Recorrer sempre ao bom senso que existe dentro de todo ser humano. Vamos ver se assim a gente muda alguma coisa!

Pela paz no trânsito! Pela paz em si! Pela PAZ!

Pat Lins.

sábado, 16 de julho de 2011

SE ESCONDENDO DA DOR

De nada adianta nos escondermos da dor... ela não deixa de doer por causa disso.

Melhor encarar as decepções, dores e problemas logo, do que empurrar com a barriga. Mesmo que não tenhamos a coragem, força ou determinação no momento para isso, começar a reunir forças é um bom caminho, só que reunir forças para algo detectado é melhor do que reunir forças ao acaso.

Sempre é hora de encarar a dor e buscar curá-la. Fingir que não dói só aumenta a dor. Toda dor só enquanto está doendo, quando curamos, ela passa! 

Pat Lins.

AINDA É PARA DAQUI A POUCO...

Muita gente não entende que para o depois funcionar e ser real ele precisa começar antes...

Daqui a pouco começa agora! Começar na hora de terminar não pode ser um bom começo.

Pat Lins.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

SEM ATRASO. NA HORA CERTA!


Engraçado que é até fácil compreender - ou começar a - que tudo tem seu tempo. E o mais engraçado é que a gente tem uma imensa dificuldade para aceitar que tudo tem seu tempo...

Ontem, do nada, em meio a uns pensamentos para superar um obstáculo enorme que me coloco - voltar a dirigir - eu pensava: "tanto tempo para voltar, agora, tenho que voltar de qualquer jeito... Antes tarde do que nunca" e me veio a mente: "NÃO HÁ ATRASO. TUDO NO TEMPO CERTO!" Foi quando vi que por mais que eu fale e acredite que tudo tem seu tempo, essa condição ainda não me foi internalizada. Ainda quero segurar o tempo com minhas unhas...

Comecei e me "tocar" de que toda religião ou doutrina religiosa considera certo o fato de que todos temos um propósito, uma missão aqui - na Terra; na vida... cada um coloca o termo mais apropriado - só que, todos nós vivemos na correria. Impressionante: muitas pessoas que conheço e que também falam isso para mim, também têm sua pontinha de desconfiança o que caracteriza um leve deslize na fé. Como me dizer - ou eu me dizer - que "não cai uma folha da árvore se Deus não permitir..." se vivemos arrancando as folhas? E aí, eis que me surge outra dúvida: só devemos esperar a folha cair ou podemor arrancar? Porque, ficar só esperando cai em outra contradição humana: "não devemos ficar parados esperando que caia do céu..." - risos.

O que percebo é que confundimos tudo por medo de seguir em frente. Temos medo de sermos felizes. Esperar o tempo certo, para mim, quer dizer: fazer o que está ao seu alcance, seguindo e fazendo o que ocorrer no dia a dia e ir se trabalhando para "chegar lá" mais bem preparado. Ou melhor, não existe isso de  chegar ao final para "chegar lá", o chegar lá é o caminhar. Quando escutei o comentário de uma pessoa, que início e finalidade estão interligados e são a mesma coisa, estranhei... Fui para minha vida. Está aqui, comigo: se para tudo tem um início e um fim, mas, não existe uma reta unindo os dois pontos, então, não são pontos separados. Ou seja, andamos em círculos. Daí, vim entender, do meu modo grotesco que isso é o que vem a ser ciclo. Quando aceitarmos e assimilarmos que nosso propósito é ser feliz e ter êxito em nossa busca de nós mesmos para encontrarmos, assim, o que está dentro de nós a vida inteira, quebramos esse ciclo e entramos numa linha reta - que vem com um novo ciclo e daí seguimos rodando para a frente.

Sobre ser feliz, assistindo "A Grande Família", ontem, na TV, me emocionei quando Lineu descobriu que o pai havia mentido para ele e que sua relação com a mãe poderia ter sido melhor. O que me emocionou foi ver que a mãe, uma mulher que carregava em si um sonho, uma vontade enorme de viver seu talento, abriu mão de tudo aquilo que nos impõem acreditar ser o ideal de felicidade: casar e ter filhos. Isso é uma vida honrada. Mas, a severidade do pai só denotava sua fraqueza, fragilidade e medo. Como consequência, afastou o filho da mãe para puní-la. Punindo o menino, também. Ele teve medo de ser feliz e se prendeu a felicidade "ideal" que nossa sociedade hipócrita e demagoga impõe. Ela, seguiu seu sonho, mesmo assim, não conseguia ser plenamente feliz. Faltava um pedaço do qual abriu mão, pela felicidade dele... O que senti em minhas entranhas foi o quanto não sabemos ser feliz e como nos foi ensinado e condicionado que uma felicidade pode equivaler a infelicidade de alguém e o caminho para a felicidade passa a ser um caminho errado, com culpa, com arrependimentos e com "se's" sem fim: "se eu tivesse ficado"; "se eu não tivesse seguido...". Quero saber quem foi o primeiro infeliz que plantou e regou essa semente e quem foi que cuidou dessa árvore infeliz da infelicidade imperante e permitiu que desse frutos? Pior, quem distribuiu esses frutos? Bom, deu certo! Se espalhou e hoje vivemos sendo o que não somos, sem saber aonde queremos chegar de fato! 

Como saber o que é SER FELIZ, se a maioria dos seres humanos não sabem o que vem a ser e temem esse estado de espírito? Todos nascemos para sermos felizes? E o aqui e agora de luta diária em querer ser feliz e lutar para alcançar esse estado que todos temos dentro de nós, mas, tantos fatores nos fazem esquecer. O aqui e agora é agora. Se eu sou plenamente feliz? Não. Tenho alegrias e tristezas como qualquer pessoa. Busco a cada dia fazer algo, por menor que seja, para alimentar esse estado de espírito em embate comigo mesma. Eu não alcancei esse estado de paz interior que me permita alcançar o estado de plenitude. Não nos enganemos, para ser feliz, de verdade, o caminho é o amor! E, se não sabemos o que vem a ser amor, imagine suas ramificações? 

É, ainta temos muito para aprender e apreender. Só falta começar a disfazer as máscaras que nos impuseram desde muito tempo. Não é fácil, não. É simples. O que é exigido são atitudes simples. Mas, fácil, né não. E isso lá é motivo para desistir de continuar? Grito, esbravejo, falo mais do que faço... mas, sigo, faz parte da minha falta de paz e conhecimento suficiente... essa ainda é a maneira que guerreio comigo mesma e com o mundo externo. Aos poucos, com o passar do tempo isso vai mudando e vou entrando em sintonia comigo mesmo, com a Patricia que sou, aliás, com o ser que sou. Não quero me dedicar ao tempo cronológico como guia, mas, também, não posso fingir que ele não existe e que tem sua importância. Seguir é isso: ir vendo, enxergando, sentindo, refletindo e se preparando para a ação e transformação. Em "Paz Guerreira" vi isso no personagem principal. A gente sente que ele amadurece sem espalhar aos quatro ventos que amadureceu, que mudou, que cresceu. Ele apenas se torna quem ele é. E, na "A Grande Família" estava a mesma mensagem para superar o medo que Kadriel - personagem principal do livro "Paz Guerreira" - descobre na prática: "não há como perder o medo, senão o enfrentando!". Enfrentemos nossos medos. Fácil? Quem está falando em facilidade, aqui? Eu preciso enxergar as possibilidades e enfrentar o medo é possível, ainda que doloroso e cansativo.

Bom, toda hora é hora de alguma coisa. Feliz aquele que alcança esse estado e serve de exemplo vivo e real para que outro seja motivado. Somos ou não um conjunto? 

Vamos sim, deixar um mundo melhor para os nossos filhos e filhos melhores neste mundo - a começar por nós, filhos do mundo! Sem atraso, na hora certa esse tempo chegará - afinal, já é: cada segundo faz parte desse todo. Cada instante em que fazemos um movimento, entramos no caminho ao tempo certo e, cada esforço, cada vontade de superar os desafios nos mantém nesse caminho e nos leva adiante. Do mesmo jeito que as sementes da infelicidade imperante e operante foram planatadas, germinaram e se espalharam os frutos, as da felicidade real e consciente também são possíveis de germinar. Basta plantarmos, regarmos e cuidarmos que ao seu tempo dá. Só precisamos começar e continuar, um passo de cada vez. Eu só quero é ser feliz e mais nada! Ops! E tudo mais que vem junto e que é juntado no caminho, ou alguém pensa que chegará de mãos vazias no final da jornada? A questão é que carregaremos tanta coisa! Tanta coisa que não pesa, pelo contrário, nos eleva!

Pat Lins.

terça-feira, 12 de julho de 2011

APENAS, ACONTECE. APENAS... É ASSIM.

Por mais que detestemos aceitar, a verdade é uma: o fato é de fato, fato!

Querer mudar uma realidade, ou, a parte que achamos não estar adequada requer esforço e não é tão fácil, apesar de exigir soluções simples.

A vida trata-se de um esforço diário: respirar, nos é necessário, porém, catalisa a nossa morte... Comer, é necessário, mas, o tempo passa e coma "bem" ou "mal", algo fará mal por conta da comida, pois, faltou algo... Andra é importante, mas, aos poucos, os ossos são desgastados e as articulações sofrem... Para tudo na vida tem solução, mas, mesmo essa solução não vem sem o outro lado, sem a compensação.

Precisamos estar preparados para tudo. Mas, como, se  não sabemos de nada? Nos preparar como e para quê? Algumas pessoas que ainda estão tentando se aceitar ou aceitar determinada informação - e que não se admitem assim... se acham experts - normalmente me dizem: "tudo é um questão de cabeça..." ou "é só falar afirmativamente"... Gente, tudo isso faz parte de um processo de mudança. Lógico que pensar positivo e viver positivamente faz mais bem do que mal a nós mesmos. Mas, e o exagero? Sim, enquanto não internalizamos e vivemos naturalmente de maneira mais positiva, passamos a cobrar de todos ao nosso redor que assim o vivam, como se se todo mundo agindo assim, ficasse mais fácil para mim... Não é assim. Ao menos, eu penso que não seja. Eu penso que para compreendermos que existem movimentos inconscientes em cada um de nós, e que eles, na maioria das vezes, são os detonadores dos sinais do que precisamos cuidar, antes, é importante que nos ensinem que não controlamos o inconsciente, tanto que ele é chamado de inconsciente por isso: não temos a capacidade - e isso é para todo mundo, dos mais bem aos mais nunca trabalhados - de saber exatamente o que ele quer nos dizer. Os mais bem preparados, que se exercitam constantemente - e isso é necessário para quem busca o auto-conhecimento e libertar-se das prisões e ilusões que nossa mente nos causa a todo instante - conseguem perceber que há algo pedindo para ser conhecido e, ao identificarem as mensagens que o inconsciente manda, entram em contato com ele... Bom, aí, só através de algumas técnicas que muitos psicólogos podem ensinar. Através da intuição de maneira instintiva - sem conhecimento da intuição, apenas se sente que precisa fazer algo e reage; para mim, há uma diferença entre a intuição verdadeira e o instinto chamado erroneamente de intuição... - também conseguimos sentir que algo está fora do lugar e, alguns, partem para movimentos físicos... Ao meu ver, essa atitude colabora no sentido de fazer a catarse física, sem trabalhar ou cuidar do que causou; a catarse física não envolve a mudança que o inconsciente requer, apenas dá um paleativo para o acúmulo de  agonia que insistimos em colocar dentro de nós, em nosso organismo. O movimento físico talvez impeça que atinja nosso bem estar físico. Para mexer nas emoções, no âmago dos pensamentos, na mente, é preciso um movimento maior e mais intenso, além de mais profundo: busca interna. Para tudo, o equilíbrio: corpo e mente - exercício para o corpo e para a mente, também. 

Bom, é difícil aceitarmos, mas, as coisas acontecem como têm que acontecer, ainda que disparemos inconscientemente. Esse é outro aspecto, quando nos dizem: "você está se sabotando"; "o inconsciente atrai, você atraiu essa situação para sua vida..." Falada assim, como palavras soltas ao vento, é muito cruel. Alimenta uma culpa que não podemos nem precisamos ter. Começamos a acreditar que criamos a situação de maneira conseciente e, dessa maneira, proposital. Não é bem assim! Muitas sensações que temos, muitas dores que sentimos, muita culpa... muitas vezes provém de algo que nem temos consciência. Aí, urge a necessidade de buscarmos ajuda de um profissional competente e qualificado. Assim, teremos auxílio, através de ferramentas e exercícios adequados, para buscarmos as respostas, ou, em muitos casos, as perguntas certas. O auto-conhecimento é esforço individual, claro, mas, não é muito fácil alcançar sozinho, se fosse fácil assim, ninguém teria embates internos... 

Aceitar e encarar que as coisas são como são ou, estão assim por determinada razão, ajuda a entendermos que temos um caminho a trilhar por ali, não fugir, empurrar com a barriga ou fingir que ele não existe através de fechamentos de pensamentos do tipo "ele não vai entender..." ou "se fulano não tem consciência do próprio ato, não serei eu quem direi" - de fato, existem situações onde a omissão consciente, onde você sabe que calar é melhor, é o mais adequado, mas, com paz no coração e na mente. Assim se deu um movimento com sabedoria: calar por uma razão específica, não por fingir ser superior - vai nos ajudar a saber que precisamos caminhar de determinada maneira. Um outro ponto de suma imortância é saber que objetivos e finalidade se encontram no meio e o meio é o caminho e o caminhar. É seguir, para que resolvamos em verdade, não em máscara ou aparência... Desta maneira, o problema não foi resolvido e se instala. Mas, isso se dá de maneira consciente? A gente diz: "eu quero viver nesse entrave"? Se eu não consigo mudar é porque algo nos trava. Destravar é na hora certa, quando houver uma preparação. Tem quem nunca destrave uma travinha, porque não alcança o grau mínimo de adimitr que é como é. Mas, à medida que deixamos de sentir pena de nós mesmos e encaramos que as coisas são como são, já ajuda e assim, vamos querer ir mais e além em nossa busca. Até essa busca precisa ser bem conduzida, porque nós criamos ilusões e desejos e acreditamos ser verdade e vontade. Seguir pelo caminho "errado" denota o quanto nos desconhecemos e o quanto desejamos nos manter na ilusão. Dizem que um dia todos acordarão e serão obrigados - no melhor dos sentidos - a se verem, ou seja, terão que tomar consciência de si. Só assim podemos buscar uma maneira de caminhar no caminho "certo", no caminho que nos conduzirá ao reencontro conosco mesmo - nossa essência, nosso EU verdadeiro. Só assim poderemos entender os sinais dos céus e permitiremos a ação divina em cada um de nós, em cada coração. Não nos iludamos: o pragmatismo e ceticismo exacerbado só nos afastam do caminho e demonstram a falta de sentido na vida de uma pessoa. Um indivíduo que tudo quer comprovar apenas pela ciência, sem ter ciência - no sentido de conhecimento - de que existem coisas que não estamos preparados para entender e, ainda assim seguirmos fazendo nosso melhor, é um indivíduo vazio, oco, desesperado. Cuidado com as máscaras que nos colocamos e com o "tempo cheio" de atividades, como válvula de escape. Nós precisamos saber nos aliar ao tempo, senão, o teremos como "inimigo" ou "senhor escravizante", quando, na verdade, o tempo é mestre e segue, nós precisamos acompanhá-lo corretamente. O auto conhecimento faz parte dessa aliança entre o tempo e EU. Detalhe: temos muitas demandas para mudar, portanto, não nos exijamos nos conhecermos a fundo e 100%, isso é desespero. As coisas acontecem como precisam acontecer, mesmo que mudemos o caminho, um dia, acontecerá de encontrarmos o certo e nele seguiremos, em busca da maneira certa de caminhar.

Na vida, tudo é busca e continuidade. Não se trata de esforço de um dia apenas e pronto. Muitos falam em mágica ou passe de mágica... Bom, algo mágico acontece quando nos encontramos conosco: a mágica da realidade. A verdadeira paz interna, o equilíbrio, a harmonia não exige, não se abala, apenas é naturalmente tranquilo, sereno, compreensivo e repleto de compaixão. Daí, uma série de virtudes vêm juntos: paciência, doação, lealdade, respeito... AMOR. o amor, como falo e repito, é livre e libertador. Essa de que se "mata por amor" ou "o amor é ciumento" ou "amar dói" para mim, não cola. O amor é um sentimento sublime e, nessa condição, ainda não o sabemos. O que chamamos de amor é um pedacinho ínfimo do que vem a ser AMOR. Nem o amor de mãe consegue ser tão imparcial, a gente também precisa do amor do filho, ou seja, exigimos retribuição e retorno. Quantas vezes falamos: "eu te dou tanto amor, e você, o que me dá em troca? Ingratidão! Filho ingrato!". Quem nunca se viu ou ouviu nessas condições - em qualquer um dos lados?

Pois é! Pois é! Pois é! O que é, é e pronto. Na Bíblia Deus diz: "Eu sou o que Sou" ou "Eu sou o Alfa e o Omega. O princípio e o fim"... E esse é o verbo da verdade, da essência: É. Apenas É! O que está, para deixarmos bem claro, não é... está e o que está um dia passa, mas o que É, é eterno! Tanto que nós somos humanos e somos imperfeitos, mas, somos parte da perfeição divina e juntos, um dia. alcançaremos a perfeição: quando cada um for o que É de verdade, em essência. A soma de todo EU que É será igual a perfeição, juntos seremos a verdadeira imagem do Pai.

É assim!

Beijos,

Pat Lins.

domingo, 3 de julho de 2011

"PAZ GUERREIRA" - TRECHOS PARA LEMBRAR E REFLETIR I


Eu amo ler! Leio de tudo, inclusive, bula de remédio. Por isso, amo ler a vida e tirar lições de tudo - mesmo que sabendo o que deveria ter aprendido e não aprendi, ainda... risos.

Atualmente, estou lendo "Paz Guerreira", de Talal Husseini, e por se tratar de um livro riquíssimo em ensinamentos e levantamentos de questões para reflexões, eis que vou colocar alguns trechos para me lembrar:

"A verdadeira guerra se trava no interior. A verdadeira paz é uma Paz Guerreira!"

"(...) E, como todo grande guerreiro, conquistou a paz... (...) Não é o poder que corrompe, o poder liberta, ilumina. Quando o homem se corrompe é porque perde o canal do poder e da sabedoria. Um guerreiro sabe disso e luta todos os dias para sacar o véu da ignorância que corrompe o homem. Portanto, onde homens comuns se corrompem, o guerreiro resiste (...)"

"As pessoas comuns veem tudo de forma comum e não sabem como conquistar algo diferente porque estão sempre com a mente no passado ou no futuro. O guerreiro vê tudo de forma especial porque vive o presente. Para um guerreiro, sentar-se, caminhar, tomar banho, ver o Sol e as estrelas são sempre atos especiais, porque vive cada momento como se fosse o último. A consciência posicionada no momento presente abre as portas da realidade. Só quem conhece essa realidade tem o verdadeiro poder para governar."

"PARA O FALCÃO POUSAR É PRECISO QUE O NINHO ESTEJA PREPARADO."


"(...) Ausência de medo: morte. Excesso de medo: morte. A vida residia no estreito caminho do controle do medo."

"(...) o fogo é perigoso porque queima, que a água é perigosa porque afoga, que os animais são perigosos porque mordem e que tudo deve ser temido porque é perigoso de alguma maneira, ainda que não saibamos de momento qual seja. A educação pautada do medo (...) é a incapacidade humana em se fazer entender de forma construtiva, mesmo pelas crianças. A humanidade havia desaprendido como ter obediência por respeito e admiração. O medo era a ferramenta mais fácil, começava a ser utilizada na infância e continuava até a morte, o maior de todos os medos. As pessoas viviam com medo e morriam com medo, quando não morriam , muitas vezes, do próprio medo. O instrumento natural de proteção e sobrevivência era transformado em aparelho de letargia e inconsciência."

"Certas aves, como os falcões e as águias, têm características muito especiais (...) Ao contrário de outras aves, quando veem uma tormenta, vão diretamente de encontro a ela, não se escondem, nem ficam agitadas, abrem suas asas poderosas e velozes e enfrentam a tormenta, superam as nuvens negras, a tempestade, os choques elétricos provenientes dos raios. Sabe por quê? Porque sabem que acima, para além da tormenta, está o brilho do Sol!"

"(...) - Diz-me aonde devo chegar, e irei.
- Chegar não é tão importante quanto é caminhar. É a trilha que conta, é a jornada que modifica.
- Mas, não se descobre o mistério se chega a ele? Não devemos chegar a algum lugar para para chegar a esse mistério?
- O mistério que se encontra no final é o mesmo mistério que se encontra no início e no meio..."

Logo mais, mais trechos para lembrança e reflexão!
Os techos acima são do livro "Paz Guerreira", de Talal Husseini e vale a pena ser lido e saboreado em cada uma das suas 710 páginas!

Pat Lins.

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