quarta-feira, 29 de junho de 2011

"MENINAS SÃO TÃO MULHERES"... E DEPOIS?

Bom, a "contação de causos" faz parte do dia a dia da minha família. Crescemos escutando histórias repetidas, entre meu pai, minha mãe, meus tios e tias, meu avô e os amigos da família. E, lembro perfeitamente, eu e meus irmãos riamos como se fosse a primeira vez que escutávamos. Era/é uma delícia. 

É, o "problema" foi que gostamos tanto que praticamente foi incorporado ao nosso DNA a capacidade de contar os "causos" de nossas vidas. Bom, outro problema foi perceber que nos referimos a nossa infância e juventude... ou seja, o tempo passou - risos. E nós, a-do-ra-mos! Nada melhor do que ter vivido uma infância saudável - com alegrias e as tristezas de não poder fazer o que quiser e só entender isso - quando entendemos... - na fse adulta. Muitos adultos crescem na idade, se tornam adultos em idade, mas, maturidade que é bom...

Numa dessas rodas de "contação de causos", num momento totalmente nostálgico, relembramos de pessoas e pessoas que fizeram parte do contexto temporal em questão. Fora que sempre passamos a saber de como pensávamos uns dos outros. Pois, foi numa dessas que soube que minha irmã me achava uma "idiota" - kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk foi muito engraçado - porque eu queria ser "Miss Baianinha" - coisas da década de 80... - e minha mãe nunca deixou - dizia, e havia rumores, mesmo, que ali era tudo carta marcada... Pois, minha irmã se lembra de me ver assistindo ao programa e babando e me disse que pensava: "Patricia é uma idiota, mesmo. Que programinha mais ridículo...". Eu chorei de rir. Porque, hoje, eu vejo que era besteira, mas, não sabia que ela prestava atenção nisso - ela nunca gostou dessas coisas, quando éramos crianças. Em compensação, meu "reinado" ficou na infância - Rainha do Milho; da primavera; broto verão... - e nunca vislumbrei essa de ser modelo. Queria ser famosa, mas, com algo relacionado a minha inteligência... Já minha irmã, chegou a fazer curso de modelo - e ela é lindíssima! Dá de 10 em qualquer Naomi Campbell. 

Em meio a tantas lembranças, recordamos que em nossa época, 11, 12 anos era criança e as "meninas" de 15 anos já eram "mocinhas" e nós éramos doidas para ficarmos "mocinhas", sem deixar de brincarmos e sermos criança. Mas, muitas "amiguinhas" queriam ser mais velhas. Nossa, as de 12 se "esticavam" para aparentarem ter 15; as de 15, queriam se fazer adultas. A gentde deixou de "andar" com algumas amigas de infância, na época, porque elas se achavam "maduras" e queriam "andar" com as mais velhas - que não estavam nem aí para elas... A gente também teve essa fase, de querer se enturmar com os mais velhos e se sentir mais madura - risos. Aí, minha irmã viu a foto de uma dessas meninas e lembrou: "fulana era toda 'tirada' a adulta, lembra?" Eu disse que sim e destilei meu veneno - claro, estou muito longe de ser perfeita... risos - dizendo: "pois é, queria tanto ser adulta que, na fase onde todas estávamos crescendo conforme a idade, ela voltou no tempo e foi namorar garotinho, regredindo e parecendo criança...". E era verdade. Muitas dessas "meninas" que queriam ser mulheres antes da hora, na hora de ser mulher, se tornaram "meninas". Hoje, quando encontramos uma ou outra, existe uma diferença. Eu me sinto mais velhas do que elas... E isso não tem a ver com o fato d´eu ter enrgorado, não, tem a ver com postura pessoal e estilo de vida. Não porque eu tenha casado e tido filho - algumas delas também tiveram... algumas ainda eram meninas... - mas, no sentido de como se vê a vida e interage com ela. 

Isso me fez ver, mais uma vez, como minha mãe - por mais que a tenhamos odiado, como toda criança odeia seus pais - soube nos fazer viver cada fase como se deve. Lógico que ninguém é perfeito e eu tenho muita demanda, como qualquer ser humano, para trabalhar e conseguir me verticalizar. Mas, eu anseio por mudanças pessoais e morais que não encontro em meio a essa turma... Hoje, quem tem necessidade de conviver com pessoas mais velhas, sou eu... Não apenas mais velhas em idade, mas, em experiência de vida - pessoas que tenham extraído algo de bom em cada experiência que viveu. Essas pessoas me atraem. Não os nerds, ou intelectuais, ou burros, ou qualquer estereótipo, mas, pessoas que sentem a necessidade de seguir o tempo certo como rumo. Inclusive, ontem assisti, pela primeira vez, um episódio da série "A Mulher Invisível", na TV Globo, e falava dessa relação com o tempo. Da necessidade de nos ajustarmos ao tempo, não de nos congelarmos no passado ou na imprudência juvenil para nos sentirmos "modernos, ligados e plugados". O hoje, se faz hoje, com quem somos hoje, não com quem fomos ontem ou seremos amanhã. Agora, todos os tempos estão interligados, daí, a importância de se saber conjugar os verbos nos tempos certos. Quem fui ontem fez base para quem sou hoje e, quem sou hoje, me leva para quem serei amanhã. Bom, agora, se amanhã eu acordar no tempo certo e não estiver satisfeita no que me tornei - não errei na conjugação... foi uma passagem de tempo proposital... risos - aí, caberá no hoje que será amanhã eu me redefinir, porque, simplesmente, o tempo não para! E, meninas, sejam menina hoje, para não se tornarem meninas quando precisarem ser mulheres na época certa! É bom pisar no acelerador e assumir riscos, para enfrentar o novo, mas, não esquecer de olhar o retrovisor, o velocímetro, as placas de sinalização e limite de velocidade... Dirigir é bom, mas, é a prudência, a cautela que evita acidentes - ao menos, evita causar acidentes, haja visto que muita gente prudente já perdeu a vida por conta dos imprudentes... mas, vamos voltar ao tempo, depois falaremos do trânsito. Seguir em frente é olhar para frente, sem esquecer de olhar para trás e para os lados, para cima, para baixo...

"Causos" e "causos" a parte, cosia boa é ter coisa boa para lembrar e o que não foi bom, deixa lá, um dia a gente vê que foi bom por algum motivo... 

Então, meninas, sejam meninas, para que as mulheres sejam mulheres! Sim, só para lembrar: isso serve para os homens, também... Viver cada tempo ao seu tempo!

O segredo da eterna juventude é uma vida bem vivida!

Pat Lins.

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