É muito fácil a gente só enxergar o lado complicado das dificuldades... e, como fazer para querer sair e encarar que há solução, ainda que penosa, cansativa, desgastante e difícil?
Ano passado, eu quase me separei do meu marido. Depois de um conselho neutro de uma amiga, repensei e considerei: "evite tomar decisões em meio a uma crise..." E isso me fez repensar: qual a verdadeira razão do desejo de separar? Será que o caminho mais fácil é o ideal? O problema seria resolvido com o divórcio? Ainda existem situações pendentes e que preciam ser resolvidas? Enfim, precisei entender que quando surge um problema a gente precisa resolver e entender que toda ação tem uma reação que não atinge apenas ao autor, mas, a todos ao redor. Isso não quer dizer que não me separei por conta do meu filho... Mas, por conta de ter um filho e do problema ser a relação do pai e da mãe dessa criança - eu e meu marido - e essa relação desgastada como estava estar atingindo e interferindo no comportamento desse filho e na vida dele, sim, isso precisa ser visto e considerado. Não, meu casamento não é perfeito, mas, precisei ser adulta e, mais ainda, aberta - não dar ouvidos a todo e qualquer comentário oco - para compreender que se há uma situação complicada, vamos resolvê-la. Primeiro: só posso mudar a mim; segundo: eu não sou a dona da verdade, mas, sou a dona da verdade de minha vida; terceiro: faz parte do mundo adulto maduro resolver as situações, não fingir que elas não existem e dar um basta, como se não acarreta-se em consequências e/ou criações de novos problemas. Enfim, decidi manter a relação com algumas condições: cada um fazer sua parte no processo de crescimento pessoal. Já não dava mais para mim educar um filho e um marido... Se educar uma criança já é difícil e engloba uma série de fatores a serem administrados de acordo com a idade, imagine educar um adultocriança que paga as contas da casa? Uma vida é complexa por si só, imagine três vidas em esferas e patamares diferentes coabitando o mesmo ambiente e coexistindo, por ser uma família?
Pois é, procurar a solução requer querer de verdade, ter vontade de resolver, não de fingir que revolveu, para dar satisfação aos outros. Isso não quer dizer que seja fácil e rápido de resolver. O cotidiano segue e suas exigências continuam. Existe uma caminhada e não se para para pedir tempo ao tempo, é preciso aceitar que existe o tempo certo de cada coisa, além do tempo corrente. Há que se ter vontade de superar a mente dos desejos... ou, há de se superar a mente dos desejos para se ter vontade? - risos. Preciso me manter firme no propósito de descoberta e observação, para, com o passar do tempo corrente e caminhando com o tempo de solução, saber o que fazer - se não já estiver feito.
Precisamos ter cuidado e responsabilidade com nossas ações, proque, quando se tem um filho, observemos se o que fazemos não reverbera nele e, mesmo que ele tenha sua própria personalidade, ele é um ser social e o meio interfere na maneira como ele pode reagir e agir... Como criança não tem domínio da própria consciência - inclusive, muitos de nós, adultos, também não - ele não saberá como canalizar isso. Assim, muita ramificações decorrem daí e o comportamento dessa criança fica comprometido.
Enfim, está mais do que na hora de entendermos que somos quem somos, mais fruto do meio e mais consequência da educação e exemplo dos nossos pais. Hora de assumirmos a responsabilidade por cada ação nossa. Só assim, a base de muita honestidade consigo e empenho diário se consegue chegar perto do próximo degrau.
Pat Lins.
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