sábado, 9 de agosto de 2014

SER AMIGO É...



A maior prova de amizade se chama: RESPEITO. 

Se eu tenho a necessidade de julgar - seja lá o que for, nem que seja uma roupa que o amigo use... - um amigo, muito possivelmente, eu não respeite a mim mesmo.

Aprendi, há alguns anos, com uma grande e estimada amiga - Morgana Gazel - que a verdadeira amizade suporta a verdade. 

Um amigo que se coloca acima dos outros, que se acha a verdade universal que todos devem seguir, precisa seguir a si mesmo. Antes de falar, ouvir. Um amigo que exige rapidez e pressa no despertar do outro, está tão perdido em si, que precisa do socorro do outro e nem sabe... Um amigo que exige demais, está tão carente que precisa criar situação de colocar o outro como "você precisa do meu acolhimento" que esquece de se acolher.

Amigo de verdade é amigo, não juiz, árbitro ou analista. Usar demais a razão e querer explicar aquilo que deve ser sentido é desequilíbrio, tal qual deixar-se levar unicamente pela explosão da emoção, sem medir as consequências.

Muito a aprender e muito a agradecer! Porque, amiga que sou, perdoo antes de tudo, a mim mesma, pelas minhas falhas humanas! Sinto muito!  Me perdoe! Te amo! Sou grata!

Amigos, em minha busca, cada dia mais descubro que sei tão pouco, apesar de já serem grande descobertas! Insisto em dizer: é o seguir, o movimento que alimenta a busca; é o buscar que nos leva para onde precisamos ir e estar. Tá tudo certo!

Amigos, contem comigo, sempre! Mas, nem sempre poderei fazer o que tanto desejam... Dedico meu amor, carinho e respeito. Incluindo respeito ao tempo e espaço de cada um. É tudo o que sempre tive para dar. Mais do que isso, é carência e certas exigências, não cabem a mim realizar, apenas respeitar e, sabe como é... sair debaixo.

Ser amigo é entender e aceitar a LIBERDADE. Cada um é livre para ir e voltar, inclusive nos próprios planos, projetos e metas. Cada um cresce em si, vive seus dilemas e desafios; pondera cada escolha e suas consequências. Insisto em dizer: se alguma zona de conforto é muito desconfortável sair, não cabe a mim, enquanto amiga julgar, muito menos condenar. Acaso não tenho eu diversas e inúmeras zonas de conforto a libertar em mim? E quanto mais me liberto, quantas deixo ainda me aprisionar? A consciência cabe a mim, não a um amigo julgar. Ser amigo, de verdade, é amadurecer na amizade; é estar sem ego inflado ou vaidade. É apenas TO BE - ser e estar. É doar quando está na posição de amigo. É receber quando está na posição: "preciso de ombro amigo". Só isso. E ainda assim, considero que todo amigo tem o direito de, caso não esteja bem, simplesmente, negar: "hoje, eu também preciso de um amigo.". E, do lado de cá, nada de se doer, de deixar o melindre aflorar. O nosso tempo e o tempo dos nossos amigos seguem seus próprios caminhos e tempos, alguns momentos não dá mesmo para conciliar e isso não é falta de amor e de amizade. É reconhecer que ninguém pode ajudar, enquanto fragilizado. Reconhecer-se é para os fortes! Requer coragem e atitude! Requer firmeza e honestidade.

Sendo assim:

SINTO MUITO. ME PERDOE. TE AMO. SOU GRATA!

Pat Lins.


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