Fico vendo as pessoas "impressionadas" com o racismo no esporte, como se fosse algo inesperado.
Ora, ora, ora! Tratava-se da última bomba a explodir!
Quantos artistas alegam racismo na moda, na TV, nas novelas, no cinema e etc? E a grande maioria das pessoas míopes repetem, como quem quer tanto se convencer, que esquecem de ver de verdade, o real: "Isso já é exagero!".
Não! Não é.
Exagero é a gente não ver essa realidade que está e sempre esteve aí, aqui e acolá.
O fato de explodir no esporte - um dos únicos lugares, além da música, onde negro tinha espaço para "crescer" ou ascender e prosperar, tendo acesso ao mundo do glamour que o dinheiro, o muito dinheiro pode "bancar": o mundo dos brancos, o mundo onde é possível "ser feliz, com conta bancária gorda" - apenas grita, mais um grito de "olha ele aí! Ele sempre esteve aqui!". Isso incomoda!
Os brancos não querem ver negros crescendo. Para eles, lugar de negro é em subemprego - não desmerecendo as diversas profissões, até porque, esse tom pejorativo, é consequência do veneno que o poder exacerbado do capitalismo exerce na mente dos fracos. Podem observar: quem está destruindo o mundo? As grande indústrias são dos negros? Foram eles que começaram a destruição irreversível do NOSSO planeta? Sim, o planeta é nosso, apesar deles acharem que é só deles!
Ultimamente, como tem dado audiência, os grandes veículos de comunicação tentam "ajudar" na diminuição desses episódios, divulgando, mostrando o que vem acontecendo. Mas, no esporte, ganha uma proporção onde as pessoas param para falar, afinal, o esporte tem uma maneira diferente de tocar o coração e a mente dos torcedores, pois se trata de uma amenidade, de entretenimento, de neutralidade, onde não caberia - e nem cabe - qualquer tipo de segregação. No esporte, principalmente no futebol, não há inimigos. A rivalidade é em campo, é no ringue, é na quadra... é apenas entre os times.
Mas, o que me preocupa é o outro lado da dualidade... em se tratando de era digital ou informacional, da sociedade de massa em massa, do capitalismo como mestre dos mestres - coitado, apenas um efeito... a causa é humana! - é a ação ou as ações de marketing de oportunidade. Bom, por um lado, as campanhas que começam, como se fossem ações de responsabilidade social, aproveitam para se promover, abordando o assunto e dando o ar de maior naturalidade possível na criação de um "mundo" igualitário e justo. Que seja correto - apenas questiono o que vem a ser justo nessa vida... - "marketingmente" falando, fazer as duas coisas: promove o cliente, ao mesmo tempo que colabora com as ações sociais e na tentativa de minimizar os impactos altamente negativos e destrutivos que o preconceito é capaz de gerar. Entretanto, caso se torne de uma ação pontual, apenas agora, o tiro sai pela culatra... Se não houver interesse real em colaborar com a causa, pode acirrar. Se for apenas ação de oportunidade, a empresa ganha audiência, público e etc. E a causa? Volta a virar moeda de troca, novamente. Muito complicado expor como penso sobre esse assunto... assim, vou parar por aqui sobre minha teoria.
Voltando ao racismo no esporte, digo que é apenas uma ponta mínima de algo muito maior, só para não cair no chavão: é a ponta do iceberg. Mas, é exatamente isso! O medo de perder o controle do "negro legal que pode circular em altas rodas, porque é bonitinho dar chance a uns poucos, apenas para que eles alimentem a esperança de viver um mundo que não é deles" acabou explodindo. E apareceu a verdade que ninguém queria ver: O RACISMO EXISTE, FORTE E DESTRUIDOR COMO SEMPRE EXISTIU! Ele nunca se foi. O medo de processo que freava algumas ações. O medo de ser flagrado pelas câmeras, por testemunhas... isso segurava a onda de alguns racistas extremistas. Mas, à medida que a população e a sociedade está em crise, porque os valores aí presentes mostram e comprovam de que tudo é vulnerável e que pagando qualquer um sai da prisão, promove um levante de segurança e auto confiança onde o medo deixa e ser um fator paralisante e vai cedendo espaço ao outro lado: "eu vou mostrar quem manda nessa zorra!" e aí, meu amigo e minha amiga, que é desanda. Sem medo de ser punido - já que consciência e respeito essas pessoas não têm - eles se sentem donos da situação e anseiam em revelar isso aos demais. Aos poucos, vão sentindo o terreno e percebem que outros como eles estão dispostos a sair do condicionamento e colocar a cara para fora, afirmando de quem é o território! E por aí vai!
Falta ao povo ser gente! Falta humanidade nos seres humanos. Falta humanismo! Faltam valores reais e firmes. Essa onda de ostentação ao superficial, essa ode ao poder faz com que as pessoas não se vejam mais como gente, apenas como máquinas comandadas por uma mão invisível chamada descontrole! Do mesmo jeito que as pessoas ignoram que são emoção, acreditam numa razão crua e fria como demonstração de equilíbrio e poder, elas acreditam que Papai Noel existe, bem como o coelhinho da páscoa e todos os símbolos capitalistas de consumo, porque ao pensarem que estão no comando, no controle, estão, na verdade, presos a padrões repetitivos, alegando mudança e transformação... De controladores, não passam de controlados pelos próprios desejos infantis.
Pois sim, racismo não é só crime, é falta de respeito e falta de humanidade!
Racismo é demonstração de fraqueza! Respeito ao próximo, sim, é para os fortes!
O mundo precisa de cores! A natureza é diversa! Nós somos apenas uma parte dela, não o todo, muto menos os melhores...
Pat Lins.
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