domingo, 29 de dezembro de 2013

E SE QUISER SABER PRA ONDE EU VOU... PRA ONDE TENHA SOL!





O Sol

Jota Quest

Ei, dor
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
Ei, medo
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
E se quiser saber
Pra onde eu vou
Pra onde tenha Sol
É pra lá que eu vou
E se quiser saber
Pra onde eu vou
Pra onde tenha Sol
É pra lá que eu vou
Ei, dor
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
Ei, medo!
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
E se quiser saber
Pra onde eu vou
Pra onde tenha Sol
É pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
E se quiser saber
Pra onde eu vou
Pra onde tenha Sol
É pra lá que eu vou
Yeah! Han!
Caminho do Sol, eh!
Lá lararará!
Caminho do Sol, eh!
E se quiser saber
Pra onde eu vou
Pra onde tenha Sol
É pra lá que eu vou
E se quiser saber
Pra onde eu vou
Pra onde tenha Sol
É pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
Lá lararará, lararará
É pra lá
É pra lá que eu vou
Lá lararará, lararará
Aonde eu vou?
Aonde tenha Sol
É pra lá que eu vou
Lá lararará, lararará
É pra lá
É pra lá que eu vou
Lá lararará, lararará
É pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
Lá lararará, lararará

sábado, 28 de dezembro de 2013

ACEITAR NÃO QUER DIZER SE SUBMETER A


Ter que aceitar as pessoas como elas são não quer dizer se submeter a todo e qualquer tipo de brutalidade ou demonstração de infelicidade por não saber ser grato/a pela vida.

Algumas vezes, aceitar quer dizer reconhecer que algumas pessoas são incapazes de se reconhecerem como nocivas. Em geral, essas pessoas se colocam como vítima, por não estarem conectados consigo e, nesses casos, não estão na ação, já agindo. Entendeu?! FALTA DE CONSCIÊNCIA!

Esse é o maior perigo. Não sei se existe um dispositivo mental - ou se falta um - onde a pessoa se desconecta do real e se fecha num mundo próprio, mas o corpo, a boca e palavras ferinas continuam a atacar.

Isso muito me preocupa. Enquanto muitos de nós está - ainda que maneira tosca, errando e acertando - se esforçando para aprender a lidar com seus defeitos e qualidades, essas pessoas - sejam amigos, família, conhecidos, conexões indiretas... - insistem em proliferar um azedume do cão.

Para 2014, ainda mais do que até 2013, a DS - Distância Saudável - se faz mais presente em minha vida. Um tipo de filtragem a respeito de quem vale a pena - em geral, por afinidade - estar ao meu lado.

Venho aprendendo que respeitar o outro é respeitar a si, antes de tudo. Viver em embate gera tensão e não faz bem a ninguém. 

E o que mais venho aprendendo é que, como imperfeita, muitas vezes, não sei lidar com pessoas que exprimem mais os seus defeitos do que as suas qualidades... pessoas que insistem em serem grosseiras, chatas, impulsivas, agitadas ao extremos negativo, sem limite, que não sabem demonstrar amor, carinho ou afeto, etc. Isso faz com que use a DS de maneira auto preservativa... Quando são pessoas próximas, da família ou afins, é um pouco mais delicado... me resumo a encontros causais e esporádicos, a fim de manter a boa convivência, pacífica e harmoniosa... com o objetivo de manter a PAZ.

Pois é... ter que lidar com a gente já é demanda para uma vida inteira - e toda uma eternidade -, imagina ainda ter que ter que desenvolver a capacidade de ter que entender o tempo inteiro aquele outro que não se ajuda, nem se esforça e nem aceita que é humano e imperfeito e ainda vive atacando... 

Em 2014, conviverei em estado de soma e multiplicação: somando com quem soma, multiplicando o que o resultado dessas somas é capaz de gerar de bom! Infelizmente, nesses casos, se faz necessária uma subtração e divisão: diminuo o contato com quem não traz a alegria e a vontade de ser leve e feliz e divido um pouco do que absorvo em companhias valiosas nesses momentos, na esperança de despertar, nessas pessoas, algo de bom, quem sabe.

Que em 2014 o bem prevaleça! Que em 2014, o amor impere! Que em 2014, a alegria assuma o seu posto! 

Obrigada, meu Deus, por me dar a oportunidade de conhecer tanta gente preciosa! Tanta gente generosa! Tanta gente em processo de busca e reconhecimento das suas limitações. Pois é... o problema não é o defeito, mas o não revelar as qualidades, muito menos ter a humildade de se assumir humano e imperfeito. Essas pessoas não fazem parte do perfil: vamos somar juntos! Essas pessoas se isolam em suas próprias ações. Nada que com amor acumulado, não possamos tentar estabelecer - ainda que tosca e indiretamente - contatos com gotinhas de afeto. Bom, sempre que eu tiver um saldo de paciência, tolerância e maré mansa, porque quando a maré enche, e fica tudo uma correria temporária, lidar com determinados ataques é entrar em zona de fogo cerrado... assim, "tô fora!".

Que a paz impere em nossos corações e mentes! Amém! Que assim seja! Deus queira! Oxalá! etc etc etc

Pat Lins.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

TODA LIBERDADE TERMINA ONDE COMEÇA A DO OUTRO. ONDE É MESMO?

Imagem: Google - DUBIELLA

Um dos melhores ditados que conheço é “a minha liberdade termina onde começa o espaço do outro”. Entretanto, raramente nos perguntamos: onde é esse lugar? Onde está a delimitação?

Pode ser uma delimitação pelo melindre, pelo medo, pelas características individuais. Tá, até aí, tudo bem... mas, será que o outro sabe onde é o seu espaço? Será que o outro se vê como um eu, que também é outro para alguém?

Essa questão de espaço requer, antes de tudo, de uma boa base emocional. Pessoas que têm mania de perseguição, têm um problema individual e alegam que todos e qualquer um o estão perseguindo, o atacando. Pessoas que não Têm limite, invadem o espaço alheio se sentindo cumpridores do dever de se fazer o que quer, independente se existe o outro...

Hoje em dia, após tanto se lutar pela liberdade de expressão, duas coisas não foram muito bem amarradas, delineadas, definidas: 1 – o que é LIBERDADE; 2 – O que é EXPRESSÃO. Não se sabendo o que vem a ser cada uma isoladamente, como saber o que são ambas coletivamente?

Num ambiente sem educação básica, com intelectos poucos estimulados e desenvolvidos – em minha concepção, todos têm potencial a ser desenvolvido, cada um aos seu tempo, não fosse essa cobrança social castradora e abusiva de imposição e massificação... – e sem uma base de bons valores e moral, ganha aquele que persuadir e manipular melhor: o convencimento.

O perigo reside justamente nessa falta de opinião própria, por uma auto estima comprometida pela falta de vontade de acreditar que é possível ter mais acesso à informação, desde que se entenda que, para isso, há de se mexer numa coisa muito simples: a zona de conforto. Já escutei uma mulher me dizer: “ah, isso é para você que é inteligente. Para a gente que não teve acesso à escola de qualidade, fica difícil aprender qualquer coisa...”. Um comentário, pura e simplesmente, porque eu disse: “tome cuidado ao misturar produtos de limpeza.”, pois ela queria misturar soda cáustica com outros produtos para desentupir um vaso sanitário. Daí, expliquei que eu não sou tão inteligente que não possa aprender coisas novas e isso é uma coisa simples: basta ler os rótulos nas embalagens... é uma questão de alfabetização. Não de ter concluído a alfabetização, mas ter sido ALFABETIZADO, que inclui, além de juntar as letrinhas, a capacidade de entender o que elas dizem juntas. Está no desenvolvimento da competência  interpretação. Sendo assim, a maioria das pessoas pensa que não pode pensar, porque aprendem nas escolas a desaprender.

A capacidade de investigar, de ir em busca, de indagar, de questionar... de racionalizar é do ser humano. A capacidade de expor suas próprias ideias é um direito natural de um ser pensante. E, quando me refiro ao direito natural, vai além do direito como forma jurídica, está no simples direito enquanto parte natural da característica de quem tem a racionalidade como diferencial – ou como nos ensinam que é um diferencial – entre os outros animais, que são tidos como selvagens, por não pensarem – se repararmos, eles têm uma sabedoria aplicada mais desenvolvida na prática do que a nossa... eles comem, matam e morrem por sobrevivência; a gente, para se satisfazer...

Tudo vira polêmica. Mas, ninguém olha de frente para o fato. Proíbe-se todo e qualquer ato de discriminação, com punição prevista em Lei, mas não vejo esforço em desenvolver um verdadeiro respeito às diferenças... Não pode falar, nem expor, mas pode discriminar disfarçadamente... Hipocrisia! O fato de existir uma Lei, já discrimina. Eu falo em democracia no sentido de haver uma prática que funcione, que eduque, não uma teoria que finge funcionar. Mas, algo precisa ser feito, porque ninguém vai conseguir educar e despertar nos que se “acham” acima de todos, tão rápido... assim, como somos de uma cultura punitiva, vamos punir para ver se coíbe. Evita a discriminação pública. Prende quem comete o delito. Mas, não transforma. Muitos grupos gritam e clamam por respeito e reconhecimento, numa tentativa de se fazerem serem entendidos. Essa parte da discriminação, da intolerância – seja de ordem religiosa, étnica, social, econômica, estética... – representa bem a inconsistência da liberdade de expressão que é propagada, mas casa direitinho com o título/tema deste post: “minha liberdade termina onde começa a do outro.”. Ou seja, o ato discriminatório tem a intenção clara, objetiva e direta de destruir a condição emocional do outro, cerceando a sua liberdade de se expressar. Sentimos onde está o lugar? Fica aberto para indagações. Afinal, meu ponto de vista é claro: não admito qualquer tipo de discriminação, mas discrimino quem discrimina. Em minha defesa, argumento: quem discrimina tem a intenção clara, direta e objetiva de desrespeitar o espaço do outro. E eu respeito muito os espaços. Para mim, existe o meu espaço, onde permito interseções com outros espaços-pessoas e um meu apenas, onde ninguém tem o “direito” – essa palavra é outra que dá margem para brechas jurídicas... coisas que moral e eticamente falando, nem sempre combinam - de se aproximar! É o tipo de coisa que quanto mais tenta entender, menos se faz sentido, porque está na condição respeitosa, enquanto VIRTUDE – de adentrar. Quem tenta adentrar no espaço alheio é um invasor. E, sendo invasor, perde o direito a direitos. Isso é complexo e paradoxo porque a maioria de nós – condição da qual me excluo com consciência - não concebe a ideia de se viver com RESPEITO. Machuca nessas pessoas entender e aceitar que o outro também tem lá o seu espaço individual.

Existe um espaço no qual é permitido apenas o contato social, onde assumimos o personagem eu social. A maioria de nós pensa – se é que pensa – que nesse espaço se é permitido todo o tipo de divagações... Nessa hora, voltamos a questionar: “onde está esse espaço?” e, o mais importante: “o que é invadir?”. Nesse momento é que as pessoas se perdem com intenções escabrosas e deturpadas pela falta de postura moral. MORAL! Agir com bons costumes!

O velho chavão “não é da sua conta” surge sempre quando se quer delimitar um espaço. O que acaba despertando outras dimensões de nós mesmos, orgulhosas e egóicas, que partem para o ataque ao espaço do outro, sem o menor sentido. É nessa roda que vivemos girando. No furdunço desgraçado de quem nem sabe porque está atacando e sendo atacado. Vivemos uma guerra de egos e conflitos de orgulho e vaidade. Ou seja, não temos a menor base para sustentar uma liberdade de expressão. Também, isso não dá o direito de nos tirarem.

Com o crescimento do poder da imprensa, muita coisa se perdeu e muita coisa se ganhou... Porém, como saber diferenciar o que é verdade do que é opinião pessoal, divulgada como verdade? Ou, do que é armação? Olha a necessidade de um ambiente saudável, como base moral e ética, e não cultural deturpada?! Discernimento é algo para sábios.

Com as redes sociais, essa questão ficou um tanto quanto mais delicada.  As pessoas não entendem o que vem a ser diálogo e as suas bases – como RESPEITO, COMPREENSÃO e CLAREZA – e que para haver um diálogo efetivo, é necessária uma COMUNICAÇÃO EFETIVA, ou seja, com transparência, objetividade e capacidade de se fazer entender, afinal de contas, o outro não está em minha mente – ai, como me dói saber que esse tipo de pensamento não passa nas mentes dos tapados, que só querem falar qualquer coisa, sem responsabilidade na ação e sem cuidado com a interpretação ou entendimento e eles sempre se acham claros... criando caos em vez de estabelecer conexão... isso me destrói – e, sendo assim, preciso me fazer ser entendida e representar com clareza o que tenho intenção de externalizar. Se as pessoas não têm a menor noção dessas e outras questões, o que pode acontecer? O caos imperante. Atos brutais e colocações do tipo: “não se meta!”, “não é da sua conta!”, “vê se cuida da sua vida!” e outras do tipo, como “falam do que não sabem”... E a falta de COMUNICAÇÃO continua e vira uma bola de neve que nunca derrete e só aumenta.

Ora, se temos as ferramentas nas mãos, como redes sociais – o que nos coloca com mais espaço para otimizar o tempo na ação de se comunicar – e a imprensa, como veículo de COMUNICAÇÃO SOCIAL – local onde se deve publicisar uma mensagem atingindo o mior número de pessoas possível ao mesmo tempo – onde está o erro?

Se avanço tecnológico promovesse o desenvolvimento de VIRTUDES, MORAL e ÉTICA, seria mais fácil. Entretanto, para tanto, exige-se um tanto de esforço pessoal. Os marombeiros, sarados, saradas... são capazes de malhar seus músculos e esculpi-los nas academias e quantos deles são capazes de esculpir o próprio caráter de maneira positiva? Não estou falando que quem malha é banal, apenas uma apropriação comparativa de esforço para se alcançar objetivos.

Nos deparamos com a orientação – plausível e necessária – de que devemos cuidar da saúde com boa alimentação e atividade física. E a mente? E o emocional? E a moral?

Pois é, somos capazes de aceitar que todos têm o dever de respeitar o espaço do outro, desde que o outro entenda que eu estou sempre com razão, por favor não me desacate. Concorda?

Se a gente não sabe dialogar pessoalmente, virtualmente, nos sentimos mais “fortes”, porque nos tornamos um personagem irreal, numa realidade virtual, mas com ataques reais.

ATAQUES são desnecessários. Se eu me expresso sobre uma figura pública, é uma forma de expressão diante do que ela comunicou. Eu tenho esse direito? Não poderia eu aceitar sem criticar? Mas, não, eu caio na tentação e critico. Daí, outro pensa diferente de mim e vem me atacar, me condenando com diversos termos e palavras que não estão no que escrevi, demonstrando algo represado que sai por ali... Ou seja, não estamos só: nossas emoções se revelam nesses embates. Nossa falta de saúde emocional se apresentam... E a guerra começa. O que seria uma troca de opiniões pautadas na liberdade de expressão, se tornam farpas desnecessárias, comprometendo as qualidades das relações.

Me pergunto: onde vamos parar? Quando vamos começar a usar a liberdade de expressão de maneira mais responsável? Nem, vou entrar no mérito das biografias e das piadas, porque vai render muito mais espaço. Só posso dizer que tudo parte da intenção. Para mim, a graça não pode ser ofensiva... Se eu sou uma pessoa virtuosa, não farei chacota com a miséria alheia, antes de qualquer coisa, dedicarei meu tempo a ajudar. Mas, vai de cada um. Porque até acontecer a evolução humana do estado animal que colocam como selvagem e como algo pejorativo, vamos vivendo como esses animais que tanto condenamos. Gostemos ou não, somos julgadores e condenadores. Somos frustrados e descarregamos essa “culpa” e raiva nos outros, alegando LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

Não há limite para essa questão... não sabemos o que vem a ser limite, apenas castração. Limite requer respeito como base...

Seria bacana, em vez de reclamar do tamanho do post, refletir diante das nossas ações, tão desconhecidas por nós mesmos. Daí, já poderíamos começar a engatinhar no entendimento real da LIBERDADE DE EXPRESSÃO. Afinal, saberemos como nos expressar e como não nos doer com a expressão do outro, pois, nesse caso utópico que aqui exponho, ambas as partes estarão apenas interagindo no mesmo espaço de encontro.

Pat Lins – usando da minha LIBERDADE DE EXPRESSÃO em meu espaço virtual... quanta possessividade, tudo meu, minha...

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

FENIX - UM VERDADEIRO ADEUS AO PASSADO


A fênix é o verdadeiro símbolo de adeus ao passado.

Ela queima até sumir! Das cinzas, renasce: nova, renovada, inovada, completa! 

O que de melhor vejo numa fênix não é só o renascer, é o deixar o que passou lá, no passado. 


O que ressurge? A verdadeira essência, pura! Ela não renasce. Ela nasce. 


A gente sempre deixa o passado nos aprisionar... Ela, não. Ela se liberta. Livre, ela surge novinha em folha.


Reflitamos com essa criatura perfeita! Aprendamos com o que ela quer nos ensinar.


2014, ainda não sou uma fênix, mas estou com uma fogueira aqui dentro queimando os acúmulos desnecessários. Enquanto houver lembrança, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais e como nós estamos.

Só seguindo em frente, sem olhar para trás, estaremos livres e prontos para nos reencontrarmos com a nossa verdadeira essência: QUEM SOU EU.


UM ANO NOVO NOVO! UM 2014 COM PROSPERIDADE EM ABUNDÂNCIA !


Pat Lins - com a chama da esperança acesa, sempre!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O SEGREDO DO AMOR

Imagem: Facebook: Melhore com a saúde
Que o amor não tem segredo, muitos de nós até já sabe. 

Que o mistério que envolve o que vem a ser o amor está em nossa dificuldade de amar, a gente também já sabe. 

Mas, quem aprisionou o amor na deturpação do que é o amor?

Quem começou eu não sei... mas que o egoísmo, a carência, a dificuldade em se aceitar, a falta de respeito pelo outro, as cobranças, o julgamento, os rótulos, o orgulho, a vaidade, a arrogância e outras emoções negativas e destrutivas o mantêm preso e esquecido, ah, sim, isso eu sei!

Num trabalho muito bacana com minha querida Graça Soares, falávamos e vivenciávamos exercícios sobre o equilíbrio entre o dar e o receber, algumas pessoas colocavam o amor como exemplo teórico, onde quanto mais damos, mais temos. Isso despertou uma conversa mais profunda, onde entendemos que não sabemos amar, pois, quanto mais damos, mais enviamos a fatura, cobrando, junto... Resumindo, Graça, brilhantemente nos disse:

"Amar não é gostar; o amor é energia de atração, 

é energia que une e mantém."

E foi o suficiente para nos fazer calar as vozes mentais e orais, com calma e tranquilidade e nos abrimos para a reflexão... Ainda estou no processo racional, muito mental... é minha mente lógica que adora fazer isso. Mas, estou me deixando envolver por esse pensamento que me tocou. Me inquietou. Em algum momento alcançarei o êxtase da epifania. Não estou com pressa... o processo de mudarmos a maneira de pensar requer tempo.

Tudo na vida requer o tempo de agir, de descansar, de plantar, de pensar... é o rodízio, como na agricultura, em respeito à terra e as limitações nutritivas. É o tempo de ser de cada coisa. E toda mudança - principalmente, em casos de quebra de paradigmas; de desconstruções desses arquétipos vulgares que nos condicionamos com tanto prazer e dedicação; de elevação de padrão de pensamento e ação - requer seu tempo, também. Aqui e agora a gente pode começar a ver, depois, se coloca em estado de vigilância - "orai e vigiai", já dizia Jesus - e vai andando, caminhando e seguindo o rumo de volta à vida, a cada dia, um passo.

Então, não poupemos amor! Amemos-nos! Assim, com certeza, saberemos doar o amor. Nesse caso, se dando, se recebe e é capaz de dar, sem esperar receber!

Leiamos a frase muitas e muitas vezes! Para vermos que é simples, sem mistério e sem segredo. O amor é livre e libertador... se a gente tem a "necessidade" de ter o ser amado grudado em nós, é carência e cobrança... Vigiemos mais! Cuidemos mais da saúde das nossas emoções. Sem medo de ser feliz!

Pat Lins.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

ALÉM DO HORIZONTE EXISTE O AQUI E AGORA


2013 vai, 2014 vem e eu vou agradecendo e deixando todo o peso para trás. Tanto peso acumulado... Uiiiii! Xô!

Hora de faxina. Já comecei a limpar os ambientes mentais, emocionais, espirituais e físico. Nada de carregar tanto peso.

Passou! 

Caminhando. Após tantas provas de fogo, tantas dores, tantas perdas e tanta raiva e sensação de injustiça, a real é uma só: é. Tudo é como é. Está como está. E pronto.

Chorar é limpar a alma e deixar espaço livre para o sorriso limpo se apresentar. 

Obrigada, meu Deus, por cuidar dos nossos corações, porque não foi moleza até aqui... os últimos anos foram pesado e sem tréguas. Uma bomba após a outra. Mas, hoje, elas estão lá atrás, no tempo e espaço onde aconteceram. Daqui para frente, é aprendizado colocado em prática. 

Gratidão à Vida, ao Tempo e à Natureza. Porque tudo que ainda podemos fazer é que deve ser o foco, na Vida, no Tempo de ser e de maneira Natural, como o nascer do sol todos os dias... considerando que o sol não se põe, é a Terra que gira e a sombra que vemos, chamamos de noite e, por necessidade de dar um "fim" em tudo, dizemos que o dia terminou... Estamos limitados a um tempo ilusório o que nos proporciona e condiciona a uma vida ilusória... nosso tempo é uma ilusão criada por nós mesmos.

Pois é, 2013, você veio com tudo e já vai, assim, rapidinho, né?

Pois é... o passado se assentou. O presente, vigora! O futuro, se transforma. Tudo isso porque o horizonte utópico que buscamos limitados pelo que os olhos vêm, esse, sempre se afastará à medida que andamos em sua direção, nos forçando a movimentar. Ir além dele é se ver AQUI E AGORA, construindo o caminho, caminhando e olhando em frente, para a frente. É a Vida!

Enquanto não nos desapegarmos da necessidade de ter que chegar lá e lá ficar, cruzando a linha de um horizonte que nada mais é do que limitação ocular, vamos sempre viver à espera de uma amanhã que já virou ontem e nem nos demos conta.

Hora de acordar e valorizar cada passo, cada paisagem, cada vez que a Terra gira e podemos estar diante do rei Sol! Cada vez que continua girando e nos deparamos com a suavidade da Lua e o brilho das estrelas. Com cada sorriso puro de uma criança que repetem palavras que os adultos falam com tanta inocência que nos diz: "besta é tu!". 

Que em 2014, a gente não espere chegar 2015 para fazer algo novo. AQUI E AGORA é o lugar certo e o tempo certo de pensar e agir!

Pat Lins.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

VIDA LÍQUIDA























Tudo muda e permanece... 

Clean and clear!

Pat Lins.

PERSONAGENS DA VIDA REAL



Quando a gente cria um personagem, pode ser tudo, menos realmente real!

Em algum momento a máscara cai e somos obrigados a revelar quem somos.

Sejamos nós mesmos. Sejamos a nossa essência: EU!

Pat Lins.

domingo, 15 de dezembro de 2013

BRASIL - PAÍS DO CARNAVAL E DO FUTEBOL E DA VIOLÊNCIA EM MEIO AO QUE ERA PARA SER ALEGRIA E ENTRETENIMENTO.

Imagem: Google
Pois é, somos conhecidos como o país do carnaval e do futebol e não sabemos como nos divertir sem violência e agressão. 

Diante de tanta violência, fica a pergunta: até onde? Por quê? Por que As pessoas saem para eventos de entretenimento, onde o clima de diversão deveria ter relação com alegria e sorrisos... mas, ao contrário, aproveitam esses instantes e lugares para colocar em prática toda a violência que trazem em si, numa demonstração de total descontrole? 

Culpam a falta de policiamento... eu culpo a falta de educação, falta de controle, falta de respeito, intolerância... falta de "setocômetro" das pessoas. 

De norte a sul, de leste a oeste, seja o time que for, a violência está em quem vai assistir, em quem deveria ir curtir! 

Imagem: Google
No carnaval, gente, fico chocada! Tão chocada que sou ex-foliã e desde 200 não pulo mais. Mantenho distância. E, de novo, não penso que seja por falta de policiamento. A polícia deveria nos proteger dos bandidos. Mas com tanta briga e violência de pessoas que não cometem delitos no dia a dia, pessoas que, provavelmente, não roubam, não matam, não sequestram, acabam se nivelando com os bandidos "profissionais" e exigindo que a polícia deixe de exercer seu papel e tenham que puni-los. 

Ou seja, a culpa é da própria população! 

A culpa é do folião que briga; a culpa é do torcedor que briga. A culpa é cultural - ou "acultural" - do brasileiro. Aqui é legal, demonstra força ser agressivo. Aqui as pessoas não sabem e não querem usar de bom senso, porque nem sabem o que é senso...imagina, bom?! As pessoas aqui têm prazer em exercer a falta de educação e alegam que é coisa de gente fresca... antes fosse. 

Podem colocar um policial para cada torcedor, para cada folião que, ainda assim, eles vão querer brigar. Podem punir as torcidas organizadas, os times... que isso não vai evitar que esse bando de vândalos volte a agir da mesma maneira, dentro ou fora de campo.

Além da violência, furto!

Acabei de ver o "Fantástico" e vi o menino do Paraná, que foi agredido e teve traumatismo craniano, afirmando e se fazendo de vítima de que ele não bateu em ninguém... as imagens mostraram que ele não foi apenas vítima, mas também algoz. Ele bateu, chutou e caiu. Todos os lados estavam errados. Mania de minimizar para quem apanha. Triste! Simplesmente, lamentável!

Somos o país da violência, da falta de educação, da falta de cultura. O país da destruição, do tudo errado e da aparência e ilusão de que carnaval e futebol são espaços de lazer e entretenimento... deveria ser, mas são espaços de agressão, violência e falta de querer deixar de ser assim.

Se proibir esses eventos, mais pancadaria... Então, sinceramente, o que fazer? Como fazer? Quem pode fazer algo? Quem deve começar dando BONS exemplos? Talvez, se os próprios jogadores, cantores e afins incentivassem a paz, agindo em paz, ajudaria. Via cantores pararem de cantar por conta da violência e mesmo assim, os bárbaros continuavam... E aí?

O tacape que representa o espírito esportivo... 

Pois é... os sorrisos cedem espaço para as lágrimas e o suor para o sangue.

E esse é o Brasil que queremos? 

Acorda, Brasil! Acordem, brasileiros! Acorde o BEM!

E aí? Que venha a COPA 2014, é isso mesmo?

Pat Lins - chocada com nosso povo!


sábado, 14 de dezembro de 2013

BONDADE = NELSON MANDELA

Imagem: Google

BONDADE
Ninguém nasce odiando outra pessoa
pela cor de sua pele,
ou por sua origem, ou sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender,
e se elas aprendem a odiar,
podem ser ensinadas a amar,
pois o amor chega mais naturalmente
ao coração humano do que o seu oposto.
A bondade humana é uma chama que pode ser oculta,
jamais extinta.
Nelson Mandela

Com esse exemplo, de quem tinha todos os motivos para destruir o mundo, ele nos ensinou o amor. E descansou em paz! Na paz que ele tinha em si, em seu coração, ainda que o ambiente externo fosse de dor, segregação e torpor!

Salve, Nelson Mandela, o porta voz da boa conduta e da prática de virtudes! Mais um símbolo de resistência e fé sem força bruta! Venho observando que esse mundo machista, branco e rico é que deturpa tudo... e cria esse mundo falso e fingido que insistimos em viver!

A prova viva de que a violência é de quem quer ser assim... Grande mestre! Grande mártir! Grande exemplo! Grande! Grande! Grande!

Pat Lins.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

ETERNO ENQUANTO DURE E INFINITO POR NATUREZA



O que é é apenas o que é, o que está.

Nada é definitivo, mas tudo é eterno enquanto dura e 
infinito por natureza!

Pat Lins.

CAMINHANDO DE VOLTA À VIDA!


Fazer escolhas. Tomar decisões. Nos foi ensinado que isso é tão difícil, que, de tanto acreditarmos, passou a ser. Mas, como já me disse uma grande amiga, fica a dica para quem servir: NÃO TOME DECISÃO EM MEIO A UMA CRISE. Hoje, um novo - mas me parece muito mais antigo... - amigo, me disse algo muito parecido. Ainda que a decisão esteja tomada, ajustes precisam ser feitos e reparados.

E essas conversas, com ou sem um tema central, surgem e sempre podem nos inspirar, se não para hoje, para "O" dia, ou para alguém.

Cada vez que me abro, e essas coisas me chegam, fico imensamente feliz! O quanto é importante deixar o Tempo assumir o comando de ser e estar de cada coisa, de cada tempo, de cada relação, de cada ação, de cada cada.

Quando falta energia em casa, a gente para, se situa para procurar fósforo e vela, né assim? O importante não é encontrar de cara, lá é onde queremos e sabemos que precisamos chegar. O mais importante é o parar para pensar e sentir qual O caminho devemos trilhar. Nesse momento, levantamos as informações, traçamos um rumo e vamos seguindo. Diante do objetivo, acendemos a vela e conseguimos ver, sob a luz, onde estamos. Nesse momento, decidimos para onde mais ir, porque ninguém vai ficar ali, parado, com a vela na mão a vida inteira, vai?

Tudo na vida são etapas que seguimos, não um único lugar a chegar e ficar. É o caminhar, no caminho, que nos leva a todos os lugares e todos são lugares onde precisamos ir e estar!

CAMINHANDO DE VOLTA À VIDA!

E quem disse que a gente precisa estar só, para fazer esse passeio? ...

Pat Lins.

domingo, 8 de dezembro de 2013

MEUS AMIGOS SÃO, APENAS, SÃO: MEUS AMIGOS

Colisão de galáxias no Quinteto de Stephan
Meus amigos não têm cores, odores, sabores, credos, crenças, orientação sexual... meus amigos têm ALMA, CORAÇÃO, AMOR! MEUS AMIGOS SÃO, APENAS, SÃO: MEUS AMIGOS! 

Respeito todas as crenças, desde que as pessoas saibam e entendam que é a sua escolha única e individual e que o outro que escolhe outro caminho não é melhor, nem pior, nem bom, nem mau, cada um apenas é e faz o que lhe convier, desde que sinta o coração, não aquele que a gente sente bater, mas o que está batendo forte, dentro dele, dizendo: "eu sou a sua voz interior! eu sou o seu verdadeiro eu!". Quando esse bate, a gente sabe que está no lugar certo, na hora certa e tudo certo! A relação temporal no mesmo espaço físico é nossa, mas a relação temporal, esteja você lá, ou não, é infinita.

Todos os lugares que fui, frequentei, passei, vou, frequento, passo, irei, frequentarei, passarei, lá sempre serei EU, estarei EU. EU SOU EU!

Conheço, não por conhecer. Vou atrás do chamado da minha voz interior. Levei tempo para me aceitar como sou, para assumir quem sou e o que gosto de fazer... por medo. Medo de ser julgada. Mas, eu GOSTO, AMO, ADORO viver e cultuar a vida! 

Amo meus momentos em mim, com Deus Pai, com o Mestre Tempo, com a sábia VIDA - que me é tão amorosa, como com qualquer pessoa e, como toda mãe, muitas vezes precisa ser dura com o filho, para ser mais forte que o temperamento dele... - e com a minha querida mestre e mãe NATUREZA, que me mostra, o dia nascer, a chuva que cai, o sol que brilha, as ondas do mar e suas marés tão exatas e precisas, que basta parar e ver que não existe mistério nela, apenas ela é e a gente quer que ela seja como a gente quer... daí, nascem as nossas dificuldades: aceitação! Aceitar a si e ao outro. E aceitar que o outro, assim como eu, é outro eu, só que ele. 

Eu amo entender que não estou presa a um vaso hermeticamente fechado, porque o conhecimento, para mim, é algo a ser expandido e que surge - na verdade, ele já está ao nosso redor, mas, pensamos que ele surge... quando o acessamos - à medida que necessitamos seguir para uma nova etapa. Nunca me enquadrei em religião, mas sempre fui em busca de conhecer, conviver e me deixar sentir  A VIDA. Tenho todas em mim. Tenho EU em mim e DEUS tem EU dentro dele, nos lembrando que está dentro de nós, antes de tudo e de qualquer lugar que a gente vá.

Já faz tempo, percebo que as religiões sérias - aquelas que estão ali, por um ideal além do que se vê e comprova em ciência - têm tido a dignidade em afirmar que não é religião que salva ou muda a pessoa, e sim, a própria pessoa. Religião não é cura, mas pode ajudar e muito, para quem nela acreditar e se dedicar a seguir. Isso é crença, é credo, é afinidade! É estar num lugar onde EU me sinta bem e possa comungar com o meu EU interior, aquela essência que somos e que esquecemos à medida em que vamos crescendo...

Eu gosto de estar em minha igreja EU. Não por me sentir melhor, mas por me sentir em comunhão com DEUS em minha quietude, em meu caminho. Gosto de estar com algumas pessoas para celebrar a VIDA, no dia a dia, porque é aí que está o religare, no cotidiano, em cada acontecimento em em cada prova que nos levamos a enfrentar. O que procuro não está em religião, está no ato religioso de viver e crescer, de seguir em frente, para a frente! Não tenho, nem busco, seguidores, me sigo, me levo, me busco, me somo... apenas isso.

Não quero ser resumida e fragmentada a algo estanque. O Universo é enorme! Tão grande, vasto e infinito que não entra em minha cabeça - e isso sempre me foi um questionamento, desde muito jovem... interessante que encontrei pensamentos meus com uns 11 anos, anotados num velho diário, e essas indagações estavam presente em mim - nos fecharmos nas coisas, nos medos, no que está errado, sabemos que não faz bem e alimentamos por medo de castigo de Deus. O céu, quando escurece em nuvens e chove, para mim, não é punição... é necessidade de chuva para equilibrar, com a água, o que o excesso de calor traz. Tanto que o normal é céu sem nuvens. Se elas chegam, é porque foram chamadas pela mãe natureza como um pedido de socorro para se manter o equilíbrio. O que mantém tudo interligado, cada sistema, cada galáxia, no Universo - seja ele observável, ou não - é o equilíbrio. Vejamos o que acontece com o nosso planeta: o desequilíbrio o está destruindo. O desequilíbrio que NÓS estamos causando, não a natureza, o que é natural, o que é equilibrado... o desequilíbrio vem da natureza humana num caminho destrutivo, só isso.

Pois bem... em minha infinita Galáxia - pois é... aos poucos descubro que sou mais do que UM mundo em mim, sou muitos mundos em mim - EU mesma, cada célula, átimo ou partícula mínima, que nem tenha nome e nem seja vista, AMA estar viva e viver! Ama os amigos que tem e faz, porque é nessa interligação que o Universo age. É estando com pessoas que somam e multiplicam conosco, pelo mais, pelo maior, pelo que não está apenas em cada um de nós, mas no TODO. Por isso, meus amigos são, apenas, são: meu amigos!

O amor não exclui, ele aceita, acolhe. O que exclui é a dor, é o tormento de não poder se ser quem se é e de poder fazer o que nos compete... Essa limitação do medo paralisante em ser apenas um algo superficial nos impede de muita coisa, inclusive de acessar a um Deus muito maior do que a construção e representação humana que fazemos dele. Mas, nem isso me faz deixar de aceitar que é assim, até aqui. Porque eu amo e o amor acolhe, considera e entende que TUDO É POSSÍVEL, DESDE QUE EM EQUILÍBRIO! Por isso que começo falando em crenças religiosas... porque muita gente deixa de conhecer pessoas lindas por não estarem em conexão com a mesma religião. O não conhecer é o de menos. Triste é o discriminar, o julgar e o condenar. 

Obrigada VIDA, por cada dia! Obrigada TEMPO, por cada segundo! Obrigada, NATUREZA, pela renovação! Obrigada a DEUS, por TUDO! Por isso que AQUI E AGORA, eu quero plantar o que é bom e faz bem! O bom, o justo e o belo, tal qual a vida, o tempo e a natureza.

Com respeito e gratidão, 

Pat Lins.



sábado, 7 de dezembro de 2013

LANÇAMENTO "LIBERDADE NEGADA" - MORGANA GAZEL

LIBERDADE NEGADA
Segundo romance da escritora, poeta e psicóloga - Morgana Gazel
Por Patricia Lins

História, drama, romance, família, ditadura militar, violência, morte, perdas, mudanças, inquietação, questionamentos, reflexões, emoções, sentimentos, dúvidas, injustiça... Todos estes elementos, e muito mais, compõem o segundo romance da escritora, poeta e psicóloga Morgana Gazel – pseudônimo literário de Noemia Nocera.
Seu estilo literário leva-nos a ter vontade de ler e ler e ler até o fim, por sinal, bastante incomum. Como fez em seu primeiro romance “Enseada do Segredo”, Morgana Gazel nos conduz, no “Liberdade Negada”, num ritmo dinâmico a um ápice inesperado e a um final que nos deixa boquiabertos, tamanha a capacidade da escritora em surpreender.
A obra retrata a história de Sara. Aos 11 anos de idade, ela vive feliz com sua família, quando estoura o golpe militar de 1964. Aos 17 anos, envolve-se com um militante da esquerda e comete um erro imperdoável aos olhos dos guardiões do regime, entre eles o seu pai, tenente-coronel do exército. Após alguns dias, percebe que, na escola, está sendo seguida por pessoas misteriosas. Às escondidas, a mãe e os tios enviam-na para outro país. Este livro de forte conteúdo psicológico, histórico e cultural, é o segundo de uma trilogia que teve início com Enseada do Segredo (2008) e que se completará com A Carta da Mãe, novo romance já iniciado.
Em suas histórias inventadas, Morgana Gazel consegue traduzir em palavras os dramas humanos reais. Assim como “Enseada do Segredo”, romance mais leve, ainda que com conteúdo profundo, o “Liberdade Negada” é ambientado na época da ditadura militar. Neste, porém, ela penetra mais intensamente naquele período. E nos conduz numa viagem no tempo sem que percebamos que estamos saindo daqui, do presente. É tudo tão real e “cotidiânico” - sentimos como se estivéssemos vendo acontecer em real time - que impressiona. Impressionar, surpreender..., estes adjetivos não são fortes o suficiente para qualificar o trabalho dessa autora.
Dia 09 de dezembro de 2013, às 19 horas, no Museu Geológico da Bahia, Corredor da Vitória, em Salvador, o romance Liberdade Negada (Cogito Editora), com prefácio do jornalista, professor, escritor e doutor em literatura brasileira, Carlos Ribeiro, terá seu segundo lançamento, o primeiro aconteceu em 24 de outubro de 2013, em Belo Horizonte.

Patricia Lins – Publicitária, Relações Públicas, Radialista, Blogueira, Professora, Poeta.


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A IMPORTÂNCIA DE DAR IMPORTÂNCIA EM SE COMUNICAR (BEM)

Imagem: Google - http://lusophia.wordpress.com/2010/12/06/a-cosmogenese-criacao-do-universo-por-vitor-manuel-adriao/

"Nossa linguagem incorpora um sem-número de pressupostos. O receptor não tem necessariamente a mesma pressuposição do emissor" 
(Princípios da Comunicação pela PNL)

Tem muita gente precisando aprender isso... porque nem fala e quer que o outro entenda. Muitas pessoas pensam - se é que chegam a usar o raciocínio em algum momento e pensar... - que basta "pensar" na mente que do lado de fora todo mundo já sabe... Pretensão, arrogância, falta de respeito, egocentrismo e dificuldade de aceitar que existe "o outro", esses são alguns dos grandes empecilhos no estabelecimento do entendimento, do diálogo efetivo.

Ao falar, a gente precisa ter cuidado em objetivar. Imagina quando só se fala na própria cabeça - em meio ao emaranhado de informações que se processam ali, no âmbito mental e imaginário... - e quer que o outro adivinhe e acerte?! Daí, pessoas empáticas, aquelas que conseguem se colocar no lugar do outro, entendendo a sua dificuldade e, com isso, desenvolve o CUIDADO em falar de maneira que o outro entenda, conseguem impor - sem o peso da palavra - essa necessidade de entendimento/comunicação, onde eu falo e você entende o que eu quero falar, estabelecendo a troca/diálogo como única maneira de entendimento.

Para tanto, há de se ter cuidado, inclusive, em se esforçar, enquanto receptor - considero que somos emissores e receptores ao mesmo tempo, afinal, quando eu falo, eu emito, mas, num diálogo, após eu emitir, o outro há de emitir, também, e eu passo de emissor a receptor - para calar a boquinha do pensamento tagarela e escutar o que a pessoa que fala, está "falando" (no gerúndio - ação acontecendo), para entender o que ela fala. 

Gente, cada cabeça um mundo e alguns mundos precisam de informações precisas - ao menos os mundos que se importam em interagir. Os que não enxergam essa relevância na precisão dos dados carecem, também não sabem se expressar e não têm paciência - nem humildade - para assumir que precisa de tempo para entender e assimilar. 

Diante dessa arrogância de se limitar a apenas o que sabe e não desejar saber mais, aprender mais, sair da zona de conforto (lugar mais chato, para quem quer ir além dessa normose doentia), a ignorância é camuflada por um falso entendimento, demonstrado com um menear de cabeça, como quem diz: "tá! Tá! Já entendi... adiante...". Essas pessoas não querem escutar e dizem: "Fale rápido!". Porque o querer saber mais passa pelo fato de se assumir que não sabe sobre aquele assunto, como se todos tivéssemos que saber de tudo... E o querer aprender é estar aberto, é considerar que existe mais do que "sei" e sempre haverá esse "mais do que sei". É aceitar as diversas diferenças, as DIVERSIDADES. Ou seja, não quer entender. Ou seja, não vê importância em interagir. Ou seja, não sabem interagir. Ou seja, são grandes barreiras e bloqueios para o entendimento, proliferam o descaso e criam um ambiente inóspito, onde apenas essa pessoa fala e todos acatem, porque essa pessoa não sabe a importância de TROCAR. Ou seja, fica tudo mais difícil e truncado.

Pois é, para se expressar BEM - apesar da redundância enfática, senti a necessidade de colocar o "bem", afinal, tem gente que emite uns sons, algumas palavras emboladas e jura, que estão se comunicando... sem se ocupar com o como o receptor está recebendo a informação -, há de se entender a importância de FALAR, OUVIR, TROCAR: DIALOGAR/INTERAGIR.

Por isso me preocupo com essa era da informação tão sem informação. Todo mundo se atualiza em sites e veículos de comunicação que precisam CRIAR notícias para manter a audiência e CRIA o estilo de vida que pensa que está informado. Ninguém quer ler ou ver "notícia" velha, e "velha", basta ter sido expressada... alguns segundos depois, está "obsoleta". Isso é preocupante. Ninguém se preocupa com a FONTE, a origem da notícia: de onde veio, quem falou? A credibilidade não importa. A RESPONSABILIDADE com o que vai ser divulgado, não importa. O que importa é falar qualquer coisa, desde que  a boca se movimente. A "era da informação" mais parece a era da fofoca e das atrocidades, criando a imagem de um mundo sem esperanças... Sem esperança, sem vontade de ir além, sem vontade de querer fazer algo novo.

Pois é, cada cabeça um mundo e todos devem ser considerados, para serem entendidos. Onde está a importância em dar importância em se comunicar BEM.

Pat Lins.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

ESCOLHO A DISTÂNCIA SAUDÁVEL, SAUDÁVEL!



Posso escolher entre conviver ou não com pessoas com distúrbios sérios de comportamento e sociabilidade... isso não é falta de respeito. Pelo contrário: é respeito a mim e ao outro. A mim porque sei que posso escolher quem quero ao meu lado e me ajude a somar. Ao outro, porque ele tem o direito de ser quem ele é.

Mas, uma coisa é certa: não falto com educação e cordialidade. Se afastar conscientemente não é birra, ou disputa... é apenas filtrar quem deve ou não estrar ao nosso lado por afinidade e por motivos para se estar. Se não tem liga natural, não tem motivo para forçar, muito menos para sair detonando por aí. É uma distância saudável e deve ser saudável. Raiva, ódio, rancor e etc não são saudáveis.Portanto, se a motivação do afastamento for algo similar, não é DS - distância saudável - é orgulho, vaidade e julgamento.

Na DS não tem dor, tem dor trabalhada e acolhida. Existe a compreensão de que o outro e eu não nos afinamos e pronto. Ser grosseiro ou deselegante, mal educado ou algo parecido, não está dentro da DS. Educação à base da compreensão, essa sim é a base da DS. Senão, será hipocrisia e dois pesos e duas medidas: me aceitem como sou, mas não aceitem o outro... Na DS, todo mundo sabe como é, se auto busca... daí, não sou estranha de mim.

Pois é, só para esclarecer, mesmo. 

Porque do mesmo jeito que eu me sinto injustiçada ou julgada pelo outro, o outro pensa de mim e mesma coisa... e quem está do nosso lado, bem como os amigos do outro lado, vão dar o apoio e dizer que errado é o outro lado. Sorte minha - aliás, nem é sorte, foi escolha consciente e natural - que quem está ao meu lado também se esforça para não entrar nessa de julgar e condenar o outro, mas de compreender e escolher se quer ou não essa pessoa como companhia. 

É só isso.

Pat Lins.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

BRASIL, QUAL É A SUA CARA? QUEM SOU EU?



Já começaram... as campanhas, lógico, já começam a mostrar o que não existe, criar um clima "copa feliz! Brasil, país do futebol recebendo o mundo do futebol do mundo!". Praticamente, um país de primeiro mundo. Até eu já estou me vendo saindo nas ruas com tranquilidade, num país paraíso, com ruas asfaltadas e com asfalto de qualidade sempre, segura, sem medo de ser feliz, afinal, estou no Brasil - país sede da Copa do Mundo de 2014! Isso é inteligência pura! Não sei porque só usam para criar ilusão... essas inteligências seriam fortes aliadas se fossem sábias. Oh, que pena!

Essa Copa aqui no Brasil vai nos fazer colocar em prática a máxima deste blog: viver o aqui e agora. No caso específico do grande evento, é mais como disse Vinícius: "... que seja infinito enquanto dure...". 

Do mesmo jeito que a Coca Cola trabalha as mensagem de relacionar a bebida com um estado de felicidade... ou seja, ela faz a diferença e a gente acredita nisso. "Abra a felicidade!". Somos felizes por bebermos Coca Cola, uau! Nossa, quão profundo somos. Me emociona... 

Pois é... as coisas começam aos poucos e vão entrando em nossa mente que a gente nem sente. Sem violência. Sem brutalidade. Se é possível fazer isso, a gente pode fazer o contrário, começar a desconstruir. E dizer: tá, já que a copa vem, tudo bem. Mas, eu não estou satisfeita com os gastos desnecessários e tudo mais. Ou: tenho consciência de que isso tudo não é real, bem que poderia ser, mas é não. 

E fica uma reflexão: o Brasil "nasceu" de maneira desestruturada, praticamente, vítima de um estupro. Mataram os índios que aqui viviam e tomaram o lugar a força - pouca força, diga-se de passagem, porque os índios "selvagens" não representavam a violência como nos fazem achar... eles não são os bandidos - e passaram a mensagem de que "civilizaram" esse país selvagem, para o qual Deus nunca olharia, porque não eram catequizados pela igreja Católica de Portugal. Só não entendo como Deus é brasileiro... O brasil cresceu de qualquer jeito, tal qual menino de rua, sem educação, saúde, ambiente saudável e estruturado e etc. Mas, hoje, é o Brasil e não temos como mudar o passado, nem como foi feito. Como diz Elisa Lucinda: "Não dá para mudar o começo, mas pode dar para mudar o final", ou o atual, né?! 

E o que é o Brasil, hoje? Com uma Copa que nos fora empurrada goela abaixo, que nos fará curtir o presente, assim que ela se fizer presente, e gritaremos juntos o nosso patriotismo forte e racional através do futebol. Acho massa torcer pelo time. É muito saudável praticar e incentivar o esporte. O que abro aqui é o questionar do que está além e se fará presente já, já...: nós não temos estrutura alguma para sediar um evento desse porte. Nem me refiro ao que vai acontecer com os estádios elefantes brancos no período pós Copa. Me refiro ao todo: saúde, segurança, profissionalismo, etc e a nossa integridade. 

Não me preocupo com a imagem que será vendida lá fora... essa é inventada - e já foi discutida há muito tempo, para se elaborar um belo e eficiente plano de ação estratégico e tático - e manipulada com belas propagandas onde pessoas de todas as cores, classes - que, nas campanhas nem se faz necessários o plural, é apenas uma classe: a da felicidade e união, sem discriminação... coisa mais linda de se ver - e credos estão lindas e sorridentes, juntas, parecendo que o racismo não existe aqui, num país tão tropical e negro, além da África; a pobreza é só uma coisa falada, mas não se sabe o que é por conta do apoio solidário de diversas empresas que aparecem "ajudando" e criando alternativas para "mudar essa pequena realidade", nos fazem acreditar que o que vemos nas ruas, diariamente, isso, sim, é ilusão. A vida é ilusão, gente! O que vemos não é real. O real é aquilo que assistimos produzidos em estúdios - uma pequena parte - e em computadores de alta performance que criam uma realidade virtual tão fantástica que dá vontade de viver aquilo, de viver lá! Me lembrei do "Show de Truman", o filme e nem sei porquê... Ah, se cada designer conseguisse criar um mundo real tal qual o virtual e digital. 

Me preocupo com a imagem que no deparamos diariamente... a real, mesmo que a neguemos. Me preocupo com o tratamento que receberemos. Estão agindo tal qual a etiqueta manda: receba bem as visitas. Sabe, quando tiramos o aparelho de porcelana do armário e fazemos aquele jantar especial, com talheres especiais? - em meu caso, já uso no dia a dia... aprendi a celebrar a cada dia e com as pessoas que amo no presente, porque nós somos especiais, em qualquer dia. Pois é... aparência não celebra a vida! Aparência celebra uma superficialidade fingida por interesses escusos...

Isso é que me preocupa... quem cuidará de nós? O apartheid se fará aqui, conosco. A segregação vai ser nítida: todo brasileiro é suspeito e perigoso.

Ninguém se iluda... os países de primeiro mundo já enviaram gente para observar o Brasil nos últimos anos. Ou todo mundo acha que eles são estrategicamente limitados como nós, que deixamos tudo para resolver na hora - e isso não é uma questão de otimismo, de deixar as coisas acontecerem... somos relapsos, sim, e não sabemos nos programar. Com certeza, sabem que terão que trazer suas próprias forças armadas, para reforçar a nossa que ganha pouco e que é subvalorizada... portanto, descredibilizada. Isso é o que temo, e não é angústia ou sofrimento por antecipação, é sofrimento consciente de quem vive o dia a dia vendo e sabendo que não é ilusão: é real. Uma realidade preocupante desde já e que uma bela maquiagem não mudará a verdade. Esse é o meu temor: temo por nós no hoje. E quando esse hoje for em junho de 2014, não haverá tempo de fazer mais nada. Desde que o Brasil foi "sorteado", quanto tempo houve para se fazer algo real? Mudar de verdade o Brasil e, consequentemente, ter base para sediar um evento desse porte? Nós seremos apresentados ao mundo em fragmentos e recortes mínimos, apenas a Copa aparecerá. Alguém viu algo de ruim na África? Pessoas com fome, miséria ou algo assim durante a copa lá? E isso fez com que o estado de miséria deixasse de existir? Foi um pause, dando play logo após o encerramento lindo, com shows belíssimos para quem é de fora?

É esse tipo de controle remoto que temo... uma realidade surgirá em meio à nossa realidade e a gente nem vai saber em qual das suas está a realidade real... essa confusão vai nos deixar tontos e ainda mais vulneráveis para o que virá em seguida.

Alerta, meu povo! As eleições etão chegando... Onde está a ordem, para se existir o tal progresso?

Brasil, mostra a tua cara! Mas a cara de ordem e progresso, não a dos black blocs, por favor! Ah, esqueci: como vamos mostrar a nossa cara se nem sabemos quem somos nós? QUEM SOU EU?

Pat Lins.

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