Imagem: Google - http://lusophia.wordpress.com/2010/12/06/a-cosmogenese-criacao-do-universo-por-vitor-manuel-adriao/ |
"Nossa linguagem incorpora um sem-número de pressupostos. O receptor não tem necessariamente a mesma pressuposição do emissor"
(Princípios da Comunicação pela PNL)
Tem muita gente precisando aprender isso... porque nem fala e quer que o outro entenda. Muitas pessoas pensam - se é que chegam a usar o raciocínio em algum momento e pensar... - que basta "pensar" na mente que do lado de fora todo mundo já sabe... Pretensão, arrogância, falta de respeito, egocentrismo e dificuldade de aceitar que existe "o outro", esses são alguns dos grandes empecilhos no estabelecimento do entendimento, do diálogo efetivo.
Ao falar, a gente precisa ter cuidado em objetivar. Imagina quando só se fala na própria cabeça - em meio ao emaranhado de informações que se processam ali, no âmbito mental e imaginário... - e quer que o outro adivinhe e acerte?! Daí, pessoas empáticas, aquelas que conseguem se colocar no lugar do outro, entendendo a sua dificuldade e, com isso, desenvolve o CUIDADO em falar de maneira que o outro entenda, conseguem impor - sem o peso da palavra - essa necessidade de entendimento/comunicação, onde eu falo e você entende o que eu quero falar, estabelecendo a troca/diálogo como única maneira de entendimento.
Para tanto, há de se ter cuidado, inclusive, em se esforçar, enquanto receptor - considero que somos emissores e receptores ao mesmo tempo, afinal, quando eu falo, eu emito, mas, num diálogo, após eu emitir, o outro há de emitir, também, e eu passo de emissor a receptor - para calar a boquinha do pensamento tagarela e escutar o que a pessoa que fala, está "falando" (no gerúndio - ação acontecendo), para entender o que ela fala.
Gente, cada cabeça um mundo e alguns mundos precisam de informações precisas - ao menos os mundos que se importam em interagir. Os que não enxergam essa relevância na precisão dos dados carecem, também não sabem se expressar e não têm paciência - nem humildade - para assumir que precisa de tempo para entender e assimilar.
Diante dessa arrogância de se limitar a apenas o que sabe e não desejar saber mais, aprender mais, sair da zona de conforto (lugar mais chato, para quem quer ir além dessa normose doentia), a ignorância é camuflada por um falso entendimento, demonstrado com um menear de cabeça, como quem diz: "tá! Tá! Já entendi... adiante...". Essas pessoas não querem escutar e dizem: "Fale rápido!". Porque o querer saber mais passa pelo fato de se assumir que não sabe sobre aquele assunto, como se todos tivéssemos que saber de tudo... E o querer aprender é estar aberto, é considerar que existe mais do que "sei" e sempre haverá esse "mais do que sei". É aceitar as diversas diferenças, as DIVERSIDADES. Ou seja, não quer entender. Ou seja, não vê importância em interagir. Ou seja, não sabem interagir. Ou seja, são grandes barreiras e bloqueios para o entendimento, proliferam o descaso e criam um ambiente inóspito, onde apenas essa pessoa fala e todos acatem, porque essa pessoa não sabe a importância de TROCAR. Ou seja, fica tudo mais difícil e truncado.
Pois é, para se expressar BEM - apesar da redundância enfática, senti a necessidade de colocar o "bem", afinal, tem gente que emite uns sons, algumas palavras emboladas e jura, que estão se comunicando... sem se ocupar com o como o receptor está recebendo a informação -, há de se entender a importância de FALAR, OUVIR, TROCAR: DIALOGAR/INTERAGIR.
Por isso me preocupo com essa era da informação tão sem informação. Todo mundo se atualiza em sites e veículos de comunicação que precisam CRIAR notícias para manter a audiência e CRIA o estilo de vida que pensa que está informado. Ninguém quer ler ou ver "notícia" velha, e "velha", basta ter sido expressada... alguns segundos depois, está "obsoleta". Isso é preocupante. Ninguém se preocupa com a FONTE, a origem da notícia: de onde veio, quem falou? A credibilidade não importa. A RESPONSABILIDADE com o que vai ser divulgado, não importa. O que importa é falar qualquer coisa, desde que a boca se movimente. A "era da informação" mais parece a era da fofoca e das atrocidades, criando a imagem de um mundo sem esperanças... Sem esperança, sem vontade de ir além, sem vontade de querer fazer algo novo.
Pois é, cada cabeça um mundo e todos devem ser considerados, para serem entendidos. Onde está a importância em dar importância em se comunicar BEM.
Pat Lins.
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