sexta-feira, 27 de abril de 2012

COTIDIANO: A SAGA DE ANITA - "VÁ EM FRENTE!"

E naquela manhã, Anita abre seus e-mails; entra em suas redes sociais; faz um social e continua sua rotina.

De volta aos seus afazeres, uma frase aparentemente inocente lhe invade a mente e ela tenta lembrar: "'Nunca desista! Siga sempre em frente! Continue determinada'. Onde li isso, hoje?"

Deu uma rápida parada. Foi em seu perfil, como que intuitivamente chegou a tal frase. Entendeu: "Agora entendi... algo para refletir!".

Deu continuidade ao seu dia, mesmo com a frase martelando. Deixou-se sentir o que precisava entender e assimilar, como quem continua fazendo uma atividade física, mesmo sabendo que tem mil coisas para resolver. Concentrada na idéia fixa e atenta ao que acontece em sua periferia, deu-se um outro tempo e ponderou, sentando para conversar com Paolo, seu grande amigo e confidente:

- ... e quando eu li: "Nunca desista, amiga! Siga em frente! Continue determinada.", onde ela responde, com plena convicção de sua posição de vítima: "Eu sei! Eu vou continuar. Não me abato por tão pouco. Eu sei quem eu sou. Eles é que são uns chatos e não sabem viver a vida plenamente!", me questionei: será que estamos preparados para nos enxergarmos mesmo e podermos afirmar que sabemos quem somos com propriedade? O que vi ali, Paolo, foi mais uma inversão dela, com aquela mente alterada. Fiquei chocada, meu amigo! Jante está cada dia mais perdidinha da Silva. E está se aproximando, adivinhe de quem?

- Imagino, Anita... dos "rebelados". Melhor, das outras "vítimas". 

- Exatamente! Foi com Heraldo que ela trocou essas pérolas de sabedoria do vácuo.

- Então, aqueles que se sentiram ofendidos com "minhas verdades" estão se unindo, como um movimento dos oprimidos se fortalecendo em suas dores opressivas? Fale sério! 

- Pois é! Imagine o quanto vão se ajudar, correndo atrás do próprio rabo... É tão difícil avaliar, ponderar... refletir sobre as próprias ações? Errado é sempre o outro? Falo isso para a gente, também. Eu errei quando permiti que chegássemos a esse ponto. Deveria ter agido de outra maneira, como nem tê-la deixado começar a falar, depois de ver que ela não ouve ninguém, só faz o que quer e depois resmunga dos próprios erros como se fosse outra pessoa que os tivesse cometido. Para ela, foi Madalena a errada.

- Como assim? Madalena acreditou tanto nela que montou negócio para as duas, segura as pontas e seus ataques infantis; cobre sua falta de comprometimento profissional, mas, a mantém como sócia por amizade, para que ela não fique sem ter como se manter. Quantos clientes já cancelaram contratos porque ela não quis ir atender e não deu a menor satisfação? Para piorar, nem avisou a Madalena que não havia ido. Lembra? Não teve jeito de desfazer aquela situação... a "MadaJan" perdeu aquele cliente por uma bobagem. Mas, Janete foi a total responsável. Não sei como Mada ainda mantém essa sociedade. Carregando tudo nas costas praticamente sozinha. Para piorar, ainda tem que tapar os buracos que Janete deixa. E Janete, além de ingrata, é incapaz de assumir os próprios erros... Tenha misericórdia!

- Nem com Otávio entrando na sociedade deu jeito... Mada é reservada, você sabe, mas, pelo que percebi já vem dando sinais de desgaste.

- É. Essa sim é um situação delicada. O problema é que ela nem se ajuda, nem quer se ajudar. Eu... eu que não quero mais proximidade. Ali é uma companhia para se mantar distância, senão, a gente enlouquece também.

- Têm companhias que são perigosíssimas, Paolo. Teoricamente são pessoas esclarecidas, competente e talentosas. Pelo que pude ver, Janete só tem o talento de parecer ser. Parece ser normal, mas, não é. Parece ser legal, mas, não é. Parece ser descolada, mas, não é. Parece saber o que faz, mas, não sabe. Só ela pode se ajudar. Agora, realize, aí, essas criaturas juntos, "indo em frente", como frente de guerra? Atacando a todos com seus granidos ocos e com pedras pesadas de toneladas de besteiras? 

- Tenha dó!

E continuaram a prosa. Decidiram parar por ali, afinal, tinham mais a fazer de suas vidas do que falar dos outros. Para finalizar, Anita levanta suas questões:

- Seguir em frente é caminhar... Janete não sai do lugar mental desde, imagino eu, os três anos de idade. 

- 5 talvez...

- Imagine essas mentes infantis adulterando toda a realidade e seguindo em frente no contrapasso? E atacando a todos os desavisados no caminho?

- Perigo! Porque eles além de não crescerem se incomodam com quem se empenha para sair da zona de conforto. Felicidade para eles é sentar no pudim!

- Ou esperar que o Mar Vermelho se abra sozinho... hahahahahaha

- Podre! Você é podre, Anita!

- Falando sério, agora: o que é ser determinado? O que é seguir em frente? O que é não desanimar diante das dificuldades? O que são dificuldades, de verdade? Isso é muito subjetivo, meu filho.

- Com certeza! Mas, minha amiga, eu só posso te dizer o que já faço em minha vida: cuido só dela. Não posso cuidar da vida de mais ninguém, porque a cada um cabe seu quinhão. Vamos parar de falar desses dois. Além de não nos ajudar a seguir em frente, nos atrapalham em nossa determinação de enfrentar as nossas dificuldades.

- Você tem razão. Vamos tocar nossas vidas, né assim? Essa dificuldade eu já estou superando: de entender que cada um tem seu grau de consciência. Se eles, além de não se ajudarem a melhorar, ainda seguem em frente na determinação de se manterem como são, para eles, apenas passará o tempo e não a evolução. Você mesmo já sabe o que devemos fazer...

- DS. D - S. A velha distância saudável. Esse tipo de loucura é insalubre.

- Eu, mesma! Quero transgredir, ir em frente, mas, com sabedoria. Melhor, seguir em frente e para cima! Saudável, para mim é reconhecer em mim minha limitações e enfrentá-las. Ficar cheio de melindre e nessa posição unilateral de "venha a nós" não é para mim, não. Se a via de mão dupla está interditada, andar em direção a eles é andar na contra-mão... Aí, bate!

- E machuca sério. Quando não leva a morte... ao fim de uma relação. Infelizmente, esse fim para mim está certo, para ela, não, é uma obsessão em me perseguir. Vou seguindo. Se ela cruzar meu caminho, trato com educação. Se fizer barraco, saio e finjo que não é comigo. E não é mesmo... O problema dela é com ela. Ela que não vá se tratar, não, deixe estar. Quando não tiver mais ouvido para derramar suas mesmas lamúrias, ela muda. Não é possível que a pessoa queira seguir em frente cometendo os erros de sempre.

- Complicado! Nem de tanto repetir a mesma coisa ela não se toca, né? Isso é dureza de alma! E reafirmar "nunca desista de ser cabeça dura"... isso só nascendo de novo!

- Isso são probleminhas, minha amiga. Probleminhas na cabeça. Dodói. Precisa de tratamento. 

- Bom, como eu não sou remédio, meu nome é viver, cá estou eu, seguindo meu rumo e me deschocando com essas coisas que presencio em meu cotidiano. Vamos em frente, que temos trabalhos resolver e vida para viver!

- Exatamente! Essa minha auto-busca me leva a entender isso: só posso mudar a mim mesmo. Só me vendo como sou posso saber quem não sou...

- Só se é sendo, Paolo. Sejamos, pois!

- Ao trabalho!

(continua qualquer dia desses...)

Pat Lins.

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