Olha, essa frase/medo é a grande responsável por tantos "intrometidos" de plantão.
Fiquei indignada com alguns casos recentes onde algumas pessoas se valem de um recorte da situação e, diante do "poder" de juíz da vida alheia, tiram suas conclusões preciptadas, comprometendo a vida de outras pessoas... Se a intenção é ajudar, fica difícil entender...
O mais recente foi o caso da menina que fora arrancada dos braços de sua mãe. O que me leva a refletir sobre "intolerância" religiosa-cultural (a mulher era uma cigana) e/ou estupidez, mesmo. Denúncias anônimas, agora, já são constatação de caso? É prova cabal? Não se investiga mais? O que é isso?! Fiquei abismadíssima com a postura dos representantes da lei, mas, fiquei ainda mais horrorizada com quem se dispôs a fazer uma denúncia sem averiguar... provavelmente, alguém que esquece de se ocupar com a própria vida e segue a dos outros... Já o menino de Alagoas, coitado, que fora raptado há dois anos e obrigado a pedir esmolas no Rio de Janeiro, custou a ser "enxergado" nas ruas. Qual o peso? Qual a medida usada para quem se torna "investigador" ou "guardião" da moral e vida alheia? Existem maneiras de prestar solidariedade, mas, nesses casos... o que precisava não encontrou essa "alma bondosa" e a que não precisava foi rapidamente "encontrada", sem, sequer ter motivo...
Outro caso chocante foi o de uma jornalista, se não me engano, que seu filho (ou filha - não recordo agora) sofria de uma doença, onde seus ossos fraturavam com facilidade, sem qualquer esforço anormal, e ele ficava roxo. Num belo dia, chegam os "cumpridores da lei" (não generalizo a corporação, mas, como em toda instituição existem profissionais capacitados e inaptos para determinadas funções...) e levam a criança, sem, mais uma vez, dar o benefício da dúvida, no mínimo, para a mãe e permitir uma explicação. Levaram a criança para um desses abrigos (onde as que estão querem sair e encontar um lar... quanta ironia) e por lá ficou por volta de um ano, até a mãe comprovar sua doença e ainda aguardar os "trâmites" legais... juntando burocracia (só para liberar, porque para levar foi rapidinho) e má vontade, a criança deve ter sofrido bastante, já que no abrigo as pessoas desconheciam suas necessidades.
Outro caso impactante foi o do turista italiano, que estava no Ceará, com a esposa e seus filhos e deu um selinho na filha e foi preso, por conta de uma "testemunha" que se sentiu no dever moral de denunciar aquele abuso... para ela, uma cena de pedofilia... me diga, que pedófilo é esse que vai se entregar em público?
Fora casos que são levados a investigação e os vizinhos são chamados para descrever como era a vida ou o relacionamento dos acusados... Tirando por onde eu moro: meus vizinhos de corredor, por exemplo, são verdadeiros estranhos para mim. Raramente, nos encontramos no elevador e nem sabemos os nomes... Tenho sorte porque não são barulhentos, mas, lá em casa, por exemplo, tenho um filho de 3 anos de idade que "toca o terror" - risos - derruba cadeira, joga brinquedo no chão, arrasta a própria cama - para pegar alguma coisa na estante e como ele tem uma mini-cama e meu "bambam" é forte pra chuchu... a cama serve como escada... risos - corre, pula... coisas da idade. Já pensou "o que os vzinhos vão pensar"?! E os gritos pela manhã, de meu filho que, agora, invocou que não quer lavar os cabelos com shampoo? E os gritos são: "pára, mãe! Não,mãe!" Imagine "o que os vizinhos vão pensar" ao escutar esses berros? Eu, então, acabo me sentindo na "obrigação" de dar satisfação falando alto: "meu filho, mamãe está passando shampoo para seu cabelo ficar limpinho e cheiroso, precisa esse escândalo? O QUE É QUE OS VIZINHOS VÃO PENSAR?" - repito uma frase que eu O-DI-A-VA escutar minha mãe ou meu pai falarem. Sempre achei triste ter que viver se "podando" por conta do "que que os vizinhos vão pensar?". E os vizinhos "pensam" muito, viu?!... Ai,ai,ai bem que tem aquele sábio ditado: "de tanto pensar morreu um burro". Limite é imprescindível para boa convivência e manutenção de harmonia, nada de som alto, nada de gritos e gargalhadas altas... nada que invada o espaço do outro. Nesse caso, quando abusamos de nossos direitos, acabamos esbarrando no espaço do vizinho e, aí, ele nem precisa pensar em nada, porque a situação é algo desconfortável e real, um fato, onde ele está sendo incomodado por algo que desrespeita sua privacidade.
Sim, voltando para meu filho, ele pinta e borda. Todo mundo que fica com ele por alguns instantes, se diverte muito, mas, também cansa... é um encanto de criança, esperto e carinhoso, mas, muito traquina. Acha que pode fazer o que quer e até porta tem que ficar trancada com a chave longe de seu alcance... imagine?! Agora deu para se jogar no chão, normalmente faz isso em Shopping ou mercados, fazendo birra. Todo mundo pára para olhar e me enviam aquele olhar de repreensão, do tipo: "não tem pulso?" e eu, primeiro, deixo alguns segundos, para que ele veja que eu "não estou nem aí", quando vejo que está indo longe o carrego e olho em seus olhos reclamando com voz firme - e com raiva, sim, quem gosta de vivenciar essas cenas,que coincidem de acontecer na pior hora e nos lugares menos adequados...? Na maioria das vezes ele se mantém chorando e gritando. Outras, ele parte para agressão física e me bate. Então, dou tapinhas em sua mão e digo que doeu em mamãe, para que ele saiba o que é dor. Eu tenho o costume natural de conversar com ele e explico cada atitude minha. Tanto sim que ele sabe repetir minhas palavras ao "repreender" outras crianças e, até, alguns adultos, ou seja, ele apreende e sabe contextualizar nossas conversas. Mas, num belo dia desses, eu dei o tapa no bracinho dele e duas mulheres fizeram questão que eu visse que elas ficaram incomodadas e repetiram meu gesto entre elas, olhando para mim... minha mãe se preocupou, e com razão, e me disse que "é assim que as coisas acontecem", afinal, aquelas criaturas não sabem quantas vezes ele repetiu a mesma cena, nem o cuidado que tive de seguir a escala de "penalidade" até culminar no tapinha.
Gente, estamos muito desnorteados. O que podemos fazer para aliviar essa tensão? Como nos dar limites? O que é um limite de verdade e não uma limitação? Muitos pais, antigamente, acreditavam que estavam dando limites aos filhos quando, na verdade, os estavam podando... Como saber quando e como agir diante de situações conflitos na vida alheia? Não me refiro a pessoas que conhecemos, nesses casos, a gente conhece as histórias, as trajetórias e sabe como e se pode interferir... Falo de recortes de situações. Aquilo que nos deparamos e damos a amplitude de uma quadro completo, sendo que só vimos um ângulo, uma fração de verdade. Tem um post/frase meu que falo o seguinte: "A VERDADE É A REALIDADE DE QUEM VÊ, DO ÂNGULO QUE ESTÁ OLHANDO!" (de 31/08/2009).
Isso me fez refletir que estamos sendo vigiados. Com essa gama de sites, programas sensasionalistas - que alegam "mostrar" a realidade -, celulares com câmeras... muita gente se sente detetive particular - particular mesmo -, "Sherlock Holmes" de araque, por encontrarem espaço para divulgação. Pior ainda quando gera renda, aí, sim, essas criaturas transformam o que fazem de graça em profissão, sentem-se "imprensa" - risos, e diante da necessidade da existência de um "furo de reportagem" deturpam imagens, criam cenas e situações só para constranger, para humilhar, para ter o que "mostrar": "verdades" e faturar. E aí, aumenta e alimenta o medo de perseguição. E esse medo que nos circunda nos vitmiza. Mas, como não temer? Como não "andar pisando em ovos"? Parece que ser bandido se tornou tão cult, tão "na moda", que ser idôneo é sinal de ser "babaca" e o lema que "todo mundo é inocente até que se prove a culpa" se inverte... na verdade, ele foi todo modificado, na prática... agora, "todo mundo parece ser culpado até provar a inocência". Com esses "juízes" da vida alheia, essas gama de gente que não pensa e age como se nada tivesse consequência, a condenação é dura. E por que eles têm mais credibilidade do que as "pessoas de bem"? Também, não vamos entrar numa de achar que está todo mundo contra a gente... mania de perseguição, não. Cuidado, atenção é uma coisa, mania de perseguição é outra... (isso aí me renderia um belo post, porque se a gente bem parar para observar, a gente ama se sentir vítma, como se alguém sempre estivesse atrás de nós. Não sei se isso é se sentir vítma ou se sentir o centro das atenções... risos. Para essas pessoas, o mundo as inveja e, por isso, estão sendo observadas... aí, já é outro extremo...)
Vamos viver nossas vidas. Vamos olhar para nós mesmos e nos conhecermos, antes de sair por aí julgando e condendando os outros, do alto da condição de juíz da vida alheia. Pior que essas pessoas ainda se sentem no "poder" e acabam tendo mesmo, porque tem quem "compre" a idéia e leve a "sério". Essas pessoas se acham tão ilibadas que deturpam até o que é moral e bom senso, transformando valor em algo irrisório e sem sentido. Quando vamos dar um basta nisso e nos melhorarmos antes de tudo? Ter boa conduta moral requer muito auto-conhecimento, auto-avalização e daí vem o tal bom senso... Hora de sairmos do discurso e olharmos de frente quem somos e o que somos capazes de fazer!
Essas pessoas acabam usando os canais de ajuda como arma contra a própria humanidade, ou seja, contra si.
Vamos ver mais, escutar mais... a nós mesmos. Vamos nos abrir para ajudar, não para destruir. Chega de legitimar o que não presta! Chega de mania de perseguição. Cuidado, cautela são necessários, mas, há de se saber, antes, o que vem a ser cuidado e cautela, para não confundir com se tornar vítma de nós mesmos!
VAMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO!
Pat Lins
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