quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ERA UMA VEZ... E FORAM FELIZES PARA SEMPRE. FIM!...



Alguém já se deu conta de como nós somos "programados" pela nossa educação - inclusive escolar - a reproduzir o padrão de "normalidade" que teme SER FELIZ a cada dia?


Uma coisa, a parte, que venho observando, é que sempre nos apresentam os autores/escritores "conhecidos" e nos limitam a só querer e/ou procurar aquilo que é conhecido... Por que nos ensinam a ter tanto "medo" de conhecer mais? Crescemos nesse limiar e, salvo algumas excessões, nos condicionamos a só buscar aquilo que tem "marca", "nome", "sobrenome", "status"... conhecido e "aceito" pela "sociedade"... e, como "bois", vamos seguindo. Romper com esse padrões é possível, mas, sempre seremos taxados de "é, ela (e) é assim, 'tirada' a diferente - quando não se é taxado de louco..." e isso, não só no que diz respeito à literatura... infelizmente... mas, em tudo, desde comida, até... até tudo! Quando não "podemos" acessar os "escolhidos" e "aceitos", vivemos frustrados... Sempre é hora de nos darmos oportunidade.

Já escrevi em outros posts, como é difícil para alguém que faz um bom trabalho, conseguir ser "aceito" e divulgado, até pela imprensa, que faz o "papel" de "abre alas", com o poder da informação. Morgana Gazel é o pseudônimo literário de uma amiga minha, que, em sua vida, sempre alcançou o que buscava, por sempre acreditar ser tudo possível. Foi química, fez matemática, foi analista de sistemas e psicóloga. Escutando a voz de sua "alma", ou, de seu "coração", lançou-se no sonho - aliado a um grande talento e técnicas que aprendeu, através de cursos e leituras - de escrever e escrever bem e, hoje, também é escritora!

Seu primeiro livro, o "Enseada do Segredo" é ma-ra-vi-lho-so! Muito bem escrito, bem amarrado, criativo, empolgante, instigante, surpreendente! E eu não sou a única pessoa que pensa assim, quem se dá a oportunidade de ler algo "desconhecido", sem tabu, preconceito ou "limitação" - essa limitação, que me refiro, é aquela que nos poda sempre... - faz questão de entrar no site da escritora e deixar registrado o quanto aquele livro o tocou. Trata-se de um livro com forte cunho psicológico, através de um romance. A literatura é um mundo mágico! E tem o grande "poder" de nos conduzir a vários mundos. A viajar, sem sair do lugar. E, também, é capaz de desencadear e apaziguar emoções. "Enseada do Segredo" é o primeiro de uma trilogia. O segundo já está em andamento e chama-se "Liberdade Negada". Ambos são ambientados na época da ditadura militar, no Nordeste brasileiro.

Cito Morgana, porque seu livro não tem o formato "pré-formatado" - redundância válida e necessária, risos - de começo, meio e fim como sinônimos de "era uma vez, um grupo de pessoas que vivia bem, até acontecer uma coisa ruim, muito ruim e todo mundo se lenhar o tempo todo e, só no final, todos viveriam felizes para sempre e FIM!" e, depois, a gente não sabe o que acontece, porque, sem perceber, somos envolvidos nessa moldura de achar que a vida deve ser assim: você nasce feliz, feito para ser feliz, mas, só vai ser feliz de verdade, no dia que tudo acabar! Será???? Em "Enseada do Segredo", as pessoas sofrem; colhem o que foi plantado; procuram soluções, baseadas no instante, lógico; a gente sente as emoções como quase tangíveis... enfim, acontece coisas a todo instante e acontece mudança. Tudo que se esconde, um dia se é revelado... isso é até bíblico. E assim é a vida,cada opção é uma escolha e cada escolha se transforma num caminho. Cada caminho leva a um rumo: nós mesmos!

Não sou contra os contos de fada. Eu amo! Amo ler. Ler todo tipo de leitura. Não fico nessa de ler apenas o que os "intelectuais" lêem, ou, para "aparentar" ser inteligente. Leio porque gosto. Leio o que gosto. Sou livre. E, cá entre nós, todos nós somos intelectuais! Todos somos inteligentes. Eu não preciso de um "acadêmico" para me dizer o que devo ou não ler, para avaliar quem sou, pela minha leitura. Lógico que eles se entregam a vida de literatura, do estudo da língua e da linguagem e de tudo que envolva esse mundo fantástico de falar e escrever, e tornam-se referência, por dedicarem e viverem esse mundo. Não tiro os méritos deles. Muito menos questiono os graus de inteligência. Só penso que "nós", os "mortais" - já que eles são "imortais", risos - também podemos nos entregar a esse mundo e ler de um tudo. De um tudo que nos agrade. Nos permitir conhecer e conhecer e conhecer... uma opinião é importante, mas, é uma opinião. A subjetividade permite que cada indivíduo seja capaz de ter opinião própria. Se leu e não gostou, é válido. É sua opinião, são seus conceitos esbarrando nos conceitos de outras pessoas, ou, em conceitos que outras pessoas querem passar. Eis outra oportunidade de exercitar o respeito ao "outro". Eis uma bela oportunidade de exercitar o respeito a "si".

Ter opinião própria não quer dizer "razão única" ou "verdade universal", mas, tem o peso e a importância de ser sua expressão e não deve passar disso. Não devemos ter a pretensão de acreditar que o que pensamos deve ser seguido pelo "outro"; repetido pelo "outro"; imposto ao "outro... NÃO! Nossa opinião somos nós e pronto. Nada de questionar "também, eu falo e eles não aprendem comigo..." - coisa de gente que se acha o umbigo do mundo. RESPEITO, gente. Respeito é algo que precisamos exercitar, porque não aprendemos isso na escola; nem sempre aprendemos em casa, através de atitudes das nossas referências primárias... muitas vezes, se limita a uma palavra dentro de pequenas frases: "respeite seu pai", "respeite sua mãe", "respeite aos mais velhos", "respeite a pró"... só se fala e nada se faz. Um bom exemplo - e isso vejo em meu dia-a-dia com Pedrinho - um grande exercício para se conhecer é ver o reflexo nos filhos... - não é dito ou imposto, aí, trata-se de ditadura, demagogia e a velha conhecida, hipocrisia. Um bom exemplo é a coerência entre o que se fala, se pensa e se faz! (tem um post que escrevi em JULHO 2008 - "VIVER, SENTIR, PENAR E AGIR", que representa um pouco essa minha maneira de pensar e busca incessante de alcançar esse equilíbrio). Faz sentido. Uma explicação vazia é uma mentira... sem fundamento. Sem base. O que não tem uma base bem construída, nunca se ergue. É preciso rafazer ou fazer a base!!!

Mas, sim, o que de fato me veio em mente e que preciso registrar como mais um momento de me escrever e me ler:

ERA UMA VEZ... FELIZES PARA SEMPRE. FIM.

Esse modelo nos faz acreditar que precisamos aceitar essa ordem e esperar. Se não encontramos a felicidade, é porque não chegou ao final. Afinal, no final, tudo sempre dá certo, né verdade?! Sim, é verdade. Mas, a diferença é que o final de fato, aquele que só Deus sabe e nos reserva, é com Ele e resultado do que nós praticamos, viu?! Falo que a cada situação que surja, deve-se haver um final feliz. A solução. Resolver tudo aqui e agora! (tem um post sobre "vamos resolver tudo aqui e agora", em SETEMBRO 2009 que vale a pena ser lido - minha opinião - risos).

Sabe o que reflito e aplico em meu dia-a-dia, além de enxergar que ACONTECE... alguma coisa sempre acontece (post em SETEMBRO 2009)? Tornar a vida mais prática, além da teoria, claro. Viver mais. Zé Ramalho, em sua música "Sinônimos", faz uma bela reflexão: "sinônimo de amor é amar". E eu me aproveito de sua frase/pensamento e digo a mim mesma: SINÔNIMO DE VIDA É VIVER. Se o de morte é morrer, não posso dar certezas... tudo é possível, vindo do Pai!!! E, como TUDO é POSSÍVEL, vindo do Pai, viver é muito possível!!!

A gente pode saber que "era uma vez" uma vida que tivemos, um problema que enfrentamos... enfim, ou, que estamos passando, mas, veja: PAS-SAN-DO. O que passa, vai, né?! O que vai, já foi! Um exercício que já acordo fazendo e tem me dado resultados: "Bom dia dia! Hoje é mais um dia que quero ser feliz! Senhor, capacita-me a resolver o que tiver de ser resolvido. Capacita-me a encontrar a solução melhor e mais verdadeira! E resolve aquilo que não sei como fazer." O instante, gente! Não tem melhor "talismã" do que o tempo, o instante que vivemos. Preciso me lembrar, ainda, essa questão. Um dia, não tão distante, acontece de eu não precisar lembrar, porque fará parte de mim, será minha realidade: respeitar o tempo, aceitá-lo, de verdade, da verdade mais profunda de minha alma, que o tempo é o mestre e que ele, de fato, não espera para ver se "anotamos" a lição que ele dá o tempo todo: cada instante é precioso demais! Cada instante para acreditar. Cada instante para buscar. Cada instante para se perdoar. Cada instante para perdoar. Cada instante para planejar. Cada instante para desejar. Cada instante para sonhar. Cada instante para esperar. Cada instante. Cada instante para viver mais e mais! Até chegar o instante de MUDAR, TRANSFORMAR!!! Eu vivo com sede de ser mais! Ser mais = ser mais humana! Mais brilhante em mim! Primeiro eu, pessoa. Em seguida e, não menos importante, eu em todos os aspectos!

No caminho, vou me conhecendo e em cada descoberta, faço questão de olhar para minha "sombra", que sou eu mesma tapando a luz. Consciência de quem se é. Conhecer e aceitar que o tempo guia a todo instante. Se entregar a realidade, nem que seja para querer mudá-la e transformá-la em melhor - isso é ser positivo sem alienação! Se é fácil? Não! Se eu sou tão segura de tudo que me disponho a viver e, agora, experimentar e me permitir? Não! Se eu já alcancei meu maior desejo? Ainda não, mas, instante após instante, me aproximo!!! A realidade e o tempo querem nos dizer que sempre estão conosco para nosso melhor, se a gente não compreende, problema nosso. Se pedirmos ajuda, eles nos trazem a solução. Aplicar essa solução prática é simples? Cabe a cada um descobrir. Viver preso, resmungando... vivendo o passado e pensando num futuro que nunca chega... basta!

Eu me lembro todos os dias: ainda tenho muito o que mudar. Mas, e daí, estou no caminho, sem me negar. Me abro ao instante e penso: agora, o que posso fazer? Qual pequeno passo posso dar? Não tenho pressa, porque o tempo não nos exige pressa, ele nos lembra de acompanhar, não de correr contra ele!!! Uma mudança muita rápida pode ser um sinal de perigo. Uma mudança paulatina, sim, essa é construída com o tempo e a verdade, transformando a realidade, o instante, em algo melhor.

Graça, uma pessoa incrível que tive a honra de conhecer e conviver um pouco, sempre dá um exemeplo muito bom: "se eu estiver presa num engarrafamento, vou ficar olhando para o relógio e pensando na reunião que estou perdendo, no tempo que estou perdendo... e em tudo que não vai levar adiante, ou fazer o trânsito andar? Eu não. Ligo o som do carro e aproveito para fazer algo que me faça bem: ouço música." A realidade é um fato: está tudo parado, mas, por fatores externos, não foi você quem causou o engarrafamento - ou, mesmo que o tenha feito... risos -, e, naquele momento, como em todos os outros, você tem várias opções para escolher: aumentar o stress; desenvolver a amargura; reclamar; sobrecarregar a mente; assobiar; relaxar, afinal, fazer o quê?; ouvir música... enfim, sempre temos a opção de querer viver de maneira mais leve e, consequentemente, feliz a cada instante. Compreende o que é viver a realidade e, ainda assim, fazer dela o melhor, para o nosso próprio bem?! Isso é saber se poupar do peso extra. Optar por estar melhor só depende de mim! E me faz um bem incrível. Em algum momento os carros vão andar e eu também. Ao chegar no destino que nos propusemos, foquemos na solução. Vai chegar atrasado no trabalho, vai estar todo mundo de cara feia... e aí? Vai piorar? Informação: "estava num engarrafamento". Podem até resmungar: "e chega com essa cara?" "Sim, chego! É a minha cara!" Lembre-se de que não podemos controlar os pensamentos dos outros, mas, esclareça, deixe claro que não foi sua responsabilidade e agora, você precisa pensar no que fazer, porque, AGORA, o instante exige isso e pronto. Simples, né?! Mas, tudo que é simples é mais difícil de colocar em prática, porque sempre queremos ficar na saudade do "era uma vez" e na expectativa do "felizes para sempre. FIM.".

Se "era uma vez uma bruxa má", não sou eu quem vou mudá-la, mas, posso me defender. Se ela destruiu todo o vale e matou as cores, deixando tudo cinza, eu vou pintar a minha casa com as cores de minha esperança e vou optar por ser feliz, naquele instante, porque acredito em algo Maior, que chamo de Deus e sei que toda maldade tem seu fim, em si só, e vivo, no mínimo, de esperança. Em paralelo, posso estudar e ver o que posso fazer para mudar essa realidade, como "destruir" a bruxa que há dentro de mim e viver FELIZ SEMPRE, sabendo que vivendo sempre feliz, no final, foi o sempre que durou e para sempre foi a soma de todo sempre!!!

Veja como o Pai é, nos dá capacidade e livre-arbítrio e respeita a nossa escolha, sem nunca nos deixar. No momento que em pedirmos, de coração, seja de de qualquer religião, cor, vista a roupa que vestir, fale o idioma que falar... Ele quer é nos dar o melhor, através de nossos corações. Se não acredita, Ele respeita, também, mas, chame-o, de verdade, de coração aberto, mesmo na hora do desespero e de não acreditar no que fala, mas, no querer sentir o que busca e se permita que Ele vem. Para Deus agir, precisamos permitir. Por isso eu questiono o "FIM", em nossas histórias. Deus é eterno.

Lembra do livro de Morgana Gazel, que falei? Termina assim, com a continuidade. Com o sempre. Com o agora. Com o depois. Termina, sem fim. Sim, o livro tem final, me refiro à mensagem final. Mas, aí, só lendo! risos. A vida, enquanto vivos, aqui e agora, que é o que temos mais próximos de algo "concreto" continua. Depois de cada situação-problema, e, até mesmo durante, a vida continua! Raramente nos lembramos e nos permitimos ver isso. Para quê, né?! Tão melhor ficar preso a problemas... dá a falsa sensação de que nada pior pode acontecer... e, acontece...

Vamos viver sempre felizes e dizer: ERA UMA VEZ UM DIA QUE SOFRI... MAS, NESSE MESMO DIA - que pode ser a qualquer instante, inclusive agora, ESCOLHI VIVER DA MELHOR MANEIRA E EM BUSCA DO FIM. NO CAMINHO, SEMPRE BUSQUEI A FELICIDADE COMO PARCEIRA E ALIMENTO; O TEMPO COMO GUIA; A REALIDADE COMO CAMINHO; A VERDADE COMO META E LUZ; DEUS, COMO AQUELE QUE SEMPRE ME AJUDARÁ, MESMO QUE EU NÃO "VEJA", MAS, SEMPRE QUE EU PEÇO ELE SE MOSTRA AO MEU LADO, DE ACORDO COM SUA DIVINA PROVIDÊNCIA, MESMO QUE EU NÃO COMPREENDA SEUS DESÍGNIOS, MAS, ELE NÃO ME DESAMPARA... MUITAS VEZES, EU ME FECHO E ELE, SÓ ENTRA, ONDE É CONVIDADO.


Será que podemos transformar sonhos em realidade? Basta não negarmos nada. Basta encararmos tudo como possível. Basta respeitar as opiniões alheias. Basta QUERERMOS e nos entregarmos a dar um passo de cada vez. Pedir ajuda, quando nos faltar força; descansar, quando for presico... respeitar o instante, mas, vivê-lo da melhor maneira. Ainda não alcancei meu maior sonho, mas, não desisti dele, estou trilhando o caminho que escolhi e vislumbrando. Um dia, chego lá e cada um dos meus amigos, da minha família, e outros, poderão ter um pouco desse sonho realizado! Do que adianta um sonho se não puder ser multiplicado? O que é bom precisa ser multiplicado em forma de divisão, soma e multiplicação: divido com você um pouco de mim e recebo um pouco de você (soma) e, todos juntos, multiplicamos o que há de melhor: o amor! E vamos, juntos, subtrair o que é "mau": culpa, peso, fardo, preconceito, arrogância, ilusão desemedida...


E então, podemos ou não, DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES PARA ESSE MUNDO? Depende de nós! De cada um! De todos!


ERA UMA VEZ, UM MUNDO. HOJE, ELE PODE SER MELHOR, PORQUE CADA HABITANTE PERCEBEU QUE FAZ PARTE DELE E ESSE MUNDO SÓ PODE SER MELHOR, SE NÓS ASSIM FORMOS. PARA DEIXARMOS FILHOS MELHORES, NELE, SEJAMOS OS MELHORES FILHOS!!! Sim, podemos escrever essa história a cada dia!


Beijos e beijos,

Pat Lins.

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