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Gente, Pe Fabio de Melo é um fofo! Gosto muito de escutá-lo em entrevistas. Ele fala português e não latim. Ele é sereno e fala com inteligência; fala com clareza e não com arrogância. Ele assume que é humano: um homem que optou ser padre, sabendo as condições inerentes. Isso é consciência. Isso é entender que todo bônus tem ônus e que toda escolha acarreta numa consequência. Eu, minha opinião particular e com base nos conhecimentos obscuros da história, penso que o celibato na Igreja Católica poderia ser revisto. Por outro lado, compreendo que é a tradição da religião e, se alguém adentra, sabendo que é assim, sabe-se onde está entrando. Enfim... Acabei de assisti-lo no "Mais Você", com Ana Maria Braga, e me veio essa reflexão:
Penso que para se seguir qualquer rumo na vida, deve-se seguir o que está mais próximo da nossa vocação e nem todo mundo pensa assim... Desta maneira, a gente percebe quando a pessoa tem real sentido do dever de se seguir o caminho que escolhe e/ou adentra. O fanatismo só pega quem vai apenas no afã da emoção, no desejo/ilusão de que religião, excesso de trabalho, excesso de atividades para "ocupar" o tempo... vai resolver - ou afugentar - todos os problemas e imediatamente. É assim, não, gente. Se fosse assim, os padres, pastores, rabinos, mestres, gurus... os workaholics, etc não teriam problemas, nem dilemas, nem desavenças, nem nada de mal.
O problema, o desgaste, o cansaço, a raiva... tudo isso é humano. O que vai nos ajudar a lidar e transformar isso é o padrão de pensamento que temos e as ações conscientes que praticamos. E isso é de uma hora para outra? "Ah, pronto, mudei o padrão de pensamento!". De jeito algum, o Tempo é outro forte aliado ou vilão nesse trajeto, depende de como o conduzimos ou o deixamos nos conduzir. O tempo não está preso ao bem e ao mal, como nossa condição humana e dual. Ele, assim como O Criador, apenas É. Um verbo. Um constante Ser: É. É o tempo todo o É e pronto. Todo tempo É AGORA.
A gente adora complicar tudo e depois culpa Deus, o tempo, o espaço, a religião - principalmente, a religião do outro... - a vida... o outro. A gente só não entende uma coisa que, por mais óbvia que seja, não deixa de fazer parte de uma processo, que é o fato da vida ser causa e consequência. E, mesmo a gente fazendo o bem, isso não nos impede de fazer ou desejar o mal e, quando volta, a gente diz: "mas eu só faço coisas boas, porque isso?"... Bom, minha opinião sobre essa parte é meio complexa... depois me explico por aqui. A questão é que não atinamos para quem somos de verdade e, nos perdendo, dificilmente sentimos vontade de nos reencontrar. E isso nos afasta de nós mesmos e da nossa real vocação.
Para sabermos o por onde ir, precisamos saber quem somos e o que temos para fazer. Senão, por aí ficamos, vagando, passeando, fingindo viver e, em geral, importunando os outros na esperança de que o outro fique pior do que a gente. E nesse instinto competitivo de destruir o outro para me enaltecer, esquecemos o quanto todos estamos ligados e nivelados numa realidade: somos todos imperfeitos e com mmuuuiiiittttooo a aprender.
Quando entenderemos que perfeição, só no céu?
Pat Lins.
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