Prezo pela minha liberdade, bem como pela dos outros. Isso quer dizer, inclusive, que eu respeito as escolhas de cada um, de verdade. Quando esbarra em alguma expectativa minha, me repito:
"É a escolha de cada um e isso não diminui minha importância na vida da pessoa!".
Eu penso e ajo assim, e é assim que espero ser entendida... pena que isso raramente acontece.
A cada dia, julgo menos o outro, justamente por conta desse lema: compreensão acima de tudo. Isso não me impede de escolher, muitas vezes, manter distância de algumas pessoas e lugares. E isso não diminui a importância dessas pessoas em minha vida, apenas mantém o espaço e tempo necessários para que dê tempo das emoções se ajustarem... afinal, existem pessoas muito intensas e que agem como se fossem de uma leveza zen e harmoniosa, atacando e tentando manipular a muitos com voz mansa e fugas de diálogos, preferindo uma bela saída nos deixando a falar com o vento. Assim, se não há espaço para troca, não há espaço para convivência. Daí, escolho estar em meio a pessoas que, mesmo diferentes, tenham a sincera abertura e movimento de busca real, na prática diária, pois somamos mais do que dividimos.
Uma coisa é certa: a vida não é um jogo, onde podemos recomeçar num clique e ganhamos vidas e vidas em cada nova fase... com o tempo, vamos ficando naturalmente mais seletivos, quando entendemos a importância de respeitar-se e respeitar ao outro. Isso inclui ver como as pessoas são e ver/saber quem eu sou e se essa união é saudável. Não sendo, compreendamos, sem julgar, mas encaremos o fato de ser como é e DS - DISTÂNCIA SAUDÁVEL.
Eu respeito as escolhas dos outros, sem cobrança, por isso, já precisei tomar algumas decisões radicais, no que diz respeito à minha auto preservação, bem como escolhas mais amenas, relacionadas a simples afastamentos por escolhas profissionais, filosóficas e afins. Tudo na vida nos leva a algum lugar e, para quem anda e não joga, esses lugares seguem e seguem e seguem. E a gente vai e vai e vai. Nessas idas e idas e idas, a gente pensa que volta, mas, na verdade, o que acreditamos ser uma retomada é, em verdade, uma continuada para onde precisamos ir com a certeza pela experiência de como devemos ir. O resgatar é seguir mais para frente, entendendo que ainda não fez o que deveria. E nesse ínterim, os caminhos se cruzam com quem devemos cruzar e se afastam, de quem devemos nos afastar - não por raiva, rancor ou algo semelhante, apenas por uma questão simples que é tão deturpada: incompatibilidade. Se não tem liga que segure e dê base, não tem porque insistir. E isso não quer dizer que a pessoa - nem EU, nem o outro - seja ruim ou boa, ou que não nos gostemos, apenas estamos em tempos e espaços tão diferentes que não encaixa. O que não admito é ser cobrada por minhas escolhas, como se eu tivesse que agradar a todos... Também, não aceito cobrança de quem levanta a bandeira para o mesmo lema - mas age de maneira incoerente -, exige ser aceito e não aceita as escolhas alheias, assumindo uma postura de vítima. Não existe vítima ou algoz, existem escolhas e consequências. Não precisa ser radical, nem dolorida, sofrida ou coisa e tal, apenas precisamos tirar o melindre do julgamento e pronto: abrem-se as portas para a liberdade!
Não entendo como uma coisa tão simples causa tanta dor e tantos danos. Não é ser inflexível, é ser tão flexível que podemos gostar mas entendermos, por respeito às diferenças que não se complementam, que é melhor cada um seguir seu rumo, senão, ambos saem do caminho.
Sigamos em paz, minha gente! A vida não é um jogo, muito menos uma guerra! Não existem inimigos - até existem, devido ao fato de gente pequena insistir em criar esses personagens e atacarem com artilharia pesada, e, francamente, como não sou santa, nem evoluída, em minha condição humana e imperfeita, eu não considero essas pessoas inimigas, apenas pessoas que precisam de amor e ajuda que eu não posso dar, daí DS. O que quero dizer é que se a gente alimenta essas coisas, elas vão existir. E, mesmo que a gente opte, escolha viver de outra maneira, não vai deixar de receber essas investidas, mas o que eu não vou fazer é me tornar igual, me nivelar a esse ponto. Devo compreender que a pessoa tem um nível de consciência não desenvolvido e, sendo eu uma pessoa que se busca, o melhor é entender e aceitar que estamos em caminhos diferentes, em tempo e espaço diferentes... portanto, não somos do mesmo grupo - e isso não tem relação com ser melhor ou pior, apenas, cada um na sua onda!
É isso... o que mais tem nesse mundo é espaço para as diferenças...
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