quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

TODO O MUNDO ESTÁ ERRADO, SÓ EU ESTOU CERTA - SERÁ?


Existe um grande problema quando eu penso que todo o mundo está errado e só eu estou certa.

Existe um grande problema quando todo mundo pensa que está certo e só eu errada.

Existe um grande problema quando eu estou certa e o mundo todo errado.

Às vezes, eu estou certa e ninguém aceita.
Às vezes, ninguém aceita que eu estou certa.

Tem vezes que todo mundo está certo e eu, errada.

Tem vezes que eu estou certa e muita gente errada.

Tudo depende do que é de fato, do que está por trás.
Às vezes, as pessoas se acham certas, caem na normose e o errado passa a ser o certo - acomodação.

Às vezes fazer a coisa certa dá trabalho... o errado já está feito, mesmo... - preguiça.

Às vezes, eu sou cabeça dura e quero porque quero ter razão e não ouço ninguém, porque, para mim eu tô certa e pronto - intransigência, inflexibilidade, arrogância, orgulho, infantilidade, egocentrismo, egoísmo, ignorância, estupidez, burrice...

Muitas vezes, eu sei o que quero para mim e muita gente teme e quer que eu tema seus temores - medo de ser feliz, medo de assumir riscos...

Têm vezes que eu quero estar certa e invado o espaço do outro - falta de limite, falta de educação, falta de respeito ao outro...

Muitas vezes, algumas pessoas querem fazer o que querem sem medir as consequências -  irresponsabilidade, imprudência, arrogância, falta de limite...

Isso sem contar eu querer estar certa só porque todo mundo pensa assim - alienação.

Ou, seguir todo mundo que está certo, porque eles têm mais conhecimento... - fanatismo

Muitas vezes, a gente limita e restringe tudo a CERTO ou ERRADO, quando, muitas vezes, tudo é uma questão de tempo, de ajuste com Tempo e com a Vida. 

Um pouco de esforço e exercício diário sobre o EU e o OUTRO seria bom. Muita coisa, às vezes, está "errada" por pura má vontade em se ser alguém melhor, mais aberto, menos apegado aos valores deturpados - como o orgulho, a cobiça, a inveja, a avareza, a arrogância, a burrice. Como saber, já que eu sempre vou achar que estou com toda a razão, afinal, a vida é minha e "certo" ou "errado" quem define sou eu? Eu me questiono muita coisa para não ser influenciada, nem manipuladora, nem manipulada, nem míope, nem cega, nem lenta, nem medrosa, nem perdida, nem confusa, nem rápida demais, nem ansiosa, nem desritmada... e sou tudo isso, também. Fazendo o exercício do EU e o OUTRO, a gente é obrigado a se ver e a ver que existe algo além da gente. Somos lindamente obrigados a nos confrontar com a realidade. Olhar de frente e ver, sem frescura, sem melindre, sem vergonha de ser feliz!

Romper com o egocentrismo é mais difícil do que pensamos, afinal, muito mais fácil jogar a culpa no outro; se achar o melhor; criar um clima de competição para alimentar nossos complexos bizarros. É muito difícil querer ser o melhor que há em si. Competir para ver quem é melhor, eu ou você é bobagem. Na minha vida eu tenho que ser o melhor que há em mim, porque na vida a gente precisa se conhecer e se conhecer é se explorar. Se explorar é reconhecer-se. Reconhecer-se é conhecer-se. Conhecer-se é um esforço para a vida toda! Cada vez que vasculharmos, descobrimos algo. Cada vez que descobrimos algo, outro algo aparece.  A gente precisa mesmo é saber lidar com a gente. O outro precisa saber ligar com ele mesmo. E juntos todo o mundo pode estar certo, sabendo-se que o errado pode ser uma maneira de aprender ou uma demonstração de estupidez pessoal, ou uma cobrança desmedida, ou tanta coisa. Certo mesmo é que se estamos todos abertos, e fácil tentar acertar, porque o erro será apenas algo a ser corrigido e seguir em frente com aprendizado e sem cometer os mesmos erros.

A gente cria muita expectativa e isso gera frustração, raiva e cobrança. Não devemos criar expectativas nem na gente mesmo. Devemos, sim, saber o que devemos fazer e fazer, pronto. O reconhecimento é a própria vida. Reconhecimento é  sensação de dever cumprido. Muitas vezes a gente chama plano, projeto, sonho de expectativa. Esperar é um ato de se saber o que quer, fazer e avaliar ou receber de volta. É aquele lance de plantar e colher. Isso, não tem erro! É batata! Plantou, colheu. O problema é quando plantamos qualquer coisa só para cumprir tabela, aí **deu! A liberdade de escolha, de opinião e de ações também tem um limite: meu espaço termina onde começa o do outro. O do outro termina onde começa o do outro outro - que pode ser eu. Assim, todo mundo entende que EU é algo individual e todo mundo é um EU.

Uma inovação começa com uma série de erros e necessidade de ajustes. Nem sempre uma coisa certa está totalmente certa, nem uma errada totalmente errada. Devemos avaliar com cuidado, abertos e imparcialidade - com justiça e caráter! Bom lembrar que muitas vezes, as aparências enganam...

Será, então, que está todo mundo errado e só eu certa?

Pat Lins.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

VIDA E MAIS UMA LIÇÃO... Me dei bem? Me dei mal?


Estava de bobeira e a Vida decidiu me chamar, mais uma vez, "prum" papo bem legal... disse que tem coisas que tenho que resolver... Eu disse: "Tá, beleza! Quando?". Ela já havia "se picado".

Estava demorando para ela me ensinar uma nova lição...afinal, Tempo manda nessas horas.

Recebo uma visita inusitada. Em outros tempos eu estaria com a casa cheia de incenso para afastar a negatividade e a "urubuzação" - Marcos e Ciça, "óia" mais um... risos. Fiquei "de boa". Eu juro que não entendia a minha reação, mas, estava "de boa". Eu lembro e sei do que essa pessoa é capaz de fazer. Mas, sei lá, esse lance de compreender vem mexendo comigo mais do que tinha consciência. Só assim para saber, né? Na prática. Dia seguinte, à noite: olha ela lá! De novo! Cedi meu ombro e meus ouvidos. Nunca me vi com tanta paciência e com amor no coração. Veja, só! Eu que tando desabafei aqui como "vítima" dos ataques de desequilíbrio dessa pessoa, me vi ali, preocupada de coração, solidária. Nem lembrava de mágoa, ressentimento, raiva e etc. PS - isso não me impede de saber quem é a pessoa e não abrir muito as portas... E saber não me envolver.

Dia seguinte, cedinho, pela manhã, telefone toca e eis a voz que precisava de atenção, ouvidos e conselhos. Nem eu entendi o carinho que emanava de mim e minhas palavras ponderada e doces. Não tinha a intenção de mudá-la ou fazê-la entender e ver além do próprio umbigo dela. Até tentei mostrar que toda situação tem mais de um lado e cada um vê do próprio jeito. Tentei acessar algum ponto de consciência, mas, fora impossível. Parei de falar e me pus a escutar. Orava! Pedia por ela. Pedia que um pouco de luz iluminasse aquela mente. Sentia compaixão. Não concordava com a maneira dela de pensar e agir, muito menos com a falta de boa vontade e auto-conhecimento. Continua a achar que não precisa de ajuda para se tratar. Entendi de uma vez por todas que compreensão é compreender, mesmo - risos. Não me envolvi com o drama, mas, estava solidária, dei ouvidos de coração aberto. Bom, dar limite não é falta de compreensão, né verdade? Isso é deveras importante estabelecer. E de todos os meus defeitos, o excesso de franqueza, ao menos as pessoas poderíam saber o que eu pensava, mesmo que doesse e magoasse, eu falava pela frente e esse foi o motivo dela me ligar, de novo, porque, como ela disse: "eu sei que você fala mesmo..." - risos. Me dei bem? Me dei mal? Sei lá...


É, Vida! Você ainda me surpreende. Aliás, você me põe em cada uma, que mais parecem duas - risos. Fazer o quê? Viver, né? Se o Tempo está ao meu lado e a Vida vem me ensinando muita coisa bacana, viver é o mínimo que devo fazer!

É, se abrir de verdade tem esse efeito... Fiquei feliz comigo! E muito orgulhosa! Não ia falar sobre isso, mas, troco tanta idéia aqui que achei válido. 

Aceitar que não somos perfeitos ajuda e muito à compreensão! Sei lá, isso deve ser o plantar que tanto falo. E isso é viver o aqui e agora e deixar o passado bem resolvido no lugar dele.

Pat Lins.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

SAI PRÁ LÁ, COISA RUIM!

Foto: Electric Conection - by Idea Go
Hoje, acordei com uma coisa forte na cabeça: "o problema é que a gente acha que energia negativa só vem dos outros..." e é mesmo!

Quantos de nós "se protege" do que vem de fora? Me peguei pedindo a Deus, várias vezes, que me protegesse de toda negatividade, só que, essa "negatividade", para mim, em meu pedido, não me incluía... me vinham algumas pessoas na cabeça e era pedindo proteção contra os ataques dessas pessoas que eu me referia. Daí, me encontrei com uma dessas pessoas e fui de peito aberto. Na iminência de encontrar, me vi travada, na defensiva, esperando um ataque. "Meu Deus!" Exclamei comigo, quando vi uma coisa que me soou inacreditável:Conversando com essa pessoa, vi que ela também acredita que as energias ruins vêm dos outros e não dela... Oxe! Pois é! Logo ela que é um poço de loucura - isso, infelizmente, não se trata de minha opinião -, de inveja, de cobiça, de arrogância... Ela, que todo mundo evita, que ninguém gosta muito e que tem dificuldade de relacionamento com todos ao seu redor, também é vítma. Pois é, todos nós agimos como ela, a diferença é que alguns enxergam e se esfoçam para sair, ela, se mantém firme no propósito de que o problema são as pessoas, pois, "ninguém sabe lidar com ela...". Que viagem, vi que eu sou refém mesmo é de mim. Ela é quem e como ela é. Posso e devo proteger-me dos seus "ataques", mas, não me colocando acima dela, apenas, fortalecendo a mim mesma, o que há de bom em mim e compreendendo que ela é como é e, nessa caso, a distância saudável é uma maneira de não gastar tanto minhas forças com isso. É bom entender que querer ser melhor não quer dizer que nos tornemos tão fortes de caráter, muito menos seres evoluídos de uma hora para outra, a ponto de termos uma força inesgotável. Ficar em contato com essas pessoas pode ser danoso. Eu penso que preciso fortalecer em mim aquilo que deixa que ela abale, afinal, ela é como ela é, se eu me abalo com algo, algo em mim está receptivo e provavelmente, emitindo. Não dá para gastar enrgia a toa se pondo na "linha de fogo" para se testar ou se provar. A prova vem quando nos auto-trabalharmos a ponto de nem, sequer, pensar que se trata de uma prova, apenas, uma circunstância da vida. No dia em que eu chegar a esse ponto, aquilo em mim que se incomoda com o que vem de fora, estará sarado. Nossas feridas doem em contato com o que "futuca". Se a gente não para e cuida, vai ser assim a vida toda: uma ferida eterna.

Hoje, com essa frase martelando em minha cabeça, essa pessoa me veio à mente e vi que somos muito mais parecidas do que eu gostaria de admitir. Entendi - antes eu compreendia -, hoje, que todos nós, de fato, temos os dois lados. A "negatividade" que devemos "combater" - ou transmutar, trabalhar, canalizar, inverter - é a que há em nós. Não adianta apenas fazer - cada um o seu - kit proteção, pedir a Deus, aos anjos, aos espíritos de Luz, a água com sal... seja lá a quem mais, sendo que em nós mesmos há sombras - também, não descarto que seja feito algo para reforçar, sabendo que a solução não é aquela, apenas, uma força extra. Isso é que quer dizer "a única maneira de vencer o mal é fazendo e vivendo o bem" o bem que há na gente. Ninguém sai por aí dizendo que vai "captar" ou "colher" o bem de fulano, beltrano ou cicrano... Dos outros, só recebemos o "mal", né isso? Somos tão presunçosos. Só podemos melhorar - ou piorar... - a nós mesmos. O que recebemos, o que emitimos é de nossa responsabilidade saber o que fazer.

Não deixo de reconhecer que quem está mais desequilibrado energeticamente - corpo (toda parte física), mente (emocional, psicológico, inteligência...), espírito (aquilo que somos além da carne e nos conecta com o divino e cada religião dá um nome) - nem percebe que acaba alimentando muito mais a sombra, negando-a ou, simplesmente, ignorando-a, acaba se tornando mais negativo do que positivo - falo de polaridades, para que fique claro, que existem em nós, como em tudo na natureza... alguém prestou atenção nas aulas de Física? Eu não lembro de muita coisa, não, mas a idéia geral ficou.

Assim como os átomos, células e o que mais há dentro e fora de nós, assim somos: energia, vida, combinações... complexos - não por ser difícil, mas, por ser uma gama de partes opostas se unindo, através de um equilíbrio, para montar, manter e ser um todo. 

Assim, quando nos pegarmos "batendo na madeira", ou nos sentindo desanimados, alegando "olho gordo", talvez até seja, mas a maneira de superar é procurando o responsável, para que ele tire - muitas vezes a pessoa negativa nem percebe que emite essas coisas... e, quando recebemos, é porque estamos positivos? Sempre haverá uma pequena brecha em nossa imprefeição humana - ou nos questionarmos: "o que em mim está tão frágil que está me permitindo ficar assim?" e continua: "como devo agir, o quê devo melhorar em mim?"? Não acredito que metade das pessoas que emitem toda negatividade faça consciente. Inveja, usura, cobiça... isso existe em muita gente e muita gente "do bem" - que, mesmo assim, também tem seu lado Darth Vader - é alvo fácil desses sugadores da felicidade alheia de plantão porque também tem algum, ainda que ínfimo, ponto de desequilíbrio. 

Infelizmente, nem todo mundo entende que ser feliz é um estado de espírito e disponível para quem quiser. Não precisa pegar senha e esperar horas, dias, meses ou eternidade numa fila de um órgão público para adiquirí-la... Basta perguntar-se o que deve ser feito para acessá-la. É muito mais uma questão de conexão consigo, de valores do que de pedido. Não vem de graça mas, também, não cobra para ser. Não é fácil, mas, dizem que é simples, basta entendermos que a vida não pede um carrão do ano para que estejamos plenos e vivos... a vida pede que vivamos. Não vou enveredar muito por aí, porque quando começo a me questionar, escrevo demais... afinal, a leitora número 1 desse espaço sou eu mesma.

Resumindo: a gente recebe aquilo que precisa para subsitência. Um dia, aprendemos que na verdade, recebemos o que plantamos. Só que, nesse dia, já é o dia da colheita e pode ser meio tarde para começar a plantar... Daí, aqui e agora eu começo, cada dia, fazer uma pequena coisa nova, nem que seja ficar parada e me deixar sentir o sol na pele, fortalecendo meus ossos... a gente nem se dá conta de que ele nos alimenta, ali, com vitamina D e só ele pode nos dar essa vitamina para os nossos ossinhos, que nos carregarão vida a dentro - ou vida a fora como muitos gostam de falar... inclusive eu...

Resumindo II: todos nós somos positivos e negativos, o que prevalece é questão de auto-conhecimento, de busca, de vontade ou de acomodação, medo, orgulho, presunção... Está tudo aqui, dentro de cada um. O equilíbrio é que deve imperar. Defesa, ataque... Podemos e devemos refazer nossos pensamentos, por aí começamos a nos mudar um pouco, até culminar na prática, no agir, no fazer o que pensamos e falamos. 

E como diz Pepeu Gomes: "Ser um homem feminino, não fere o meu lado masculino. Se Deus é menina e menino, sou Masculino e Feminino... Olhei tudo que aprendi e um belo dia eu vi...Que ser um homem feminino, não fere o meu lado masculino. Se Deus é menina e menino, sou Masculino e Feminino... Olhei tudo que aprendi e um belo dia eu vi. E vem de lá! O meu sentimento de ser. E vem de lá! O meu sentimento de ser Meu coração! Mensageiro vem me dizer! Meu coração! Mensageiro vem me dizer...Salve, salve a alegria, a pureza e a fantasia(... )Vou assim todo o tempo, vivendo e aprendendo (...)"

Salve, salve a alegria, a pureza e a fantasia!

E Lulu Santos manda seu recado, também: "Não existiria som, se não houvesse o silêncio. Não haveria luz, se não fosse a escuridão. A vida é mesmo assim, dia e noite, não e sim...". Iluminar o quê? Nossas sombras, nossa vida, EU.


Quando batermos na madeira, cuidado para não machucarmos nossa mão, pois, ao pedirmos para bloquear o ataque negativo - "sai prá lá, coisa ruim" - a parte que nos toca entra no jogo. Então, "sai prá lá coisa ruim que há em mim e fora de mim!" fica mais justo. 

Minhas orações agora incluem isso: "me protege do mal que há dentro e fora de mim!". Francamente, quanto tempo passamos culpando os outros... Difícil assumirmos a nossa responsabilidade por nós mesmos, viu?

Pat Lins.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O MEDO DO MEDO, DO MEDO, DO MEDO DE SER FELIZ

Recentemente, fiz uma escolha - mais uma. Ano passado, me permiti conhecer uma nova maneira de ver e viver o mundo e achei interessante. Muita coisa "batia", mas, muita coisa "não batia". O quê fazer, então? Viver mais um dilema ou tomar uma decisão? Escolhas. Faz tempo que a vida vem me ensinando que só existem esses caminhos: ou você escolhe e segue; ou você não escolhe e segue, resmungando.

Nessa escola que me permiti conhecer e conviver, reforçaram isso em mim: escolhas. 

A vida é feita de escolhas e não se limita a CERTO ou ERRADO - isso é mais medo do que escolha, é imposição. O medo de errar atrapalha a possibilidade de acertar e isso, é certo, com certeza. O medo que paralisa, impede a superação de um obstáculo.

Pois é, fui, escutei horrores de diversas pessoas para que eu não fosse, mas, continuei e gostei de ter ido e me permitido. Era o meu caminho. Não cabe mais em mim viver de achismo... Tem gente que gosta da gente e acha que deve nos proteger nos podando e nos privando, pelo medo, pela acomodação. Eu não descarto o amor dessas pessoas, mas, descarto seguir do mesmo jeito. Cada um deve ter seu próprio jeito. É contra isso que luto todos os dias: com o que me fizeram crescer acreditando, mesmo que eu não acreditasse em tudo, precisava agir concordando, afinal, era minha referência, meu mundo. Eu pensava que crescer era completar 18 anos e ser "de maior" e independente. Ninguém me ensinou que isso fazia parte de um processo e não de uma cena da "Sessão da Tarde", onde a gente passa por uma crise e na cena seguinte, até o final do filme, tudo muda para melhor rapidinho. Affff! Como eu assistia aquelas benditas sessões de "Sessão da Tarde" - risos. Ah, eu adimito, eu gostava, sim. Todo adolescente quer ser adulto e quando vê, já está na idade de ser adulto, daí, deseja voltar a ser criança. Somos muito estranhos, somos não?!

Minha "rebeldia" cedeu lugar para a acomodação, como diz Djavan, como "quando se tem o álibi de ter nascido ávido e convivido inválido, mesmo sem ter havido, havido". Meus sonhos possíveis, passaram a fazer parte dos sonhos utópicos de uma mente jovem e que "não sabe nada da vida". Uma parte de mim, a que eu tanto gostava - meu diferencial - ficou lá, naquele lugar que só quando a gente cai no mundo adulto da desilusão - porque me parece que é assim que os adultos querem que as crianças pensem como será a fase adulta,um mundo de problemas, sem cores e sem alegrias... Um adulto feliz é um adulto que não existe. Toda criança sonha em ser adulto, só para fazer o que acha ser tudo o que quer e que pode tudo... - ele passa a existir: o onde foi que eu me enterrei? Alguém já se deu o mínimo trabalho de pensar que respeitar a fase de cada criança é permitir que ela se frustre, se irrite por não conseguir algo, até entender que esforço, dedicação e disciplina são aliados perfeitos da vontade? Muita gente acha estranho, mas, tento fazer isso com meu filho. Lógico que meu lado carente e infantil, muitas vezes, me leva a fazer o que ele quer, porque um dia quis e não me deram. Vi que reclamo muito do que me pouparam de fazer. 

Um dia, a vida estava passeando e eu a chamei para prosear. Falamos de tanta coisa que nem sei se consigo de tudo recordar. Quando vi, ela já havia seguido. Apenas me disse que parou para aquela prosa porque estava na hora d´eu ir em busca dela e não deixá-la ir, sem, ao menos tentar. Perguntei, aos berros: TENTAR O QUÊ? TENTAR O QUÊ? TENTAR O QUÊ? Só depois da terceira vez que gritei, ela me respondeu: "viva-me, para descobrir!". Oxe! Me chateei horrores. Gritei para Deus: "é isso? Isso que o Senhor é? Um ser castigador, que não entende nada de comunicação onde uma comunicação eficaz é aquela em que o emissor fala e o receptor entende o que está sendo dito, como está sendo dito e que público-alvo é aquilo que estudamos para saber como cada grupo pensa e como ele é capaz de entender algo, para, assim poder atingí-lo?... É assim que se comunica. Mas, o Senhor tem aí os seus tais desígnios e a gente aqui que se exploda para entender algo que desde que fora criado fora criado de maneira inacessível para nós, humanos, mortais e imperfeitos!". Isso eu me lembro bem. 

Naquele momento, a vida piscou para mim e segurou uma lágrima que escorria pelo canto da minha boca. E se foi. Era isso? Secar uma lágrima que já havia caído? Preferia nem estar chorando. Debulhei-me em lágrimas. Lavei minha alma. Fiquei leve. De repente, Vida passou e me soprou nas narinas. Tomei um susto tão grande que caí no chão, molhada de lágrimas, de alma lavada e sem entender nada, mas, me sentia em boa companhia. Mesmo assim, eu não estava sozinha. Me abracei como quem abraça o pai - quando somos criança, tem coisa melhor do que ver seu pai com os braços abertos a te abraçar? Mesmo que ele nos lembre que "se não tivesse feito aquilo, não teria acontecido isso"... Se eu não tivesse arriscado, como saberia se iria cair? - e me levantei. Sozinha? Não, absolutamente! Comigo! Com minha Vida. Ela me trouxe de volta para ela, porque fui em sua busca. O sopro foi o sopro da Vida. Tive que aprender a respirar... me esforço todo dia, porque isso eu só aprendi agora, depois de muitos vícios da vida que cursamos. Fiz as pazes com Deus. Aliás, o Deus que conheci é um pouquinho diferente, Ele não se trata de um homem, não é humano; muito menos, cruel e castigador. Se Ele fala e eu não entendo, entendi que não muda muita coisa, eu sou uma poerinha, mesmo. Mesmo assim, tenho a importância de uma poerinha que precisa aprender muito e crescer. O melhor caminho, para mim, é seguir a Vida. Ela sabe de tanta coisa. Até do que eu nem sei, ainda. Ela é amiga-irmã do Tempo, outro aliado gente boa, demais! Ah, o tempo que a gente tanto diz que é curto e passa rápido é só a velocidade dele que nossa lerdeza e ignorância nos permite ver - ou sentir o vulto do que passou.

Vida me levantou e mesmo quando estou no processo de aprendizado e dor, ela está lá. Nunca me disse que seria fácil, ou rápido, muito menos, tudo de vez. Tempo é ótimo para me fazer lembrar disso tudo, no tempo certo.

Eu aprendi a me permitir. Meu exercício é parar de culpar - a mim e aos outros. Que mané culpa, que nada! Cada um nos dá aquilo que pode, que tem ou que quer. E a gente, idem. Li a frase de um amigo de infância e adolescência - esses ficam para a vida toda, mesmo que não nos vejamos com frequência -, Ernani, o velho Jacarandá, e ele dizia isso: 
"Estou constantemente a vasculhar meus pensamentos... A tentar ver algo que me faça mais feroz, mais ativo, mais e mais... Mas tenho me deparado com as nuvens da solidão, solidão essa que me redimo e não transfiro a culpa a ninguém, vivendo e sabendo da garantia do sol nascente no dia seguinte e da felicidade que me aguarda na próxima esquina... Sei que ela me aguarda...ERNANI ALCANTARA
Pois, bem, isso foi o que Vida me ensinou e ensina todo dia: o sol nasce, independente de mim. A gente cresce se dizendo adulto e se mantém egocêntrico, como uma criança. Felicidade é isso, entender que a vida é a Vida e nós é que temos que seguí-la, fazendo-a, ao mesmo tempo. A dualidade da Vida, para mim, não se limita aos certo, ao errado, ao bem, ao mal... mas, ao fato de fazer escolhas: ou vai, ou fica, sabe?! Tenho tido a oprtunidade de confrontar meus medos - nem todos, alguns, estão bem protegidos e não tenho força para encará-los - e me permitir. Aqueles que aprenderam a vida toda, apenas pelo medo e boca dos outros que cair dói, e vivem como a "Chapeuzinho Amarelo", do Chico Buarque, que, de tanto medo, nem dormia, com medo de pesadelo, perderam a oportunidade de sonhar e de levantar. Cair dói, mas, não tentar e achar que a vida é só um ensaio para a vida toda, perde a grande oportunidade de tentar e conseguir. Não falo fazer uma loucura desmedida... eu não suporto esse tipo de atitude, não dou conta. Aprendi a usar a escala de prioridades; ao risco calculado e a estar aberta, para caso o que tentei não dê certo e voltar a fazer. Ainda engatinho, dentro de alguns âmbitos de minha vida, me preparando e construindo a base no aqui e agora, para um amanhã melhor. 
Dentre as minhas escolhas, fiquei com a Escola da Vida. Saí de mais uma escola que me permiti conhecer, por mim mesma e com minhas percepções e que me ajudou muito - inclusive entender que nem tudo, nem ninguém é perfeito. Conheci pessoas maravilhosas, pensamentos muito diferentes dos meus, porém, me enriqueceram muito, justamente, por sair do lugar comum. Pense como se estivesse solto no espaço. O que é referência? O que é o lado certo? O que é em cima, embaixo...? Me lancei ao espaço de minha vida. Tive decepções por lá, também. Somos todos humanos. Condenei deveras meu ex-professor - que mesmo assim, em sua atitude grosseira, como ele mesmo se assume, mesmo naquela atitude, dele, me ensinou a melhor lição, a prática do que penso sobre "compreensão" - por sua posição superior, numa atitude arrogante e presunçosa, mas, também, por ser um homem inteligentíssimo, guerreiro, firme, seguro. Olha, eu morri de raiva. Na hora da raiva, minha ficha caiu e fechou o processo com a frase que citei sobre "aceitar o erro nos outros, porque sei que também erro", da Noemia. Mas, escolhi, sabe? Escolhi ir e conhecer. Escolhi ficar. Escolhi sair. Poxa, para mim, isso foi "supimpa!". Algumas pessoas me disseram: "eu disse que ali não prestava...". Como sabiam, se nem conhecciam? E presta, sim e muito, para quem quer continuar e acredita. As pessoas que lá estão são pessoas capazes de saber escolher, não são cabeças ocas, pelo contrário, são pessoas muito inteligentes, legais e escolheram seguir, porque se identificaram. E a isso eu respeito: às escolhas conscientes. Diferente de minha diarista que me diz: "está escrito na Bíblia, a senhora pode ler..." e nem ela sabe ler, porque é analfabeta de pai e mãe. 
Daí, uma outra pessoa especial, jovem e com uma cabeça muito bacana, além de uma Artista taletosíssima, que conheci nesse mundo - Catharina Gonzaga, escreve:
"Nós deveríamos estar sempre nos dando a chance de conhecer outras formas de viver, outras crenças, outras visões, outras religiões, outras ciências, outras artes, outras formas políticas, outros povos, outras épocas, outras versões da história, outros MUNDOS... Pois, pior do que pensar que o 'seu' mundo é o 'certo', é nem buscar saber o que é certo e o que é errado... e simplesmente achar que o 'seu' mundo, seja ele o que for, é 'suficiente', se deixando acomodar dentro dessa ínfima parcela de vida que nos apresentaram. Deveríamos lembrar diariamente que isso aqui é só um cantinho da caverna."

"Há tanta VIDA lá fora..."
E é verdade! Há tanta vida na Vida e é só viver. Se permitir. Infelizmente, eu não me identifiquei o suficiente para continuar. Prezo por outro tipo de liberdade. Um grande aprendizado que tive é que não condeno, nem julgo quem fica, quem sai. Há tanta vida lá fora, aqui dentro, lá dentro, aculá... em todas as direções, em todo e qualquer lugar. Só precisamos encontrar a nossa. A de verdade. Depois que perdi o medo do medo de ser feliz, tenho me permitido ser mais eu e isso tem sido tão bom. Isso não me torna perfeita, nem serena, nem muito diferente do que sou, apenas, me permite conhecer mais sobre o que tinha curiosidade. Nunca provei drogas. Não curto, nem nunca tive curiosidade. Nem cigarro. Mas, tinha curiosidade de saber o gosto de uma cerveja. Provei e não gostei. Não bebo. Escolha. Prefiro outras bebidas. Escolhas. Gostos. Características pessoais. Eu.
Pelo medo dos outros desenvolvi muitos dos meus. Pelo medo de magoar, esqueci como ultrapassar; pelo medo de não ser aceita, me tornei quase normal - argh! -  e pelo medo, do medo, do medo, do medo de ser feliz, me tornei um arremedo de medo. A única maneira de perder e vencer um medo é enfrentando-o... meu Deus, um dia terei que encarar um sapo? Bom, ao menos eu sei e acredito muito nisso, de que somos demanda demais para resolvermos tudo de uma vez só... deixa o sapo para a hora dele, né?
A gente se priva demais por medo. Isso pode custar a nossa felicidade. Se bem soubéssemos, não colocaríamos certas condições aos outros, como o que achamos como verdade universal. Tipo: "filho, isso é errado". Eu vivo falando isso para o meu. Aos poucos, substituo por: "filho, você acha que foi uma cosia bacana isso que você fez? Foi uma atitude bonita? Um menino inteligente faz isso?" para que ele reflita e sinta que ele, sim, é responsável por suas ações e consequências. O medo da frustração é que a traz e a instala em nossas vidas, como grilhões de uma eternidade fadada ao caos como sendo uma vida... o medo de viver nos faz, no mínimo, pequenos, diante de toda uma grandiosidade inexplorada, "impermitida" - Marcos e Ciça, lembrei de vocês, que sempre preceberam meus loucos neologismos. Já pensou se a mãe de Deus - nossa, desde criança eu me pergunto: quem é a mãe de Deus? - dissesse para Ele: "não cria a Via Láctea, não, vai ser um erro... Pelo menos, não cria o Planeta Terra, vai ter um monte de gente para dar trabalho em crescer..."? Uma mãe pode ser um perigo, viu, se não souber lidar consigo mesma. Eu sou um perigo! Ao menos, falo para meu filho: 'não sou perfeita, mas, sou sua mãe e você é pequeno. Goste ou não, é assim que sei agir. Quando crescer, você faz o que acreditar ser melhor.". Ah, vai saber o que é certo ou errado? Cada um tem sua maneira de ver as coisas. E têm cada maneira tosca, que Deusmelivre!
 Arriscar não é ser irresponsável, tá? Há uma grande diferença aí e uma coisa que a gente nem sempre sabe: o que é ser responsável, mesmo?
 De tudo isso, o que queria mesmo dizer é que não dá para ser feliz enquanto: deixarmos que a opinião dos outros seja mais importante do que a nossa - e isso, não quer dizer deixar de amar a essa pessoa... impressionante como fazem essa mistureba doida de que discordar é não gostar e a gente leva como verdade única -; deixar de viver o que sente afinidade por medo de magoar quem não acredita e passar a vida toda magoado e, quando Vida diz "oi!" e tudo que não deveria ser cai terra abaixo a gente descarrega toda a carga de culpa na pessoa, em vez de assumir que poderia e ainda pode fazer diferente, pois, a única pessoa que pode decidir por nós, somos nós e não as nozes; continuarmos alegando e propagando que compreender é fazer justiça com as próprias mãos... desrespeitando o direito dos outros de pensarem e agirem diferente; deixar que invadam nosso espaço pessoal, por medo de dizer "não" e magoar a pessoa que está nos magoando, por não respeitar nosso espaço e nossa maneira de ser e agir...; nos fecharmos como ostras coladas com superbonder e fincarmos o facão no pé de "jacarandá rei" - ou era jequitibá? - e viver a vida querendo ser eterno, e eternamente brigando com aquilo que vem nos ensinar algo... ainda que toruoso... tem horas que piro com Deus, mas, fazer o quê? Ele é O cara, né? Tem lições que são pesadas, viu?; ah, tem muita coisa que nos leva para caminhos bem distantes do que deveríamos seguir e voltar tudo dá um trabalhão danado, mas, seguir em frente, sabendo que está fugindo deve ser tão louco que é por isso que o mundo está como está, todo mundo correndo na direção contrária, por medo de ser feliz. Também, nos ensinam desde cedo que "Desconfie. Se vier algo bom e de graça, não é coisa boa!". A gente precisa investigar, averiguar... desconfiar é duvidar de algo que pode ser, como pode não ser. Como saber? Investigando. Como viver? Vivendo. Como ser feliz? Aprendendo, construindo e plantando a felicidade. E como saber se o que eu falo aqui é verdade? Não vai... é o meu caminho, o meu caminhar. Dá certo para mim e nem eu me fecho apenas nisso. 

Se Michel Teló ganhou o mundo com "ai se eu te pego..." a gente bem que poderia entender que na vida, aquilo que não mata, engorda e faz crescer. Aí, ó, eu digo: "ai, delícia, assim você me mata. Ai se eu te pego. Ai, ai se eu te pego..." E a vida é uma delícia! Melhor viver do que morrer estagnado. Né, não, é? Hum!
Vou com o saudoso Nelson Gonçalves "vou indo, caminhando sem saber onde chegar, quem sabe na volta te encontre no mesmo lugar..." (trecho de "Caminhemos", de Herivelto Martins, belissimamente interpretada pelo Nelson Gonçalves). Eu prefiro encontrar essas pessoas caminhando, também. Ah, eis a música abaixo, para quem não conhece. Sim, não estou me referindo a relação amorosa, mas, a relação amorosa com a Vida!
Tenho que parar... quando começo a escrever não quero mais parar. Uma coisa puxa outra e vai puxando e puxando... quando vejo, já fui e voltei dezenas de vezes...
Se a vida parar para prosear e te der a chance de fazer escolha, faça. Você pdoerá fazer outras ao longo dela. Só não escolha, pelo amor de Deus, por aquilo que atente contra a integridade física ou moral de alguém! Isso não é escolha, ao menos, não se trata de uma boa escolha. A escolha é individual, para a vida de cada um. Nada de tentar fazer escolhas para a vida alheia. "Cada um com que cada um, deixa o cada um dos outros" - como diz o Zeca Pagodinho.
Beijos,
Pat Lins.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

CHUVA


A chuva é água e água, limpa!

O problema é quando o que se tem para limpar é toda a humanidade!!!

O bom é que a água, aquilo que molha, limpa e faz brotar! 

Pat Lins.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

IMAGINE


Imagine - em inglês e português, a mesma palavra... não precisa nem de tradução, já É. 

Eu fiquei com os olhos cheios de água, mas, elas não caíram... a força que ele passa é muito forte - redundância danada, êta - e contagiante. 

Teve um momento em que ele falou "a gente foi encontrado dentro de uma caixa de sapato e fomos levados para o orfanato. Ouvíamos tiros e não entedíamos aquele som..." que eu nem sei descrever o que senti. A pureza da criança. É assim que eles se sentem em meio a essas guerras sem sentido, sem ter o que entender. 

Meu coração já ia ficar apertado, cheio de dó mas, fiquei firme e assisti até o final. Ele é forte, sabe o que quer e foi, sem medo de ser feliz. Ele estava feliz, por estar ali, ter chegado onde queria. Ele tem um dom e nem a falta dos braços e pernas o impediu, porque a alma dele cantou por sua boca. Meu Deus, para que viemos mesmo? Qual a nossa verdadeira missão? A desse rapaz é nos lembrar isso: nada deve nos impedir. A mensagem que me veio a mente foi: não são as pernas e braços que nos levam a lugar algum, é a nossa alma. Deixe-a falar, que sua voz é como um canto. Deixe-a cantar. Deixe-se ser quem você é. Ter um sonho como objetivo e seguí-lo, fazê-lo acontecer é merecê-lo. Como mérito, a vida retribui com aplausos. Celebrar passa a ser um ato de compartilhar a alegria de saber o que se quer, quem se é e se esforçar com o que tem para chegar lá. 

Fiquei comovida, emocionada e reflexiva. Me senti feliz por ter pernas e braços saudáveis. Mas, percebi que tenho muita vergonha de deixar minh´alma se soltar e cantar a melhor canção possível: a da vida! De viver como se deve, indo para onde devemos ir. Emmanuel Kelly cantou não só  a voz da alma dele, mas, encantou a minha! O amor! O amor da mulher que passou a ser a mãe. O amor dos rapazes pela vida e pela busca. O amor pelo ideal. O amor pelo hoje.

Como me disse a escritora Morgana  Gazel: "é esse tipo de amor que devemos propagar!"

Finalizo com a frase que  uma das juradas fala: "faz parecer que tudo o que fazemos é bobagem..."

Pat Lins.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

TUDO DEPENDE DE COMO A GENTE SE VÊ

Faz tempo que venho refletindo: compreender pode custar muito caro. Será? Explico: alguém já se deparou com uma situação onde um outro alguém apronta uma e, quando confrontado(a) clama a bendita "compreensão" de sua parte? E essa compreensão que a pessoa requisita quer dizer: "entenda eu sou assim". Minha pergunta vai para o fato de, seu eu recusar entrar no jogo e disser: "eu compreendo, mas, não admito que faça isso comigo" estarei sendo cruel?

Por que todo ser aprontador apela para ser compreendido, quando, ele mesmo, além de não se compreender, é incapaz de compreender o outro? Será que acham que eu sou uma pessoa que está acima disso? Por que essas pessoas sempre entram por esse viés?

O interessante é que quando a gente compreende que a pessoa está fora de si, dá para diluir a raiva. A gente precisa começar a se ajudar e não entrar numa de justiceiro e orgulhoso, entrando no jogo. O fato de compreender não quer dizer acatar, muito menos concordar ou estimular. Compreender faz com que a gente não alimente um veneninho barato e acessível a todos nós, também conhecido por um nome genérico, através do seu princípio ativo que é a "raiva". Pois é! Nós "crescemos" - aliás, os anos passam e nós nele - justificando cada raiva como algo legítimo, afinal, toda raiva nos diz que NÓS ESTAMOS CERTOS E O OUTRO ERRADO: JUSTIÇA, SEJA FEITA. É ou não é? Difícil, quase impossível, se conter diante de uma injustiça, ainda mais se o injustiçado for EU. É difícil conter a cólera quando alguém invade nosso espaço... eu bem sei disso. Agora, agir como se eu fosse perfeita e condenar - como fiz minha vida inteira - o outro me faz ser melhor? Não se trata de deixar que a pessoa invada, detone ou algo parecido, com minha vida, entretanto, o COMO reajo mostra muito de COMO SOU, ou ESTOU... ou ainda QUEM SOU. Existe um QUEM SOU mais evoluído em cada um de nós, ávido por sair e assumir o lugar para que, enfim, sejamos quem somos em essência. 

Numa conversa interessante com uma amiga, mudei todo esse post. Estava condenando e julgando - fazendo "justiça" - uma pessoa que tentou invadir meu espaço com sua loucura. Pois, após conversar com Noemia, numa conversa sobre outro assunto, outra pessoa - inclusive eu nem participei a ela esse episódio intenso que vivi - ela me disse a frase que me fez não só refletir, como permitir-me mudar minha ótica: "eu compreendo e aceito o erro nas pessoas porque eu sei que eu erro, também. Não sei por que as pessoas têm tanto medo em assumir seus erros?". Isso é o que a compreensão quer de nós, que a usemos na prática. Me toquei de que a pessoa não invadiu o espaço, mas, nem havia me tocado. Eu quase permiti que ela entrasse, abrindo eu mesma as portas, quando quase entrei no jogo, exigindo "justiça" e com orgulho ferido diante de tanta calúnia e desequilíbrio. Estava "preocupada" com a imagem e a reputação das pessoas envolvidas - onde me incluía. Estava mais preocupada com o fato da destrambelhada da pessoa sair falando as atrocidades que inventou - só para resumir, a pessoa recebeu uma cobrança que já havia pago. Em vez de ir no órgão resolver e apresentar o comprovante de pagamento, queria que meu marido pagasse, juntamente com ela e outra pessoa. O detalhe: perdeu o comprovante. Se sentiu injustiçada e estava muito agressiva, querendo que alguém pagasse com ela, ao invés de resolver procurando o bendito comprovante... mas, deixa para lá - e eu preocupada com os nomes envolvidos. Em minha cabeça era loucura da parte dela, e ninguém conseguia acessar uma conversa, sequer para tentar orientá-la... Resultado, ia eu permitindo que a cólera começasse a me contaminar com isso. Depois dessa conversa - sobre outro assunto - com No, minha ficha caiu e entrei numa conversa comigo. Me disse: "primeiro, se alguém der credibilidade a ela e acreditar no que ela fala, sem averiguar, trata-se de alguém igual a ela e digno de pena. Um dia, a verdade aparece e tudo vai se resolver.". Segundo, estabeleci um perímetro ainda maior na minha DISTÂNCIA SAUDÁVEL.Terceiro: demorou, mas, entendi que é ela; ela é assim e eu não posso mudá-la! Isso reforçou a distância da distância saudável.

Quando a gente entende que também nós somos imperfeitos e capazes de cometer os nossos erros, podemos nos permitir aceitar - compreender - que os outros também cometem erros. A diferença está em como lidar com esses erros. Eu, antes, me punia, me culpava. Hoje, me empenho em reverter essa ordem estabelecida por mim mesma, em minha vida e entro numa de redimir-me. Assumo que errei e me prontifico a resolver. Vai adiantar eu me consumir em culpa, em neurose? Perder tempo justificando o porquê do erro? Isso não o transforma em acerto. Nem o conserto o faz. Mas, quando resolvemos algo, o ideal é fechar a porta ao passado. Só fica aberta se tiver pendência.

Uma coisa que começo a ver e começa a me fazer sentido internamente - porque na teoria eu já sei... - é que precisamos nos resolver conosco, em primeiro lugar. Tentar compreender o outro requer que entendamos e aceitemos a nós mesmos. Essa de querer consertar o mundo - principalmente, o mundo do outro - é fuga. Fujo muito de mim. Quando vejo, olha lá, eu disparada correndo. Dou-me um grito, agora, e digo a mim mesma: "Vem cá! Oh, mulher! Chega aqui!". Sento comigo. Me vejo. Quero me destruir de raiva, quando me vejo igual a todo mundo. Daí, olho e  me digo: "Tenho que me resolver nisso.". Pronto, dou entrada num processo interno e vou trabalhando. Quando tá pesado demais, relaxo um pouco. O exagero já me provou que a gente cria outra fuga: o faz de conta. Faz de conta que resolvi, sou madura e outra pessoa. E começo a evitar vivenciar algo que me desestabilize. Como sou capaz de usar essa consciência para ficar alerta e viver num clima de tensão e proteção, em vez de usar para elevar a minha condição? Outro papo interno e vou seguindo. A gente vai se ajustando é vivendo, mesmo. Ninguém queira fugir de dor, de erros... Faz parte da nossa humanidade. O que não devemos fazer é alargar, alimentar, arrastar essa dor por uma vida. Melhor resolver logo aqui e agora. Ela não vai passar de cara, nem deve mas, aos poucos, com o DEVIDO cuidado e no tempo certo, cicatriza. 

A gente tem mania de se achar melhor do que o outro. A grama do vizinho é sempre mais verde, né verdade? Só quem tem problema sério somos nós, afinal, todo mundo tem isso ou aquilo que vai ajudar, mas, o nosso problema é problemão. Eu tenho a maior dificuldade de sair do papel de vítima. Fora quando quero sair e alguém quer me colocar. Bom, fazer o quê? Redobrar as forças, tirar de outro lugar que não precisa agora e conseguir sair dessa zona. Muito sério isso. Nós não suportamos ver que alguém está querendo ser melhor. Incomoda tanto, quando pratico, sem falar, apenas em minhas ações - que, confesso, muitas vezes, nem eu acredito que consegui internalizar... só descubro na hora H, porque, uma coisa sou eu bater um papo comigo, outra, na hora de passar por tudo de novo, ver que mudou algo em mim - que percebo no ar uma crítica velada, num olhar, numa esquivada, numa saída de perto de mim, tipo: "lá vem ela com essas loucuras de quere ser 'cabeça'". Precisa ser "cabeça" não. Basta querer sair do buraco. Não é para ser melhor do que ninguém, apenas, o melhor que posso ser. Aí, numa outra situação, eu perco o controle, vem outra cobrança velada: "Não é tão cabeça? Escreve tanta coisa naquele blog, como se fosse alguém evoluída e, aí, agora, fazendo besteira...". Pois é, todo mundo se acha mais normal do que o outro. Ninguém aceita ver erros e, na maioria das vezes, somos incapazes de olharmos que erramos deveras, também. Haja juízes da vida alheia...

Como me disse Morgana Gazel, "eu aceito o erro no outro porque sei que eu também erro!". Pronto, é isso que quero dizer a mim e quem mais estiver no mesmo dilema.

Isso é uma pequena parte do que pode ser a compreensão: aceitar que as pessoas são falhas - inclsuive EU. E nós, o que fazemos com a nossas falhas? Como lidamos com os nossos erros? 

Gente, "o melhor lugar do  mundo é aqui e agora" (Gilberto Gil)

Com um poquinho de compreensão, a gente pode CONSTRUIR E PLANTAR um mundo muito melhor, começando pelo nosso mundo individual. A gente se preocupa demais com o que o outro vai pensar. Paremos um pouco de julgar que nos sentiremos menos julgados. Essa sensação é que nos faz reféns de nós mesmos e das nossas loucuras. Se engane não, todo mundo tem seu lado doidinho e sombrio. Só se for muito eovluído para ser evoluído. Senão, é falho e humano como qualquer outro ser. O que faço com isso é que fará a diferença. Sabe o que me ocorreu agorinha? "TUDO DEPENDE DE COMO A GENTE SE VÊ". - Vou até mudar o título. Era: "compreensão pode custar muito caro... (?)"

Pat Lins.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

AQUI E AGORA - Gilberto Gil

Aqui e Agora

Gilberto Gil

O melhor lugar do mundo é aqui,
E agora
Aqui onde indefinido
Agora que é quase quando
Quando ser leve ou pesado
Deixa de fazer sentido
Aqui de onde o olho mira
Agora que ouvido escuta
O tempo que a voz não fala
Mas que o coração tributa
O melhor lugar do mundo é aqui,
E agora
Aqui onde a cor é clara
Agora que é tudo escuro
Viver em Guadalajara
Dentro de um figo maduro
Aqui longe em nova deli
Agora sete, oito ou nove
Sentir é questão de pele
Amor é tudo que move
O melhor lugar do mundo é aqui,
E agora
Aqui perto passa um rio
Agora eu vi um lagarto
Morrer deve ser tão frio
Quanto na hora do parto
Aqui fora de perigo
Agora dentro de instantes
Depois de tudo que eu digo
Muito embora muito antes
O melhor lugar do mundo é aqui,

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PARA VIVER O BEM, SÓ VIVENDO O BEM

Se nós bem soubéssemos o  bem que faz o bem, deixaríamos de acreditar unicamente no mal. Este é visto, portanto, crível. É denso, pesado, feio e cansativo. Abate, desencoraja, destrói. Ele seduz nossos sentidos, ilude, engana. Só exige da gente uma vida com "poucas" renúncias: renunciar crescer, renunciar ser melhor, renunciar ver o lado bom e a solução. Não sei se é esse o plano do "mal', mas, é isso que fazemos com ele.

O bem é sutil sábio, sabe aguardar. Só age se assim quisermos, ele nos respeita. Ele fica ali, em nossa frente. Raramente o vemos. Não, ele não é invisível, nós é que não sabemos ver. Só olhamos e vemos o que queremos e como queremos. Só ele é capaz de aplacar o mal, transmutando toda a negatividade.

Para fazer o bem, precisamos encarar o mal que há em nós mesmos. Nossas sombras. Nossas angústias, fundamentadas pela falsa necessidade que carregamos de "ter", como se isso fosse a coisa mais importante.

Recentemente, percebi que a maioria das pessoas ainda enxerga como bem sucedida a pessoa que acumula - e muito - bens materiais. Não sou hipócrita de dizer que não batalho para alcançar conforto, segurança financeira... lógico, vivemos num mundo capitalista e só uma pessoa ou muito iluminada consegue viver sem as exigências que essa vida impõe. Também tenho meus  kuravas gigantescos, meus dilemas. Nunca me coloquei como melhor do que ninguém.

Essa postura que adotamos diante da vida só pode alimentar aquilo que vemos, porque é nisso que nos fincamos. Para ver o bem é preciso ter olhos abertos, simplicidade e vontade. Isso requer muito de nós: nosso bem. Eu acho que vale a pena lembrar que existe muita coisa boa no mundo - sem negar a existência do mal. À medida que nos abrimos para o bem, vemos que o mal é necessário, de alguma maneira. Eu não entendo nem um pouco os desígnios do Pai, mas, quem sou eu, uma poerinha cósmica, a questionar Sua infinita sabedoria, seja Ele como for - tem uma hora que confunde, porque querem nos vender uma imagem de Deus, sendo que ninguém nunca o viu e afirmam tanto ser Ele um senhor grisalho de barba branca e com palavriado humano... muito pouco para mim. Para mim, Deus é mais! Para mim ele é a união de todas as forças. Está acima disso que chamamos BEM ou MAL. Existem coisas na natureza que chamamos de mal, como chuvas e etc. Acreditamos que os alagamentos, as inundações são castigo do céu... na verdade, vejamos onde estamos construindo e como anda nossa convivência com o que é natural, com a Natureza. Queremos pensar Deus nos falando como nosso pai fala. Por maior que seja o amor de um pai pelo filho, ainda assim, é humano e esse pai está na mesma condição do filho: filho do Pai.

Como você viveria se eu dissesse que o "diabo" não existe? - não estou afirmando nada, se ele existe ou não, apenas questionando se isso fosse verdade, em quem jogaríamos a culpa de todas as merdas que fazemos? Você sabe que o mal existe na gente também? Parece que as pessoas insistem em dar mais força ao mal, acreditando apenas nele, do que se permitir abrir para o bem. É preciso abrir espaço. Saber receber. Não adianta, podemos reclamar o que for, só receberemos da vida o justo, o necessário. Acredite eu ou não. Goste eu ou não. Quanto mais nos afastamos do bem, mais distante ele fica. Não porque ele se afasta, apenas porque nós nos afastamos dele. Será que é óbvio isso? Creio que não, se fosse tão óbvio, pararíamos de dar tanto murro em ponta de faca; pararíamos de alimentar tanto as dores, as angústias, os dissabores, o que deu "errado".

Temos uma mania de colocar tudo em dois campos extremos: CERTO ou ERRADO; BEM ou MAL; PRETO ou BRANCO; É ou NÃO É. E existem tantos, inúmeros e incontáveis "certos", "errados", "bons", "maus"... Já ouviu: "de boa intenção o inferno tá cheio?". Pois é, o mal também tem suas "boas" intenções, para com ele mesmo. Precisamos ser justos. Ser justo não é querer estar sempre com a razão, nem achar que sabe tudo. Não sei explicar tão bem o que é ser justo... seria apenas uma definição elaborada pelo meu intelecto na intenção de dar uma definição bonitinha... Na verdade, eu imagino o que seja justo, porque dói sê-lo. Dói ser julgado porque entendeu o lado do outro. Incomoda não reagir. Só se é justo se revidar e fizer "justiça". Para mim isso é orgulho, algo danoso. "Mas, você vai deixar assim? Se fosse comigo..." Não falo fazer papel de trouxa. Todo mundo acha que ser bonzinho é ser babaca, ou apenas uma pessoa que ajuda uma velhinha a atravessa a rua. Nos ensinam muito pouco sobre bondade. Queremos aprender muito pouco sobre bondade.

Ser bom requer algumas características que poucos de nós está disposto a desenvolver. Exige que tenhamos uma coerência entre nossos pensamentos e nossas ações, senão, não há meio. Exige que tenhamos firmeza de caráter, moral, ética... senão, não há espaço. Ser bom é muito mais do que alguns atos de bondade. Ser bom é fazer o bem, sem olhar a quem e a todo instante. Ao menos, é o que eu penso. 

Sejamos cada dia um pouquinho melhor do que ontem. Podemos abrir a porta ao bem aos pouquinhos. A afobação derruba tudo e vem com uma densidade danada, daí, traz a ilusão de que estamos fazendo o que deve ser feito, como deve ser feito. De repente, vem a chuva e derruba nosso castelo de areia e culpamos a vida por termos erguido uma construção sem base firme. Para erguermos uma vida de verdade é preciso trabalho e esforço... requer dedicação, disciplina e ação todos os dias. Não como fardo, com peso, com lamúrias... isso é o que a gente já faz: desconstrói um dia após o outro e carregamos a ilusão de que construimos a torre que nos levará ao céu. Sempre caímos no mesmo lugar. Nós damos nossa cara a tapa para a vida. Ela não quer nos bater, nós é que nos batemos. A Vida ensina, mas, não sabemos escutar. Muitas vezes, nem queremos.

Sei não, mas, eu quero aprender cada dia mais. Eu adimito que não sou boa. Mas, que eu quero ser e me esforço - ainda que minimamente - eu tento... Vou no ritmo que consigo, senão é afobação. Para tudo, nosso tempo. O equilíbrio. O sentir. No momento em que a ficha cai, aí, sim, a gente sente na alma, em nosso âmago: "então é isso!" ou "então, é assim!". Chega-nos uma convicção. Uma convicção diferente, não aquela reação instintiva aos nossos desejos - que chamamos erroneamente de intuição - mas, uma intuição genuína - desculpem-me a redundância... se é intuição, deveria ser genuína... é que usamos tanto e por tanto tempo para diversas definições que a intuição passa a ser um termo coringa: entra naquilo que eu acho que deve ser. O bem deve ser assim, em forma de paz. Afinal, o contrário dele nos causa angústia, dor, sofrimento... Então, se esse é o papel do mal, não seria ele uma faceta do bem? Eu, hein... Tô pirando meu cabeção. É que minha ficha está caindo por aí... em ver que o bem está em todos os lugares, só olhar direito, ou certo. Êpa! Sem alienação. Sem devaneio. Minha ficha me diz que devo manter os pés no chão e não deixar de ver e adimitir a realidade.

Será que tudo faz parte? Tem algum a parte? Será que existe o caminho do meio, mesmo? O equilíbrio? A harmonia? Eu acredito. Acredito que se bem nos fizermos, bem chegaremos lá. Lá onde? Em nós mesmos. É... tô pirando meu cabeção, mesmo...

Pat Lins.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

CHEGOU A HORA DESSA GENTE BRONZEADA MOSTRAR SEU VALOR!


Quem topa parar o carnaval na Bahia 2012? Loucura? Sim, mas, porque não! Hora da população fazer greve, também. Mas, quem gostaria de parar uma festa mundial, mesmo com uma crise instalada? A crise não está só na greve dos PM´s da Bahia, está no fato das verbas públicas terem destino desconhecido.
As exigências dos policiais são justíssimas. Isso, não podemos negar. A falta de controle do comando de greve com alguns policiais é que está comprometendo e muito a população. Gente, policial militar não recebe periculosidade, nem insalubridade... um vereador, recebe! Fora os salários baixos e condições de trabalho precárias. O que tem sido divulgado e vem comprometendo o movimento - e tocando o terror na gente - são os vândalos - sejam da corporação ou não. O movimento é no CAB - Centro Administrativo da Bahia -, mas, alguns estão fugindo do controle e aterrorizando a população. Depois, haja trabalho para mostrar serviço por conta de um bando de policiais que não querem lutar pelos direitos, querem usar e abusar do poder. Isso compromete a imagem de toda uma corporação e ainda piora as negociações. O que está acontecendo é que a PM usa do direito de exigir melhorias para sua categoria - o que é justo, afinal, não pediram nada abusivo - e uma pequena parte dessa categoria queima o filme de todo mundo e se volta contra o povo. Daí, a população que adora um babado, generalisa e os bandidos se aproveitam e continuam a piora do problema. Ou seja, virou uma enorme bola de neve descontrolada e ninguém sabe quem está usufruindo disso. Tem muita gente calada, por aí e muitas matérias tendenciosas... Na época das eleições, nós - o povo - seremos usado para comover a nós mesmos... Brincadeira estúpida, viu?  O comando de greve deveria buscar esses desgarrados e dar uma chamada de atenção. Se é para o bem de todos, que seja para o bem de todos. A população já paga muito caro por tanta coisa. 

A briga é com o Governo, não conosco. Isso eles deveríam ter em foco. Perturbar a população, ofender o exército isso é falta de inteligência e já entra em outro viés, que descaracteriza a greve, passa a ser vandalismo, não movimento grevista organizado. E como ficamos nós? Todos em suas casas, aprisionados pelo efeito desgastante do terror e do medo, reféns de tudo: imprensa - que divulga o que quer, sem critério de verificar a veracidade das informações; fora as tendenciosas contra o movimento, usando a imagem dos que estão aterrorizando em prol governo... -; bandidos e dos policiais que não sabem como chegar ao CAB e ficam pela cidade aprontando e comprometendo a imagem de uma corporação que já está fragilizada. Somos reféns de um governo que não está aí para a gente e quer se mostrar durão na hora errada. Esse pessoal - os policiais que eram para serem os mocinhos e estão sendo transformados em vilões, conforme a maneira como tudo está sendo divulgado... - trabalha em ambientes pesados, são pessoas como qualquer um de nós, recebem pouco, com pouco investimento do governo nas companhias... O erro todo está na falta de vontade do Governo em melhorar. Falta investimento na segurança pública, na saúde e na educação. 

Nós pagamos impostos para tudo. Não chega onde deveria. As estradas intransitáveis. Está na hora da população fazer greve, também! Ninguém sai de casa. Ninguém vota. Ninguém paga imposto. Já pensou, um movimento grevista - garantido por Lei - da população: NÃO PAGO IMPOSTO ATÉ NOS DEVOLVEREM EM FORMA DE APLICAÇÃO REAL NA SAÚDE, NA EDUCAÇÃO, NA SEGURANÇA PÚBLICA, NAS RODOVIAS, NAS RUAS... Aí, imagino eu, nenhuma categoria mais precisaria entrar em greve, porque nós teríamos nossos direitos garantidos. 

Chega de usarem o povo como bucha de canhão: a gente paga, a gente sofre e gente se lenha! E de todos os lados. Atingem a gente para chegar ao governo. Desde quando ele se preocupa com o povo? Isso deve ser revisto! Em vez de ficarmos contra o movimento - não falo dos desgarrados que estão aprontando por aí, esses merecem punição - deveríamos cobrar do Governo: onde está o dinheiro que mandamos para o nosso Estado? Hora de prestação de contas. Onde está a Bahia que cresce? Eu estou me sentindo pequeninha! Mas, as festas ainda ganham destaque internacional. Me desculpem, mas, vá a merda com as festas. É por isso que nada vai a frente, os interesses superficiais sempre acabam se sobrepondo e nada mudo, tudo continua, tudo piora!

O que é um carnaval em vista de uma solução a longo prazo? Essa falta de interesse do povo é chocante! Governo: hora de usar do bom senso, não do orgulho. Os policiais não estão exigindo nada que não seja de direito. Arruma a casa e faz a coisa certa! Foi para isso que votei em você, para ver a Bahia crescer. Onde está a Bahia agora? Na "boca de matilde". Sendo falada por aí, pelo mundo. Se isso te preocupa, veja, é a imagem do meu Estado que está sendo deturpada. E essa de que o povo esquece, eu sei, é verdade, mas, o povinho daqui, o nosso povinho. O povão do mundo, não. Vivemos num mundo de negócios. Business. E você está praticamente abrindo falência para uma terra tão rica e tão merecedora de um Governo firme - não intransigente. Precisamos de sua presença, Governador! Por favor, aja de maneira justa. Punir - como o senhor mesmo falou - os que agiram fora da Lei; mas, garantir os benefícios para uma categoria que precisa de condições melhores de vida e trabalho para garantir a segurança de toda uma população contra o crime, não contra a própria população. O Governo deveria ser o parceiro da justiça! O que está acontecendo? E cuidado, isso tudo deve estar sendo muito bem coletado e será muito bem usado - está na cara - nas próximas eleições. Não pense no hoje como se não houvesse um amanhã. Isso que faz hoje, aqui e agora, vai ser o seu amanhã. Pense nisso! Um hoje mal feito gera um amanhã mal feito. É a lei da vida e da consequência. Se almejou esse cargo, faça valer cada voto. Esqueça os interesses escusos, foque-se na população a quem se dispõs conduzir e dirigir. Um dirigente deve dirigir gente, não nos afundar!

Pat Lins.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

DISTÂNCIA SAUDÁVEL - HÁBITO SALUTAR


Cada dia que passa, mais faço uso da minha DISTÂNCIA SAUDÁVEL.

Não por fuga mas por compreensão. Compreendo que reconheço que não é fácil saber lidar com determinados tipos de pessoas, principalmente aquelas que parecem sugar nossas forças - os vampiros. Mesmo sabendo que é necessário nos empenharmos em compreender e saber lidar com as pessoas, respeitando o jeito de cada um, existem algumas pessoas que além de não respeitarem - ou, sequer conhecerem - a si mesmos, ainda invadem com tudo o espaço alheio. Essas pessoas são perigosas para elas mesmas. 

Não me culpo por ter que manter essa distância. Por mais que compreenda e tente aceitar, é difícil conviver com alguém que é, digamos... problemático ao extremo e vive num mundo próprio e de ilusão. Não apenas por dificuldade de relacionamento, são pessoas energeticamente perigosas, são sugadoras. Essas pessoas esquecem que têm o mesmo direito a felicidade que todos têm e só querem sugar a dos outros, em vez de trilharem seu caminho e conquistarem esse estado de espírito. Nada está bom. Nunca se informam. Vivem egoicamente. Acham que sabem tudo e nunca estão errados - preferindo, se for preciso, denegrir a imagem de outrem apenas para justificar suas ações... Enfim, não raciocinam. São praticamente animais selvagens. Quando se vêem diante de alguém que não lhes dá força, atacam com tudo. Se jogam no desespero de destruir, ainda que tenha que se destruir. 

Pessoas assim são densas. Loucas. Mas, quando precisam de algo que você tem, não hesitam em se aproximar e pedir - na cara dura. E assim fazem, como se nunca tivesse te atacado, machucado, etc. São pessoas que poderiam ser legais, se quisessem. Infelizmente, optam e se satisfazem com a inveja e a mania de desejar a felicidade do outro - nem que seja um palito usado...

Para mim, como essas pessoas são praticamente inatingíveis - do ponto de vista de se manter um diálogo ou conversa razoável ou um lampejo de bom senso - a DISTÂNCIA SAUDÁVEL torna-se um hábito salutar. 

É desgastante a todo instante ter que manter acesa a chama da compreensão. Preciso investir meu tempo e energia em minha mudança, em minha vida, em meus afazeres e não gastar em reserva e/ou defesa aos ataques imprevistos e imprevisíveis dessas pessoas que vivem numa dimensão de ilusão e acreditam que aquilo seja a realidade comum. É perigoso, delicado e desgastante. 

Não adianta querer comprar essa briga, essas pessoas não estão dispostas a querer mudar. Na verdade, não admitem ter ou serem problemas, então, mudar o quê? A única maneira de atingir e forçar que essas pessoas percebam que estão incomodando é falando firme - o que eles chamam de "grosseira", "falta de educação" ou "estupidez"... qualquer negativa a seus ataques são assim denominados - e seguro, negando seus ataques. Normalmente, querem algo da gente e quando escutam um NÃO sentem-se acuados, desmascarados, revelados a si sua loucura. Nesse momento, redobram o ataque e usam argumentos vazios e chantagens emocionais, tudo para intimidar. É preciso estar sempre em alerta e "plantado na base" com pessoas desse tipo. Por isso, me mantenho distante. Isso não impede os ataques, entretanto, diminuem a frequência, eles sabem onde pisar. Se fecho meu perímetro, hesitam em se aproximar. Exceto diante de uma necessidade umbilical, sendo que seus umbigos são o centro do universo. Acabam criando antipatia gratuitamente. Mas, despertam, nos menos avisados, pena o que gera culpa em quem se protege. Não entendem muito as coisas, apenas que querem porque querem aquilo - birra, coisa de criança em idade adulta. São pessoas ignorantes. Não por falta de acesso a instrução, mas, por não terem o menor interesse em entender, mesmo. Para quê? Tudo que entendem é que se quiserem algo, todo mundo tem que dar. É preciso muita firmeza de caráter e postura para negar. E muito mais ego fortalecido para não entrar no jogo - essa eu já percebi, só falto exercitar em mim.

Apesar de compreender e ver que são assim, já tentei aproximação e aconselhamento. Sobrou para mim. Caí fora. Numa dessas vezes, minha ficha caiu: tenho que ter forças para melhorar a mim; não posso ser responsável pela mudança de mais ninguém. Cadê a culpa? Se foi. Fica a pena e a raiva. A raiva, deixo ir. A pena, fica. Só que ela não é capaz de fazer nada, então, faço eu: DISTÂNCIA SAUDÁVEL. Melhor para todos os lados. Um dia, creio e desejo eu, as fichas dessas pessoas devem cair, também. Um dia... 

Não se trata de levantarmos muros, apenas definição de espaço: o meu, o seu, o nosso, o vosso, o deles. Nisso se baseia a DISTÂNCIA SAUDÁVEL, no respeito ao espaço alheio. Ninguém invadir o espaço de ninguém. Num viés extremo, se afastar de seres invasivos. Como os que vivem nesse mundo próprio de ilusão. Como eles não sabem onde fica o espaço de cada um, por não terem a capacidade de respeitarem e cuidarem do próprio, invadem o dos outros, porque o egocentrismo os diz que eles podem tudo, afinal, são o centro do mundo... ou do universo.

Para construirmos e plantarmos nossa felicidade, devemos resolver muita coisa em nós mesmos. E entender que somos humanos e limitados em nossas infinitas fraquezas pode ser um começo. Porém, entender que podemos ser melhor a cada dia e não resolver tudo de vez, mas, uma coisa de cada vez, pode ajudar na hora de refazer a base e liberar a angústia e ansiedade de querer mudar tudo já e imediatamente, adiantando o que ainda não está no tempo. Resolver tudo aqui e agora é resolver o que está no tempo de ser resolvido, sem deixar passar e acumular pendência.

Pat Lins.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

AQUI E AGORA - NOVA FASE DO BLOG

Mais um (re)começo!

Desta vez, estamos mudando de nome. Não por acaso. O “A DOR SÓ DÓI ENQUANTO ESTÁ DOENDO, DEPOIS PASSA”, passa a se chamar “AQUI E AGORA”. Por quê? Porque tudo se resolve AQUI E AGORA. Até para as dores passarem, precisamos entender, respeitar e agir no momento presente, pois, só assim, o futuro pode ser melhor. AQUI E AGORA engloba tudo o que venho aprendendo nestes últimos anos. Deixar para depois é acumular pendência. Para quem quer abrir espaço na vida para as soluções, precisamos resolver nossas pendências AQUI E AGORA.

Os textos antigos continuam. Só mudamos o nome. O conteúdo continua o mesmo: a busca, a construção do caminho para a felicidade.

Aliado ao AQUI E AGORA, começamos um novo movimento – que envolve o: “VAMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO” – chamado de “CONSTRUINDO E PLANTANDO FELICIDADE”!

O “CONSTRUINDO E PLANTANDO FELICIDADE” é um movimento em prol do momento presente. Vamos nos dar, a cada dia, um presente: a felicidade. Vamos plantar coisas boas e, consequentemente, colher coisas boas. Bom, o porquê de não ser “plantando e colhendo” é que pretendo reforçar a nossa responsabilidade de construirmos nosso futuro, no AQUI E AGORA, no hoje.

Não. Não vamos construir muros, nem levantar paredes. Vamos construir juntos, um caminho. Um caminho onde plantaremos e colheremos a cada dia e, assim, construiremos um amanhã melhor.

Para quem pensa que a construção é como a de uma obra imobiliária, melhor desfazer essa idéia. A construção nunca termina. Somos demandas intermináveis em nós mesmos. Fim? Sabe Deus, quando teremos um. O importante é o AQUI E AGORA. Independente de se há – ou não - vida após a morte, vida eterna... tudo depende de como fazemos cada hoje que vivemos. Portanto, hoje é o melhor dia para começarmos a construir e plantar a mudança.

AQUI E AGORA é o momento ideal para darmos início. Assim, dá tempo de nos tornarmos pessoas melhores. Não melhor do que o outro, melhor do que nós mesmos: o melhor que há dentro de cada um de nós.

Para fortalecer nosso movimento, nada melhor do que a ação, a prática. Afinal, se queremos mudar, precisamos AGIR. Como ação de fortalecimento de idéias, me inspirei numa amiga, Angela Márcia, que presenteou pessoas queridas com sementes de girassol, desejando que essas pessoas alcançassem a prosperidade em suas vidas. O girassol é uma flor simbólica que representa dignidade, glória e paixão, sugerindo uma altivez com alegria, respeito e integridade. Seu estilo e cor trazem vida e muita energia aos ambientes. Para alguns, o girassol significa fama, sucesso e felicidade. Daí, as sementes nos levam a necessidade de se entender que nada nasce ao acaso, é preciso plantar. Então, vamos plantar e colher a nossa própria felicidade! Caso encontre um saquinho com sementes de girassol, por aí, em qualquer lugar, receberá meus desejos mais sinceros de que você, também, entre nesse movimento e nos abramos para a felicidade como resultado de nossa colheita. Junto ao saquinho, haverá uma mensagem e o endereço aqui do blog. Em momento algum é feita apologia religiosa, política ou afim. O único objetivo é lembrar que ainda existe muita coisa boa no mundo e se não lembrarmos e fizermos o bem, todo mal triunfará.  A mensagem que segue com os saquinhos de semente de girassol é simples:


Se você encontrar um desses saquinhos - em princípio, apenas em Salvador/Ba/Brasil – peço que coloque seu comentário - em "COMENTÁRIOS", logo ao final deste texto - sobre como se sentiu ao receber esse presente simbólico.

SEMENTES DE GIRASSOL COM NOSSOS DESEJOS DE ALEGRIA E PROSPERIDADE.


Outra inspiração que tive – e que vou explicar na semana que vem – veio do blog WORD ROCKS. Que consiste em desejar coisas boas com belas palavras, em pedras. Aha! Semana que vem, as pedras preciosíssimas, da Carolina Âreas, estarão aqui, fortalecendo o movimento CONSTRUINDO E PLANTANDO. Imagine se um monte de gente decidir fazer uma coisa boa AGORA    ? E aí, podemos ou não fazer algo de bom? O bem não requer nada mirabolante, apenas atitudes simples e sinceras.

Caso não se sinta à vontade para dividir isso publicamente, pode enviar e-mail para linspat@gmail.com e/ou simplesmente, receber e doar coisas boas. É simples, basta ter como princípio que tudo na vida – só olhar a natureza – é BOM, BELO E JUSTO.

AQUI E AGORA estamos começando o AQUI E AGORA.

Pat Lins.

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