quarta-feira, 30 de junho de 2010

"O TEMPO DE ESPERA" - BLOGAGEM COLETIVA


Olha, quando vi a proposta para blogagem coletiva no  "ENQUANTO ESPERAMOS", pensei em tanta coisa que não conseguia esperar, mas, não tive como parar para escrever... Minha mente desencadeou diversos pensamentos e maneiras de pensar. Fui para vários pontos em mim, tentando definir um foco. Foi quando tive mais certeza de que não sei esperar, já esperando...

Comecei pelo "MÃES NA PRÁTICA", falando da prática de toda mãe e nossa relação com o tempo de espera constante e eterno!

Mas, aqui, onde desabafo com frequência sobre minha busca no caminho do crescimento pessoal - em todos os âmbitos - , esperar tem sido minha máxima! Desde consolo bíblico onde "há tempo para todo o propósito debaixo dos céus..." (Eclesiastes), até o fato de, durante todo processo de espera a gente ficar mais focado no tempo de espera do que na espera em si, como oportunidade para planejar, aprimorar e, em alguns casos, curtir, enquanto não chega o desfecho da situação.


Então, decidi fazer o que estou fazendo: começar, começando... Sem esperar muito, porque, tenho pouco tempo e daqui a pouco, terei que parar... a rotina e os meus afazeres não param para me acompanhar e meu "esperar" fica num latejar na mente em forma de "vai acontecer, espere e verá/verei", em algum momento terei tempo com tempo.

Minha maior dificuldade em esperar - ou, saber organizar o tempo para espera -, falando de uma maneira abrangente, é lidar com a ansiedade crônica... Êta! Aí, o tempo de espera vira uma descarga de adrenalina e, quando se aproxima o momento de "concretizar", seja lá o que for, quando o tempo de espera está próximo ao fim, estou cansada e me arrastando, o que, muitas vezes, me faz "nadar, nadar e morrer na praia"... e o tempo de espera foi em vão... Então, me questino, qual a melhor hora para agir: durante o tempo de espera ou depois do tempo de espera? E como se calcula e/ou determina esse tempo?

Sempre estamos diante de acontecimentos, desde o nascer do sol, até o nascer do sol do dia seguinte... Portanto, sempre estamos no "start" de algum tempo de espera. Na verdade, a gente já nasce esperando: esperando completar nove meses, para sairmos da barriga da mãe; esperar a adaptação aqui fora; esperar cada fase de crescimento, mudança e transformação; esperar os dentes nascerem; esperar andar com firmeza, para "termos" alguma "independência - risos; esperar crescer e ficar adulto para fazer tudo "sozinho" - como se fôssemos capazes de realizarmos tudo sozinhos... até para virmos ao mundo dependemos que alguém nos gere e nos coloque aqui fora...; esperar concluir a faculdade; esperar receber o diploma; encontrar o primeiro emprego; esperar ansiosamente, pelo primeiro salário - quando é baixo, a gente já espera o segundo, o terceiro...; esperar encontrar "um (ou O, para alguns) grande amor"; esperar pela estabilidade finaceira/material para programar uma família - nesse quesito, nem sempre usamos o tempo de espera para programar... muitas vezes, esperamos juntos, mesmo e vamos esperando o ajuste durante a fase de reajuste desajustada...; depois, esperar as condições "apropriadas" - que nem sempre seguem a ordem que desejamos - para ter filho (s)... Estamos sempre no processo de tempo de esperar algo... inclusive a morte.

Vivemos o tempo de espera para nascer e para morrer e, nesse meio tempo, que chamamos de vida, vivemos vários tempos de espera para, depois que o tempo passa, percebermos que perdemos tanto tempo com tantas bobagens...

Determinar o tempo do "tempo de espera" nem sempre é tarefa fácil ou possível. Temos mania e apego ao relógio, para contabilizarmos e avaliarmos nosso sucesso em alguma ação. Na vida nem tudo é tão exato. Na verdade, no geral, a maioria dos acontecimentos nos pegam de surpresa, o que me leva a refletir que, após tanto esperar, quando concretizamos, muitas vezes, nem nos damos conta e somos pegos de surpresa. O tempo tem esses mistérios, aí, de nos pregar peças. Ele nos deixa acreditar que o estamos domindando, quando, na verdade, ele está seguindo seu rumo.

 Bom, esse tema me deu vontade de escrever mais e mais. Vivo, atualmente, mais um tempo de espera, onde espero retomar minha vida, conseguir me encontrar e descobrir uma maneira de superar meus desafios com mais leveza... meu tempo de espera se resume em viver a cada instante na expectativa do novo instante e preparando o terreno para a plantação. Já minha ansiedade está na preocupação com a época da colheita... Vários tempos de espera simultaneamente... Fora, deixar de me culpar pelo tempo de espera que já passou e nada fiz... Temos uma vida para aprender... O máximo que puder levar comigo, levarei... Sei lá o que vai acontecer depois que o meu coração parar de pulsar - ou, minha mente parar de funcionar... às vezes o coração bate, mas, a cabeça já foi (como a morte cerebral, por exemplo). Infelizemente, não será possível fazer com que as pessoas me vejam como sou, mas, aqui vai ficar um registro de meu processo de busca, para quem acha que me conhece, me conhecer um pouco...


Meu tempo de espera é diário. Algumas coisas que espero são concretas, outras subjetivas, outras tão abstratas que nem eu dou conta..., outras fantasiosas... Meu tempo de espera passa e gravita entre a realidade real e a realidade ideal. Eu estou, na verdade, à espera da harmonia entre todos os meus EU´s. Não. À espera, apenas, não, a caminho; trilhando... então, creio que essa fase sim, seja uma fase de tempo de espera e não de pura e vaga esperança.

Enfim, a cada dia alimento meu tempo de espera de DEIXARMOS UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO! Amém! - risos.

E você, como calcula seu tempo de espera? Tem consciência de que vive, pelo menos, um a cada instante? Tempo de espera e esperança podem andar juntos? Tantas perguntas. Cada resposta pode despertar um novo tempo de espera, uma novidade a começar.

Bom, cá estou! Algumas coisas me dando conta de que já aconteceram... outras, por acontecer... outras, desejo que aconteçam... tempo e tempo para tudo... Agora, em muitos casos, só me resta esperar.

Agora, tempo de esperar a comida ficar pronta para almoçar com meu filhote! Meu tempo de espera o inclui numa realidade paralela a minha; uma vida que, por enquanto depende de mim, mas, que não é minha... ENQUANTO ESPERAMOS, vamos vivendo, refletindo, preparando e, um dia, agir!

Beijos,

Pat Lins.



2 comentários:

  1. Carol, obrigada! Na verdade, linda é a proposta do seu blog e desse tema capaz de nos tocar tão fundo.

    Beijos, Pat.

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