segunda-feira, 21 de junho de 2010

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS


Se você tema solução para os problemas de todo mundo, comece resolvendo os seus.

Já percebeu que a maioria de nós, mal conseguimos dar conta da demanda de problemas de nossas vidas e, ainda, "perdemos" tempo "dando pitaco" na vida dos outros? Quantas vezes nos pegamos sugerindo "soluções" - na verdade, a gente mais gera polêmica e reforça o problema do que elucida - para os outros e nos descabelamos por não conseguir focar nos nossos? Pior, quantas vezes nem percebemos que temos um problema? Fora os que têm e deixam, alegando que "as coisas se resolvem" ou "tudo tem solução", nem que seja alguém resolver por você.

Por que a gente cria tantos problemas? Parece que isso nos alimenta. Parece que dá "status" estar cheio de problemas e estressado... Por que é tão complexo desejarmos, de fato, e nos empenharmos em SOLUÇÃO? Repetir o problema milhões de vezes não traz solução, só aumenta e vira uma bola de neve... sai debaixo!

O que é "normal", "certo", "errado", "culpado", "vítma", "algoz"...? Cada um de nós é tudo isso o tempo todo. Somos dualidades, contraditórios, inexatos... A ciência responde muito, mas, segue uma escala, um formato, um rigor... A abstração libera demais... O que vem a ser o meio termo, o ponto de equilíbrio, a serenidade? Quanto mais aceitarmos e assumirmos que não temos resposta para tudo, nem solução "certa" para todos os problemas, talvez, quem sabe, a gente se aproxime mais da gente mesmo e a humildade - a de verdade, não essa de fachada que a gente se acostumou a "conceituar" como humildade... - seja a solução para tudo. Sabe, tipo uma chave-mestra?! Pois é, quanto menos permitirmos que orgulho, estresse, vaidade, "desejos" - aquilo que a gente quer, porque quer, que aconteça/seja, forçando a barra, só para satisfazer um capricho... -, ambição, arrogância, cretinice, idiotisse, "cabeça-durisse" dominem nossas escolhas, mais propensos a solução acertada estaremos.
  
Muitas vezes, a gente é tão cruel, que permite que nossas mazelas e auto-desconhecimento beirem a inconveniência e a gente acaba, em vez de ajudar o outro, acabamos aumentando o problema e, muitas vezes, criando um que nem existia... Me recordo quando estava grávida e, durante a escovação dos meus "cabelitchos" - risos - o cabeleireiro - uma criatura de outro mundo, viu?! Uma figuraça! - me perguntou: "você só vai ter esse?" Eu respondi que até ali, sim... que já imaginava a dificuldade de dar uma boa estrutura material para um, imagine para dois - é importante definirmos nossos pensamentos... a gente tem mania de falar: "dar uma qualidade de vida boa para meu filho" sem saber o que isso quer dizer... - e ele me saiu com um conselho "brilhante" - risos: "ah, um filho só?!" Eu pensei que ele ia dar aquele conselho chavão que a maioria das pessoas a-do-ram dar - inclusive eu... risos - de que precisa de um irmão e etc, quando ele continuou - kkkkkk, eu não aguento sequer lembrar, porque foi cômico de tão inusitado e, creio eu, impensado - risos: "minha filha, e se seu filho morrer? Você só vai ter um. Com fulana (falou o nome de uma mulher e não me recordo...risos) foi assim, o filho dela morreu de uma hora para outra e ela ficou sem nenhum. Já não tinha idade para ter mais... taí..." Gente, isso é real? É! Nesse caso deu para dar risada. Mas, em muitos outros, o que seria cômico, pode ser trágico. A gente precisa se policiar na hora de "porpor" soluções e saber se estamos na linha limítrofe entre um bom conselho, uma idéia pensada e refletida considerando a realidade da pessoa e uma catástrofe.

Fora as "soluções" que não passam de crítica dos "cheios de razão": "ah, você deveria ter feito..."; "eu mesma(o)... humpf! Comigo eu queria ver se seria assim..."; "você é muito besta... deveria ter..."; entre outros tantos clichês que amamos propagar. E piora quando a gente sabe que a pessoa vive o contrário do que propõe... na verdade, fica patético. Quantas vezes somos OS patéticos, sem saber e nos achamos os "bam-bam-bans"?! Olha, quantas vezes a gente arrota saber de tudo, dar solução para tudo, critica a tudo e a todos... e tudo que falamos volta contra cada palavra dita?! Outro exemplo bem prático é quando nos deparamos com uma criança - até adulto, mesmo - doente... "baixa" o médico experiente na gente e todos os aparelhos de raio X, ressonância... estão em nossos olhos, em nosso tato, já reparou? Ou, pajé, curandeiro... Sempre sabemos de um caso - falo isso me incluindo em cada situação... eu também hajo assim... - de alguém que passou por algo parecido e "curou" tomando... Receitamos remédios, chás, misturas... Um creme para hemorróida cura até queda de cabelo... Fora que se você vai - ou leva - a determinado médico/especialista, você sempre leva no lugar errado, porque a pessoa conhece um que é muito melhor, que é mais capacitado... A gente já gosta de se sentir o máximo, já percebeu?! Amamos menosprezar o outro. Tripudiar em cima da dor alheia... Depois, nos achamos "superiores" ou perfeitos e que terapia é só para dondoca ou doente mental, afinal, "não temos problemas"...

Por que agimos como "sabe tudo" o tempo todo? Acho que nossa carência em ter resposta e solução para tudo é tão grande, que nos acomodamos a água até os tornozelos, em vez de mergulharmos fundo... é menos perigoso. Por que somos tão radicais para resolver um problema imediato, propondo soluções que não passamo de um problema maior? Por que é tão difícil sermos solidários, em vez de cheios de razão? Por que, para dar um conselho, nos colocamos como "mestres" e não como parceiros, amigos...? O fato de alguém próximo nos pedir um conselho, uma opinião - e vice-versa - não nos dá o direito de exercermos a crueldade intrínseca de "se achar o rei da cocada preta". É apenas o fato de, às vezes, a pessoa - ou a gente - se perder em meio ao turbilhão de tanta coisa para resolver, que precisa dividir com alguém... alguém como ele(a) que também é limitado, tem seus problemas... mas, que, como cada cabeça é um mundo e cada um de nós tem sua história, seu caminho e, consequentemente, experiência em alguma coisa - nem que seja "coçar o saco" - quem sabe, consegue ajudar a pensar. Por que é tão dicíli a gente seguir essa linha de raciocínio?


A verdadeira solução de probemas é aquela que não causa dor - dor mesmo... aquela que poderia ser evitada e não foi... entretanto, existem algumas dores que são consequência de ingerência da própria vida e nossas escolhas e romper com suas sequelas para curar vai, inevitavelmente, causar dor... mas, a dor para curar uma ferida JÁ  aberta... Não adianta forçar uma solução que não é viável... não é solução, é vácuo! Afinal, não existe um único caminho certo... E NINGUÉM é detentor DA verdade ÚNICA e UNIVERSAL! Portanto, saiba que VOCÊ É HUMANO! Ah, outra coisa interessante: ARMENGUE NÃO É SOLUÇÃO.

COMPREENSÃO, RESPEITO, SOLIDARIEDADE, HUMILDADE, CORAÇÃO ABERTO... isso sim é caminho para a solução ou para ajudarmos a alguém na busca por uma. O que para a gente parece tão óbvio, tão simples - "Isso lá é problema? Problema tenho eu..." -, exagero - que seja - ... pode ser um grande entrave para alguém ou, para aquela pessoa. Ninguém tem a obrigação de escutar os problemas dos outros - principalmente, se está tão atolado com os próprios - e, nessas horas, dizer "não" é dizer "sim" - "sim" para o bom senso e para a sinceridade onde: "Olha, eu não estou a melhor das pessoas para te ajudar..." e, a pessoa, também, não tem o direito de ficar aborrecido (a). Às vezes é assim mesmo, a gente se nega a "abrir o jogo" e acaba criando uma situação naufrágio duplo... Nosso problemas não podem, nem devem, ser maiores do que o RESPEITO a si e ao outro. A verdade não é para magoar, nem para diminuir ninguém, é para explicar que nós, também, somos humanos e temos nossos limites. Isso eu digo por experiência. Daí, preciso voltar à época das crises da DPP, onde algumas pessoas queriam ser "solidárias", sem estar, propriamente ditas, "solidárias", por conta de seus próprios cansaços e problemas, mas, o medo de parecer "não ser solidária (o)" - até acredito que com sincera vontade de ajudar - acaba atrapalhando. Por isso que a frase/lema "MUITO AJUDA QUEM NÃO ATRAPALHA" deveria ser um grito de guerra a todo instante, antes de nos lançarmos ao papel de bravo guerreiro... Dar apoio não tem nada a ver com coragem para guerra... só se for em meio a uma... Dar apoio é estar, no mínimo, com o emocional em ordem ou consciente da desordem... Nunca seremos 100% equilibrados emocionalmente... quem alegar que é já demonstra desequilíbrio: cegueira. Mas, quando estamos com o emocional claramente abalado, cansados com seja lá o que for..., significa que não estamos preparados para apoiar e sim, precisando de apoio e se fazer valer da honestidade é capaz de evitar o afundamento coletivo. Mas, sim, durante as crises, algumas pessoas se "achavam" capazes de me ajudar, mesmo diante de meu argumento que não dava certo e estava me machucando mais... Por que temos essa necessidade de "não darmos o braço a torcer" e admitirmos, para nós mesmos, que é verdade, nem sempre podemos ser o ombro amigo, porque, também estamos passando por uma fase difícil e precisamos de um... Não, não é comparando "meu problema é maior e pior do que o seu", trata-se, apenas, de assumir que TAMBÉM tem problemas e que eles explodiram e não estamos sabendo como lidar... Para isso, precisamos ser justos e honestos conosco, antes de tudo. Ignorar ou não admitir que é como é ou está como está além de não ajudar, atrapalha... Não é fácil lidarmos conosco, imagina com o outro? Mas, dar um abraço amigo, mesmo que não possa fazer mais do que isso, já é de grande apoio e de uma força magnífica. A gente só pode se doar até onde e como pode. Ninguém, nem nós mesmos, podemos exigir de nós mesmo ou do outro, mais do que pode ser dado. Nenhum de nós está na cabeça do outro para saber o grau de seu sofrimento. Isso é individual. Para mim pode se tatar de uma bobagem o seu problema, porque já passei por coisas piores... mas, essas coisas piores podem ser bobagem para você. Não existe só um lado. Nem só o meu. Nem só o seu.



Não podemos negar que JUNTOS, PODEMOS MAIS! Mas, JUNTOS = entregues e guiados pela abertura, pelo senso de companheirismo, pela verdade que elucida e explica, pela sinceridade - a de fato, oposta ao sincericídio -, pela honestidade nas ações e pensamentos, pela compreensão, pela solidariedade, pelo RESPEITO e pelo AMOR - não, não apenas o amor romântico, o amor como sentimento pleno e que justifica a essência da bondade e seus bons frutos. Um apoiando o outro, igual a dois bêbados que vi há alguns anos - apoiados, ombro a ombro, um mais bêbado que o outro, mas, se escoravam neles mesmo e ali, se equilibravam no diálogo repetitivo de: "Eu te levo para casa" e o outro "não, eu que te levo"... e, lá eles iam, pela rua, dobraram a esquina, abraçados, amigos, SOLIDÁRIOS e, mesmo dentro da falta de "lucidez" e total embriaguez, UNIDOS e SINCEROS, entregues ao objetivo de chegarem em casa - risos. Foi uma cena "podre", mas, de uma lição incrível! Eles não caíram, porque se amparavam e se equilibravam em seus desequilíbrios...

Se a gente aprender a se conhecer mais, mais aceitamos e aprendemos o que quer dizer: "ama ao próximo como a ti mesmo" e, com certeza, muitos problemas encontrarão a solução certa! Falta muito da gente em nós mesmos, já percebeu?!

E, assim, quem sabe, a gente se entregue ao propósito de DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO!!!

Pat Lins.



4 comentários:

  1. Encontrei seu site naquela procura , que muitas vezes procuro fazer pela net.Eu gostei muito pois suas postangens é muito importante é tudo que mais adimiro em um blog é o conteudo dele .Entrei seguindo vc e espero sua visita e que me siga também .Um lindo Domingo para vc e familia,beijos,,Evanir.
    www.fonte-amor.zip.net

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  2. Evanir, obrigada pelo comentário.

    Já estou indo lá em seu blog.

    Beijos, Pat.

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  3. Patrícia: Gostei do que você escreveu lá nos meus comentários! Desculpa, mas até mais do que o post do teu blog. Risos. Gosto de ver o que está por trás, por dentro, preenchendo e vazando de cada pessoa. Tento me mostrar um pouco assim também. O meu blog sou eu, resumido em palavras. Ao menos tento. Adorei as fotos! Abraço, Will.

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  4. Oi, Will! Obrigada, vc, pela sinceridade! Mas, ainda não escrevi o post que o seu me inspirou... como me tocou muito, me vi ali, em parte, e me despertou o desejo de escrever... mas, quando coloquei o comentário lá, deixei a emoção fluir e na "hora", volto lá para pescar a partir do que registrei no comentário - rsrsrs. Este post não tem a ver... Ah, as imagnes são escolhidas com carinho. Procuro aquela que dizem o que quero dizer... elas me ajudam a dar o tom do que escrevo... para mim, cada uma é simbólica... Talvez, quem lê não perceba, porque é algo muito subjetivo, mas, me agrada ver o encontro do que expresso em palavras aliada ao que expresso em imagens... duas linguagens se completanto, coexistindo e com características únicas. Eu me encontro me expressando assim... risos.

    Muito obrigada, pela visita! É sempre muito especial recebê-lo aqui e ler seus comentários.

    Beijosss, Pat.

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