quarta-feira, 3 de junho de 2009

VOCÊ JÁ VIU O AMOR?



Não, o amor não se aprende em livros! Mas, pode-se sentir o amor de alguém quando escreve com verdade e entrega e até aprender a desamarrar os nós e tomar uma decisão: vou me libertar e viver o amor! Tudo é possível, basta haver verdade e vontade, o resto, o amor guia!!!

Sim, o amor precisa ser vivido, sem amarras, sem peso e sem tanto pudor! Olha, fico chocada com o peso de "pecado" que dão a um sentimento tão sincero e nobre. Tanta gente carrega uma Bíblia debaixo do braço, prega um amor que eles nem sentem (alguns)... apenas repetem aquelas palavras e, por isso, saem tão sem verdade! O amor é entrega em paz; é dedicação sem peso; prazer sem carne; é crer... é sentir! Vem do coração. Você sabe que ele existe porque ele insiste em pulsar. A gente até resiste, mas, acaba cedendo, cedo ou tarde. A escolha é de cada um.

Tanta gente busca apenas a razão, como solução para tudo. Nem se dá o mínimo trabalho de nem ter trabalho apenas: ame! Com amor tudo fica mais vibrante. Não falo apenas do amor carnal, esta é uma das maneiras de se amar. Falo de amar a vida! Tem gente que teme falar, pior, viver, o amor. Fora os que dão ao amor o mesmo peso da morte...

Esse post não tem muito sentido, não. Sei lá, porque escrevi isso aqui! Meu coração que mandou. Sei lá, deve ser porque amo amar. Amo a possibilidade de, em meio a tanta dificuldade e limitações, saber que uma força maior me move e me motiva. Uma força que não vejo, mas, que, quando estou caindo, ela me segura e, com toda força e muita convicção me diz: "vai passar! tudo passa!". Uma voz mansa e suave, em contraste com minhas cobranças e exigências. Essa voz veio me amparar esses dias. Desde domingo estou com os olhos inchados, resultado de uma reação alérgica, e meu filho com uma virose, e está com diarréia e, diante de tudo isso, apesar de toda angústia e preocupação com Peu, uma calma (não convencional...) impera em minha pessoa. E, mesmo em meio a essa mesma angústia (ver um filho doentinho é triste, mesmo que a paz impere, uma tristeza também ronda) me deparei com uma cena que me tocou. Parecia cena de filme. Senti até os efeitos visuais, ouvi a trilha sonora e tudo e tudo veio em slow motion : Peu descansava um pouco e acordou, em meio a uma agitação, choramingando, e chamando "mamãe". Ao me aproximar, ele estava sonhando e segurei sua mão, acariciando seus cabelos, com todo amor que meu coração traz, e ele, sem abrir os olhos, apenas segurou um dedo meu e sorriu. Foi o sorriso mais lindo que vi. Ai, quando me vi ultra-mega-hiper emocionada com uma cena tão simples e singela, meu coração disparou e associei a voz mansa, que escuto, me acalmando, àquela sensação de prazer e conforto: AMOR! Meu amor por ele e o dele por mim, numa situação de desgaste e cansaço, se encontraram e devem ter dado um abraço beeeeemmmm apertado, porque só faltou uma luz nos envolver e senti a presença de Deus ali. Tanta gente busca Deus em tanto lugar, que nem se dá o prazer de vê-lo todos os dias e em todos os instantes, em cada situação e demonstração de amor e entrega, sem medo, sem preocupações, sem traumas, sem frustrações, apenas a magia do momento, da verdade, da ausência de máscara, ou de necessidade de sentido e direção. Entrega ao momento!

Leonardo Boff, cita uma conversa com sua mãe, onde ela, uma senhora sem "instrução", não sabe ler, nem escrever. Para ela, ver todos os filhos, não só "formados", como com bastante título acadêmico, bem posicionados financeiramente e "encaminhados" na vida, era mais importante do que saber ler e escrever. E ela pergunta a ele se ele já havia visto Deus. Ele responde, com todo "conhecimento" acadêmico que "Deus não se vê, Ele é um espírito" e ela, com a inocência dos simples e puros, afirma que vê Deus todos os dias: em cada nascer e pôr-do-sol, e ainda vê o falecido marido atrás dos raios, sorrindo para ela... Boff então, diante da sabedoria e real conhecimento de vida daquela mulher conclui que "essas pessoas não crêem em Deus. Elas sabem de Deus porque O viram, porque O experimentaram". Vou postar esse texto dele, em outro post, vai se chamar: "Espiritualidade - por Leonardo Boff".

E, o que eu vivi hoje, foi mais um momento com Deus. Parei e vi que esses momentos de amor são diários e constantes e que é um amor tão grande, que não deixa de existir diante de minha resistência e dos meus "afazeres" diários. AMOR! Não julga ou desiste de alguém que se ama, mesmo estando esse alguém ocupado com o que "acha" ser tão mais importante!

Lembrei-me de um livro que ganhei, quando tinha uns 15 anos (emprestei, não me recordo a quem, mas, não o tenho mais. Se algum amigo, lendo este post souber, me fale - risos), "Utopia e Paixão, a política do cotidiano" e tem um trecho que gosto, também, abordando o tema amor, por outro viés: "Quem não ama fica rico - a maior dificuldade a vencer na vivência de relações amorosas é distinguir o ciúme como sentimento autoritário de propriedade das pessoas, do que parece fazer parte do próprio amor e de nossa natureza biológica, fruto do sentimento de totalidade, profundidade e integralidade. Amor e liberdade são duas necessidades semelhantes e paralelas. Temos duas alternativas para manter a exclusividade da conquista: a violência (saída autoritária) e a sedução (saída amorosa). A sinceridade e a lealdade são duas éticas indispensáveis para que não haja mentiras, simulação, hipocrisia e traição. O natural são as coisas, as pessoas e as relações entre elas terem um começo, um meio e um fim imprevisíveis, incontroláveis e de acordo com as necessidades e possibilidades. Toda perda amorosa, todo fim de relação é coisa extremamente dolorosa. Deveríamos estar sempre preparados para enfrentar a dor. A dor e o prazer no amor são uma só coisa, alternando-se a indicar as vitórias e os fracassos da sedução e da paixão. Segundo Henry Miller, 'para o rebelde é necessário conhecer o amor e dá-lo mais que recebê-lo e, ainda mais do que dar, ser o amor'." (Trecho de Utopia e Paixão - a política do cotidiano de Fausto Brito e Roberto Freire).

Pois é! A gente precisa dar mais amor, para sentir mais e arrancar esse "pudor" em amar! Precisamos aprender o que é amor, desaprendendo tudo que "aprendemos" e nos permitindo seguir mais o sentimento. No amor, o plano é: respeito, liberdade e verdade! Eis a fórmula. Deixe-se "incendiar" pelo fogo do amor! Guie-se pela luz irradiante do amor. Nem tem como falar "verdadeiro amor", é redundante. O amor, é verdadeiro, nossa maneira de demonstrar é que permeia "regras", conveniências, "prudências"... o amor é livre de tudo isso. A gente é que complica ou romanceia demais.

E você, já viu Deus?

E você, já viu o amor?

Pat Lins.

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