terça-feira, 19 de maio de 2009

INTUIÇÃO x EMOÇÃO X INSTINTO X CRIAÇÃO X EDUCAÇÃO... CONDICIONAMENTO


Nós mulheres vivemos falando em intuição feminina, mas, o que vem a ser essa tal intuição e como saber se é a intuição mesmo?


Nós mulheres também somos emoção pura. Também, com tantos hormônios dentro de nós... aff!


Eis a minha dúvida: INTUIÇÃO, INSTINTO, EMOÇÃO, EDUCAÇÃO, AMBIENTE, CONDICIONAMENTO...?


Sabemos que dentro de nós, tudo é possível (e fora também). Quantas vezes nos deparamos com uma realidade, "sabemos" o que "devemos" fazer e preferimos seguir a tal "intuição"? E com relação aos nossos filhos, êta, que aí, essa terminologia deita e rola... (risos).


Mesmo quando deixamos a emoção dominar e a chamamos de intuição, temos a boa intenção de acertar, dando nosso carinho e proteção, creio que daí, a emoção que nos moveu, acaba sendo protegida por Deus e Ele deixa... Estava assistindo a "Era do Gelo 2" (pela milionésima vez e, o filme fala de muita coisa: medo e coragem; maneira como as atitudes são vistas; dificuldades; recomeço; sobrevivência; amor; decobertas... os monstros congelados que nos remete a um passado ainda vivo, porém, uma aparente destruição - um risco...) e cada vez que assisto, vejo que não é só um filme infantil... existem algumas lições ali e descrição de características nossas. A mamute fora criada como um gambá e acredita, piamente ser um deles, sem nem se dar conta de que É diferente... prova de que, mesmo vendo as evidências, podemos ser o que quisermos, desde que saibamos quem somos de fato. Enfim, Manny é um mamute e, como os de sua espécie, tem um instinto aguçado (instinto e intuição são a mesma coisa?...Bom, mas, foram extintos do mesmo jeito... ou, o instinto de sobrevivência os fez evoluir e hoje são elefantes?...). Bom, ele, sendo o que é, manteve seus instintos, será coisa de "homem", ou será coisa "primitiva"? Porque Ellie, a mamute que acredita ser "gambá", não tem instinto...? Ela não sente o que está acontecendo ao seu redor... Foi quando parei, em minha "síndrome de L.A.I". (Livre Associação de Idéias, como diz meu amigo Marquinhos, uma figura!) e, para variar um pouquinho, me peguei analisando e trazendo para a realidade.


Será que Ellie não "escutava" a voz do "instinto", porque "mulher" é um ser evoluído e tem "intuição"? Será que é porque ela não admitia ser quem era, e, com isso, os processos mentais ficam condicionados e limitados? E intuição, é ilimitada? Mas,se passa pelo nosso crivo, tudo o que sai de nós, então, não há pureza, e, então, a intuição é guiada pelos nossos valores, emoções e crença e, quando processamos, ou reagimos, já não é mais intuição, mas, o que "queremos que seja, como queremos que seja". Então essa é a questão: como ela foge de ser quem é, ou, de fato acredita ser quem não é, sua intuição fora abafada, por conta de suas emoções terem sido alteradas pelo fator: o que posso sentir, como sentir, da espécie que se "transformou". Ou seja, ela sente e vive aquilo que os "gambás" sentem e vivem. Trazendo para nossa fantástica realidade, são as limitações ou permissões culturais, sociais, o meio onde somos "criados" e "como somos criados" que nos molda? Isso vem nos fazer ver que o ambiente, realmente, nos influencia. Ora, seguindo essa linha, se nos influencia, influencia em nossas tomadas de decisões, consequentemente, em nossas emoções e em nossa intuição. Mas, se nossa essência um dia fala mais alto, podemos escutar uma voz lá dentro a nos guiar.


Mas, porque confundir tanto, né?! A gente já vive assim, entre EMOÇÃO, RAZÃO, FÉ; INSTINTO, INTUIÇÃO, REALIDADE, EMOÇÃO; somos, na maior parte do tempo, condicionados, educados... como saber quem somos de fato? Volto a "Enseada do Segredo" (esse livro aborda essas e outras questões de maneira leve e sutil) onde Fred sempre sentiu que algo estava fora do lugar... fora criado em uma realidade, que era a sua realidade, mas, preso a algo que ele nem sabia existir, mas, sentia... intuição, crença, esperança, consciência? Ao descobrir o que sentia, melhor, ao descobrir que havia uma outra realidade..., percebeu que sua vida não era de verdade. Será?! Será que quando vivemos num determinado ambiente, de acordo com a realidade local (seja família, círculo de amizades, escola...) somos um alguém e, ao vivermos em outro, somos outro alguém? Nossa intuição vai falar mais alto ou mais baixo? Nossos instintos estarão em alerta, ou inexistentes? Nossas emoções eu sei que estarão afloradas e não estaremos tão à vontade, ainda que se viva anos... isso me faz ver que nosso passado nos condiciona a um futuro de "volta", de voltar para sua origem. Ninguém foge de quem foi desde o início. O que está fora de lugar segue uma lei de progresso que faz com que o regresso te diga e te lembre quem é. Nós somos o que fomos educados, ou que almejamos ser? Temos a capacidade de romper e seguir, ou rompemos para seguir e nos encontrar conosco mesmo e voltarmos para o ponto de partida? Vixe, deu nó! "Pera, pera, pera"! Preciso respirar! Oxigenar o cérebro para continuar... ufa!


Bom, o que penso é que não podemos confiar apenas em nossos instintos e intuições. Precisamos respirar sempre e escutar a harmonia entre eles. Existe um fator que foge a tudo isso, mas, que também faz parte: fator externo ou realidade. Somos indivíduos, mas, somos sociais e mantemos relações sociais, afetivas, profissionais... tudo nos condiciona e nos liberta. Não somos escravos do alheio, somos parte do alheio. Quando paramos para ver que fazemos parte e que precisamos, antes de tudo, respeitar as diferenças, nos abrimos para algo sincero e honesto. A partir daí, somos pessoas sem amarras. Não vamos impor, porque respeitamos a realidade do outro e, devemos pensar: "se fizessem isso comigo eu não gostaria". Se escutarmos e respeitarmos a condição do outro, o tempo do outro... respeitamos o espaço do outro. Se quer ser um gambá, um mamute, um tigre... seja, e nós, precisamos respeitar (ainda que não aceitemos) e, quem quer ser o que quer, precisa respeitar quem quer ser o que é, também. Os "normais" precisam respeitar os "alternativos" e vice-versa. Creio que é isso que falta em nossa realidade: RESPEITO! Aceitar sem concordar, mas, ser sincero no ACEITAR. Julgamos o tempo todo e isso cria uma "intuição autoritária", que vem a ser o papel de muitas mães e mulheres, e dos homens também, que se valem da "intuição" (que eu acredito existir, sim, mas, que em meio a tantos ruídos internos e externos, vivendo em ambientes diferentes... sofrem influência e perdem a pureza e o sentido real. Para mim, a intuição só é real se estiver em harmonia com o instinto,a emoção, o meio... se há paz, há verdade) para comandar os filhos e/ou os outros, sem perceber, esquecendo que do lado de fora, nós somos os outros... "Achamos" (achar é sempre um grave problema, porque sempre achamos, mas, nada encontramos...) que sabemos o que é "melhor" para eles e JULGAMOS estar intuindo. CUIDADO! Pode ser o COMANDO em vez de intuição. Se não estiver em seu ambiente, se ficar uma pulguinha atrás da orelha, é EMOÇÃO e COMANDO, não intuição. Mas, pode salvar vidas do mesmo jeito, já que a emoção de uma mãe tem uma proteção especial, vinda dos céus, vinda de Deus e, ainda que seja na intenção de controlar o filho, ela acha que é o melhor que faz por ele. Por sua vez, o filho, diante de si, pode romper com essa realidade e aí, nós vemos que estávamos seguindo outro "instinto" que não a intuição. Intuímos que algo deve ser feito, mas, o como deve ser feito, cabe a uma análise rápida e coerente. Podemos pensar dez milhões de coisas em uma fração de segundos. Manter a coerência dá sentido. Só assim, em perfeita harmonia e coerência com nós mesmos é que podemos escutar a verdadeira voz da intuição: sabendo quem somos (ainda que sendo que queiramos ser), respeitando o outro, sinceros, honestos e em paz.


Como sempre escrevo para me lembrar: NÓS SOMOS A SOMA DE UM CONJUNTO DE FATORES, A COERÊNCIA E HARMONIA ENTRE ELES É QUE NOS ACALMA DE FATO E A PAZ É A MELHOR INTUIÇÃO. Quando estamos em paz, sem aquele aperto no peito, e sem peso na consciência, podemos intuir que o melhor mesmo é RESPEITAR e aceitar, estando sempre perto para ajudar. Por que precisamos sempre ter razão e estarmos certos o tempo todo? Quem é o dono da verdade? E quem é o dono da mentira?


Noemia disse uma coisa interessante a Catia e esta me disse e eu, gostei (risos): "dentro de nós há uma anjo e um demônio. O anjo sempre nos escreve uma cartinha com um caminho perfeito a seguir, mas, o danado do demônio intercepta, risca toda (sem tirar o que há. ele deixa, apenas risca para dificultar) e nos entrega, para confundir". Já percebeu que nós, muitas vezes, só lemos e vemos os rabiscos, nem nos damos o PRAZER de ler o que há por baixo? Encaramos como trabalho e lemos tudo riscado mesmo, o que dificulta nossas tomadas de decisões e mudanças. Nós mesmos nos embarreramos. Siga sua intuição de que fomos criados para o bem e para a felicidade. As tristezas são os rabiscos que nos levam a: ficar ou sair; julgar ou respeitar; culpar ou perdoar. Mas, a resposta está lá, ou , melhor, aqui, dentro de cada um de nós!


VAMOS NOS CONDICIONAR A ABERTURA! VAMOS MANTER OS INSTINTOS PARA O BEM FORTES! VAMOS NOS LIVRAR DOS PESOS E AMARRAS DA AMBIÇÃO, DA LOUCURA DO JULGAMENTO! VAMOS LEMBRAR QUE TUDO QUE SEMPRE TEREMOS É O QUE CULTIVAMOS!!! OU VIVEREMOS COMO O "ESQUILO", SEMPRE EM BUSCA DA NOZ, E ELA SEMPRE AO SEU ALCANCE... E, SEM ALCANÇAR!


Sejamos como o tigre valente, que tinha medo de água, mas, soube enfrentar quando precisou. Sejamos como uma equipe perfeita: sempre em harmonia! Juntos! Mesmo com o "mundo" desabando, há uma solução. Nem que seja uma arca de Noé, para recomeçar!!!


Beijos no coração!


...e, Vina, leia de novo BELEZA DA RECONSTITUIÇÃO que vai ver que não fugi do tema... o tema é que não era um só! (risos). Eu sei que você captou o que eu quis dizer, até quando pareço dar "asas a imaginação", estava dentro dos limites... (risos), mas, o zero em redação tá valendo! (kakakaakakaka) Viva quem tem amigos! (risosssss)


Pat Lins!

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