quinta-feira, 7 de maio de 2009

BELEZA DA RECONSTITUIÇÃO

Creio que muita gente viu a entrevista da norte-americana, Connie Culp, de 46 anos, que, em 2004, levou um tiro, do próprio marido, na face. Antes e depois! Ela fez um transplante facial, onde reconstruiu 80% do seu rosto, incluindo ossos e nervos. Mas, o que mais me chamou a atenção, foi a sua frase:

"Quando vir alguém com o rosto desfigurado, não julgue esta pessoa, porque você não sabe o que aconteceu com ela”.

Isso nos serve como verdadeira lição! Essa mulher levou 5 anos sem comer, beber, cheirar, respirar, falar... sua vida fora limitada a auxílio de máquinas para se manter viva! Isso é SUPERAÇÃO. Eu me pergunto, por que tanta violência? Sua vida fora destruída e reconstruída. Destruída por um tiro na face, dado pelo próprio marido. Gente, olha os valores que vivemos: stress, cansaço, aceleração... violência... quanta tragédia! Mas, em meio a situações "ruins" também tem o lado positivo: ela continuou "viva". Coração e mente estavam funcionando. Olha o valor de um ser humano! Olha nosso valor aí: coração e mente!

A reconstrução da face e sua frase, nos levam a outro ápice: como julgamos! Julgamos a aparência das pessoas a todo instante: "que feia"; "fulana engordou muito"; "como é gorda!"; "olha as banhas caindo ali pelo lado..."; "quanta celulite!"; "vai dar uma escova nesse cabelo"... tanta "beleza" de fachada. Engraçado, fazendo um paralelo comigo, dessa situação de ouvir comentários esdrúxulos, foi que uma pessoa muito querida estava tão preocupada com minha forma física (após Peu nascer... engordei 23kg, e com os remédio antidepressivos... vixe, virei um bolinha. risos) que não adiantava eu dizer que precisava colocar outras prioridades em ordem em minha vida, que emagrecer era prioridade, mas, havia uma escala e ela não era a primeira... fora que eu perdia meu tempo e minha saliva dizendo: "se é minha saúde que preocupa, tranquilize-se, está tudo OK! Pressão normal, nada no coração, colesterol, triglicérides... 'saúde de menina', como o médico falou. Só estou numa fase difícil, mas, é tudo no âmbito das emoções..." Mas, nada era "argumento". Ela queria me ver magra... mais engraçado foi que ela mesma queria passar a imagem de saudável... pressão alta, problema cardíaco e açúcar alto eram só alguns de seus problemas... como nós vivemos de máscaras, tão aceitas, que a aparência conta mais! Lógico que estar acima do peso não é bom para ninguém, nem esteticamente, nem por questão de saúde mesmo. Eu sentia dores nas pernas por conta do excesso de peso... a gente acaba limitado, mesmo, mas, a minha prioridade, naquele momento, era recuperar algo muito mais valioso: EU!

Connie deve sentir bilhões de vezes mais isso na pele, porque o que ela perdeu não foi só o rosto. Essa mulher viveu instantes de desespero inimagináveis. Qual deve ter sido a prioridade para ela?

a) Lamentar
b) O marido (raiva, ódio, justiça...)
c) SALVAR A PRÓPRIA VIDA

Bom, creio que ela deve ter vivido o turbilhão de todas essas emoções, mas, creio que salvar a própria vida era a "prioridade principal". Esta é a lição que devemos ter em mente: APESAR DAS CALAMIDADES, SALVAR VIDAS É PRIORIDADE,SEJA QUAL FOR A CIRCUNSTÂNCIA!!!

Sempre temos pessoas a nosso lado que tentam nos "destruir"... imagino que nem consigam compreender o que os motiva, talvez, tentem "destruir" a si próprios... Mas, podem existir tantos querendo nos "destruir", quanto os que estão ao nosso lado para "construir". Conheci uma família que o pai havia feito um grande estrago. Eles tinham um poder aquisitivo muito bom, e, de repente, isso virou... o pai "largou" a mãe e disse só poder ficar com dois dos filhos... deixando o restante com a mãe e a própria sorte. Um deles me disse, que vitamina de banana era dia de refeição... a mãe ralou muito, mas, bancou o estudo de todos (que depois, todos ficaram juntos de novo,exceto o pai, que foi constituir outra família...) e eles agarraram cada oportunidade e superaram. Mas, todos carregavam um certo ranso... o que imperava era olhar para frente. Apenas esse membro da família insistia em manter sua raiva a flor da pele e parecia querer se vingar do mundo... trabalhava muito, dava um apoio a mãe... todos eram devotos da mãe e ela, com certeza, é digna de toda essa devoção. Enfim, ele se apegava sempre ao lado ruim de tudo. É incapaz de amar e receber amor... é grosso e "insensível". Consequência da sua história, justo. Mas, e a virada, não conta? Será que viver preso ao que passou é mais importante do que o que está e do que pode vir? Ele se prendeu à revolta, à amargura. Vence a cada dia pelo prazer de se "vingar" pelas "injustiças" da vida. Vamos julgar o pai, que abandonou a família? Claro que não! Ele também é um infeliz, uma "vítima" de alguém e de si próprio. Por que é tão difícil rompermos com as dores? Para enfrentarmos a vida, sempre dizem que deve ser de cabeça erguida, mas, precisa de um "rosto" para isso. Como você quer aparecer? Quem é você de fato? Quem sou eu? Como sou vista? Como quero que me vejam?... Com Connie Culpe isso foi em dose cavalar!

Vencer o "mundo" é vencer a nós mesmos, ou, vencer "nosso mundo interno"!

Quando "perdemos" algo de verdadeiro valor, passamos a nos voltar para valorizar o que há de mais simples e, muitas vezes, não dávamos valor, por fazerem parte de reações automáticas. Cheirar, falar, comer... tudo isso é tão.. tão... natural e espontâneo, né?! E quando se perde isso? O direito de sentir um cheiro, de falar... Mas, veja a valorização e a coragem de querer tudo de volta e lutar pelo recomeço! Essa é a BELEZA DA RECONSTITUIÇÃO. Nos prendemos a tantos traumas, tantos acontecimentos tristes, que, muitas vezes, precisamos deles para nos sentirmos vivos! Quanta pessoa se "prende" ao fato de ter Depressão para conseguir manobrar certas dificuldades? Por que é tão difícil se libertar? Recentemente, venho passando por algumas dificuldades, principalmente financeira (bom, mas não sou a única... isso não me compraz, mas, me faz enxergar a realidade.) e outras mais, e, em meio a minha rotina, eu tenho muito "tempo livre", apenas não tenho quem fique com Peu, sempre que eu "precise", para que eu possa me organizar nesse tempo (tipo caminhar, sair...)... vivo cansada com as intermináveis tarefas de cuidar de casa e dele (que, meu Deus, está cada dia mais elétrico!) e sofrer pelo fato de estar desempregada, me lembrar que ainda sou competente, que isso é uma fase ruim, mas, que vai passar... vivo em embate comigo e com minha realidade prática e tento viver certas teorias, mas, isso, entra no embate. No geral, o bom senso vence. Mas, o que ia dizer, após essa volta toda: tive crises de dor de cabeça e parecia que meu rosto ia "derreter" do lado esquerdo, diante de tanta tensão, tristeza, cobrança (em geral, inclusive de órgãos competentes, que, fazendo seu trabalho, ainda pressionam minha família, porque dei os números como referência...), me sinto falha e nunca "acho" que executei bem as minhas tarefas... enfim, minha bola de neve interna, ou, como diz Noemia, um loop - risos. Pois, fui parar num Neuro, num ortopedista e numa psiquiatra. Primeiro fui à psiquiatra e, ao relatar minha rotina e minha jornada de dormir e acordar (veja, não culpo ninguém, nem, quero jogar minha responsabilidade nas costas de ninguém... quando preciso ir a um médico, ou entrevista de trabalho, tenho duas pessoas de confiança - e que aguentam ficar com Peu - com quem deixar e sou extremamente grata, por ter essa saída... muita gente nem isso tem...) em casa e que, raramente, saio dentro de casa... chorei e aproveitei para desabafar minhas angústias... nessas horas, quem vai saber que para um Psiquiatra isso "não conta"?! É psicólogo quem "tem" que ouvir e ajudar... Eu sou tão humana como qualquer pessoa e, ao tocar numa ferida aberta, qualquer um sente o incômodo e eu chorei. Ela, sem fazer exame algum, me disse que eu estava com Depressão... concordo que toda minha rotina favorece um certo desconforto emocional, e, estou "deprê", mas, uma coisa não foi levada em consideração: quem está em Depressão não sente vontade de ver o sol nascer e não tem ESPERANÇA. Eu, eu tenho sobrevivido a mim mesma, pela esperança de que tudo isso vai passar. Eu sei que o que preciso é respirar. É fazer um movimento de sair de mim, de ter uns instantes para respirar fundo e aliviar a tensão causada pelo cansaço. Preciso mudar de ambiente... já viu uma pessoa enlouquecer? Coloque-a enfurnada num ambiente sem mudança... isolado do mundo... por pior que sejamos, somos seres sociais (exceto os sociopatas...). Eu preciso é de uma coisa tão simples e que vivo falando aqui: pequenas mudanças em prática. Preciso de uma válvula de escape. Pequenas ações, que, aos poucos, venho empreendendo em minha vida. Olha, sinto que minha "moleira" vem amolecendo - risos - porque dormir e acordar com Peu é "pau na moleira" o tempo todo... está na fase de questionar tudo (com 2 anos e 7 meses) e achar que já é "gande" e pode fazer tudo sozinho... comer então, vixe, é toda hora. Mas, volto ao questionamento que sempre me faço: Peu come para ter esse pique, ou tem esse pique por que come? risos. Na verdade, tem sido cansativo para ele também. Por mais que tente esconder dele, eu me canso e me recomponho na frente dele... criança não é "vazio" como muitos querem crer. Se, ele conseguisse ler meus pensamentos, talvez, nem chegasse perto de mim e dissesse: "vou deixar mamãe respirar"... mas, ele, ao contrário, ele gruda e me chama e chama minha atenção o tempo todo... eu seu sofro, por cansar. Queria nunca cansar, me físico, nem emocionalmente... nem sei porque estou falando sobre isso, talvez para liberar espaço na mente... por isso que nossa mente é nosso bem mais precioso... Mas, o que isso tem a ver com Connie, né?! Nada! Só o fato de que ela teve "cara" de mostrar, literalmente, sua face e saber que vai ter que viver de uma nova maneira e que vai depender dela... E isso eu quero que entre em minha mente, para que eu veja, de fato, que existe saída! Que existe esperança, sim! Que existe o lado bom! Viver o lado ruim, os problemas ,a amargura... isso pesa! Eu quero, ainda que em meio a toda realidade, eu deixe esse peso de lado e viva a leveza da libertação... isso é possível, quando a gente vê que no outro dia (quando tempo oportunidade de chegar ao outro dia) é um outro dia. Que quando a agonia quiser ir, deixe! Tem gente que aprisiona a dor. Deixa a dor doer e deixa a dor sumir... viver repetindo: "a, porque eu tenho Depressão", "ah, meus problemas..."... ah, que saco! Quero é sair dessa e não permanecer. Graças a Deus, eu sei que Depressão eu não tenho mais, mas, consequência, sim e caminho para cura também. Tenho lembranças boas para me socorrer quando a mente me sobrecarrega (ou eu sobrecarrego minha mente) e dou risada sozinha. O sorriso me liberta, porque fura o cerco da amargura. Ainda explodo muito, mas, as intensidades vêm diminuindo, o que quer dizer: estão perdendo a força. Exercitar a esperança é fazer sempre algo simples e bom para você. É deixar a dor passar mesmo! É lembrar que já sentei com meus amigos e falávamos tanta besteira! Sonhávamos com um futuro, que já chegou, mas, que é muito diferente do que era em nossas conversas. Rio me lembrando das artes de adolescente e da "confraria dos aprócura" (lembra Ti? Lembra Isi? Tenho o papel com a "ata" da única reunião que fizemos e quantos 10 anos se passaram para a frente? risos. Tem a assinatura, viu?! risos), onde sonhávamos encontrar o "grande" amor e, com o passar dos anos e das relações que passaram... hahaha, vimos que "aprócura" é, ainda que esteja com seu "grande amor", procurar manter a afinidade e fazer com que as diferenças não sejam maiores do que as afinidades... ou, saber "respeitar" e lidar com essas diferenças, sem que elas queiram "entrar" em você. Por que as "diferenças" insistem em querer dominar e querer transformar o outro? Pior, quando essas diferenças fazem parte de passados e traumas de infância, ou, de uma vida inteira... é, pego a ponga para dizer: pais, amem seus filhos; filhos, amem seus pais! Não deixem traumas e diferenças dominarem... esse conflito pais e filhos (mães também. Pais = pai+mãe) podem destruir uma relação extra núcleo PAIMÃEFILHOS, como um casamento feliz... muita infelicidade pode partir de onde nunca saiu: de algo mal resolvido lá atrás! Viver o drama do outro, que teve uma vida de estima destruída, é dose, viu?! Você nunca sabe dizer onde começou o problema, porque vem antes de você nessa relação... e, do alto dos altares, a "Corte Suprema" sempre acha que está certo e, por mais que seu íntimo diga: "vai, se abre... muda essa realidade", o rei se mantém distante, e os ecos, consequentes da falta de expressão de amor infelicitam outras pessoas. Por que se fechar na dificuldade? Por que promover tanta infelicidade? Onde está o prazer e a realização? Para mim, pessoas resolvidas eram felizes! BINGO! Se não está feliz, é porque não está resolvido!!! Puxa! Será que é tão duro se abrir para o outro lado? Ui! Vou parar por aqui! Êta que hoje as emoções se misturaram e misturei os assuntos...

É, cá estou, mais um vez, querendo aprender com a verdade da realidade de alguém, enquanto Peu destrói a casa... e a chuva destrói minha Bahia e meu Brasil... "alguma coisa está fora da ordem...", a natureza grita socorro e a gente pensa que ela está louca ou sendo cruel... nós é que somos cruéis... recebemos tudo de graça, e o que fizemos?... Por mais que minha realidade esteja difícil, quando passar, não terei sequelas... retomo ou tomo um ritmo sem grandes perdas, mas, com ganhos de aprendizado. Tive que aprender a viver sem cartão de crédito, e, agora, aprendi que ele é uma faca de dois gumes... olha aí a questão do equilíbrio... eu me deixei desequilibrar, para "ter" o que "precisava" em casa... não digo que errei 100%, meu ato impensado de fazer dívida com cartão de crédito teve o motivo de não deixar faltar remédio para mim (quando fiz tratamento) e comida em casa... poderia ter pedido ajuda, mas, meu orgulho foi maior e, fazer para depois ver como pagava me custa um preço altíssimo... além de quantia significativa, o transtorno da cobrança e cobrando quem não tem nada a ver e que já tem seus próprios transtornos de mudança na vida... MUDANÇA. Do CAOS a ORDEM!!! Um dia a ordem se estabelece. Sim, devo estar louca, porque estou esperando cair do céu, sim! Envio curriculum para tantos lugares... antigamente, todo processo que participava, estava contratada. Já fui contratada em terceirização, sem ter nem pistolinha, nem pistolão. Caí, sem pára-quedas na entrevista e fui chamada. Hoje, vivo essa pindaíba da porra! (ups! perdão aê, mãe!). Mas, é ou não uma mudança? Sinal de que a vida nos quer dizer algo. Feliz aquele que quer romper, mesmo sabendo que é duro... mais duro é dar força ao problema e vivermos escravos de problemas com medo de algo, inclusive de "magoar" alguém que já nos magoa...

Bom, para encerrar, já que hoje fugi do tema que me propus - risos - VAMOS NOS ABRIR PARA A LIBERDADE! DEIXEMOS O JULGAMENTO DE LADO, como diz o rei do "Pequeno Príncipe" (livro): "...quem sabe julgar a si próprio, é um sábio!" Sejamos sábios! E vejamos a BELEZA DA RECONSTRUÇÃO, o que parece feio e sem forma, pode ser a beleza da cura de alguém! E, o que parece tão belo e formoso, pode ser a fachada de uma doença terrível, como a intolerância, o racismo, o julgamento alheio... enfim, tristezas que amamos cultuar em forma de beleza! Que beleza, hein?!

Beijos, fiquem com Deus! Vou avaliar meus "prejuízos agora" - risos.

Pat Lins.

2 comentários:

  1. Pat,
    Você é simplesmente incrível! Faz terapia, usando monólogo ou, se preferir, diálogo com um Outro invisível. E assim mostra, a quem quiser ver, que o poder da cura está em que a deseja. Adorei seguir seu discurso livre que, por ser livre, serpenteia através de uma floresta de temas diversos. Houve momentos em que me senti passando por uma árvore quase seca e em luta contra fungos e ervas-daninhas, outros, em que vi uma macieira carregada de suculentos frutos, ou uma roseira a me convidar para colher uma de suas rosas que se tingiriam da cor que eu quisesse. Muito bem, garota, vá em frente. Você tem fôlego.
    Morgana Gazel.

    ResponderExcluir
  2. Valeu, Morgana! Seu comentário descreveu, com precisão, o que tento ser ou passar (para mim e para quem se identificar). Realmente, comecei como terapia, apesar de não ter sido aconselhada, mas, quando comecei, vi o quanto me via aqui e o quanto quero ser o que escrevo, já sendo e não sendo! Falo mais comigo mesma e o "outro", sou eu mesma. Falo para mim, sendo eu mesma, "o outro invisível", por não me ver por completo. Mas, falo com algumas pessoas que me deixam recados de carinho, como se estivesse falando para meus amigos também! É, acho que acaba sendo uma conversa - risos - entre EU, EU MESMA, A OUTRA EU, QUEM SOU EU E EU QUE QUERO SER, com meus amigos, incluindo EU MESMA! risos. Essa floresta é minha mente e minha vida... me sinto a árvores seca, que já fora uma macieira carregada e quer voltar a ser. Mas, quero dar, além dos frutos, a beleza,a alegria de saber que podemos recomeçar enquanto vida tivermos, que Depressão pode ser liberdade, quando você quer que as portas se abram, porque a chave está em suas mãos... foi o que fiz. Apesar de obstáculos (que chamo de "fatores externos") eu queria sair... apesar de triste, queria alegria. A tristeza sempre me incomodou. Não gosto de ficar nela. Nunca gostei. Ao ter ficado "escrava" dela, vi que ela não é tão feia e triste assim, ela me mostrou outra face da tristeza: é uma fase que precisa passar. Até as fases de alegria passam... mas, eu tive que superar a tristeza de não saber perdoar. Culpei (e, com razão) pessoas que, no momento de meu conflito, caíram nso seus e explodiram... até "egoísta" fui taxada, por estar "doente"; minha vida fora manipulada e entre os vai-e-vens, me reergui... foi muita luta e muita dor, mas, tinha uma voz que me dizia: "você tem 2 opções: continuar ou mudar". Estou mudando. Como vivi meus conflitos e os alheios, tudo junto, e a "doente" era apenas eu... que azar - risos - os dedos se voltavam e apontavam com força para mim. Eu mudei, mas, os "fatores externos" não! Pior, continuam no vai-e-vem da loucura de não querer se ver, se cuidar e se modificar. Minha segunda psi me disse: "faça o melhor por você. Quando você melhorar, ao seu redor tudo ficará melhor... até essas pessoas serão 'obrigadas' a se ver, porque você não estará mais na mesma vibração que elas...". Verdade! Precisei analisar o "histórico" de vida dos envolvidos, ponderei e racionalizei, mas, a emoção não seguiu tão igual... continuavam interferindo em minha vida e, diante de minha recusa, criavam situações onde eu era "a insensível"... loucura viver a loucura dos outros e acabar sendo louca também - risos. Loucura viver e saber que o problema de sua vida não é você, mas, quem está com você... mas, eu escolhi, agora, preciso aprender a conviver e sobreviver... os amo, mas, tenho ressentimentos, por mais que saiba que eles são vítimas deles mesmos e de seus passados tristes... a culpa, eu superei. Nem os culpo, nem me culpo... mas, essa parte ainda dói... eles são a erva-daninha e os fungos que luto, ainda, diariamente... acho que eles acredtiram e se apoiaram emocionalmente em mim, por acreditar que eu "daria conta do recado", mas, veio a DPP e tudo ficou exposto. Hoje, visito minha plantação interna diariamente para afastar as "pragas"(não que eles sejam pragas, apenas uma metáfora horrorosa,mas, que cabe num cuidado na plantação - risos). Tive que refazer ou construir minha base e, agora, estou colhendo os primeiros frutos. Um dia, a PAZ. Mas, se eles não se ajudam, mudei minha estratégia, não posso cuidar deles, posso e devo cuidar de mim, ainda que com a minha tática de "distância de segurança"... às vezes, preciso me afastar de quem gosto, para curar minha feridas nos embates e me recuperar... eles não tocam em suas feridas, nem as admite, então, como cabe a cada um seu caminho, foco-me no meu. Se cruzarem comigo, entro em paz, mas, com uma certa defesa... prevenção! risos. Evito, agora, ataques diretos e deixo, para eu cada um se veja. Enquanto eu olho por eles, a visão é diferente... "ado, ado, ado cada um no seu quadrado" - hahahahaha. É a vida, né, afinando o "instrumento de dentro para fora e de fora para dentro". Beijos e obrigada, a roseira! (risos).

    ResponderExcluir

Deixe aqui seu comentário/participação. Obrigada, pela visita! Volte sempre!

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails