domingo, 30 de março de 2014

RECARREGAR: A GENTE LIBERTA O QUE PASSOU.

Imagem: Google

De tempo em tempo, temos que recarregar. Praia, campo, boas risadas com amigos... enfim, precisamos de lazer e prazer para viver.

Mas, sempre ficam aqueles resíduos que sugam mais do que imaginamos e quando percebemos, estamos caídos na lona! 

É natural. Vivemos movimentos cíclicos e nos acostumamos com esse sobe e desce. Acontece que subir e descer - o pulsar do coração - deve ser e ter um ritmo. O subir de vez e cair de vez é onde mora o perigo.

O desgaste é resultado natural de quem vive e está exposto aos embates diários, ao processo de crescimento - independente de religião, cor, credo, educação ou conta bancária. 

Para repor, recarregar: frequência, rotina - bem como carro, celular, notebook e etc. Não somos máquinas. Por isso, o recarregar não basta ligar na tomada... Tem que desligar do que trazemos arrastando até aqui. CRIAR O BOM HÁBITO DE RENOVAR!

Beleza! Consciente de quem somos e de que estamos arrastando um monte de peso desnecessário, somos capazes de libertar o passado pesado. Tá, e depois? Pulamos para o futuro inexistente. E o presente?

O presente se encontra na responsabilidade que assumimos e o comprometimento com o viver. Ao recarregar, a gente liberta e se liberta do que passou. Temos força e energia para o aqui e agora. Novos passos. Vigor. Determinação. CONSCIÊNCIA. Daí, se não desenvolvemos a consciência do aqui e agora, o passado vai e o vácuo fica. Larga o peso e cai num buraco...

Pois é! Pois é! Pois é! É viver mesmo. Inovando, renovando, recriando. O tempo é eterno. Nós somos eternos. Mas, tudo tem um tempo de ser e estar. O depois, vem sempre depois. O agora é aqui e agora, sempre!

Pat Lins - aqui e agora!

sexta-feira, 28 de março de 2014

PASSO A PASSO


Cada dia, um novo dia! Cada passo, um novo passo!

Assim como as técnicas de Coach, um passo de cada vez, vou sendo minha coach e coachee na vida.

A gente passa e é ensinado a temer o prazer de sonhar. Pior: a gente passa a acreditar que sonhar é coisa de louco, que a vida é dura e viver é difícil e suado. Há alguns anos, conheci uma jovem senhora muito doce e meiga, porém, muito forte, firme e determinada - Julia Ines - que me disse: "... temos mania de achar que tudo na vida tem que ser suado, senão não é nobre. Eu penso que tudo na vida deve ser prazeroso e conquistado com dedicação...". Um comentário tão simples, talvez ela nem se lembra, porque foi em meio a uma conversa de entretenimento e tão profunda. 

Somando cada dia, venho aprendendo que a sutileza é assim: simples e profundo. É preciso um pouco de loucura para realizar. Acreditar num sonho é loucura? Enlouqeçamos a loucura saudável!

Hoje, pegando um caminho pela orla - para fugir do engarrafamento - tive esse pensamento: que fugir do engarrafamento, o quê? Estou seguindo por onde devo seguir. Vista mais linda e PRAZEROSA. 

Por que seguir o caminho que todo mundo segue? Só porque por lá tem quebra molas e não dá para andar acima de 40 ou 50 km, devo evitar? Oras, mas se saí com antecedência, estou no fluxo positivo do tempo.

Pois, quando olho para o marzão, um trecho da linha do horizonte iluminado e uma poesia em minha cabeça - que ainda não consegui finalizar. Diante dessa imagem mega simbólica - cabeça de artista é assim mesmo... SIIIMMMM, agora em assumo como ARTISTA! De vida, de alma e de coração! - entendi: além do horizonte existe muito mais! Aquela luz me fez ver um algo a mais além do céu e do mar, um feixe de luz! Uma abertura, apenas para minha visão limitada. Uma luz que dizia: uma linha é apenas uma linha!

E senti que posso mais. Me deu vontade de ser mais!

Passei o dia imersa nessa sensação de beleza do desejo do querer. Lembrei-me de uma persona non grata - que com todo seu negativismo e ataques, me ajudou muito a querer mais! - que me disse: "tem que passar pelo desejo, para querer!". Bom, quando ela falou isso, a respeito de uma terceira pessoa, não foi em bom tom, muito menos motivando... foi depreciando com toda força que ela poderia ter. Mas, como a vida é dual e dualidade é isso - os dois lados da mesma moeda - entendi do meu jeito: É PRECISO PASSAR PELO DESEJO PARA QUERER E É PRECISO QUERER PARA TER VONTADE. É PRECISO VONTADE PARA MUDAR. É PRECISO MUDAR PARA CRESCER. É PRECISO CRESCER PARA EVOLUIR! 

O mais legal: não é como final de filme, é como continuidade. A gente tem a mente condicionada pelos filmes, novelas e afins que acabam nos fazendo querer viver um "final feliz", em vez de um dia a dia feliz, até o final, ainda que vivamos as turbulências.

Pois é... um passo de cada vez. Sair correndo de vez cansa e pode explodir o coração, pelo excesso.

Tudo ao seu tempo. Tudo ao seu tempo. Tudo ao seu tempo.

Pat Lins - seguindo o meu tempo; fazendo o meu tempo; sendo o meu tempo...




quinta-feira, 27 de março de 2014

NÃO TEM VOLTA!


Nunca entendia muito bem o que escutei certa feita: "quando a gente começa no processo de crescimento, não tem volta!". Pensava: "tem sim Tem gente que regride...".

Sim, muita coisa tem solução. Mas, não volta!

O nosso nascimento já nos mostra: NÃO TEM COMO VOLTAR AO VENTRE. A gente nasce; sai; muda. Só temos como seguir e continuar, sempre em frente, nunca para trás. PRESENTE. Hoje. Aqui.

Assim, pude apreender que o passado não volta. A reverberação dele é que deve ser solucionada - quando a prisão desse tempo se torna um problema!

PARA O ALTO E AVANTE! AO INFINITO E ALÉM!

Pat Lins.

segunda-feira, 17 de março de 2014

"JÁ MORREU" - ALERTA PARA QUE SEJAMOS LOUCOS "SAUDÁVEIS"

"Já morreu" - maluco beleza e lendário do Conj Nossa Senhora do Resgate
Na semana passada, dia 13 de março, perdemos Paulo Goulart, uma referência de grande ator, pessoa íntegra, gentil e pai de família exemplar. Todo o Brasil sofreu a sua perda; mesmo não sendo ele um parente, amigo ou próximo.

Nessa mesma semana, no mesmo dia, celebrei, com tristeza e consolo, o aniversário de 1 ano do falecimento da minha tia amada e que descansou em paz, ao redor da família, depois de tanta luta contra um câncer de mama agressivo e da luta com e contra a justiça, por conta do medicamento que a União liberou e a SESAB Estado embarreirou, sabe Deus porquê - não vou reprisar esses eventos.

Nesse mesmo dia, da mesma semana, soube que "Já morreu" havia de fato, morrido. Senti muito a perda de um senhor - que já era senhor, quando fui morar, ainda criança, com meus 7 anos, no Resgate, um condomínio/bairro popular; onde vivi por cerca de 20 anos. Esse senhor era chamado por cada um de nós de "já morreu". "Nada mais" era do que um mendigo. Um mendigo que só ficava para lá e para cá. Para cima e para baixo. Na verdade, acredito que eles fugiam do hospício Juliano Moreira e tentavam se resgatar no Resgate, haja vista, a quantidade de "malucos" pelo local. Ele era uma figura pitoresca. Todo mundo tinha contato com ele, bem como com Barão, Bega e outros.

Sei lá, nessas horas vejo como somos frágeis e, ao mesmo tempo, fortes diante do tempo. Um simples pedinte, alheio à nossa realidade - aparentemente, ao menos - com uma significância tão grande para nós. Vejo pais por aí que morrem e os filhos nem se abalam... E quantos de nós sentiu a morte de "já morreu". Como disse bem minha querida "tia Marleide", complementando muito bem esse post: "Muito estranho, sentir a falta de alguém que você conviveu sem dar muita importância.". Porque, nessas horas, a gente se dá conta de tanta coisa... - ou não... Quantos de nós acaba não dando a devida importância para as pessoas ao nosso redor?

Me veio essa inquietação saudável, essa vontade de fazer esse alerta - sobre as nossas relações: CUIDEMOS MAIS, COM AMOR SINCERO E PURO DE QUEM AMAMOS!

Isso não é para ninguém virar santo/a, não. Apenas para ficarmos atentos para com a simplicidade das relações humanas.

"Já morreu", que agora, de fato morreu e que Deus o tenha, era "amigão" da galera. Tinham os dias em que ele se enfurecia, mas, no geral, estava lá, solitário, perambulando. Interessante que os "malucos" não se sentavam juntos para bater papo... Raramente os via juntos - se alguém viu, me relate... - e nunca CRIAVAM confusão. "Já, já", como também o chamávamos, veio fazer um alerta: ninguém precisa estar colado e grudado para provar do amor. Bom, não vou dizer aqui que o amava, porque não era assim. Mas, o amor enquanto respeito a outro ser humano, sim, esse eu tinha por ele. Quantas vezes ele foi minha companhia - mesmo sem me acompanhar... - nas ruas vazias, nas noites que voltava de trabalho ou afins, descendo do buzu que ficava na rua principal do Cabula e até percorrer meus 1 km até minha casa, ele estava por lá, perambulando e aquilo me era um "alívio", por não estar só. É meio louco isso, mas, como eu e marido conversávamos, quem não é louco de perto? E muitos são de perto e de longe...

Enfim, a loucura saudável é essa que nos faz sentir falta; relembrar coisas boas; reviver bons tempos! A loucura saudável é um alerta a todos nós!

Sejamos mais nobremente loucos! Há loucura que cura! Há loucura que enlouquece. Há loucura que mata e destrói coisas simples. A vida é simples. O amor é simples. Amar tem sido tão complexo... Por quê?

Pois é, fica a pergunta que nunca cala, leve o tempo que levar e para tudo e qualquer coisa: POR QUÊ?

Porque sim! Oras! Porque não! Oras. Porque... talvez, dependa muito. Mesmo assim: POR QUÊ? Por que temos tanta dificuldade em sermos OFICIALMENTE felizes?

Por que tanta guerra e confusão? Por que individualismo foi confundido com egoismo? Por que bandido quer se vingar de polícia? Por que políticos são corruptos? Por que o céu é azul? Por que o sol não brilha a noite? Pois é... tantos porquês e "já, já", nem aí, porque ele, simplesmente estava por aí, se eternizando em nossas lembranças.

"Já morreu", vai em paz! Que Deus o tenha!

Esse alerta é para a gente que fica e continua. Para a gente que segue. Para a gente que já seguia. Para a gente!

Pat Lins.

domingo, 16 de março de 2014

MULHERES: ENCONTROS DE GERAÇÃO E MUITA "TRICOTAÇÃO"

 

Olha, realmente, eu vim despida de todo e qualquer tipo de preconceito - aliás, como tudo na vida é dual e somos naturalmente hipócritas, eu discrimino quem discrimina... Não deveria, mas cabe em meu pacotinho: "sou humana e imperfeita, sim, mas me coloco em movimento de melhora a cada dia, aqui e agora!".

Venho de uma família mestiça em TODOS os sentidos! TODOS! Inclusive de cor, credo, instrução, educação e situação financeira. Vivo e convivo com TODOS os tipo de pessoas. E, sinceramente, eu AMO MUITO TUDO ISSO! Tenho o privilégio de saber que tenho acesso aos mundos que gravitam em paralelo ao meu. Tenho consciência de que todos somos peculiares e respeito os espaços de cada um. Lógico que me pego cobrando e criticando um ou outro, mas, como já falei antes: tudo na vida é dual e somos naturalmente hipócritas, eu discrimino quem discrimina... Não deveria, mas cabe em meu pacotinho: "sou humana e imperfeita, sim, mas me coloco em movimento de melhora a cada dia, aqui e agora!".

Bom, me deixa entrar logo no assunto que vim postar...

Estava numa cidade próxima, visitando alguns parentes paternos - que são minha FAMÍLIA - e, em meio a tanta coisa, sentamos eu e irmã para conversarmos com "tatia Joana" - tia avó nossa. "Tatia", como chamamos desde criança, porque era como papai a chamava quando criança, tem 91 anos. Um dia ainda escrevo sobre a vida dela - mulheres "comuns", com vidas "comuns" não têm nada de comum... Pois bem, conversa vai e conversa vem, como de costume, ela puxava o assunto comigo e com irmã, sobre "quando vão ter outro?" - "outro", leia-se "outro filho"... Pois eu tenho um e irmã tem uma. Daí, irmã disse:
- Tatia, não é barato ter e manter filho, não. 

E "tatia" concorda, dizendo que "é verdade, minha filha!". Eu, seguindo a linha de raciocínio que escuto com frequência e pude comprovar em minha infância, digo:

- É, tatia, eu sei que na antigamente era mais fácil. As pessoas se ajudavam mais. Hoje em dia é tanta cobrança, tudo tem que ser pago que ter filho acaba envolvendo condições de manter...

Depois de muitos anos, escutando esse discurso, eu "jurava de pé junto" que ela também pensava assim. Mas, como disse, mulheres comuns, com vidas comuns não têm nada de comum. Ela tem uma vida cheia de emoções - entenda "emoções" como de tudo: boas e ruins. Rompendo esse ciclo vicioso de "as gerações anteriores eram mais felizes" ela revela:

- Eu queria ser é dessa geração agora! Essas meninas têm filho por aí é porque querem! Em minha época, não tinha nada. Ninguém tocava no assunto e a gente era "obrigada" a ter um filho por ano. Era cansativo demais! Marido exigia isso! Me lembro que fui ao médico, naquela época e já nem me lembro quantos filhos eu já tinha - pausa para contar...

- Quantos a senhora teve, tatia? - pergunta irmã

- Vivos nasceram 9 e 2 que nasceram mortos.

- Poxa! - exclamamos juntas, eu e irmã!

- É, minha filha, mas cê pensa que era fácil? Não era não. Quando pedi ao médico: "Dr., dá para o senhor me ver um remédio para eu parar de engravidar?", ele me expulsou da sala, gritando que eu era louca... Hoje, os médicos estão chamando e essas meninas parindo por aí e deixando para a vida cuidar, dizendo que é descuido. Descuido era em minha época, que ninguém sabia de nada. Hoje, com tanta informação, descuido é desculpa!

Veja, quando a gente vai a fundo, a gente descobre que nem tudo era tão bonitinho! Ela, no auge dos seus 91 anos revelou isso, como um desabafo de ANOS! E não foram 20 ou 30 anos... desabafo de 70, 80 anos! Ou dos 91!

A cobrança; o estabelecimento de "metas culturais" enquanto tradição; o sexismo, em forma de "poder machista e heteronormativo", onde o homem,  enquanto ser do gênero masculino "pode tudo!"; o cotidiano com a responsabilidade de já ter que cuidar de filho e casa, ser "esposa" e, com isso, ter todo o tempo ocupado, para não se ter tempo de pensar e refletir, daí, questionar e lutar pela liberdade, emudeceu muitas mulheres, pela falta de "tempo", mesmo. Para se romper com isso - e continua essa luta por tanta ruptura - foi preciso muito "peito" e sutiã queimado. Ainda escuto muitas mulheres de gerações anteriores me dizerem: "era melhor como antes!". Hoje, entendo o que elas querem dizer, só que não sabem expressar bem... O que elas dizem não é querer ser uma mulher tapada pela opressão machista, mas hoje, nós somos, ainda, "cobradas" para atingir um padrão de excelência desumano e sobre humano, onde trabalhamos "fora" e dividimos as contas, mas a casa ainda é nossa responsabilidade. Graças a Deus, algo já começa a mudar com relação aos filhos, justiça seja feita, muitos homens se esforçam para romper com essa ditadura silenciosa e mascarada de séculos, e já assumem-se corresponsáveis pela educação ATIVA e com AMOR dos filhos! 

Ou seja, quando algumas mulheres me dizem isso, vem um adendo: "Pô, meu marido já se aposentou e fica em casa, de pernas para o ar. Eu me aposentei e continuo dona de casa...". Claro que me refiro ao geral, porque as exceções existem, ainda como exceções... 

Eu curto muito conversar com as pessoas. E, se todo mundo der atenção ao idoso ao seu lado, verá um mundo muito maior se abrir. Hoje, minha querida e amada "tatia", pode falar comigo, com irmã sobre isso. HOJE. Mas, por quantos anos e tudo o que ela já viveu - e falo de dor, muita dor e vida sofrida, mas ela sempre forte e com um humor contagiante - ela precisou calar, por sabedoria e por medo?

Hoje, ainda lutamos por igualdade! Só que as pessoas lutam pelo fim da desigualdade, acirrando a desigualdade. Essa contradição e falta - ausência, mesmo - de base, de valores, faz com que essa juventude de hoje tenha ausência de referencial e luta, grita e brada sem mensurar resultados. As gerações anteriores, tinham a base, os valores, mas não tinham a garra, a combustão necessária e em quantidade suficiente para reagir mais, porém, conseguiram, com poucos e com muita vontade dar um ponta pé inicial, um start... adormecido pela nossa atual falta de tempo por ter o tempo integral ocupado!

O importante é estar em movimento. Um dia, as coisas apaziguam e tomam UM rumo, não vários caminhos aleatórios! Hoje, temos abertura para diálogos, para trocas, para se diluir qualquer assunto, esgotar, para não remoer... mas, raramente fazemos... Os encontros de gerações podem ser saudáveis, se assim fizermos!

Hoje, podemos falar, aparentemente protegidos pela Lei, para tanto, precisamos nos salvaguardar para não atingir alguém que se doa por se sentir atingindo, sem ser... A fragilidade da atualidade está na APARÊNCIA DE SER, em vez de ser. Antigamente, as mulheres sofriam caladas, mas tinham uma força maior, uma força que passava para as filhas e filhos, aos poucos, como quem planta sementinhas. Era um movimento muito pequeno, mas para longo prazo. Para, hoje, esbarrar no estágio de mulheres objetos, que querem tudo tão fácil, se vendem como troféu barato e pouco fortalecem o intelecto, a razão e as boas emoções... Aí, enfraquece o movimento... Né, não?

Vamos para frente! Porque a luta é pela igualdade e respeito às DIFERENÇAS. Ou seja, devemos considerar que existem diferentes, mas todos têm o direito de serem quem são - desde que não matem, roubem ou destruam, passando por cima para atingir o que quer... toda liberdade tem limites!

O princípio da liberdade está em aceitar o limite de acesso. 

Que fique claro para cada um de nós: cada geração traz a sua beleza, traz o seu ensinamento... traz lições que nem os contemporâneos se dão conta... de que a dualidade existe por algum motivo. Tudo vem com a "dor e a delícia de ser o que é", como diz Caetano Veloso. O "é" é o que deve ser visto! 

Vivendo e aprendendo com os mais velhos e os mais velhos com os mais novos!

Pat Lins - costurando a minha colcha de retalhos, sem retaliação!

sexta-feira, 14 de março de 2014

O DESACREDITAR QUE MATA, ANTES DE COMEÇAR A VIVER!

Contrariando os médicos da década de 30, trigêmeos não só sobreviveram como estão juntos, até hoje, aos 81 anos!
Pois é... é sobre isso que falo quando digo: tudo o que a gente sabe, sabe até aqui!

Vi, hoje, no Yahoo! esse "alerta" e me veio na hora: PRECISAMOS ESTAR ABERTOS PARA ENTENDER QUE POR MAIS QUE SAIBAMOS, SEMPRE TEMOS MAIS A SABER.

Olha os trigêmeos que, pela medicina da década de 30, não sobreviveriam. Olha onde eles chegaram... Hoje, 81 anos depois, a foto prova que não só eles sobreviveram como cresceram e estão juntos e bem até hoje, contrariando todos os diagnósticos da época.

Existe algo que está além do que sabemos até aqui: no agora, tudo pode mudar! Existe o amanhã! Existe o dia a dia onde as coisas apenas acontecem e são, como são.

Vale a pena estudar o que passou como estudar em forma de buscar novas perspectivas e soluções. O problema é quando encaramos a ciência ou os estudos como prisão ao que passou e o passado como verdade universal.

É o aqui e agora que conta. E vida, a gente tem que viver, dia a dia!

Pat Lins - feliz por estar viva e capaz de mudar, enfrentando alguns medos e sem culpa.


domingo, 9 de março de 2014

TUDO O QUE SEI É QUE MUITO SEI E MUITO AINDA TENHO PARA SABER E MUITO PARA NÃO SABER


Saber muito, muitas vezes, nos limita... Paralisa mais do que liberta! Praticamente um efeito rebote.

 O saber positivo ele liberta; é leve. O saber arrogante, negativo, esse sim, fecha. De tanto saber, em teoria, esquece-se de considerar que, na prática, nem tudo é como se espera. 

As coisas são como são. A questão é: alguém assume ou sente-se responsável por algo ou alguém, por conta de tanto "saber"? 

Pois é... O conhecimento nos traz a responsabilidade da ação. Essa desconsideração alimenta e mantém esse caos da aparência que vivemos, onde todos parecem saber muito, quando, em verdade, apenas sabem muito do que já se sabe até aqui ou ali. O saber espontâneo e verdadeiro instiga a busca e ao movimento constante.

Por isso tanta arrogância disfarçada de sabedoria: ninguém concebe, aceita, considera que existe o "mais" e o "além". A arrogância nada mais é do que uma grande mestre de ilusões.

O lado bom? Eu sei! Eu sei! Eu sei! Todo mundo pode saber que sabe!

Eu nunca me satisfaço com o que sei, nem fico angustiada com o que ainda não sei e, talvez, nunca saiba. 

A gente precisa aprender e saber que se João sabe calcular a distância do buraco negro mais próximo, Joana pode saber passar ferro divinamente bem numa roupa. E eu posso nem saber o que João sabe, nem o que Joana sabe mas saber o que sei e aprender mais um pouquinho daquilo que me demanda saber. O que é preciso, aprendo. Porém, nem tudo é crença paralisante... muitas vezes, não está em nosso bando de afinidades por competência... Eu não sei montar um avião, nem programar um sistema... e isso não me faz acomodada a uma zona de conforto... Faz? Melhor: em meu rol de atividades - por prazer ou talento - isso não me faz diferença. Para quem gosta, aí, sim, fará!

TUDO O QUE SEI É QUE MUITO SEI E MUITO AINDA TENHO PARA SABER E MUITO PARA NÃO SABER!

Temos a capacidade de saber mais? Lógico! Diante de uma necessidade aquilo que está adormecido desperta? Sim! Podemos desperta antes da necessidade? Sim! Tudo é possível. O mais importante é "como" faço isso acontecer.

Zona de conforto não é algo tão ruim. Já afirmei isso outras vezes... afinal, sempre estaremos alocados em uma, e nem sabemos... Em alguns casos, a zona de conforto é acreditar que deve instigar os outros, quando a única função era seguir seu próprio caminho... Daí, acaba atrapalhando... Algumas pessoas precisam permanecer onde estão. Só quem pode tirá-las de lá? Elas mesmas! Por isso que, hoje, aprendo a compreender mais. Ainda julgando muito, mas, em meio ao julgamento, refaço meu pensamento. Isso é responsabilidade com o saber. Ademais ou é manipulação ou ignorância de si.

O viver mais e mais leve não coloca ninguém acima de ninguém. O "eu sei que você é capaz!", tanto pode motivar. quanto desmotivar! A cautela do saber nos diz: respeite o tempo e o espaço do outro.

É difícil... Um desafio e tanto. Mas, é isso: um dia você cobra. No outro, você diz: "para que cobrei? É o tempo dele(a)...". Um dia, você já terá feito o que deve e a pessoa terá que ver o que ela mesma deveria ter feito... E ou fará ou permanecerá. É problema da pessoa, não meu. Isso não é frieza, nem indiferença: é respeito ao tempo e espaço do outro. Em meu caso, reconheço as minhas limitações e mantenho minhas DS - distância saudável. Isso não me impede de, futuramente, aprender e saber que hoje, posso agir diferente. Em MEU TEMPO E ESPAÇO!

O saber calar vale OURO! O saber ouvir é DIAMANTE. O saber ajudar é o maior tesouro da Vida, porque ouve, troca, respeita e nada cobra, espera ou julga!

Eu sei que posso criar um mundo melhor: em mim!

Pat Lins.


quinta-feira, 6 de março de 2014

TEMPO REI, TEMPO MESTRE, TEMPO VIDA!

Imagem: Flickr

E o tempo revela, cada dia mais, sua soberania sobre nós!

Age no clima - tempo clima - e em cada momento - tempo cronológico. E segue, acima de todas as nossas referências temporais. Tempo espaço: tempo distância entre dois ou mais pontos.

Já se deram conta de quando chove muito e falamos: "um temporal!"? TEMPORAL: uma enxurrada de tempo ao mesmo tempo, debaixo de muito tempo-clima. Um caos para se desconstruir as bases frágeis da superficialidade, limpar tudo, abrindo espaço para a ordem. Pena que a gente continua sem entender... e insiste em manter o caos.

Não somos reféns, somos ignorantes e cegos. Somos imperfeitos, orgulhosos e vaidosos. Somos egos inflados, inflamados e inflamáveis. Tempo não tem cor; nem não tem credo; tempo não tem raça; tempo não tem fração alguma.  Tempo é instante. Tempo são todos os instantes. Tempo é cada instante isolado. Tempo é infinito. Tempo é amplitude e expansão. Tempo é mais e muito mais ALÉM.

Somos aprendizes pelo caminho da dor, porque assim nos condicionamos, por isso sofremos com o passar do tempo: quando a gente vê que passou e não deu tempo para fazer o que tanto tempo levamos para começar.

Levemos menos tempo para agir. Levemos o tempo necessário para agir. Levemos e nos deixemos levar pelo tempo. Escutando sua voz, aqui e agora, podemos sincronizar. É preciso calar a mente estúpida e abrir a mente inteligente e sábia, aquela que age juntamente com o coração e não em sobreposição.

Tempo é inspiração, transposição e transpiração! AÇÃO. Tempo é sempre AÇÃO!

Somos corpo, mente e espírito. Nem apenas um, nem apenas outro: ambos, "trambos"! Pois não! Pois sim! Pois pois! Ora pois!

Tempo voa. Tempo corre. Tempo anda. Tempo para. Tempo não volta, apenas existe num tempo passado, lá, atrás... Tempo segue! O tempo só segue e vive nas mãos do Tempo.

Pat Lins - in zone: writing in my life; writing my life!

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