Muitas vezes, as pessoas esperam da gente aquilo que a gente não tem para dar e nem sabe que é isso que a pessoa esperava... Nesse mesmo movimento, nós esperamos do outro aquilo que ele não tem para dar e nem sabe que é isso que esperamos dele.
Todo problema de relacionamento - ou mal relacionamento - está direta ou indiretamente ligado a dois pontinhos básicos: falta de comunicação EFETIVA e falta de boa vontade VERDADEIRA - para quem ainda não entendeu o ditado "o inferno está cheio de boa vontade", vai uma dica: é que a gente alega boa vontade para justificar e comover o que fazemos, principalmente em se tratando de manipulação, que é uma tática que age na surdina, com voz mansa e mundo de ilusão. Melindre, orgulho, vaidade... isso independe do tom de voz que usemos ou do quanto deixamos sair tudo o que e como pensamos. Muitas vezes, seguramos algo ruim que está na ponta da língua para ferir o outro, mas mesmo tendo segurado o sentimento ainda nos corrói... questionar esse sentimento é o caminho; diluí-lo, logo em seguida é o próximo e consequente passo. Ou seja, não é o não falar, é o entender o que sente e lidar com ele. Negar um sentimento é o mesmo que alimentá-lo. Um dia ele explode e a pessoa nem percebe, diz que "não".
Fugimos muito de nós mesmos e nos escondemos atrás das falhas do outro, assim, ficamos protegidos de nós mesmos e criando um clima insuportável e chato na relação, seja ela do tipo que for... Assim, a falha de comunicação e a má vontade se expandem sem dó. Somente um ambiente honesto, claro e aberto de VERDADE é capaz de acolher as diferenças. No mais, vira campo de batalha, uma arena de egos gladiadores... vence aquele que destruir mais o outro.
Falar em AMOR é muito mais do que falar, é fazer e fazer bem feito, é entender que AMOR está longe de ser uma manobra manipulatória e nada tem a ver com capricho, orgulho, frustrações... AMOR é amor, um sentimento nobre e apenas para quem conseguiu evoluir, porque para nós, seres inferiores, acredite, só conseguimos viver pequenas e minúsculas facetas de desdobramentos desse sentimento tão gigantesco e libertador. Nós vivemos o amor ao orgulho, à vaidade, ao ego inflamado e doente. Vivemos uma sombra do amor. Vivemos a prisão do desejo, que é fruto das paixões.
Estamos aquém do aquém do aquém de quem podemos ser e nem fazemos idéia!
Pat Lins.
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