quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O PROBLEMA É MEU! ... SEU, DELE OU DELA, NOSSO, VOSSO, DELES OU DELAS

Quantos de nós já abriu a boca e disse, com todo ar de superioridade, mesmo que em meio a uma dor ultra profunda, a "ilustre" frase: O PROBLEMA É MEU! Algumas vezes, seguido de um "não se meta"... Quando não temos uma resposta precisa, apelamos para o ataque ofensivo, como se estivéssemos dizendo algo de muito edificante...

Mal sabemos que O problema, realmente, é individual. Cabe a cada um caracterizar determinada situação, dificuldade, desafio, obstáculo e etc como "problema" ou não. Mas, um problema não atinge apenas a a quem o recebe, não se limita ao indidual, ele atinge o coletivo. Temos a triste mania de manter o pensamento de que as coisas não são e/ou estão interligadas. Ninguém vive sozinho. Se jogarmos uma pedra num cantinho de um rio, o problema em forma de pequenas ondas, não para ali. Em algum lugar um tsunami se forma e ali aquela reverberação se alia.

Se tomarmos o exemplo de um viciado em drogas, que acredita - na verdade, ele nem sabe mais em que acreditar... já não tem mais consciência... - o problema só envolve a ele mesmo. Se está se destruindo, é "problema dele/dela"... E a família, os amigos, as pessoas ao seu redor? A opção de viver o problema e transformar a situação em problema partiu de um, do indivíduo, mas, o alcance é muito mais amplo... E a limitação egóica não permite que se veja até onde esse problema individual pode chegar e afetar.

Quando eu tive a DPP - depressão pós parto - eu não fui a única vítma. Em paralelo e ao mesmo tempo, abalou toda minha família, minhas relações sociais e profissionais. Foi "um" "problema" "meu", pois foi desencadeado em mim, mas, atingiu a todos ao meu redor.

Uma relação familiar conturbada - pais negligentes, etc - atinge, não apenas a algoz - que também é vítma, nem que seja de si mesmo - e a vítma, atinge que estiver ao redor e as relações futuras. Num casamento, a gente acaba vivendo os reflexos das dores de toda uma vida - tanto da gente, que emerge, quanto do outro. Esquecemos que o outro também é um indivíduo, como eu, você... ele é um EU e eu passo a ser o outro.

Vamos parar com essa atitude infantil de manter a crença de que somos seres isolados. A teoria do caos está aí para nos fazer ver que, na prática, tudo está interligado, e, como diz a referida teoria: "se uma borboleta bater as asas na África, pode fazer chover no Paraguai"... O mundo é uma rede. Todos estamos interligados de alguma maneira. E todo fazemos parte da mesma vibe: humanidade. Mesmo que esta, coitada, tenha se tornado um grande problema... Origem/causa e consequencia do caos social universal: nós, cada eu, cada tu, cada ele/ela, cada nós, cada vós, cada eles ou elas...

Inter, conectados, plugados, linkados... unidos. Quando vamos cair na real e nos atentarmos efetivamente para essa realidade supra real?

Nós, a soma dos EU´s coletivizados, somos responsáveis por cada EU e por cada nosso, cada deles/delas, cada vossos. Nós somos responsáveis por transformar nossas vidas em algo melhor e, assim, melhorar o mundo ao nosso redor.

Por isso que sempre repito a importância de

DEIXARMOS UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO, partindo de cada um.

Vamos assumir a responsabilidade de ser feliz, agora. A cada novo segundo temos a oportunidade de começar algo novo, nem que seja escovar os dentes com a outra mão - risos.

Beijos e abraços,

Pat Lins.

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