No calor das emoções, o melhor é não tomar sérias ou irreversíveis decisões. O ideal é deixar "a poeira baixar".
Olha, aprender a lidar com o impulso é muito complicado. "Ele" - o impulso - ou "ela" - a impulsividade - aliado ao orgulho, que ama insuflar o ímpeto, através de ações impensadas e não refletidas, desencadeiam uma verdadeira tempestade... num copo d´água. Tudo passa a ter a cara e as cores do "pior", do "sem solução" - através da solução radical -, do "acabou! Chegou ao fim!"... do fatalismo. Nos privamos do benefício da dúvida e da possibilidade de parar, ver, pensar e agir.
Em alguns casos assim - onde a impulsividade ganha espaço -, passada a crise, "baixada a poeira", a sabedoria deseja se manifestar e, com a "cabeça fria", conseguimos enxergar o que a venda da afobação nos impediu. Recuperados da cegueira momentânea, avaliamos os prejuzos e, em muitos desses casos, não há mais volta. A impulsividade é mãe, irmã, coligada, colada e conjugada com a imaturidade - e isso independe de idade cronológica...
Entretanto, lógico que, se algo está incomodando, agoniando, estressando, sugando as nossas energias vitais, nossas forças diárias, sinal de que tem alguma coisa aí gritando por "socorro, preciso de reparos". Algo está fora do lugar, requerendo ajuste, reajuste... SOLUÇÃO.
Em meio a uma crise conjugal, estava disposta a ceder ao impulso, jogando toda a "culpa", no outro... Muito fácil e caminho mais comum a ser tomado pelas pessoas comuns... Foi quando, diante de vários entraves, não conseguia concluir meu "objetivo" e, acabei desabafando com uma grande amiga - ao contrário de outros, que, sem experiência de vida, sem saber o que dizer, se colocavam ao meu favor (algo natural) ou, me davam "lições de moral" do alto da inexperiência de vida e/ou de vida conjugal, o que me soou como engraçado... até fazer confronto, uma outra amiga me sugeriu, com ela a frente, para que eu visse e entendesse que "a mulher sábia edifica o lar"... ou seja, se a relação estava ruim, a culpa era minha, porque mulher precisa saber que sua indidualidade não pode ser mais importante do que as imaturidades e desequilíbrios do marido... Enfim, coisas de amigos que, apesar de sentimentos sinceros, são pessoas, né?! São humanos... - mas, ela, uma amiga humana, cheia de defeitos, como qualquer outra pessoa, porém, que sabe respeitar o espaço do outro, sabendo que o outro é que sabe de si e onde o calo aperta, e, apesar de ter sido casada três vezes, defende a felicidade como forma de vida, mas, de maneira plena, ou seja, "tente todas as soluções antes de tomar uma decisão", apenas me disse:
"Minha querida, se é o que você quer, vá em frente e siga seu coração. Mas, se você puder esperar um pouco, não tome decisões sérias e definitivas em meio a uma crise. Daí, depois que tiver certeza e segurança do que quer, vá em frente! Se o que incomodava continuar incomodando, se ele - a situação incômoda - for 'O' problema, resolva da melhor maneira..."Isso, para mim, é sabedoria - . Por isso que amo meus amigos, porque cumprem o papel de nos completar, de nos fazer pensar, de nos fazer nos ver. Cada um com sua opinião, alguns tão radicais e imaturos quanto eu; outros querendo estar acima de mim, através de uma "sabedoria" criada, de que "me" conhece... Enfim, essas diferenças é que me fizeram ver que identifcar o problema real é o primeiro passo. Em meu caso, que não vem ao caso entrar em detalhes, existe um problema real, que já veio comigo e que acaba sendo alimentado por outro problema real que é a outra parte... Uma nova amiga - risos - pessoa fantástica (olha, apesar de tudo em minha vida que reclamo, só posso agradecer a Deus pelos amigos que me dá, viu?! Nooooosssssa, cada pessoa espetacular!), que já é divorciada, me deu seu exemplo, que não foi impulsivo, mas, que,quando se tem filho pequeno, precisamos pensar muito mais... Só em caso muito grave separar, mesmo. Não. Ela não me disse para "comer o pão que o diabo amassou" pelo filho, afinal, isso é reproduzir o padrão comum de que ninguém nasceu para ser feliz...Ela apenas afirmou a importância de assumirmos a responsabilidade pelo novo ser que emerge diante de nós, e que, se trabalhar é de extrema importância. Nada de usar a criança como escudo, mas, nada de passar por cima de que ela existe e precisa ser levada em consideração. Equilíbrio.
Isso me fez ver que não é fácil assim, apesar de simples, dar o PRIMEIRO passo... por isso que ele é tão importante. Se permitir ver "onde" e "qual" é que vai nos fazer ver se a crise está em nós, fora de nós ou ambos - risos. Ainda, se existe crise, mesmo. Identificar o problema quer dizer: CAUTELA, para não tomar decisões preciptadas e possíveis arrependimentos tadios. Fora a maneira menos dolorosa de se resolver, como feridas abertas, mágoas, ressentimentos... tudo que fecha portas para uma boa relação pacífica.
O SEGUNDO passo, que pode preceder o primeiro, ou, vir em paralelo, é procurar TIRAR O PESO EXTRA, é pesar e ver o PESO REAL - no mínimo, tentar não aumentar. Aquela história de não carregar nas tintas... Se conseguirmos, pelo menos, não dar mais peso do que já tem, o caminho pode ser menos árduo, menos conturbado - a depender do caso - e, abre-se para mais chances de elucidação. Afinal, eu, o que quero, é resolver O problema, não criar outro... Muita gente se permite, com extrema facilidade, apenas se apegar à polêmica, ao lado negativo da situação e "joga lenha na fogueira", em vez de se dar o esforço e o trabalho de apagar o fogo, para evitar um incêndio, evitar uma catástrofe. Mania de querer destruir tudo, em vez de ver a melhor maneira de se resolver!
TERCEIRO, que também vem juntinho com o primeiro e com o segundo, é RESPIRAR. Se permitir respirar, oxigenar o cérebro, organizar as idéias, apaziguar o coração velho de luta e a mente, através da mensagem SINCERA e HONESTA de tudo está bem, de que tudo passa e de que tudo tem solução - ou, vai se resolver.
Nesse caminho, ou esforço, para a tranquilidade, através da racionalidade - lembrar que é ser pensante faz bem - podemos chegar ao QUARTO passo, que, na verdade, pode ser o primeiro - imagino que esteja confuso... risos - RESOLVER. Na verdade, na verdade, tudo isso, cada passo, é só para lembrar que um problema precisa de solução, não criar outro e dar-lhe o nome como sinônimo de solução... Pois bem, sem afobação, sem pressa, sem raiva, sem orgulho inflamado, sem ego, sem pressão do "mal", com a cabeça arejada, calma e serena, sim, é mais viável se tomar uma decisão mais próxima do que insistimos em definir como CERTA - ai, como adoramos rótulos e julgamentos... tudo tem que ser CERTO ou ERRADO... e o que não é nem um, nem outro? O que apenas é bom para mim? Para nós?
Em verdade, em verdade, nunca saberemos, com 100% de "acerto" e sem margem de erros, se nossa decisão foi "A" certa, apenas podemos saber e nos conscientizar de que, seguindo os passos sugeridos, aqui neste post, que tomamo "A" melhor decisão que pudemos tomar. Tanto que o nome já diz DECISÃO, ou seja, escolher que caminho seguir... Escolher UMA e APENAS UMA solução. E aí, seja qual for a escolha, tudo muda e nada é garantia de suesso pleno e alegria para todos os lados. Importante é lembrar de que cada lado é responsável por si e, minhas escolhas, baseadas nos quatro passos que estou seguindo à risca, só querem ter uma mínima segurança de que tentei muitos caminhos, antes de bater o martelo de FICO ou SIGO. Não me baseio, nem devo, em como o outro deve agir. Mas, dentro de uma relação conjugal, que é o meu caso, o NÓS precisa ser muito bem harmonizado com os EUs, ou, melhor, com CADA EU. Existe uma teia que nos deixamos enredar e, aí, tudo nas relações humanas acabam sendo complexas, porque CADA EU neste mundão de meu Deus é um ser complexo... é da condição humana. Não adianta minimizar, mas, também, não precisamos perder o foco e partir para a "ignorância". Sejamos racionais. Deixar de ser complexo é muito simples, cada um de nós sabe o que é preciso, mas, não é nem um pouquinho fácil, é tarefa dolorosa e sangrenta.
O importante e o que quero, primeiro me dizer e, depois, compartilhar aqui, é que: HÁ TEMPO PARA TUDO. Decisões preciptadas são decisões fora do tempo real da solução. Para tudo a busca pela paz, pela verdade real, aquela que não tem a intensão de magoar, machucar ou pisar em alguém, mas, apenas de defender o direito de cada um ser feliz! Decisões precisam ser tomadas, principalmente, diante de tensões e crises. A diferença significativa é a base para tomada dessas decisões. Um impulso positivo é necessário, para dar o start. Mas, é aquela história, saber escutar o coração só é possível quando calamos a boca do pensamento e deixamos a neutralidade agir, para isso, só teoria e frases feitas não são suficientes, é preciso agir com prudência e sabedoria e, para tanto, só com CONSCIÊNCIA REAL. É muito comum a gente estabelecer uma "consciência ideal", onde acreditamos piamente que somos como pensamos e falamos incessantemente que somos assim para que acreditemos e para que nos vejam daquela maneira... Uma consciência real não exige grandes manifestações, é mais comedida e centrada, porque não é a manifestação de nossa carência, nem uma criação ilusória do ego... Em qual nível me encontro? No mais comum: o da "consciência" ideal... Ainda tento manipular minha imagem, assim como a maioria das pessoas. Você acha o quê? É por isso que escrevo tanto, para me ver de frente e ver o quanto ainda tenho para colocar em prática. Engraçado é que conheço uma gama de gente que me "ensina" tanta coisa, de suas lições de vida, que não passam de teroia de de apenas: eu li num livro... Para tudo o equilíbrio: ler, conversar, interagir, ouvir, pensar... agir. Mas, este último ponto é pauta para um próximo post, que, agora, está sob forte tendência de falar para uma pessoa, que ela não é como diz ser e que suas atitudes contraditórias são cansativas... por isso, evito contato frequente e me mantenho na distância saudável. Isso tudo porque eu estou no mesmo nível humano dela, e, preciso descobrir em mim, o que tanto me incomoda nela...
Bom, depois de todo tempo de esforço, o incômodo continuar, chega uma hora que a melhor decisão é qualquer uma, desde que saia da inércia, depois, entra no enfrentamento e guarde forças para o trabalho de reconstrução posterior. Paciência é uma virtude trabalhosa. Não é como a tolerância que não passa de desculpa para estourar... A tolerância, como a usamos, é muito parecida com uma mola sendo pressionada para fechar... Uma hora ela vai querer voltar ao estado natural, e aí?!
O ideal é se dedicar ao presente e ir resolvendo o máximo de coisa aqui e agora. Fecha as portas para o que passou e deixa a do futuro aberta, sempre. Segue seu rumo em paz e, se a(s) outra(s) parte(s) envolvida(s) que se encarregue de si e de se resolver consigo. Eu não posso mudar o outrooooo!!!
É muito melhor tomar uma decisão em condições de calmaria do que em clima de turbulência. Se tem um conselho que me dou é: manter-me no centro do furacão, até saber como agir e para onde ir. Ao mesmo tempo, o tempo vai passando e os fatores externos vão perdendo força e intensidade. Mas, não é deixando o tempo correr solto, é crescendo dentro da dificuldade. Porque, assim como tudo passa, o que não foi bem resolvido, volta, de um jeito ou de outro... Há que se trabalhar.
Se o que gera o problema foi uma decisão preciptada, ao menos, para a solução, permita-se acertar com calma e cuidado. Às vezes, para resolver um problema, precisamos sair dele... Para isso, precisamos identificar se ele é o problema real... Ou, afastar-se para ter o ambiente saudável para refletir. Mas, precisamos, estar com os corações mais abertos.
E aí, estamos afim de
DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO?
Sim ou não? Só temos duas escolhas! - risos.
Agora, tenho que tomar a decisão de parar por aqui...
Beijos,
Pat Lins.
Pat Lins.
Passei Por Aqui,
ResponderExcluirBastante Li,
Muito Aplaudi,
Peguei Um Imagem
Sem Pedir e Feliz Parti!!!
Lindo Dia A Ti!!!
Bjão No♥
Grata, Pequena Poetisa-Vana Fraga