Todo mundo já se deu conta do quanto somos superficiais e nos permitimos assim ser, baseados na premissa ou justificativa de que "é assim mesmo..."?
Pois é, a historinha de hoje começou há algum tempo, quando soubemos que meu irmão iria se formar no dia 18 de junho de 2010. Mesmo sem dinheiro e vivendo o dia-a-dia, sabiamos desse dia... Como todo bom brasileiro - principalmente, baiano - falávamos e aguardávamos esse dia, afinal, como qualquer ser humano, nada melhor do que uma festa, regada a muita comida e bebida, para confraternizar e come(bebe)morar nossas vitórias. E uma formatura é uma vitória sempre. Conseguir entrar é mais fácil do que chegar ao final e concluir. Isso, desconsiderando qualquer outro assunto correlato ao tema FORMATURA, onde, não se sabe o "futuro/presente" que nos aguarda. No caso de meu irmão, não, porque tem a garantia de um emprego, e, com ele e sua escolha, viver outras dificuldades - e muitas - que sua nova profissão exige... Mas, voltando ao meu ponto/drama da vez: neste exato momento, muitos estão ainda se recuperando da noite de ontem e se preparando para a de hoje - onde continua a festa - e eu e meu - até então - marido acordadíssimos, desde as 07:30h a.m., graças a nosso filhotinho e sua energia super, hiper, mega acelerada, e que não podia dormir um pouco mais... mesmo tendo ido dormir mais de 01 hora da madrugada e ter aprontado horrores - e, para muita gente: "que menino bonitinho e esperto" com suas tiradas e seu nunca parar quieto durante a solenidade... Pois sim, ele não só acordou como já acordou "agradando" ao aumento de estresse. Foi ao sanitário, fazer seu xixi da manhã, quando, eu não escutei o retorno no tempo hábil - normalmente, o deixo ir sozinho, por uma questão de respeito e estímulo a individualidade dele e iniciativa, eu "apareço" na porta do recinto segundos depois, só para conferir se está tudo em ordem... coisa que nunca está! Detalhe, quando cheguei, ele estava ensopado da cabeça aos pés, tomando banho no lavatório. Não, não sou o tipo de mãe lerda, sou do tipo agoniada e colada, para evitar que ele se machuque de verdade... infelizmente, não posso agradar aos críticos de plantão que dizem: "tem que deixar o menino, Pat..." e, depois, esses mesmos seres de outro mundo - ou, eu que sou - diante das "pintanças" exageradas e incansáveis de meu pequeno, sabem gritar logo: "vou chamar sua mãe, viu?! Vou chamar Pat para te pegar...PAAAAATTTT, pega Peu aqui e vem ver o que ele está fazendo..." - o lance mais triste, é que eu sei que a responsabilidade em educar meu filho é minha e não estendo para ninguém, mas, são todos "tão" "solícitos" que nem percebem como agem e "Pat" é sinônimo de "mãe chata/bicho que pega se você fizer coisa errada"... não, não espero que essas pessoas se dêem conta, são rasas demais para alcançar o mínimo grau de consciência em suas vidas, imagina se saberão lidar com o respeito ao espaço e maneira de agir dos outros? Somos todos assim, ou não?! Pois sim, eu não posso "dar mole" com Pedro, porque é melhor prevenir do que remediar e com crianças como ele não se vacila, porque eles aprontam e aprontam muito! "Toda criança saudável é assim, Pat. Você preferia que ele fosse doentinho, todo parado..." Outra frase impensada que me dizem achando que é "consolo"... Pedro é "hiper-ativo". Não - preciso ratificar sempre - não é daqueles que precisam tomar remédio, o que exige muito mais de mim... educar um filho "hiper inteligente" requer esforço acima das limitações... Seguro a onda, mas, não nego que é exaustivo, nem deixo de explodir. Vivo uma incoerência: Peu veio acelerado e eu, após seu nascimento, após tomar uma rasteira da DPP, perdi o rumo e desacelerei... não vou falar muito sobre isso, porque, apesar de ter a ver com a origem do meu desgaste hoje, me cansa descrever...
Vou começar logo um novo parágrafo, para me obrigar ir direto ao ponto: REGISTRO FOTOGRÁFICO - REGISTRO DE UM INSTANTE PARA SEMPRE. Para ir a tal festa - sim, estou muito feliz pela vitória de meu "mano", mas, uma coisa não anula a outra... parece que ao admitir todo meu desgaste, estou infeliz com o que ele, merecidamente, alcançou... quando, na verdade, não é... Tenho esse cuidado, porque sei como nós, seres humanos e imperfeitos, somos naturalmente cruéis e amamos levar tudo pelo lado "conveniente" e de acordo com nossos próprios conteúdos. Poucos de nós consegue olhar o outro e dizer: "ele está dizendo isso e é só isso, como ele está dizendo". Não, a gente vê e ouve o que o outro diz e interpreta de acordo com nossa história de vida, nivelando tudo por nós mesmos... Por isso, temos tanta dificuldade em crescer, porque amamos ser tacanhos e pequenos. Existe um grande prazer em ser cruel e "mau", mesmo debaixo de palavras que contradizem nossas ações - falamos que "estamos aí, para o que der e vier" e agimos como quem está fazendo um favor para alguém pior do que a gente... O fato é que, ao mencionar que, apesar de estar sem dinheiro - e toda minha família está... agora, todo mundo usou cartão de todo mundo, para "resolver" problemas imediatos e ninguém pensa no futuro... Ah, é verdade, vão jogar nas costas de meu pai e se ele reclamar por não aguentar tanto peso, ainda está errado, porque "ele pode pagar"... Ai, ai... minha família é como a sua e como a de todo mundo: a gente se ama, se entende, mas, se desentende - sem poder falar que se desentende, porque é feio desentendimento entre família... - e, no fim, tudo certo, porque estamos todos juntos - isso lá é verdade, estamos juntos, mesmo. Mesmo, cada um agindo por amor e entrega, a necessidade de falar por trás existe e se fala, sim... Claro, somos humanos. A dificuldade está em compreender que somos assim por natureza e, por opção, podemos mudar, crescer... mas, essa escolha é um caminho de dor, de incompreensão, de medo... "cruz credo" mexer nesse tendão de aquiles familiar de toda família que se preze. A gente propaga em atitudes que amar não sustenta verdades, porque verdades doem e machucam. Daí, a permissividade em ser solidário na frente - e eu acredito que de coração, sério... a questão é que a necessidade do ego, da vaidade também existem... dentro de nós, coexistem sentimentos nobres e pobres e sim, eles andam juntinhos... desvencilhá-los dói muito... fingir que eles - os sentimentos ruins - não existem, também dói, mas, como não se trata de uma dor consciente, ela não diz: "dói porque você é humano e a sombra e maldade intrínseca existe em você. Admita que é assim que depois melhora, mesmo o caminho sendo dolorido, mas, no futuro, vai ter supreado...". Para a festa do meu irmão, todos gastaram sem poder, mas, com o nobre sentimento - isso não é ironia, eu considero essa realidade acima de tudo, mas, apenas, não nego que existe o lado paralelo... - de querer confraternizar. Como no carnaval, a gente se joga na festa, vivendo apenas o lado de "curtir", como se, concomitantemente, as angústias, os medos, os temores, as limitações, as faltas... não existissem, elas, já, existindo. Já viu como nos apoiamos em argumentos fracos e frágeis de que esses momentos são importantes e são o "gás" para suportar o resto da vida... E assim está sendo com a formatura de meu irmão. Dois dias, um de solenidade e outro de festa a rigor... Isso quer dizer: mexer na vida e mudar o ritmo de todos - de novo, não estou culpando ninguém apenas constatando um fato. É o mesmo que dizer: "eu tenho que levar Peu, para tirar foto, porque, senão, no 'futuro' - que eu vejo como 'presente próximo', afinal, como o tempo passa, já, já, o futuro vira presente, já que futuro é tempo que não existe... - ele não diga: 'porque não estou aqui?" E, explicar que era porque ele era um menino ultra peralta não pode ser argumento aceitável, afinal, o melindre é uma característica humana e, por mais que seja negada e muitos torçam o nariz dizendo que eu estou sendo cruel, essa característica vaidosa não deixa de existir, ela ganha ainda mais força e, por "achar" que ele não gostaria de não se ver, eu vou, agunetar o trampo. Nossas sombras se alimentam da falta de luz/consciência que nós nos impomos, já percebeu?! Criamos um ambiente fétido de não se falar, admitir jamais, e acreditamos que somos como falamos. Quantos de nós oferecemos o ombro amigo e esperamos que quem se apóia, se utlize de nossas "proposta" de solução para resolver todos os seus problemas e, se a pessoa discordar, não quiser seguir... por trás - e, algumas vezes, declaradamente - esfregamos a nossa insatisfação pelo não cumpirmento de nosso comando de ação e ainda deixamos claro:"você vem, chora em meu ombro, eu te dou todo meu apoio, fico ao seu lado e te ajudo a resolver, para, depois, você não fazer o que te disse - leia-se: te mandei, mas, não temos 'peito' para isso - e continuar aí, sofrendo...". Onde está a solidariedade - já ia falar "solidariedade sincera", mas, para mim, a solidariedade real, aquela que poucos de nós sabe como e o que é, já é sincera... - e o ombro amigo? Onde está o respeito ao limite e às limitações do outro? Em meu caso, me refiro ao fato de que só ia à solenidade, afinal, um baile é para se dançar, curtir...e não é lugar para criança, mas, diante da "chantagem" da foto e diante de algum complexo, para mim, é melhor ir, do que não ir...
Voltando - vixe! Hoje quero falar tanto que os "parênteses" estão maiores do que a linha de pensamento... risos - para os instantes, que é o que quero falar. Viver o presente é valorizar os instantes - sempre falo isso aqui, porque é meu desafio e minha busca incansável - não é apenas posar para uma foto sorrindo e, anos depois, olhar e dizer: "que saudade do meu sorriso de outrora, onde fluía e eu era feliz..." - esquecendo que, muitas vezes, "naquele dia", naquele passado registrado por uma câmera fotográfica - eu amo fotos, regsitros de instantes... minha máquina sempre está a postos para registrar instantes de alegria - a gente estava um caco, mas, a alegria é uma sentimento tão forte, que transfigura a realidade e, já que estamos na chuva, vamos nos molhar... esse é o espírito do carnaval e é o espírito das festas que são fontes de energia para cada um de nós. Comemorar é sempre motivo de alegria, mesmo que oriundo de muita dor... Por que a gente não pode criar um clima favorável full time nos preparativos finais, em vez de alimentarmos o estresse e, na hora da festa, abrirmos aquele sorriso, através de aparências e cumprimentos necessários? Por exemplo, organização e antecedência. Deixamos TUDO para última hora e vivemos sem tempo - não nego essa realidade - e sem dinheiro para estabelecermos as reais prioridades. E, do que precisamos para O momento da festa, da solenidade, da confraternização..., só temos tempo na hora próxima da realização. E, se tratando de mulher, o caldo engrossa horrores e os homens - práticos de natureza histórica - não entendem porque a gente "gasta" tanto em salão de beleza, se somos "bonitas de natureza", mas, na hora da foto, no instante que fica, as olheiras não podem existir, afinal, no tal "futuro" - presente próximo - quando sentarmos para ver as fotos e relembrar os "bons" momentos da vida - no geral, desconsiderando os registros jornalísticos e sádicos, a gente só registra a "beleza" do instante fugaz... talvez, por carência de querer perpetuar a "imagem" de que sabemos ser felizes... - só queremos ver o "belo" e, uma maquiagem escorrendo, em consequência do suor, vira motivo de chacota - "ave maria, nem para uma foto você para de suar... toda borrada... ham, ham, ham, ham, ham (cara de nojo e nariz torcido)" - como se sudorese fosse questão de auto-controle... se assim o fosse, assim seria -; a ausência de alguém, que teve um motivo, naquele instante - afinal, a gente esquece que a vida não para e nem tudo acontece tão bonitinho só porque é dia de festa... ai, se fosse tão simples assim, o mundo se curvasse aos nossos momentos, aos nossos desejos, às nossas realidades... - se torna um agravante irreparável, já que o tempo não volta para tudo ser diferente e todos pudessem estar ali, naquela foto histórica. Somos radicais e cruéis porque somos infelizes, fingindo sermos felizes, em vez de buscarmos a real felicidade. Somos crítcos e ferozes porque queremos que nossas vontades e nossos problemas sejam maiores do que os dos outros, afinal "a grama do vizinho é sempre mais verde" e os problemas deles são ínfimos, perto dos nossos... Não é assim que pensamos com muita frequência?! FALTA DE RESPEITO é o que impera em cada um de nós.
Pois é, eu quero muito estar ao lado de meu irmão nesse momento de comemoração e concretização de mais uma vitória, e estou. Só que de uma maneira que eu não queria: por obrigação. Sei, sei, poderia ser forte e assumir a consequência das línguas ferinas em cima de mim, por não estar na foto, naquele momento... mas, eu nunca escondi que não sou assim... esse álibi eu tenhooooo! risos. Mesmo assumindo que não sou forte, há uma expectativa gigante de que "eu" seja melhor do que todo mundo - no caso, quando me refiro a "eu", não me limito a Patricia, mas, "eu" como qualquer pessoa externa a quem julga, que pode ser mais forte do que o crítico/julgador, que tem os maiores problemas do mundo... - e seja tão forte, que, mesmo admitindo ser "fraca" ainda está errada, porque "o que é correr atrás de Peu por alguns instantes e aparecer nas fotos? Melhor do que, no 'futuro', ele olhar e perguntar: 'por que eu não estou aqui?'" Talvez, porque ninguém veja a continuidade. Eu vivo todos os meus instantes para Peu, para protegê-lo dele mesmo e de sua aceleração. Me esforço para tentar impor um limite a ele, que, com toda a sua mega inteligência, questiona tudo. Entramos num ciclo: "criança só aprende com exemplos" - e isso só cabe para os outros - o qual acredito, sim, porém, não como fator único e isolado... - mas, eu estou em luta comigo, para mudar minha realidade, então, esses exemplos só serão os da luta... Pois é, os instantes com Peu são TODOS os meus instantes - e isso não é uma lamentação, é um fato. Porque, quando ele apronta, sou eu quem tenho que dar a punição, mas, na hora de interferir na educação e no meu processo, ninguém pensa assim... na verdade, ninguém pensa, só querem condenar. Meus instantes com Peu são constantes, onde, quando não paro para fazer xixi vem seguido de um conselho: "isso pode dar infecção urinária" e, quando sucumbo à necessidade fisiólogica e me dou o "luxo" de fazer o xixi, vem uma chamada de atenção: "cadê Pedro? Rapaz, você precisa ficar mais atenta... não pode vacilar com ele não. Peu é muito danado, todo cuidado é pouco..." Me pergunto: SOMOS TODOS LOUCOS OU NÃO?! Meus instantes são ter sangue frio e atitude de pegar Peu debruçado na janela da casa dos meus pais, num milésimo de segundo onde virei o rosto e ele correu - atestando uma incompetência minha, por virar o rosto sem adivinhar que ele iria para aquele lado... o dom da adivinhação que deve fazer parte da vida dos "condenadores de plantão" me falta... infelizemente eu sou dotada de uma condição humana que é não saber o que passa na cabeça do outro, neste caso, do meu filho, e poder antever o que ele vai fazer... - e subiu na janela. Tudo é tão rápido que respirar, pensar e agir se tornam um impulso de desespero e, naquele instante, uma súbita lerdeza me ajudou, quando tudo acontece ao mesmo tempo agora, andei calma e lentamente - não tinha reação para correr, diante do susto... outra incompetência humana - e, mesmo assim, fui rápida e ele não caiu do 14º andar, ao dar o impulso com seus pequenos pés e apoiado no para-peito da janela, com suas pequenas e ágeis mãozinhas, elevar-se do chão para ver se o pai estava chegando na rua... (oxe! vou ser condenada a forca, para o resto da vida, por ter perpetuado esse episódio). Naquele instante, apesar do mundo girar e o medo da consequência da ação dele ser fatal, o abracei, o desci da janela, o entreguei a minha mãe - que, também, vivenciou essa história com final feliz, graças ao meu socorro guiado por Deus, só pode -, me larguei no chão e chorei os meus dramas. Lógico, tudo o que está guardado vai junto... o choro lava tudo quando é assim, profundo e com muita dor! Me lamentei por ter nascido... Mesmo sabendo que não faz diferença... risos. Imagine, agora, passadas algumas semanas, o pior... Imagine a imprensa, os vizinhos, a justiça... a cobrança e culpa da mãe incompetente, que não soube cuidar do menor... sim, depois que o pior acontece, precisa haver um culpado... acidentes, incidentes são a falta de prevenção, de cuidado, de zelo... não é assim? O conceito se aplica na prática dessa maneira. Mas, na hora que eu grudo nele, para evitar acidentes, eu sou exagerada e não permito a liberdade da criança... criança essa que eu convivo e sei que é agitada. Criança essa que TODOS sabem que é agitada. Na hora que tudo dá certo, todo mundo foi colaborador e quer mérito. Na hora em que algo dá errado, todos dão o passo para trás e os pais ficam sozinhos, debaixo dos dedos apontados. Estou mentindo? Não estou culpando minha mãe, ela sempre está ao meu lado e o que seria de mim - literalmente - risos - se não fosse ela? Como citei sua presença no episódio/exemplo, pode ficar uma confusão... Para mim, é importante fazer essa ratificação.
Pois é, por conta de um registro fotográfico, a curtição do momento, que era a minha intenção, mesmo com as traquinagens de Peu e o desgaste natural e real meu e de Iuri, passa a ser uma "curtição" de protocolo. Porque, depois que os flashs se apagarem, todos vão cair na gandaia e a gente vai estar voltando para casa, por respeito à nossa realidade e após o cumprimento da missão REGISTRO DO INSTANTE da família feliz! Eu AMO minha família, mas, gente, amar não é nagar as mazelas, é saber que elas existem, admití-las e ainda assim continuar amando, resmungando porque fulando faz isso e aquilo, porque beltrano é assim e assado... A gente não sabe amar, nem, sequer, se permite tentar. Por conta de um instante de comemoração, desencadeia-se tanto estresse por má administração da realidade e má organização e respeito às limitações. Vários colegas dele devem ter endividado até a futura quarta geração da família, só para registrar aqueles instantes. Não, não condeno, nem julgo como erro, prezo aquilo que nos faz feliz... Isso dá gás e energia para se continuar vivendo e procurando sentido na vida. O que me entristece é a deturpação dos conceitos e da necessidade de agradar à rainha vaidade, que vem através do exagero nas cobranças e no querer ser o que não é, só para registrar um instante. Não, não é para tirar uma foto sério, com um "bico" enorme, nem lamentando as amarguras da vida... é para sorrir pela alegria de ver alguém ter vencido uma - ou várias - dificuldade (s). É por estarmos todos juntos, vivos e celebrando juntos... mas, as roupas, as maquiagens bem feitas e os cabelos arrumados são mais importantes para as fotos, porque vão registrar o belo - lógico que eu também sou escrava dessas exigências e até sinto prazer em me ver bonita, bem vestida... é uma alegria real... nada tem só um lado, dá para tirar proveito de tudo... Engraçado é que gastamos o que não temos e, o mais engraçado, é que vivo sem ter como ir a salão, porque, dentro das prioridades, é supérfluo, e, numa situação dessas, gastamos os tubos... o que dá para fazer em casa, eu faço... mas, não dá para fugir de tudo. A vida sempre nos chama a atenção, né?! O que é PRIORIDADE?
Estamos acabados de sono, mas, à noite, estaremos sorrindo para as câmeras, gritando e correndo atrás de Peu, estressando com o fato dele se aproveitar de ter muita gente por perto e isso "limitar" nossas "chamadas de atenção", por uma questão de "não fazer feio na frente dos outros"... Eu estarei lá, linda e bela, em cima de um salto altíssimo e finíssimo, com uma vestido longo emprestado - e isso, graças a Deus, não me incomoda... apesar de ficarem em meu ouvido para eu fazer roupa... consegui com San "Morris" - valeu Inas! - e é isso aí, a vida continua e amanhã tem jogo do Brasil, pela copa do mundo; semana que vem é São João e vamos curtir... Não, não suporto licor e odeio as bombas, mas, amo festa junina, os comes deliciosos e o clima de interior, a diversão. Apesar de minha busca profunda e dolorosa do auto-conhecimento, do crescimento pessoal, das quebras de padrões e paradigmas, ainda mantenho muito do meu lado raso, sucumbindo a arquétipos e alimentando meu inconsciente coletivo, reproduzindo os padrões de meus ancestrais - me refiro a família antes da atual que veio antes e antes e antes... de sempre... desde o início, onde tudo começou e a gente não faz idéia de onde e quando isso se deu... - e continuando sendo eu limitada pela balança de "o que dói menos, hoje" para poder mexer... E vamos, que vamos!
Agora, me diga se somos seres isolados; se nossas ações são de hoje ou "de hooojjjeeee"; se somos só nossas características pessoais, ou soma de um zilhão de influências e interferências, contribuições, atribuições e etc?! Responda sem pensar: QUEM É VOCÊ? Continue sem pensar... Dói se ver, se encontrar... porque, com certeza, primeiro, vai se culpar e só quando perceber que não precisa se culpar e olhar o daqui para frente, colocando em prática esse exercício diário e eterno, de viver e resolver toda e qualquer pendência - RE-SOL-VER, não é gerar polêmica e sair debaixo se fazendo de vítma... é RE-SOL-VER, vai além de só identificar o problema, inclui encontrar a solução e aplicá-la da melhor maneira possível - pelo simples fato de se permitir a leveza, em vez de carregar nas amarguras e prejuízos.
XIS! OLHA O PASSARINHO! SORRIA, PORQUE A VIDA É BELA!!! E, SE TUDO FOSSE UM INSTANTE FOTOGRÁFICO, O QUE VOCÊ GOSTARIA DE REGISTRAR? VAMOS VIVER AQUILO QUE QUEREMOS APENAS, REGISTRAR. ASSIM, REGISTRAREMOS INSTANTES CONSTANTES DE BONS MOMENTOS!!!
"VAMO" LÁ, JUNTA TODO MUNDO PARA FICAR BEM NA FOTO! "VAMO" "CUMÊ" "MIO", PAMONHA, BOLO DE FUBÁ, "BEBÊ" QUENTÃO, ESTALAR UNS "TRAQUE", "DANÇÁ" COM SEU PAR... "VAMO" "GRITÁ" GOLLLL E "EXTRAVASÁ" COM AQUELE PALAVRÃO, A BOLA NA TRAVE OU O GOL DO TIME ADVERSÁRIO - QUE TEM TANTO DIREITO DE FAZER GOL, QUANTO O NOSSO, MAS EU TORÇO PELO NOSSO..."VAMO" SER FELIZ EM CADA INSTANTE!
Vamos, porque esses bons momentos também passam. Vamos, porque até o cansaço passa. Vamos, porque não dá para ficar, nem para voltar. Vamos, porque é melhor ir do que ficar parado! - risos.
VAMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO!!!
E, Senhor, livra-nos de todo o mal! Amém!
Divirtam-se! Registrem mmuuiiittooo esses bons momentos, eles fazem parte! Boas festas! E um "presente próximo" repleto de coisas boasss!!! - ops! Ficou parecendo Natal, né?! - mas, é sempre bom desejar coisas boas... desde que venham assim, do coração... não para PARECER bonitinho e bonzinho. Foto é para isso: registro de imagem, de instante. E imagem é isso: o que e como a gente quiser que ela seja! Talvez, quem sabe, a gente, um dia, alcance, na prática, ser como congelamos diante do "clique".
Pat Lins.