Já percebeu que todo mundo fala que ama, sem se dar ao mínimo trabalho de amar de verdade?
Mãe que "aprisiona" o filho em nome do amor... por não querer ver o filho sofrer... na verdade, poupa-se do sofrimento de "falhar"... falhar? Toda mãe falha! Lógico, somos humanos. Não posso privar meu filho de ser um indivíduo com a desculpa de que "o amo tanto que o protejo"... e depois? Depois, ele vai ter que viver a vida dele sem "anticorpos", sem força... o "organismo" será frágil e com baixa imunidade. Não, não falo de gripes, viroses e afins, falo de estar com base para a vida.
Amor em excesso também é sobra. Na verdade, falta. Falta de amor próprio e força para dar força, daí, sugam-se as forças dos filhos na pseudo-crença de "os" estar protegendo... Galinha é que coloca os pintos debaixo da asa... mas, eles crescem e não cabe mais. Eu me descobri uma mãe devoradora, mas, bem a tempo de me esforçar e me trabalhar pela luz e força do verdadeiro amor, aquele que incentiva, sem prisão; aquele que protege, sem podar; aquele que liberta se colocando ao lado, para o que der e vier; aquele que aposta, porque crer que seu filho, como você, como eu, tudo pode. Ou quase tudo. Dar limite é uma coisa, engolir é outra.
Não posso tapar os meus buracos com o corpo do meu filho... por mais que doa - dói porque cai nas malhas do autoritarismo... a maioria das mães são autoritárias e controladoras... a gente acaba se achando "dona" das crias...
Uma amiga me disse: "Pat, Pedro é. Ele é um indivíduo. Ele é uma pessoa. Vai acertar, vai errar..." e é verdade. Todos nós somos. Eu sou. Você é. Ser é único, é individual. E isso me faz ver que a maioria de nós não sabe amar. Ama pela metade. Ama em parte. Amar é libertar! Como se liberta prendendo?
Gente, nossos filhos são como sementes, a gente joga na terra, cultiva, mas, suas características são próprias. Elas crescem, sem a gente perceber... elas crescem, mesmo que nosso desejo é que sejam eternos bebês. Somos imaturos demais. E muita gente se ofende com esse meu comentário de auto-constatação. Por que dificultamos tanto, em nome das nossas dores? Para quê manter a dor em vez de libertar-se? Como disse William, um amigo de um amigo, em seu blog (TV de Cachorro - http://tvdecachorro.blogspot.com/):
"...Ainda me reconheço no espelho? Sempre queremos nos conhecer. Saber quem se é parece funcional. Mas eu, bem lá no fundo, naquele lugar de nossa alma que nunca ousamos ir, pois dali em diante não se sabe voltar e o que segue parece gigante e misterioso, bem nesse canto velado da alma, eu torço contra o que todos querem: eu torço para me desconhecer."
Eu, também quero me desconhecer. Aprender a amar passa por aí. Precisamos nos libertar do que nos fizemos. Precisamos ser. Ser quem somos. Que medo é esse que temos de ser feliz? Querer ser feliz parece uma ofensa. Ser sofredor dá status... dá mérito. Ser feliz é sinônimo de "frieza" ou "insensibilidade". Na cartilha que rezam por aí, só ensinam que não devemos ser egoístas... porém, o caminho é justamente o contrário. Não precisamos ser egoístas, mas, antes de tudo, sermos! Se eu não sou, como vou ser o que você quer? Não existo! Ops. Confunde. Somos, em nossa maioria, isso: seres confusos. Nos ensinam um amor egoísta, aprisionador e dizem que amar, sendo feliz, sendo livre é egoísmo.
Eu descobri, a duras penas - por opção natural de minha cabeça dura - risos - que a gente precisa ser essa tal "frieza", não por descaso, mas, por imposição de espaço. Precisamos nos desprender do externo - sem pisar, sem magoar... mesmo que magoe... impossível controlar o pensamento dos outros... Precisamos nos desconhecer para aprendermos do zero. Ou quase... no mínimo, aprendermos e mudarmos em cima do erro detectado. Olha ele aí de novo: O CONHECIMENTO. Precisamos tomar consciência. Como nos conscientizarmos se tememos... tememos a dor e vivemos com ela. Sabe o que penso? Que nossas mentes - e consequentemente nossas atitudes - estão travadas porque nossos corações assim o estão: travados. Nesse entrave, descobri que dentro do nosso coração existem várias chaves. Uma para cada situação. Mas, tem uma que é a chave mestra... essa está bem protegida. Ela cura tudo. Todos os males deixam de existir... mas, crescemos aprendendo a escondê-la. A gente cresce aprendendo a se fechar... tudo ao contrário, já viu?! Para ser adulto, precisamos negar a criança... engraçado, que os nossos maiores traumas, complexos, dores e afins vêm de lá... e negá-los, escondê-los, fingir que não os vemos é conviver com a dor... com a auto-solidão. Nos privamos de nós mesmos. Do melhor que podemos ser. Não me refiro ao melhor como fazedores de fortuna em dinheiro...me refiro ao melhor como pessoa, porque, no início e no fim é isso que conta: quem somos; como nos fizemos; como somos... e, como queríamos ser. Desejos, pré-formatações, medos, criações... quem somos de fato? Em essência? Dizem que fomos criados para sermos a imagem e semelhança do Criador (mas, veja, semelhança, viu?! E nós a Ele, não Ele a nós...) e levamos isso ao pé da letra, como corpo físico... eu entendo que "imagem e semelhança" queira dizer em evolução, em crescimento pessoal, mental, emocional e espiritual - independente de religião... quem procura respostas nas religiões, vai encontrar mais perguntas... as religiões são um caminho, para quem nelas se encontra e são tocadas... e se busca respostas, exatidões, vão encontrar em si, em seus corações, em nossas almas. Não podemos continuar jogando no outro a responsabilidade de nossa felicidade. Nenhuma religião é capaz de dar o exato caminho que devemos seguir... podem falar do que Jesus fez e se não colocarmos em prática, só vamos saber, sem nada fazer e continuaremos a perguntar e esperar "respostas"... ai, ai. Pois bem, a imagem e semelhança do Pai é no aspecto intangível, abstrato... é o amor livre e a felicidade plena e em paz, em harmonia. Imagem e semelhança é a de ter o infinito como meta, como "limite". É crer e fazer. É viver cada momento, cada eterno momento.
Sinceramente, não acho que solução seja carne artificial ou árvores artificiais... e que medo, hein, dos arrotos dos bois e vacas... eles é que destroem o planeta com a emissão de metano, que é mais danoso do que o gás carbônico (grande conclusão dos grandes cientistas... e grande argumento dos grandes políticos das potencias mundiais... Copenhague 2009... bah!)... ora, nós não somos culpados de poluir, destruir... Precisamos ou não nos desconhecer para aprendermos a amar, a cuidar, a zelar e a construir? Precisamos aprender e muito, para ensinarmos, com ações reais e seguras, aos nossos filhos. Por isso que sempre levanto a bandeira:
VAMOS DEIXAR UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS E FILHOS MELHORES NESSE MUNDO - INCLUINDO-NOS, VIU???!!!
Pois é, mães, pais e filhos... temos uma grande missão nessa vida: VIVER! Difícil, né?! Difícil compreender que dificultamos tanto, assumir e transformar! Difícil não é impossível, certo?!
Amar é dar as mãos, não apertar para segurar... se é difícil assumir, é difícil querer crescer.
Um objetivo em comum não é um único objetivo. Vamos nos educar primeiro e educar nossos filhos da melhor maneira: com verdade, com amor, com liberdade - liberdade não é inconsequencia, viu?!
Pat Lins.
Pati, primeiro: Pode sim postar no seu blog o "para sempre e além", que escrevi lá no Tv de Cachorro. Fico muito lisonjeado...
ResponderExcluirSegundo: Viver é uma coisa de doido mesmo e é dificílimo, pois é aprender a amar! Não acho que há uma “forma certa” de amar, mas os homens descobriram várias erradas! Risos. E já disse Clarice Lispector: “A vida é igual em toda parte e o que é necessário é a gente ser a gente.”
PS. Seu comentário no meu blog dava um post muito bom mesmo. hehehe.
Já está postado! Parabéns e obrigada!
ResponderExcluirSim, o comentário também virou post... para amanhã - rs.
Beijosssss.
Puxa vida!! hahahahaha... mto show sua frase! "Mundo melhor pro nossos filhos, filhos melhores neste mundo..."Eu gostaria apenas de acrescentar algo que me veio ao coracao: Amar é deixar livre, mas o q se faz com essa tal liberdade se nao houver amor de volta? Amar é atitude unilateral e se beneficia dela quem ama unilateralmente, ou seja, sem esperar nada em troca. O liberto só se deleita na liberdade se aprendeu a amar com quem o amou.
ResponderExcluirDavie, é isso aí, messsssmmmooo! Eu penso assim: amar é via de mão dupla,no sentido de vc dar e receber, sem esperar receber. Mas, nos ensinam a "amar" mendingando atenção, afeto e retorno sempre... é como se a cada demonstração de amor, a gente tivesse que dar um feed back... quando, o amor é pleno em si, não exige retorno, pq ele, por si só, é cheio. O que falo com relação a mão dupla é que ao dar amor, planta-se amor e ao ver um resultado positivo, vc já recebe de volta, sem a pessoa amada ter que te dar o seu amor. O amor não é um valor pago a mais onde se espera troco, né?! É o que vc falou, ele é unilateral. O amor por si só é completo, pleno e vivo. O que não nega a premissa "é dando que se recebe", mas, precisamos aprender o que é o "recebe", pode ser a felicidade do ser amado, sem que o doador seja amado pelo seu ser amado. É essa a liberdade que também acredito. O amor traz respeito, compreensão e tanta coisa boa. Por isso que penso que quase ninguém sabe amar - nem eu - risos - porque a gente quer se manter grudado no "objeto" amado. Sim, o ser amado se torna objeto, posse... isso não é amor, é carência, é egoísmo... é tudo contrário ao amor. Mas, para ficar claro, para quem mais for ler... -risos - existe uma diferença enorme entre amar, libertar com largar de mão... isso, também, não é amor, nem liberdade, é descaso... a gente tem muito o que aprender, mas, o próprio caminhar já é um meio, né?! Obrigada pelas suas palavras. Seus pensamentos são maravilhosos. Me sinto super à vontade lendo seu blog. E, vamos lá, deixar um mundo melhor para nossos filhos e filhos melhores neste mundo, sim! risos.
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