Imagem : Olhares Sapo |
E voltemos na história. Quantas escravas passaram por isso, sem ter a quem recorrer, sem ter quem defendesse. Aconteceu algo parecido no Piauí e só soubemos em rede Nacional porque a ONU emitiu uma nota de repúdio... o que vivemos é um arquétipo mais do que cruel. Não se trata de machismo apenas, se trata de algo muito maior. Se trata de poder e empoderamento. O preconceito social, regional... Se trata de permissividade por algo que ninguém sabe quando começou. Se trata de antes da Bíblia ser escrita... é algo da era das cavernas, onde os homens arrastavam as mulheres pelos cabelos para possuir. Assim como viam uma carne e seguiam os instintos para devorar, assim o faziam quando viam uma mulher. Sempre fomos objeto de satisfação e posse. Por mais sutil que seja, os homens sentem que mandam na gente. Os muçulmanos praticam esse crime ediondo em suas mulheres. Jesus salvou uma mulher de ser apedrejada. Jesus foi questionado porque permitia que uma mulher o seguisse e porque ele dava atenção a ela como aos seus apóstolos. Maria Madalena foi essa mulher que representa a liberdade de ser mulher, por ser humana tanto quanto os homens, mas o negócio era tão feio que ela nunca pode entrar num livro bíblico, tendo ela escrito e passado a verdadeira mensagem do Cristo. Hoje, se reconhece que existe esse livro apócrifo. É algo que não faz o menor sentido. Algo reforçado pelas religiões. Algo reforçado pelo interesse que assim permaneça.
Até quando? Já avançamos muito, mas falta o essencial : respeito real e natural pela igualdade de direitos. Que fisicamente somos diferentes sabemos. Porém, essas diferenças não justificam uma supremacia "macho alpha" sobre a sociedade.
Nossa sociedade está bem refletida no padrão insano de "linda, recatada e do lar" que para muitos apenas uma piada, para outros apenas um ponto de vista e cultural... para nós, um perigo e alerta.
A culpa é sempre do algoz, não da vítima. Que fique bem claro, minha gente. Nada justifica a brutalidade, um atentado desse nível. NADA! Que a menina estivesse nua. Não estamos falando de relação sexual. Estamos falando de ESTUPRO, de agressividade, de uma quase morte, porque o que aconteceu não foi o prazer sexual mas um gozo desgraçado pelo poder que aquela posição lhes deu: o poder de destruir. Foi uma ode à crueldade, insanidade. Um deleite sádico de ver o sofrimento do outro, a vida de uma menina nas mãos deles. Poupem-me de justificativas vazias. Se fosse um cara sendo seduzido por ela, seria relação sexual consentida. Se fosse um joguinho barato de sedução uma das partes teria direito de escolha. Não foi isso. Não foi algo que tenha justificativa. Não há razões. E uma mulher muçulmana, que anda de burca, quando um desgraçado e desalmado desses estupra? Para piorar, ela ainda sofre mais estupro, o estupro corretivo, coletivo,permitido pelo pai e lela lei porque se um homem chegou a esse ponto foi porque ela pediu. Ou seja, a culpa é dela? Covardia!
Para meu filho, sustento a importância de se respeitar qualquer pessoa, não entro pelo gênero porque não buscamos segregação, buscamos o respeito natural do Ser com outro Ser. E não é tarefa fácil nadar contra essa correnteza e loucura estabelecida.
Sejamos as semeadoras de tâmaras em forma de filhos e filhas com valores e virtudes.
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Patricia Lins
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