sábado, 29 de dezembro de 2012

NEM PENSAR!


A grande questão do respeitar o outro não é o "não falar". É o nem pensar - nem julgar, nem condenar.

Pat Lins



sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

FALA E AÇÃO

Dizem que mais do que palavras são as ações que contam. Será? Será que conseguimos agir como queremos? Quantos de nós acaba sendo mais social do que individual e se deixando levar mais pela expectativa do que o outro vai pensar?

Tudo bem, essa atitude denota muita coisa, inclusive fraqueza. Mesmo assim, será que apenas uma atitude isoladamente fala tanto assim, a ponto de valer mais do que uma boa conversa?

Sei não... para mim, a franqueza está num conjunto do saber lidar e entender que somos mais do que fala, do que o que fazemos... está mais próximo do conjunto de como falamos, o que falamos, como agimos, quem somos. Se nos permitirmos sermos nós mesmos, seremos capazes não só de agir desarmadamente, como de aceitar e respeitar mais o espaço do outro.

Não é apenas o que falamos, nem como agimos que fala de nós... é preciso muito mais de nós mesmos em nós.

Pat Lins.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

ONDE A VIDA ESTÁ?


A Vida está em todo lugar onde a gente está.

Não entendo como algumas pessoas dedicam as suas a perseguir os outros e querer viver a vida alheia...

Ninguém precisa querer viver a vida do outro, basta entender e querer melhorar a própria. 

Vida, cada um tem a sua. Cuide, antes que o Tempo passe e você só se dê conta no final...

Onde a Vida está? Onde você estiver, parar, se ver e olhar. Aceite para transformar!

Ninguém precisa querer tomar a vida do outro, basta melhorar a sua dentro de si!

Pat Lins - por dias melhores para a Vida dos outros... aff!

sábado, 22 de dezembro de 2012

PEDIDO DE NATAL - Pat Lins


Querido Papai do Céu,

este ano, meu maior desejo é levar às pessoas que amo mais do que presentes. Desejo levar todos os tempos: passado, presente e futuro, embrulhados pela Vida, para montarmos a nossa colcha de retalhos de Vida. Afinal, a Vida é a união de TODOS os tempos que vivemos. Exceto o futuro do pretérito... Esse, apenas deveria ter sido e nunca foi. Não existe.

Do passado, que venham as boas lembranças e lições que cada um de nós teve e que nos dá forças para acreditar que todo problema, um dia, passa - quando encontramos a SOLUÇÃO VERDADEIRA. Do passado, clamamos que se faça o presente, pois passado é tempo posto e as BOAS LEMBRANÇAS e as BOAS LIÇÕES, bem como os APRENDIZADOS, sim, esses são TEMPOS ETERNOS! Esses tempos estão em cada presente no momento que é presente, depois, passa e um novo presente chega e se faz e se eterniza!

Presente. Ah, presente! Você está em todos os tempos. Você, sim, é a eternidade. O eterno é tudo o que passamos, o que vivemos, o que estamos vivendo, a viver, o que viveremos. Aqui e agora é tempo de começar. Aqui e agora é hora de plantar, de regar, de colher. No presente, é tempo para tudo. Ele é o momento do encontro entre o plano e a ação. Ele é o retalhinho de cada dia que traz o que se foi, o que é e o que virá. O presente é mais do que valioso, é valiosíssimo!

Para o futuro: o desejo de que o bem se propague; que o amor aumente; que a alegria seja alcançada; que a felicidade seja atingida em diversos momentos, como disse Guimarães Rosa: “Felicidade se acha é em horinhas de descuido”. Então, que nos descuidemos de tanta coisa ruim que carregamos, para que essas horinhas tomem a maior parte do nosso dia, na prática diária de se viver. Que nosso futuro seja resultado de presentes bem aproveitados e bem construídos, bem vividos e repletos dessas horinhas de descuido onde essa tal felicidade se encontra e se manifesta.

Que cada amanhã, tenha sido um presente valioso! Assim, aprendemos que conjugar os tempos do verbo VIVER se faz em cada presente, em cada AQUI E AGORA!

Que a SABEDORIA seja um dos pedidos mais pedidos aos céus e, melhor, que a alcancemos – ou, a conquistemos com cada dia a dia bem aproveitado!

Que a mesma estrela que levou os três Reis Magos ao menino Jesus, ilumine nossas mentes, nossos corações, nossas almas, nossos EU´s, nossos caminhos e nos leve ao Pai. Foi para isso que Seu filho nasceu e morreu: para nos lembrar o que realmente importa: O AMOR, O BEM MAIOR!

FELIZ NATAL! UM 2013 DE RENOVAÇÕES, INOVAÇÕES E EVOLUÇÕES!

Esses são os pedidos, os desejos, a VONTADE de Sua filha para mim e para TODOS os meus IRMÃOS e IRMÃS, a fim de DEIXARMOS UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSO FILHOS E FILHOS MELHORES NESTE MUNDO!

Pat Lins.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ÁGUAS PASSADAS, SÓ SÃO PASSADAS DEPOIS QUE PASSAM...


Engraçado que muita gente adora dizer: "isso são águas passadas". Só podem ser passadas depois que passam, porque enquanto não passam, são águas presentes.

Dar um tempo e distanciar o espaço ajuda permitir forçosamente que essas águas, de fato, passem.

Para quem não é sábio - ainda - e não tem força emocional para dar conta de tanta coisa, o ideal é não confrontar. Estabelecer uma DS - distância saudável - pode colaborar e muito, desde que tenha a clara intensão - ou definição - do que quer e se entenda que DS não se trata de afastamento eterno. Pode-se haver uma ruptura, caso os elos sejam frágeis. A DS é um tempo e estabelecimento de distância para se recuperar as forças, para poder respirar e se regenerar. 

Nada disso vai mudar o outro. Nem é essa a intensão. A idéia é SE transformar. E, nesse processo, dar-se esse tempo livre de sugadores, loucos insalubres e etc. Bom é saber se nós também não somos um desses loucos... Mão na consciência. A do outro muitas vezes é notória. E a nossa? Arrogância, ansiedade, presunção, falta de humildade, vaidade, orgulho, raiva, ódio... isso tudo em excesso é muita sobra...

Águas passadas, só são passadas depois que passam. Senão, são ondas ou tsunamis presentes. E enquanto dura é só destruição. Depois que passa, sim, avaliamos os prejuízos e as possibilidades para reerguer ou construir um novo. Assim eu penso. Assim eu vivo. Assim eu ajo.

Pat Lins.

domingo, 16 de dezembro de 2012

IGNORANDO A PRÓPRIA LOUCURA


Muitos de nós ignoramos os próprios pontos de loucura. Lógico, se fosse fácil assim, não seria necessário nascermos e aprendermos, já nasceríamos adultos e prontos para a Vida...

Algum motivo deve haver - independente da ciência, que é criação nossa para comprovar aquilo baseado no que determinamos - para sermos assim.

Um ponto interessante é que muitas dessas nossas "loucuras" não chegam ao ponto de serem danosas, pelo limite social. Ou seja, não nascemos sociais, nos tornamos em meio ao ambiente social. Entretanto, algumas dessas "loucuras" não são apenas loucurinhas, ou questões de ajuste simples, sem estragos, em muitos casos - e, hoje, tenho me afastado cada vez mais dessas pessoas, pelo simples fato de ser melhor para as partes... - essas loucuras são tão ignoradas que chegam a serem negadas pelos portadores delas. Nesses casos existe uma característica maior de algum tipo de patologia associada a outras características nada legais. Algumas dessas pessoas não se vêem, não têm a menor consciência do que fazem, mas, não deixam de fazer e quem recebe, não deixa de receber esses baques e ataques. Para piorar, têm uma característica que dificultam o processo de convivência que é a arrogância, o egocentrismo e a falta de gente sã ao lado para apoiar e estar junto no crescimento. Esses loucos insalubres acabam se unindo a outros loucos interesseiros pioram os estados existenciais. 

Enfim, essa ignorância de si que todos temos, por mais que nos busquemos, é algo natural. O antinatural é ter que se submeter aos desígnios dos loucos insalubres para evitar que piorem e pioramos nós, comprometendo nossa paz de espirito, sendo alvos constantes de ataques desnorteados. Então, quem tem consciência tem que sofrer as consequências das irresponsabilidades e imaturidades dos outros? Eu sou muito tacanha... como sou imperfeita, me incomoda isso. Não aceito. Hoje, eu não aceito. Já aceitei muito, com desculpas do tipo: "é para evitar confusões...". Evitar o quê? Quem cria a confusão? Por que vira confusão? Eu, do meu lado, não fiquei apensa resmungando ou falando pelas costas, eu fui a campo, conversei com algumas dessas pessoas e mostrei certas atitudes que não são legais e o porquê de TODO mundo ao redor fica chateado. O problema é que mais ninguém fala e faz o alerta, represa a raiva para manter o status da aparência e se afastam, também, sem nada informar. A pessoa acredita que o problema não está nela e "acha" que os outros estão com problemas e descontando nela... Já sentei, já sugeri que procurasse ajuda terapêutica, para começar e a pessoa me diz que quando está bem, não tem problema, o problema é quando ela fica estressada... Foi quando vi que, de fato, a pessoa não tem consciência de si. Não sei mais conviver com essa pessoa. Ela se aproxima, eu me afasto. Mantenho o limite da educação, mas, como fala e repete tanto, me afasto que a pessoa continua falando sozinha e nem se dá conta... Dá pena, mas, têm horas que devemos economizar nossas energias vitais e usá-la em algo produtivo. O cotidiano é muito desgastante para sairmos por aí deixando vazar nosso bem mais precioso que somos nós mesmos. 

(In)felizmente, cada um de nós faz as próprias escolhas - conscientes ou não - e isso envolve quem estará ao nosso redor, fazendo parte de com quem mantemos vínculo. E não é por pirraça ou por outra coisa que me afasto, é simplesmente por reconhecer em mim a limitação de não ter reserva de paciência recarregável com frequência para dar conta de conviver com pessoas assim. Assim como essas pessoas seguem o caminho delas, eu sigo o meu. Os encontros serão cada vez menos frequentes. A maioria dessas pessoas eu expliquei abertamente que manteria a DISTÂNCIA SAUDÁVEL. Algumas dessas pessoas se chatearam quando me perguntaram o motivo d´eu estar distante e eu expliquei - lógico, não é legal ter alguém que alerte e não caberia a mim fazer alerta algum, apenas o fiz para que soubessem o que em mim me dava o direito de escolher quem quero ao meu lado... e não é por raiva... na hora que recebo os ataques é, mas, depois, quando há tempo entre um "ataque" e outro, a raiva passa, mas, não deixa de ter existido. Ainda que eu tenha explicado que a pessoa faz coisas que não me agradam e que me atrapalham, elas resistem em se ver. Não é problema meu e isso eu tenho que entender. O meu problema e solução é escolher se quero ou não ficar no fogo cruzado ou me libertar disso. A pessoa não vai mudar porque eu falei, mas eu posso escolher onde eu quero estar. É confuso, dói, é cansativo, mas é melhor do que viver o desgaste da convivência acirrada. Recentemente, outras pessoas tomaram as mesmas atitudes e a pessoa tomou um certo choque. Porém, alega que o problema é que ninguém tem paciência com ela... Chegou a hora dela ter paciência com os outros... O exercício de compreensão requer que tenhamos reserva de forças... e se estamos sempre na linha de fogo, ali se esvai toda a reserva e vai faltar em outros lugares imprescindíveis.

Um dia cada um de nós terá o despertar de consciência - independente de religião, crença, filosofia de vida, cultura... - e, nesse dia, sim, teremos a oportunidade de ampliarmos nossas escolhas sem vaidade, sem orgulho, sem raivas... hoje, sou muito pequena, por isso, reajo assim. Não me culpo, faz parte da minha condição humana. Também não me acomodo, faz parte da minha condição humana!

Pat Lins.

O MEDO DO MEDO


O maior do medo do medo é deixar de existir. Se entendermos que nada temos a perder e enfrentarmos ele some! Aliás, pode até não sumir, mas, assumir que o temos e que, mesmo assim, não o queremos, também o afasta.

O maior medo do medo que temos é entendermos que, de fato, nada temos a temer...

Cada um tem o seu. É olhar e dar tchau! O medo fareja o medo a distância... 

O legal é que depois de enfrentarmos, ainda que ele esteja em nós, ele vai ficando pequenininho... até sumir, quando atingirmos o grau de maturidade e consciência de nós mesmos e do que precisamos cuidar em nós. 

Bom, eu penso que seja impossível conseguirmos identificar e superar TODOS os nossos medos, mas, um medo a menos é uma força a mais. Uma força a mais é um degrau acima! Cada degrau que subimos nos eleva a nós mesmos! Mais fortes, conseguimos ver melhor e viver melhor! Mais livres!

Pat Lins.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

"A ORIGEM DOS GUARDIÕES" - FILME


Gente, que filme lindo! Que mensagem profunda levemente passada sobre a importância de se assumir responsabilidades na vida, sobre a importância dos sonhos e sobre a importância de encarar o medo como única maneira de vencê-lo.

Os personagens são representações perfeitas das qualidades que almejamos e, ainda assim, cometem seus erros.

Uma parte - dentre diversas - que me chamou atenção é quando Jack Frost percebe que os "guardiões" que fazem tanto pelas crianças, mal têm "tempo" para lidar e estar com elas, como nós adultos. O interessante é que todos eles já foram "humanos" e "crianças humanas". E, numa determinada cena, todos ficam sem saber o que fazer diante de uma criança, Jack fala: "É só uma criança. Ninguém aqui sabe como lidar com uma criança? O que vocês fazem diariamente?" e Papai Noel responde: "Eu passo o ano inteiro preparando presentes para elas...". E fica no ar o "e ninguém tem tempo para acompanhar uma criança ou ver o que fazem e gostam...". Isso me lembrou a nós, mães e pais. A gente cresce e esquece que foi criança e, pior, a gente esquece de entender que para a criança tudo é só diversão e brincadeira e, dentro desse mundo lúdico é que vamos estabelecendo o limite diário de viver e honrar com os compromissos. Pior, passamos nosso tempo a reclamar da falta de tempo e nos dedicamos ao trabalho e estresse como detentores da maior parte do nosso tempo. E comprometemos os tempo com nossos filhos...  O Jack Frost se mantém com a mente e as atitudes infantis, egocêntrico, brincalhão, irresponsável... só quer se divertir. Durante a aventura ele vai  crescendo. Nessa cena, ele mostra que equilíbrio é saber se divertir na vida sem deixar de honrar nossos compromissos de "guardiões" de alguma criança.

Eu tenho uma amiga que me diz que limite faz parte da vida. Nós não temos que impor a uma criança, nós temos é que saber o que fazer, fazer e isso, por si só já estabelece o limite. Depois aprofundo mais sobre esse pensamento super bacana de uma pessoa admirável, que é Morgana Gazel.

Voltando ao filme, cada personagem vem como uma mensagem forte. Sandman - o guardião dos sonhos -, junto com a Fada do Dente - guardiã das lembranças -, remetem à importância de se entender que as lembranças - contidas nos dentes de leite, marco da passagem da nossa primeira infância para as mudanças que ficarão enraizadas - nos ajudam a crescer e que os sonhos nos levam ao futuro. Papai Noel nos faz entender a importância da fé, de se ver o bem em tudo e acreditar, acreditar e acreditar no melhor, sem limitar a imaginação. O Coelhão é fabuloso! Com aquele jeitão rude, mostra o lado de que até os destemidos temem algo. Ele teme o ar, o voar. Para ele tem que ser pé no chão. Ele fala de esperança. 

Jack Frost passa o filme a se questionar e nos levar a questão da descoberta e do quanto é importante sabermos quem fomos e como agimos para entrarmos no caminho de descobrirmos QUEM SOMOS. Como ele não tem lembranças, vive impulsiva e irresponsavelmente o presente, sem noção do que vem a ser responsabilidade pelos atos e suas consequências. Ele me lembra a cada um de nós, no processo de busca e ignorância e que, em determinados momentos da vida, somos chamados à responsabilidade.  Assim é esse ser encantador que nem sabe o que está buscando e não entende porque se sente tão só e ninguém o enxerga. 

Todos temos um bom motivo para estarmos aqui, vivos e vivendo. A importância de entendermos e conhecermos o nosso cerne, a parte mais íntima do nosso ser. Papai Noel adverte isso, quando mostra suas diversas facetas/personas numa diálogo/questionamento com Jack, para entender o que ele tem de especial para ser um "guardião". É preciso olhar para trás, olhar para nossa origem. Eu chamo isso de olhar a nossa essência, escutar a voz da alma, a voz interior. 

Muita coisa eu "viajei" no filme. Vi que o medo só entra através das nossas sombras. Ele domina porque tememos, inclusive, o medo de aceitarmos quem somos. Nem posso abrir muito o que percebi, senão, conto o filme. Deixa ele sair de cartaz que conto minhas viagens legais como mãe e como pessoa, antes de tudo. Mas, o poder do sonho foi fabuloso! E lembrar que alimentar a fé, a esperança, as boas lembranças da infância pode salvar o mundo das sombras que tentam imperar. Se houver uma "luzinha" em meio ao breu, uma única pessoa que acredite, essa pessoa pode levar luz aos demais. Isso me remeteu a Jesus. O filme não faz apologia religiosa, e chamam o que chamamos de Deus de "Homem da Lua", pois ele brilha em meio à escuridão - isso eu que entendi assim. Muito bacana porque mostra Papai Noel como um ex-humano que aceitou a sua "condição" - oriunda em seu cerne - de seguir servindo ao próximo com aquilo que tem em si de mais nobre: a força de sempre acreditar; o poder da fé inabalável! - Ops! Se é FÉ, deve ser inabalável... o que abala não é fé. Legal que mostra a importância de aceitarmos nossas "condições", nossas "missões" de Vida para, enfim, sermos felizes, mesmo diante da morte - o que aconteceu com cada um deles, até se tornarem "guardiões imortais". 

O filme fala de escolhas, de liberdade, de enfrentamento do medo como única maneira de vencermos, da importância de uma infância bem vivida, de tempo, de esperança, de fé, de lembranças e, acima de tudo, de sonhos! Ah, acima de tudo isso está o verdadeiro poder do AMOR. Todos os guardiões amam o que fazem. É como se só quando entendemos nossas missões de vida poderemos ser felizes e livres e essa liberdade é o AMOR a quem somos e ao próximo! É a CONSCIÊNCIA. 

Por isso que Sandman é o meu favorito! Ele me lembra um sábio: inteligente; poucas palavras - aliás, ele não fala, mas, se comunica muito bem, mostrando que comunicação é saber o que dizer e expressar; é forte, mas não quer ser conhecido por força bruta e sim por força moral e doçura natural de quem já viveu muito e já não tem mais as amarras da vaidade; destemido, sem ser arrogante. Ele é "na dele". Como todo sábio, suas mensagens são claras para quem tem capacidade de entender, por isso o mundo dos sonhos, porque ele nos fala de e para uma dimensão nossa que não temos "domínio": o inconsciente. Este é que tem mais consciência de quem somos do que supomos sermos... Ele sabe lutar, mas, só usa dessa luta física quando estritamente necessária. É a questão do discernimento que os sábios têm, porque sua natureza é pacífica. Ele desmistifica esse estigma de que todo "bonzinho" é "bobo" ou ingênuo - no sentido pejorativo de quem se deixa enganar. Ele nos mostra que os sonhos nunca morrem, ainda que os pesadelos dominem, é o campo dos sonhos, basta transformar aquele sonho ruim em bom. 

Ah, fiquei encantada com o filme. Cada mensagem me parecia tão clara que quase escutava as falas não faladas. 

O medo tem medo, também. Isso eu comecei a perceber recentemente, após  maternidade. O medo teme ter que se encarar e ver que ele não existe e não precisa existir. O medo teme sumir. Se não tememos, ele não existe. 

Pedro aplaudia muito as cenas onde o medo perdia espaço. Parece que ele se identificou muito com o Jack Frost. Imagino que seja essa busca de toda criança em ser aceita como é. Com o caminhar, Frost entende que limite é importante e amadurece com a ajuda da Fadinha do Dente e do Papai Noel. Ele descobre que mais vale a pena lutar por um amigo do que poupar a própria vida. O filme, ao meu ver, fala da nossa luta diária, da nossa vida, dos nossos dilemas, das nossas dificuldades e desafios... fala de batalhas, de perdas e de ganhos. Fala do viver!

Ah, esse filme é recomendadíssimo e sem efeitos colaterais ou problemas com superdosagens. Vou ver de novo. E quando sair o DVD, adquirir. Esse é o tipo de filme lúdico que fala com a alma. 

Um filme infantil para adulto ver! 

Pat Lins

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O TOM DA VERDADE INTERIOR

Recentemente, venho tendo várias provas de fogo... nossa, parece que essa do calendário Maia sobre o fim do mundo tem sentido... Será que tenho que me purificar para subir aos céus e descansar nos braços do Pai, depois de 20/12/2012?

Uma coisa eu aprendi na relação de honestidade X sincericídio. Sou do tipo que não gosta de brigas, que prefere de coração resolver com diplomacia - todos os meus amigos sabem disso, que adoro mediar e evitar um estrago desgastante... tanto que às vezes me dizem: "eu não sou bonzinho como você não..." - mas, tenho o outro lado - o lado escuro, sombrio da força - que é ligado diretamente ao meu tempo de tolerância. Minha paciência é curtíssima, explodo fácil, mas, minha tolerância é mais elástica. Se ela estourar, saia debaixo que quem pode destruir o mundo sou eu. Enfim, tenho tido que por a prova durante meu processo de vida, que sou capaz de ser flexível e que não é só "tiração de onda de madura". É, a Vida decidiu me ensinar custe o que custar e eu, tenho que aprender se ainda quiser ter meu terreno lá no céu. Sabe meu dilema com relação à escola do meu filho? Prova de fogo: não basta ser legal, tem que ser legal e saber ser a diferença da franqueza e do sincericídio. Qual o objetivo? FOCO. 

Tive uma conversa com a Diretora e pude me deliciar em conversar francamente com uma pessoa jovem e tão bem preparada. Muito se pôde esclarecer e muito pude constatar - ainda que "tarde", mas, antes tarde do que nunca - o poder positivo de uma boa e franca conversa. Por Deus que fiquei ultra emocionada. Não rasgamos seda, mas, estar em contato com pessoas desse nível me encanta tanto que me toca fundo. Olhar nos olhos de uma pessoa/profissional e escutar o que ela me disse e ver que ela escutava o que eu dizia, sabe, vi o processo de comunicação efetiva ali: falar e ouvir. Interação. Diálogo, sem máscaras, sem dificuldade de pesar o que será dito. Apenas guiadas pela sinceridade e educação. Há uma mão invisível de conduta social que gera em cada um de nós - me refiro aos educados de alma - uma capacidade de dizer sem precisar ofender. Nenhuma de nós falava sobre assuntos fáceis, muito menos prazerosos, era uma troca de opiniões divergentes, porém, com pontos em comum. Mesmo assim, foi conduzida de maneira rica e produtiva. Isso me encantou, me emocionou fundo. Fiquei sensibilizada com o fato de estar em contato com alguém que não tem medo de assumir sua postura. Eu gosto de lidar com gente assim. Tenho uma dificuldade imensa em lidar com mascarados, fico doidinha para arrancar as máscaras com minhas unhas e ferir, mesmo, para ver se entendem que as máscaras machucam.

Pois é, saber escutar com abertura e de alma lavada o nosso tom da verdade interior ajuda. Antes de conversar, me desarmei. Me questionei: qual o meu objetivo real? Me escutei em diversos tons e todos eram acusatórios e inflexíveis, arrogantes, presunçosos e orgulhosos. Até sentir em meu coração o tom da verdade, do que eu queria dizer, porque era o que eu pensava e o que conduzia minhas ações. Essa troca foi riquíssima. 

Em todos os momentos podemos escutar essa voz interior, e qualquer ser humano pode. Isso não é fraqueza, isso é força, força de caráter!

Obrigada a Deus por ter essa oportunidade de, em meio a tanta gente sem caráter, cada dia mais estar em contato com pessoa de caráter firme, forte e holístico - ainda que humano e com defeitos e qualidades como qualquer outro.

Ouvir o tom da verdade interior nos leva a estabelecer contato com o que precisa ser resolvido e encontrar a solução. Não como magia, nas, com consciência de que esforço é algo constante, e lidar com pessoas diferentes será necessário, mas, se permitr aos "ajustes" também. Tempo, esse é rei e nos guiará, como tem guiacisdo. Decisões, escolhas, essas nos permitem voltar atrás e andar para frente com mais segurança. Melhor fazer do que não ter tentado. E acreditar. Eu acredito, mas, isso não me faz ingênua. Existe a continuidade das mesmas causas, vejamos as novas consequências...

Tudo na Vida depende de uma comunicação efetiva! Mas, para isso, é preciso saber o que se quer comunicar...

Pat Lins.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

NADA ACRESCENTARÁS?


Nada acrescentarás, a não ser guerra em nome de paz?

Façamos mais e melhor por esse mundo: vivendo!

Pat Lins.

domingo, 2 de dezembro de 2012

COLECIONADORA DE PESSOAS


Tem gente e lugares que pregam e afirmam querer fazer diferente e fazem igualzinho - ou, diferente, da pior maneira. Sempre me recordo de Morgana Gazel - escritora -, em seu livro "Enseada do Segredo", nessas horas. Ela tem uma frase/pensamento/reflexão que faço uso frequente e constante: "FAZER DIFERENTE EXIGE MAIS QUE CONTRADIZER".

Eu coleciono - desde que me entendo por gente e, penso que antes, também... - pessoas. Pessoas diferentes. A-mo! Se tem uma coisa na vida que ganhei de presente foi oportunidade de conhecer DIVERSOS tipos de pessoas - temperamentos, emoções, razões, de diversas religiões, seitas, doutrinas... enfim, pessoas! Algumas legais - de acordo com meu julgamento de valor - e outras não tão legais, outras insuportáveis, mas, que me atraíam de alguma maneira. Não catalogo. Não investigo. Eu convivo com cada uma dessas pessoas desde que as conheço e, daí para frente, não para. Podemos nos afastar, mas, fica lá, aquele elo que nos levou a trocar o primeiro "oi", fosse num olhar, num sorriso, numa apresentação... 

Sabe aquela frase do Chaplin:

"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha,
é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só,
porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós.
Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova
de que as pessoas não se encontram por acaso."
Charles Chaplin

Eu me sinto esse mosaico. Deve ser alguma parte doida de mim que quer se sentir globalizada... uma coisa em mim que me diz: "somos todos iguais em nossa imperfeição. Todos temos medos gigantescos; medos medianos; medos pequenos... Não se iluda, apenas se permita sentir cada pessoa que cruzar seu caminho, elas sempre têm algo a ensinar sobre a grandeza humana, ainda que estejam num patamar rude ou medíocre, elas têm muito a nos ensinar como ser melhor apenas aceitando-as". Bom, eu me faço uma ressalva: "ainda que aceitemos, isso não quer dizer se puna convivendo... Se essa pessoa não se permite se ver e não para de fazer o que sempre faz e machuca, mantenha uma bela DS - distância saudável. Não sou partes dessas pessoas, eu vejo um quadro com diversas características interessantes e me encanto com a natureza humana do bem. Ainda não aceito e nem sei lidar com as do "mal", mas,chego lá. Meu vício de conhecer e conhecer pessoas me leva a isso naturalmente.

Tive, nessa caminhada, a oportunidade de conhecer pessoas muito legais - isso não quer dizer sem defeitos - num ambiente que fala muito em "escolhas". Falam muito em "respeitarmos a escolha de cada um" e, nunca respeitaram a minha escolha. Eu escolhi o mundo aqui fora, a vida sem esconderijos e com toda essa trabalheira que é lidar com as diferenças. Não é fácil, mas, escolhi. Interessante, quem pregava tanto o respeito às escolhas, não respeitaram a minha! E fico chocada por "aprisionarem" as pessoas pelo mesmo medo que condenam. Não Adianta. Não Ajudam. Não Amam! Não sabem amar. Se escondem em si. Não Aceitam quem não quer seguir e não vê sentido em seu lema. Mas, pude conhecer pessoas interessantíssimas e assustadoramente interessantes ali. Deveríam ser menos arrogantes e menos impositivos. Quem segue é quem deve estar lá. Não entendo o motivo de quererem ter um monte de gente. O idealismo não se esgota e nem se encerra em um único lugar. Deveríam respeitar as afinidades e não forçar que outros sigam. O que faz bem a mim pode não fazer a você. Existe muita gente que prega isso e na hora de viver isso condena a escolha. 

Enfim, penso que lutamos tanto pela liberdade de expressão e religiosa que nem sabemos o que vem a ser liberdade sem invadir o espaço alheio. É como se para ser livre, tivéssemos que possuir o maior número de terras e invasões. Como se manter um império fosse a chave para a liberdade. Não sabemos como agir, essa é a verdade.

Lulu Santos já diz:

Eu vejo a vida melhor no futuro.
Eu vejo isto por cima do muro de hipocrisia
que insiste em nos rodear.

Eu vejo a vida mais clara e farta,
repleta de toda satisfação
que se tem direito
do firmamento ao chão.

Eu quero crer no amor numa boa,
que isto valha pra qualquer pessoa
que realizar
a força que tem uma paixão.

Eu vejo um novo começo de era,
de gente fina, elegante e sincera.
com habilidade pra dizer mais sim do que não.

Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Que não há tempo que volte, amor
Vamos viver tudo o que há pra viver
Vamos nos permitir."
Lulu Santos

Gente, o tempo voa, o tempo passa, mas, ele é O TEMPO e existe é para passar, mesmo. Impressionante a mania que temos de querer controlar a tudo. Diante daquilo que é mais do que a gente, paramos embasbacados, desviamos e tentamos nos convencer de que tudo aquilo não passou de um sonho. Como se o real fosse apenas o mal, o que dá errado.

É por isso que amo colecionar pessoas em meu coração. Apesar de conhecer mais de meio mundo de gente - TODO TIPO DE GENTE - apenas os que me são interessantes moram em meu coração. Alguns, em lembranças distantes. Outros eu nem sei dizer onde foram parar.

Colecionar pessoas não é fácil. Nem difícil. Todos nós temos nossos pontos de carência e, em meio a tanta gente, proporcionalmente, a cobrança é grande. Mas, tempo humano é algo limitado e varia muito de acordo com nossa vida profissional, acadêmica, religiosa... Os grupos sociais dizem muito para nós e nos ampara, nos fortalece - ou enfraquece... -, nos une a nós mesmos pelos outros. Enfim, somos seres individuais, mas, o ser social que se desenvolve em nós tem um peso gigantesco. Não nos relacionamos apenas com pessoas. Nos relacionamos com o social, também. Precisamos é nos encontrar em meio a tantos encontros e desencontros com tanta gente.

Se me preguntam QUEM EU SOU? Respondo: "Um ser em constante construção".

Pat Lins.

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