Estou meio afastada desse cantinho, por conta de uma fase de "calar" um pouco para refletir.
Tudo que aqui escrevo, eu vivo, eu sinto, ou, no mínimo, desejo internalizar. Estou em fase de "fomento", alimentando minha alma, minha mente e meu coração com novas esperanças, nova fase... redefinição de identidade.
De fato venho buscando "arrancar" ou "expurgar" o que, apesar de humano, me cansa muito, que são minhas falhas. Impulsos de raiva, excesso de responsabilidade (que eu invento de assumir...que fique claro - risos), auto-exigência, julgamento da vida alheia, orgulho, senso de justiça exarcebado... EXAGERO. Exagero em minhas ações e emoções.
Estou aprendendo a parar. Cada um pára como pode, ainda que andando. Não falo de parar no sentido de ficar estática, não! Mas, no sentido de parar dentro de mim e permitir que as idéias e emoções se reordenem. É saber respirar para não perder o fôlego antes da hora; é me conhecer para ver a mim mesma e me transformar, mais uma vez e sempre!
Que o mundo está acelerado, todo mundo já sabe, mas, a gente não precisa criar o círculo de vicioso de não saber parar. Li num livro simples, algo bem simples, mas, que me tocou e era mais ou menos assim: "quando se está querendo esquecer algo, o que fazemos? Nos aceleramos, fazemos várias coisas, andamos em passos acelerados... PARA NÃO PARAR PARA PENSAR. Já quando queremos lembrar de algo, puxar pela memória, podemos estar no maior pique que paramos para buscar essa informação... PARAMOS PARA LEMBRAR..." (A essencial arte de parar). Apesar de muita gente não gostar de livros de auto-ajuda, sou partidária de que devemos ler o que nos agrada e deixar a mente aberta para sermos tocados. Todo mundo tem algo que precisa trabalhar... se as dicas dadas pelos livros de auto-ajuda te ajudarem, beleza, senão, no mínimo, você não perdeu nada... né verdade?!
O fato é que, em todo processo da vida, vivemos várias etapas e estágios, certo?! Estou me abrindo para mim mesma, quando, tanta gente foge de si e se esconde de suas "falhas", eu estou em busca delas. Dá medo, dói, mas, a idéia é tratar a ferida aberta e curá-la... A DOR SÓ DÓI ENQUANTO ESTÁ DOENDO, DEPOIS PASSA, se a gente deixar. Dar leveza a determinados acontecimentos não é fácil. Tenho ransos, hábitos e tudo precisa ser revisto e alterado.
O mundo não vai parar por minha causa. Então, nessa realidade paralela, vou vivendo. Não estou fora do ar, estou no ar, só que de uma maneira diferente... risos. Germinando, crescendo, mexendo, curando, limpando... renovando.
Quero respirar! Quero crescer! E vou vivendo.
Estou "crescendo na dificuldade"! Já, já, e de repente, volto a escrever e trocaremos mais idéias.
Pat Lins
Sentir, perceber o sentir, pensar sobre o sentir, parece que você faz muito bem. Isto significa humanidade à flor da pele. Isto é viver. A depressão surge quando amordaçamos nossa humanidade e a jogamos num calabouço da sombra. Trazê-la à luz e aceitá-la é a cura. Você está no caminho. Já faz a primeira parte. Tente a segunda. No início, é difícil, mas você consegue.
ResponderExcluirGostei muito do conteúdo desse texto, e dos belos poemas de Jônatas.
Noemia Meireles Nocera
Psicóloga e escritora.
Obrigada, Noemia! Seu comentário foi/é muito importante para mim, tenha certeza! Beijos, amiga.
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