quarta-feira, 6 de agosto de 2008

DPP E FÉ


Como já falei em posts anteriores, desenvolver a Fé me ajudou muito! Em meu caso, fé em Deus, e sua força através do bem e do amor!

As orações me ajudaram muito. Fora o trabalho de humildade.


Foi em meio a orações e renovando diariamente a fé, esperança e gratidão que vi o quanto faz bem ser grato, principalmente pelas coisas mais simples.

Esse exercício (que faço até hoje e daqui para frente) foi que me deu ainda mais forças.

A gente deposita muita expectativa no tratamento e isso gera uma cobrança e ansiedade muito grande. O que gera ainda mais ansiedade...

Durante o passar dos anos, a gente vai aprendendo a viver a vida de maneira cada vez mais desgastante. Em vez de buscar ser feliz, a gente busca ter recursos materiais para poder ser feliz. Não sou contra o dinheiro, mas, não podemos depositar o conceito de felicidade numa conta bancária. É aquela história: viver bem, com conforto, acesso a “boa” educação, saúde e alimentação, nos tempos de hoje, requer certa quantidade de recursos financeiros, e, claro, que com certa comodidade, a gente terá mais tempo para se buscar e conhecer e, lógico, ser sempre feliz.
Mas, como explicar quem é feliz com tão pouco, financeiramente falando e como tem gente com tanto patrimônio e não consegue ser feliz? A felicidade é uma fórmula? É mais feliz quem sabe ganhar dinheiro? As pessoas mais inteligentes são aquelas que enriquessem financeiramente? Qual o valor real da felicidade? Será que para ser feliz é necessário ser rico? Por que tem gente que vive na mais profunda miséria sócio-econômica e ainda consegue sorrir e ter esperança em algo bom? Por que quem tem quer ter mais?

Aí a gente descobre que não aprendeu a viver, com o passar dos anos, mas, desaprendeu... A gente desaprendeu o caminho para a felicidade. E esse caminho só tem sentido se guiado por um conjunto de mente, corpo e espírito. O que nos fortalece de verdade, é a verdade. Viver para morrer ou viver para viver?

Levantei alguns pontos, durante minhas crises:

Primeiro ponto: a fé! Por que temê-la? Por que colocá-la em segundo plano na vida, se ela deveria ser nosso Norte? Quanto mais a gente estuda, se gradua, pós-gradua, menos busca desenvolver e exercitar a fé. Isso não é uma regra, nem verdade universal. Tem quem exercite a fé e os estudos acadêmicos... Me refiro ao geral. Falar em Deus, amor, felicidade, alegria... torna-se piegas, e quase ninguém quer ser piegas assumido... então, a fé atrofia...

Segundo ponto: a gente aprende a viver na correria, que a vida passa e a gente nem se dá conta. Só quer ver quanto vai ficar de saldo na conta corrente, para ter aquele “alívio”... Lógico que tem quem se dê conta antes e lembra de ir vivendo em paralelo: curtindo os filhos; a família; uma tarde de domingo em casa; os amigos; bate-papo...

Terceiro ponto: lembrar de respirar! A afobação nos impede de ter tempo para respirar. O lema “time is Money” toma todo o tempo. Você já telefonou para alguém querido e ouviu um: “hoje não tive tempo nem para respirar...”? – eu já cansei de falar isso...
Quarto ponto: viramos escravos dos e-mails, Orkut e mensagens para o celular (não sou contra, tenho todos.Só precisamos saber dosar...)

É são vários pontos para analisarmos. Mas, parar para orar, para refletir, não deve ser uma obrigação diária, deve ser parte do dia-a-dia, como respirar, andar, falar... algo espontâneo e natural.


Engraçado, é que eu me achava diferente de todo mundo, porque tinha o hábito de orar, sem ter religião; acreditava em Deus, sem ir a igreja alguma... e vivia a correria do dia-a-dia, que “não me dava tempo nem para respirar”... Estudei, me graduei, pós-graduei...trabalhei, me encontrei! Mas, nada de estabilidade financeira, então, ainda precisava “ralar” muito. Ué, mas, não havia me encontrado??? A gente vive buscando se encontrar e vive se desencontrando.

Pois é, durante as crises, pude ponderar isso tudo. Parece que a vida puxou o freio de mão e disse: “hora de corrigir. Volta para o caminho certo, Pat.”

Todo mundo sabe que a maioria das pessoas só procura Deus e pede ajuda na hora do sufoco. Alcançamos a “graça”, agradecemos e voltamos para a pista para “correr sem respirar”.


Em meio a minha queda, decidi não pedir ajuda a Deus. Achava que “meu filme estava queimado” com Ele. A filha que todos queriam ter; a menina alegre e inteligente, tão estudada... achava que Deus não a ouviria. Sempre fiz parte do time do bem, mas, falava mal daquela pessoa que não soube combinar a bolsa com a roupa...

Minha avozinha orava por mim; muita gente orava por mim e vi que Deus escutava. Ainda, assim, reclamava: “meu Deus, eu sempre fui uma pessoa boa. Respeitava os mais velhos; ajudava alguém a atravessar a rua; tirava notas boas; respeitava meus pais; não roubava; não era vingativa; não era ambiciosa... toda criança gostava de mim, porque o Senhor deixou que eu caísse?” Que graça, Ele me deixou cair ou eu caí? Não sei o que desencadeou minha DPP, mas, há suspeita de uma série de fatores: herança genética (minha tia); morte de um ente muuuiiittoo querido (meu avô paterno); medo de meu filho ser roubado na maternidade (a porta estava quebrada, e eu ficava na porta); medo da responsabilidade e mudança no estilo de vida; desemprego; instabilidade financeira; maus tratos na maternidade... tanta coisa! Mas, tinha muita coisa boa: meu filho lindo e saudável; família unida de fato; marido presente e companheiro; alegria geral por eu ter tido filho; lar.

Comecei a querer ser ajudada. Em princípio, queria que alguém me carregasse, abrisse minha mente e trocasse o chip... depois, gerava o conflito do orgulho que dizia que eu não precisava pedir ajuda a ninguém, que deveria dar a volta por cima sozinha e me “orgulhar” por ter subido sozinha... Nem a terapia, nem os remédios (estes, é bom esclarecer, apenas controlavam as oscilações bruscas de humor. Eles não curavam. Amenizavam o nervoso descontrolado e as alterações de humor.) conseguiam me fazer ver o que faltava. Tinha “tudo” que precisava, mas, o buraco continuava.

Sentei na cama e orei. Sozinha. Um momento meu. Deixei o coração chorar; deixei minha mente implorar; queria, realmente, mudar. “Deus, oh, Pai, me ajuda a sair dessa. Não sei nem o que pedir; nem como pedir...mas, me dá uma luz; conduz minha vida; invade minha alma, minha mente e meu coração. Tô sem forças para orar. Ouve minha prece. Me ajuda a saber como Te pedir ajuda.” Deitei e dormi.

Era uma fase em que queria viver deitada, mas me cansava; levantava, me cansava... virava, me cansava... cheguei a dormir mais de 12h seguidas e ainda estava cansada... dormia mal, tinha pesadelos horríveis...enfim, não tinha qualidade no sono.

Todos os dias repetia: “Deus, hoje, renovo meus votos de fé, confiança, esperança e gratidão. Guia-me, ó Pai!”

Ele me ouvia e me acalentava. Mas, precisava descobrir como ouvir. Tinha que me desarmar.

Fui orando e melhorando. Acreditava em algo que estava além da compreensão, acima de tudo e de todos. Comecei a acreditar no que não via,mas, sentia em cada célula.

A oração me ajudou a perdoar (a mim e a quem eu culpasse); me ajudou a desenvolver a fé esquecida. Começava a me encontrar.

Diminuía a culpa, o fardo; aumentava a esperança. Me permitia viver a esperança. Não de maneira alienada: “ah, vou esperar que vem. Tô aqui sentada, viu, meu Deus?!”. Não, fiz minha parte. Me cuidava, me descobria, me conhecia, me amava. Me enchi de Luz, que trouxe bálsamo, paz e energia para continuar a caminhada.


Às vezes, ficamos surdos diante de Deus, porque queremos que Ele fal aquilo que queremos ouvir...

Eis um texto/esquema do site Outono´s (tem o link ali ao lado, nas MINHAS INDICAÇÕES SOBRE DPP E ASSUNTOS AFINS) que ma ajuda a ilustrar:


"A FÉ
Ela produz:
- A consciência de que existe uma inteligência Superior que a tudo comanda e que nos protege, atuando em qualquer circunstância imaginável e acima de nossa compreensão...


- A aceitação dinâmica da realidade.


- A esperança de um futuro melhor.


- A paciência, nos ensinando, a saber, esperar o desfecho dos fatos.


- A auto confiança.


- A motivação.


- O pensamento positivo.



A ORAÇÃO


- Ela é a geradora da energia que precisamos para manter acesa a chama da fé.


- Dá-nos a força interior para suportar as adversidades e seguir caminhando.


- Aguça nossa intuição, capacitando-nos à percepção das energias sutis do Universo.


- É o maná que vem do céu quando atravessamos o deserto da solidão, da angústia e do medo.




O PERDÃO


É o início da libertação.


O ato de perdoar está intimamente ligado à nossa liberdade.


Romper as amarras que nos detêm a fatos negativos e pessoas vinculadas a eles.


Livra-nos dos condicionamentos, de escrúpulos e sentimentos de culpa.


Dissipando o passado, começamos a viver o aqui e o agora. "









SACO VAZIO NÃO FICA EM PÉ! ENCHA-SE DE FÉ!!!


Patricia Lins

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