Acho que foi Clarice Lispector que disse algo sobre a liberdade de uso do que foi escrito.
A gente escreve algo, muitas vezes, sem definir a direção. Pensamentos são livres para entrarem e sairem das nossas mentes. Quem lê é que enforma ou deforma... Alguns, reformam.
Costumo escrever pensamentos soltos e livres.
Venho ensaiando e dando meus passos como escritora e eles se chegam com mais força. Uns dizem logo: "Eu vou para o face"; outros, me pedem: "Blogs" e, de acordo com o teor, eu direciono para um dos três. Os mais gentis apenas pedem:"me guarde no caderninho, na hora certa, venha me buscar para o livro"... São tantos que me chegam e pedem passagem, que hoje, obedeço.
Um pensamento é mandão, se não escuto ou eles martelam ou se vão.
Preciso exercitar a prática que a Clarice já sabia: depois que escrevo, não é mais meu, é de quem utiliza.
Por vezes, vejo tomando conotações muito diferentes da original - ao menos, eu tento dar uma origem... Mas, não tenho direito de interferir. Ainda acho estranho isso, ver meu nome ou pensamento associado a algo que eu penso diferente... tenho que me acostumar pelo real entendimento de que, as palavras escritas em forma de pensamento, são livres e encaixam onde são encaixaveis e por quem bem quiser. Isso não quer dizer que pense ou concorde com aquele uso. Quem cita, afirma o seu pensamento, reforçando com uma frase ou texto que leu e se identificou. Apenas isso.
O exercício parece banal, mas não é. Estou me preparando e buscando oportunidades. Já comecei e sigo em frente. E, até aqui, uma simples - nem tão simples assim - rede social, também é um laboratório. E eu gosto. Gosto de aprender. Gosto de ver que certo e errado podem vir a ser a mesma coisa diante de pensamentos opostos... Cada indivíduo é que dá a direção. Tudo isso é interessante observar. Sem julgar ou emitir julgamento de valor. Apenas observar.
Tô aprendendo. Sempre.
Pat Lins
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário/participação. Obrigada, pela visita! Volte sempre!