segunda-feira, 3 de agosto de 2009

EMOÇÕES




Emoções são vivas. Emoções são as forças que nos guiam. São as emoções que, de fato, nos comandam!


Através da razão, até tentamos conhecer e/ou descrever o que sentimos, mas, nem ela é tão poderosa, quanto a emoção.


A emoção é tão esperta, tão perfeita, que sabe se esconder e só reaparece quando a gente menos espera... e ela sempre tem razão!


Não sabemos ao certo quando e por quê uma emoção é despertada, mas, sabemos que tentamos controlar e achamos que apenas vivendo o lado profissional, se fechando como ostra, ou, não demonstrando o que ocorre dentro de nós a emoção perde força, ou, deixa de existir. Não tem esse! Por mais experiente que seja, por mais auto-conhecimento que se tenha, sempre algo pega de surpresa. Mas, não é para temermos, é para nos conscientizarmos de que sempre podemos ser melhores ao saber viver e aceitar as emoções, para, então, transformá-las, ou, melhor, permitir que elas se transformem...


Olha, as paixões são sentimentos tão fortes (e falo paixão no sentido amplo, não só na relação afetiva, de casal) que parecem ser eternas! Elas causam mudanças, como fogo da transformação. Precisamos dela, mas, precisamos deixar que ela aja e passe... porque toda paixão passa. O que fica, quando fica, é o amor, e esse é mais moderado, porque já entra em estado de maturidade (falo do amor de verdade, não as definições prontas e românticas... nem esse amor que as pessoas usam como argumento para tudo, como, inclusive matar por amor... amor a quem? se se ama, quer mais é que esteja vivo e feliz. esse é o amor de verdade, por mais que nos doa perder, mas alegra saber que o ser ou objeto amado está bem!), num estado de harmonia, é para isso que ele existe. Mas, para lidar com as paixões é preciso se manter entre a razão - para saber que ela é passageira mesmo - e a força extraordinária da emoção - que pode ser avassaladora ou construtora, depende de cada um de nós e do nosso conjunto de fatores que nos envolve e nos forma.


As emoções são para serem vividas e sentidas, ou sentidas e vividas... enfim, elas são nossa essência e nosso combustível. Podem curar doenças (ou, no mínimo, reduzir os sintomas). Podem salvar vidas, porque as emoções são vivas! Emoção é vida, é vontade de ir além, de querer mais e dar mais.


Esses dias eu estava tendo umas recaídas à tristeza, em rumo à Depressão (sem explicação exata, mas, racionalizei algumas possibilidades e trabalhei-as... o efeito fica, mas, algo vai se apaziguando sob a luz da razão. Esse é o processo, deixar a dor doer, mas, acreditando que vai passar.) e me vi, de novo, questionando o inquestionável, porque é real e, um dia, possível de mudança, que é o fato d´eu não estar trabalhando. Comecei a me derrubar e me auto-biocotar dizendo que faz 03 anos que não ando, que estou parada, sem progresso ou crescimento. Quando me dei conta, me veio uma frase-pensamento à mente: "você/eu não está há três anos parada, está em transformação há três anos.". De fato, é verdade. Eu, que sempre escrevo aqui, que toda mudança real leva tempo, estava, hipocritamente, desejando mudar do dia para a noite, ou melhor, da noite para o dia (que leva menos tempo, para mim... meus dias são enormes e minhas noites - considerando a hora de dormir - são minúsculas frações de segundos. Sempre tenho a sensação de que acabei de deitar e já estou acordando... risos). E então?! O que fazer com a emoção de adquirir a consciência de que pensamentos vazios são perigosos e se dermos vazão, o vácuo se estabelece? Ao mudar o foco e constatar que é verdade, que, de fato, como pessoa (e sempre prego que, para mim o mais importante e primordial, a ponta, o início de tudo é o pessoal...) eu venho sendo transformada (para não dizer, me transformando... ah, preciso pedir perdão a "Saltapocinhas"... aprendi com ela, algumas dicas de como escrever de maneira legal e isso inclui não usar parênteses, mesmo que seja necessário abrir um... eu vivo me utilizando desse recurso - fora outros...risos - mas, sei que em textos causais e livres, como este espaço, tudo é possível - risos) nesses últimos três anos. Esse pensamento do bem (parêntese de novo - risos - mas, existem pensamentos e pensamentos dentro de nós, né verdade?!), é possível, que tenha sido uma resposta de meus questionamentos racionais, de enxergar o quanto superei e supero a dificuldade diária, como tantas pessoas, apenas, o meu processo é meu e com minhas dificuldades, e o quanto eu estava presa (eu me prendi. perceba que em nossos embates, pensamentos destruidores aparecem, sem convite aparente, mas, são algumas emoções escondidas, bem escondidas que não aguentam mais serem esquecidas e, diante de um toque - seja a leitura de um livro, seja a vivência de uma situação...- elas se sentem felizes e gritam: "estou aqui, cuida de mim... essa ferida dói, vamos curar, está na hora!" Muitas vezes a gente se prende sem nem saber. Diante da descoberta, temos a chance de curar e deixar a dor passar de uma vez por todas! Nos libertar!) a expectativas e critérios limitadores, como emprego e dinheiro! Quanta incoerência, eu, que tanto escrevo aqui (mas, deixo claro que escrevo para que eu leia. Agora é hora de dar um ar dramático! risos) que cada parte de nós deve ser originada e baseada no pessoal, e os outros setores têm suas funções estabelecidas, onde a provisão financeira cumpre seu papel de pagar contas... me vi me culpando, ainda, por estar na "pindaíba". Me flagrei me martirizando por não ser chamada para entrevistas de emprego... mas, em meio a isso tudo, me vi usando o tempo para educar e dar muito amor a meu filho e isso, não tem cobrança que mude! É real. Positivando a coisa, eu posso viver aquilo que muitas mães se queixam de não ter: tempo com os filhos. Não deixo de achar ruim estar sem trabalho remunerado (porque trabalho e muito em casa. Sem dinheiro, sem empregada ou diarista, nem babá, nem escola...), mas, se a situação já é ruim por si só, creio que eu não precise piorar, certo?! Portanto, nesses últimos três anos, venho aprendendo e vivendo um outro lado, uma situação diferente da que eu queria, mas, que eu ainda quero retomar e voltar ao mercado de trabalho, porém, entretanto, todavia e contudo, como já disse, se a situação por si só já é dura e ruim, viver o lado paralelo e real de que estou com meu filho, cuido dele, também é bom! Não, não me realiza plenamente, mas, é um grande motivo para estar bem e agradecer por ter um teto bom para morar; ter final de semana para sair e almoçar fora; fazer terapia... me cuidar, também! Ler. Fazer planos. Pensar. Continuar sendo eu e vivendo apenas o eu pessoal. Me trabalhando e me tornando uma pessoa melhor não faz mal algum, faz? Pelo contrário, faz um bem tão grande que as coisas se encaixam! Eu devo ser eu, estar aberta as possibilidades, mas, respeitando o tempo das coisas, em qualquer posição ou setor que venha a dar importância. Ou seja, quando estiver de volta ao mercado de trabalho, ou, conseguir realizar o sonho de encontra uma maneira de trabalhar remuneradamente, dentro de casa - seria perfeito, para mim! - ainda serei eu e estarei mais aberta para as possibilidades, pois, saberei que tudo na vida tem fases de transição e devemos respeitar essas fases. Ficamos tão presos a dinheiro, a pagar e a receber - diante do mundo em que vivemos, isso é realíssimo e, realmente cansativo, desgastante, desanimador... - que quase não temos tempo para ver o que Deus quer nos dizer. Talvez nunca entendamos seus desígnios, mas, eles são reais e muito mais fortes do que qualquer força monetária e financeira! O tempo do Pai é certo e, por mais que achemos de maneira "injusta", acontece e quando passa (isso varia... depende de nossa vontade de crescer, mesmo dentro da dificuldade) a gente diz: "Deus é Pai!" - risos - ou algo similar. Nesse momento, a gente percebe que a emoção é viva porque ela é a maneira pura e Deus só consegue se comunicar conosco através da pureza, da verdade! Escutar o que Ele diz não é só através de templos, igrejas... instituições religiosas. Estas, para quem vive, são caminhos, talvez, mas, são mais necessidades humanas... porém, de fato, a reunião de, pelo menos duas pessoas, com as emoções boas e direcionadas Ele escuta, claro. Na verdade, é provável que Ele escute tudo! Quem sou eu para saber ou precisar como Ele pode ou não escutar... o fato é que Ele - como eu aprendi a chamá-lo, mas, que escuta, creio eu, o nome que dermos - está acima de todas as coisas que criamos... o que é a criação do homem, diante da obra perfeita da criação do Criador? Nada! Qual o verdadeiro poder da grana? Quantas pessoas cheias de dinheiro perdem tanta coisa que o dinheiro não compra... quantas ilusões mais viveremos por estarmos presos a felicidade de ter dinheiro, pura e simplesmente? Sim, eu quero ter condições financeiras para colocar meu filho numa boa escola, de pagar um bom plano de saúde... de comprar os alimentos mais saudáveis (já que pela ganância, os alimentos comercializados são ricos em agrotóxicos e desnutrientes afins... e os alimentos mais próximos de um cultivo natural são muito mais caros... ironia, mas, é real...), roupas, calçados... tudo que com o tempo de uso é destruído e precisamos comprar e, fora, que, é a realidade capitalista e, se eu sou urbanóide, é o preço que pago... porque, até para ser hippie, hoje em dia, precisa de dinheiro... ou, não terão terra para morar, porque qualquer pedaço de chão, qualquer matinho tem "dono"... fora a segurança... muita coisa real e que precisamos de vil metal para pagar, mas, será que cada um de nós não pode optar por viver seus bons valores, ainda que dentro dessa realidade? Já é uma situação difícil e pesada por si só, mas, eu posso optar por romper com essa dureza dentro de mim. Fácil? Não, não é. Mas, é fácil viver só de peso e de dor? E de cobrança? e de querer mais? Deixar mais? Tantos pais se "lascam" a vida toda, com o pseudo-argumento de juntarem para deixar para os filhos, que, estes, quando recebem a herança apenas gastam... tão comum presenciarmos quedas de famílias abastadas,que acabam vivendo da aparência que resta e sobrevivem, quando dão sorte, da ajuda dos amigos ricos. Mas, a dependência existe. Do mesmo jeito que vemos filhos de pais paupérrimos, que ascendem da noite para o dia... tudo é possível, se tratando de dinheiro, para subir ou cair sem explicação, porque, provavelmente, são pessoas deslumbradas. Pessoas que sabem o lugar do dinheiro vivem confortáveis em qualquer situação e ainda são capazes de mudar. Eu quero me sentir confortável dentro de mim, para saber buscar o que me falta financeira-materialmente com equilíbrio e não com deslumbre!


Isso me faz lembrar: pais, mães, vivam as emoções! Vivam seus filhos! A desculpa de só ter tempo para trabalhar é fuga! É fuga de si e medo de sentir dor, porque se abrir dói, mas, cura e passa! Olha, meu pai trabalhava de turno, numa empresa grande e ralava muito. Subia e descia tanques mais altos que os pés de prédio que vemos crescer a todo instante e em todo lugar, onde nós subimos e descemos de elevador... ele subia e descia de escada! Quantas vezes o vi cansado, exausto após chegar de um "zero horas" daqueles e ainda nos levar ao médico, ou, participar de alguma reunião de escola? Se tem uma coisa que eu e meus irmãos não podemos reclamar é que nosso pai não teve tempo para a gente e, ainda, trabalhava para manter a casa, a família e nossos estudos! Não, a vida dele não foi fácil, mas, ele não quis que a gente vivesse a mesma dificuldade que ele, antes dele, meu avô... viveram. Vivemos nossas dificuldades, nossos caminhos, mas, sabemos que estamos juntos e isso torna possível ter forças para suportar as fases de "transição" da vida e alimentarmos algo chamado esperança, que, quando alimentado, porém, bem alimentado, une-se a paixão pela mudança e ao amor pela vida e a tudo transforma. Não,não faz cair dinheiro do céu, porque a esperança e as mudanças não necessariamente, precisam ser financeiras, mas, pode abrir espaço em nossa mente e, num processo de abertura interna e pessoal, sim, pode-se acreditar a transpor as barreiras externas, porque haverá força para superar obstáculos. A gente perde muito diante da fraqueza das forças, e, aí, caímos no beco do auto-boicote e ficamos por lá, vagando e devagando ao bel-prazer do vazio!


Me recordo, há pouco mais de um mês, quando me abri para receber o amparo de pessoas que se dispõem a ajudar, sem nada cobrar, que é muito mais difícil aceitarmos ajuda e amparo de quem não cobra, do que vivermos lamentando não ter dinheiro para nos cuidarmos. Na palestra inicial, Indiara, uma pessoa por quem desenvolvi muito apreço e carinho, ainda que com contatos espassados, ela já faz parte da minha vida, assim, como um grupo de novos amigos, dentro do mesmo objetivo de crescer e, sim, ela falou: "vocês precisam aprender a receber". De fato, a gente quer sempre ser "consumidor" de algo. Um psicólogo atender de graça, enquanto a vida está tão difícil? Um grupo de pessoas que trabalham para manter suas vidas, ainda se organizam, sem cobrar nem um papel higiênico, tendo as contas para pagar e ainda se abrem para amparar pessoas que querem crescer e se curar, se auto-curarem de suas dores físicas e emocionais. Isso, independente da razão que os levou, é real e tem dado resultados! Lógico que se a pessoa quer continuar com sua dor e acha que não mexendo nela ela pára de doer, não vai se auto-ajudar e romper, nem curar a ferida aberta, e ela vai estourar, estourar, até a pessoa se acostumar a viver a dor, muitas vezes falando que já nem dói mais, porque acha que já a curou, por não falar nela... muito pouco pode ser feito, seja numa clínica de repouso, seja num consultório terapêutico, seja numa Ioga, seja em qualquer movimento. Eu penso que essas ferramentas só fortalecem o que nós queremos. Se quisermos sair do breu, darão luz e força, mas, se quisermos apenas sobreviver ao dia-a-dia, assim será, faça e creia no que for, sua vontade será respeitada e assim será! Aprender a aceitar a realidade e aceitar ajuda, sim, dá resultado. Sim, alimenta a esperança. Sim, pode acalmar emoções conturbadas.


E eu, que fui para colocar minhas emoções em ordem, me vi foi tomada por novas e lindas emoções! A emoção de ver que algo acontece do "nada". A emoção de me sentir acolhida e me deixar acolher, trabalhando a consciência de que depende de mim mudar. Eu sou a única responsável pela minha mudança, mas, diante do cansaço do dia-a-dia, do desânimo, das tristezas, dos questionamentos sobre meu rumo na vida, sobre meu casamento, sobre viver um amor tão intenso, mas, saber que aquele amor é amor de amigo... e isso é forte e deseja tudo de bom, tudo de melhor que há dentro de mim, mas, magoa a outra pessoa que esperava mais..., se as relações precisam ser eternas, ou "eternas enquanto durarem...", apesar de todo contratempo e da descrença, uma pontinha de esperança me fez querer ajuda e a ajuda apareceu e tem me dado a forcinha extra que eu, em meio ao meu turbilhão, não encontrava. Tenho aprendido muito, inclusive que fatores externos atrapalham, sugam nossas forças, mas, que não são a causa da dor... não posso culpar ninguém pela minha dor... nem a mim mesma. O foco deve ser a cura dos males, não os males em si, nem dar força a mal algum! Ver que existe gente (além de minha família, que está ao meu lado e meu grandes amigos-tesouros) que quer ajudar e que se dispõe ajudar de verdade, me fez recuperar a crença no ser humano, como ser humano, como capaz de solidariedade, de doação de si, de entrega e dedicação pelo outro, sim! Se alguém é capaz de se dedicar a ajudar, porque os seres ajudados não podem se entregar e receber o amparo e carinho, recuperar as forças, respirar e aí, sim, se erguer? Acaba sendo uma simples "obrigação" de se dar carinho, de se acolher, também, de se ajudar! Todos nós tempo pontos de apoio, basta acreditar e aceitar! Basta pedir aos Céus. Isso é milagre, é você pedir ajuda e receber. É você se abrir para novas emoções e superar as dificuldades! É crescer! Sim! Crescer, sim! Em meu caso, emoções muito fortes foram e estão sendo desencadeadas a cada dia... se misturam as minhas emoções conturbadas, dando novo ânimo para sair delas e ver que tudo que é difícil, continua sendo difícil, mas, a maneira como eu vejo não joga mais peso em cima. Tem gente que gosta de enfiar a faca e girar, né, para sentir mais dor... eu estou deixando as emoções assumirem seus lugares. Escrever este post me custou muita dor, mas, foi um exercício que me dispus a encarar: olhar e ler a mim mesma, sabendo que outros podem ler, mas, sem me limitar pelo medo do julgamento alheio... Eu havia parado de escrever meus pensamentos por um tempo, me poupando (e não me arrependo, diante de mim mesma, por me poupar... existe tempo para tudo, inclusive para se poupar) de sentir dor. Muitos dos meus posts são maneiras de extravasar minhas emoções, dolorosas ou deliciosas! Mas, como diz o nome deste blog: A DOR SÓ DÓI ENQUANTO ESTÁ DOENDO... depois, passa! Tem que passar. Dores eternas, são auto-castigos, não naturalidade. A dor só dói se estiver machucado... senão, são cicatrizes e nada mais! Feridas abertas doem. O que dói menos, ignorá-las ou fechá-las? Cada um de nós é responsável pela própria mudança. Podemos nos apegar a todas e mais variadas desculpas e justificativas, e existem várias, para atrapalhar o caminho... mas, quando nos dedicamos, encontramos um caminho de superar. Idade, peso, falta de emprego, falta de dinheiro, filho para criar, família difícil, medo... tudo isso pode atrapalhar se for usado como desculpa para não crescer, dentro da dificuldade. A idéia de uma vida como "férias de verão" ou "fada madrinha" estão tão encruadas que esquecemos que milagres acontecem todos os dias, mas, preferimos crer e ver que só para os outros... se eu quero um milagre, antes de tudo, preciso desejar, de fato, este milagre, na maneira que ele vier e se a gente merecer, ele acontece. É fácil e cômodo manter a culpa no marido infantil e tosco; no filho elétrico e que não pára... na falta disso e daquilo... mas, a responsabilidade de viver essas mesmas dificuldades é minha. Estar bem dentro de mim, cabe a mim, esteja na situação que estiver. Viver a dor e a tristeza não é errado, mas, ficar preso apenas a dor e a tristeza transforma, sim, transforma sua vida em dor e tristeza! Eu comecei a faezer pequenas coisas, como, pegar ônibus com Peu e ver que sim, eu posso sair de casa. Isso foi uma pequena mudança, mas, que eu dava um peso enorme! Eu fazia parecer pior do que é. De fato, é cansativo demais, meu filho não é uma criança quietinha, ele é "saudavelmente" elétrico demais! Mas, no caminho, a gente pára, cumprimenta e bate um papinho com a baiana de acarajé no caminho. Respiramos o ar poluído da rua - risos - saimos de casa e sorrimos muito, porque ele é engraçadíssimo, eu é que estou cansada, ele está feliz. E eu fico feliz por estarmos juntos, nos divertindo e passeando. Pequenas coisas, mas, que fazem grande diferença, porque agora, eu sei que dependo de mim para romper com minhas barreiras mentais. Ah, para mim é fácil? Seus problemas são maiores? Que sejam, mas, em minha vida, os meus têm peso pesado e eu lido como estou conseguindo e querendo sair de toda amargura e angústia. Eu, de fato, não nasci para ser infeliz. Você, também não!


Nenhuma dor vai parar sozinha. Toda dor emocional é forte e acarreta em muitas outras coisas que a gente nem se dá conta. Se fechar para viver para o trabalho e "dar um futuro garantido" a um filho, por exemplo, impede de viver o presente e abre traumas e frustrações tão grandes no filho, futuro adulto, que ele se tronará um adulto chato, com o valor deturpado e, um dia, essas dores explodirão! A gente não deve privar nossos filhos de nossas companhias, nem de nossas emoções, mas, precisamos, antes de tudo, sermos sinceros conosco. A felicidade perfeita é a do dia-a-dia, com dores, desgastes... eu também queria que fosse diferente, então, em meio a tudo isso, tenho feito a minha parte, por mim e pelos que estão próximos... não posso mudar o mundo, mas, o meu mundo, eu posso!


As emoções são liberdade. Sentindo-as e vivendo-as carregamos as chaves para as portas da possibilidade! A vida é possibilidade e opções diárias. Não falo de opção utópica, falo de opção real, sim! Todo mundo é capaz de fazer algo para sair da rotina, nem que seja beber água de cabeça para baixo e rir por ter se molhado... ou, quem sabe, se alegrar por desenvolver uma técnica que não deixou a água cair e comemorar! Isso é possível. É patético, infantil, ridículo... mas, possível e faz uma grande diferença. Mas, se prefere ler este texto e dizer: "legal", pronto, perdeu a graça. Mas, se um dia, estiver tão desanimado, lembre-se de que você tem a opção de rir de si mesmo e fazer qualquer "bobagem" saudável. Tem coisa mais saudável do que se sentir livre para ser criança? Se permitir é tão poderoso. Ser criança, nem que seja a criança que você queria ter sido e, por alguma razão, não foi... seja! Seja uma criança alegre. Ria de uma piada velha. Ria de uma cena patética. Ria de si mesmo! Ria da miséria da própria vida vazia! Ria da dor. Sabe o que destrói um bicho-papão, aquele que assume a forma do que mais tememos? A risada sincera! Destrua o bicho-papão do dia-a-dia. Seu cansaço não vai diminuir por conta da cara amarrada, vai?!


Hoje, ainda é dia de mudar. Hoje, ainda é dia de começar fazendo algo bem pequeno. Olha, eu tenho aprendido, comigo mesma, que pequenas mudanças, de fato, fazem grandes diferenças... Vamos beber da água da vida e mergulhar no mundo de possibilidades e liberdade, das emoções. Leia um bom livro. Tome um sorvete. Escreva um bilhete para alguém que ama! Escreva uma carta, um e-mail, para surpreender alguém. Diga "olá" ou "obrigado" para o ascensorista do elevador, no trabalho, para o gari, nas ruas. Se não quiser, faz parte da sua opção de vida, mas, ligar para um filho que está longe, só para dizer: "filho, nem sei para que estou ligando, mas, sei lá, só queria saber se está bem..." Isso fará o outro tão feliz e não dói! Enfim, faça o que te der vontade (se for algo bom... vê se não vai deixar a vontade do aldo obscuro tomar vazão... falo de boas emoções. Elas alimentam o bem e, por si só, apagam o que não ajuda.). Seja aberto! Sejamos abertos para o bem. Quero ver, cada um fazendo sua parte e se buscando, se esse mundo não muda. Ou melhor, o que está errado no mundo e, com certeza, poderemos deixar um mundo melhor para nossos filhos e filhos melhores para o mundo!


Me veio algo agora na cabeça, que me pareceu bobo, mas, tem sentido: "um espinho tanto pode furar, quanto proteger..."


Eu não preciso viver como porco chafurdado na lama!


Pat Lins.


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