segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Com Amor, assumo minha responsabilidade sobre mim e digo "não" ou "sim"

Imagem: https://bit.ly/2oBTylI 



Com Amor no coração, é possível dar limites, quando a gente reconhece os nossos. E, aí, estou eu a pensar quando me lembro de um vídeo que meu amigo irmão Marcos F. Auerbach me enviou (ao final da postagem) e finalmente fui ver... e né que ela "fala comigo"?

"...porque a gente tem que perceber os nossos limites e dar limites aos outros..." Monja Coen

Eu creio e concebo em mim minha vida, diversas "formas" de amar ou viver o que chamamos de amor, dentro da condição humana que, crenças ou não crenças, estamos/somos humanos. Pelo amor romanceado, é tudo um conto de fadas onde a gente é ensinado a viver de maneira dura e opressiva para, no final e somente no final, poder ser feliz com o beijo do amor verdadeiro... bommm, tenho que reconhecer que é um tipo de crença (não comungo com ela, mas, emissão de julgamento de valor à parte, é uma crença). Raramente nos ensinam que é Amor quando a gente sabe dizer "sim" para nossas falhas, debilidades, fragilidades, carências e reconhece essas faces como nossas: nos assumimos responsáveis por quem e como somos no todo. Raramente exercitamos o "não" como algo saudável e positivo... nos fora ensinado, dentro de uma formatação de amor, que era egoísmo dizer "não".

Hoje, somos capazes de exercitar um amor mais amplo, né, capaz de nos reconhecer sombra e luz - para quem não gosta dessa alegoria, serve yin yang; sol e lua; noite e dia; positivo e negativo... dualidade é a que mais gosto, enfim... voltemos, nós - e, com isso, reconhecer no outro essa mesma condição de polaridade.

Com Amor, somos capazes de compreender que o outro é tão falho quanto nós, não nas mesmas falhas ou forças, mas, todos temos algo de "bom" e "ruim" para oferecer, porque somos assim. Lidar com meu "eu trevoso" não é tão fofo como lidar com meu "eu lírico, poético, suave, sorridente", mas é necessário que eu reconheça que sou, até mesmo para dominar-me na arte de Ser Eu, oxente, já pensou, eu sempre repetir: "eu nasci assim, me deixe ser um poço de estupidez que é meu jeito.". Não é isso... é saber que sou, que, em geral não tenho controle, imagina domínio, mas que estou disposta a... me saber "Pat sombria" e "Pat legal" (quem sou a maior parte do tempo uuuiiii, sou uma fofa). Quando percebo a sombra crescendo, evito algumas coisas: situações de conflito, atritos, lugares com tumulto, gente que não sei lidar - e isso não é falta de amor, é dando o "sim" para "eu me conheço" e dando o "não" para o "agora é o momento da ursa entrar na gruta até a lua passar ou TPM ir embora".

Eu evoco uma DS - Distância Saudável, há tempos, desde que me reconheci e me assumi humana, pequena e falha e isso tem me feito muito bem - bem como aos outros... pense!? Pois é, isso é Amor a mim mesma, como sou, me acolhendo e me respeitando. Saber que o outro tem sua maneira de se expressar e que é diferente da minha, sou capaz de evocar com muita tranquilidade - nem sempre com doçura ou proximidade - a compreensão. Quando entendo que reconheço que a sombra do outro é dele e eu não sei lidar com isso, reconheço natural e automaticamente em mim que as minhas debilidades também estão afloradas e nesse momento, melhor estabelecer a bendita DS...

Bom, adorei ver o vídeo abaixo, porque eu sou daquelas que não come buchada, nem rabada, nem joelho de porco, mas, sou daquelas que vai até onde for preciso com quem tá comendo e pego um arroz, uma farofa... o acompanhamento, mas, se é "pra tá junto, tamo, mas não preciso comer tudo o que você come, nem você ser como eu".

Sejamos, pois e então, responsáveis com Amorosidade e isso não quer dizer falar coisinhas bonitinhas e fofinhas, nem disparar uma bomba nuclear... existe um caminho do meio que é fantástico e ajuda muito nesses extremos.

Saudações terrenas, terráqueos irmãos,

Pat Lins



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