sábado, 4 de abril de 2009

de Jonatas Conceição

AS SAUBARAS INVISÍVEIS

Chega-se a Saubara pelo caminho do mar.
Às velas, barcas velhas velejam rumo à baía.
Viagem de gentes, trapos, mercadorias,
Odores repelentes que recendem tumbeiros
Travessia de longínquas noites
(Aquela viagem era uma eternidade!)
que ao vento cabia a tarefa de um porto feliz.
Chega-se a Saubara por via de muitos rios
Do rio para o mangue, do mangue-rio para o mar.
Caminhos do leva-e-traz mercantil
Ao porto de amaros negócios
Percurso de antigos navegantes
Fundadores do eterno dar-se saubarense
Desbravadores de restos da flora e fauna do lugar.
Chega-se, finalmente, a Saubara pelo primado da fé.
Seus marujos e rezadeiras procuram, há muito,
o caminho da salvação.
Seus filhos e netos, há pouco, descobriram outros caminhos...
Procuram, pela novidade alheia, desesperadamente,
outra cidade inventar.
Os perseguidores da fé a tudo ver B oram choram
(A São Domingos que é de Gusmão que nos vele)
as chamas das velas revelam.

(Jonatas Conceição)
GINÁSIO
No mar das saias plissadas
meu olhar quse infantil apenas via pernas brancas
no ICEIA não descobri o amor
o pecado reinava em mim
fiz o que a minha pequenez permitiu:
descobri o vasto mundo das palavras
afoguei-me nas eternas emoções do brincar
e para sempre aprendi que as palavras
carregam ilusão.
(Jonatas Conceição)

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